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ERGONOMIA

Roger Valentim Abdala

1ª Edição |Maio| 2014


Impressão em São Paulo/SP
ERGONOMIA
Coordenação Geral Coordenação de Projetos
Nelson Boni Leandro Lousada

Professor Responsável Revisão Ortográfica


Roger Valentim Abdala Vanessa Almeida
Coordenadora Peda-
gógica de Curso- EAD Projeto Gráfico, Dia-
Roseli Leal gramação e Capa
Ana Flávia Marcheti

1º Edição: Maio de 2014


Impressão em São Paulo/SP
A135e
Abdala, Roger Valentim..
Ergonomia. / Roger Valentim Abdala – São Paulo :
Know How, 2013.
00p. : 21 cm.
Inclui bibliografia
ISBN :
1. Ergonomia. 2. Ergonomia física. 3. Ergonomia
cognitiva. 4. Ergonomia organizacional. I. Título.

CDD – 620.82

Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353


SUMÁRIO
Unidade 2 .7
Ergonomia física
2.1 Músculos Esqueléticos
.11
2.2 Trabalho Muscular
2.2.1 Trabalho muscular dinâmico
2.2.2 Trabalho muscular estático
2.2.3 Prevenção de sobrecarga muscular
2.3 Discos Intervertebrais
2.4 Antropometria
2.5 Biomecânica Ocupacional
2.5.1 Planos cardinais de referência
2.5.2 Movimentos realizados pelos músculos

.55

Gabarito
Referências
Unidade 2
2. ERGONOMIA FÍSICA
Os distúrbios musculoesqueléticos encontram-
-se como uma das principais causas de afastamento
do trabalho, tanto nos países desenvolvidos quanto
nos países em desenvolvimento. A ergonomia física
configura-se, portanto, numa ferramenta fundamen-
tal de saúde e segurança do trabalho. Veremos neste
capítulo as características da ergonomia física, os te-
mas que aborda, e natureza de atuação profissional.
Neste tipo de ergonomia são abordadas as ca-
racterísticas anatômicas, antropométricas, fisiológi-
cas e biomecânicas do homem em sua relação com
a atividade física. A repetitividade, as cargas e postu-
ras de trabalho, o levantamento e o carregamento de
objetos, as LER/DORT, o layout do posto de traba-
lho, a segurança e a saúde são os aspectos abordados
na ergonomia física (IEA, 2000).
Visto que para compreender as diferenças cor-
porais é necessário conhecer as características ana-
tômicas e fisiológicas básicas do sistema musculoes-
quelético, para iniciar nossos estudos em ergonomia
física iremos abordar assuntos básicos sobre o fun-
cionamento do corpo humano, como por exemplo,
os músculos, tendões e articulações. Em seguida
abordaremos sobre o trabalho muscular, biomecâni-
ca, e gasto energético.

2.1 Músculos Esqueléticos

Através da atividade motora os músculos se


desenvolvem, aumentam de volume e força muscu-
lar, independentemente se esta atividade muscular
ocorre dentro ou fora de empresas. Entretanto, o
desenvolvimento muscular segue padrões fisiológi-
cos de treinamento e requer períodos de descanso
e recuperação. Por exemplo, para aumento da força
muscular o indivíduo deve realizar treinamento ativo
de aplicação de forças intensas com o objetivo de au-
mentar o número de filamentos de actina e miosina
(miofibrilas) e o volume do retículo sarcoplasmático.
O exercício de alta intensidade aumenta também a
atividade enzimática dos músculos estriados. Por outro
lado, a inatividade muscular causa a atrofia do tecido
muscular e a sobrecarga de exercícios causam dores, in-
flamações e lesões das fibras do tecido muscular.
A sobrecarga muscular resultante do excesso de
exercícios e de falta de tempo de descanso e recupe-
ração resulta em degeneração muscular, que depen-
dendo do tempo de ação do estímulo nocivo poderá
gerar doenças músculo tendinosas crônicas.
Em atividades laborais as ações motoras em
geral requerem padrões de controle muscular como
precisão, aplicação de força, manutenção de ritmos
ativos de contração, podendo ser contrações estáti-
cas e dinâmicas, frequência e duração da ação mo-
tora. Quaisquer sobrecargas destas ações musculares
podem resultar em danos físicos aos trabalhadores,
como fadiga, dores e lesão tecidual. A Figura 7 ilustra
esquematicamente as estruturas da fibras musculares.

Os principais fatores de risco para o desencade-


amento de transtornos musculares relacionados ao
trabalho são:

• Repetição da contração muscular;


• Necessidade de aplicação de força ao exercer
uma atividade;
• Permanência de contração muscular estática;
• Manutenção de posturas estáticas e assimétricas;
• Necessidade de trabalhar com contrações muscula-
res precisas (movimentos finos);
• Alta demanda visual no trabalho;
• Vibrações de membros superiores e de corpo inteiro.

Estes riscos são potencializados caso não haja


períodos suficientes de recuperação fisiológica antes
do próximo período ou jornada de trabalho. Fatores
ambientais, socioculturais ou pessoais também po-
dem potencializar os riscos de lesões ou distúrbios
nos tecidos musculares.
A experiência e os dados estatísticos demons-
tram que os principais locais de acometimento de
dores musculares são nas articulações dos membros
superiores: ombros, cotovelos e punhos, algumas ve-
zes irradiadas para braços e antebraços e também na
região da coluna vertebral, principalmente na região
lombar. Alguns exemplos das enfermidades muscu-
lares relacionadas ao trabalho são:

a) Reumatismo muscular;
b) Fibrose
c) Miosite;
d) Mialgia;
e) Fibromialgia;
f) Síndrome miofascial;
g) Dores e lesões do maguito rotador;
h) Epicondilites;
i) Bursites;
j) Etc.

2.2 Trabalho Muscular

Apesar dos avanços tecnológicos, e da redu-


ção dos trabalhos pesados, muitas atividades in-
dustriais ainda são realizadas através de aplicação
de esforços musculares estáticos e dinâmicos por
parte dos trabalhadores.
Neste item veremos como o trabalho muscular
pode influenciar a saúde dos trabalhadores e como a
ergonomia pode contribuir na prevenção de distúr-
bios osteomusculares relacionados ao trabalho.
Para começar nosso estudo vamos dividir o tra-
balho muscular em dois principais grupos:

a) Trabalho muscular dinâmico;


b) Trabalho muscular estático.

Sendo estes tipos de trabalhos musculares de-


sempenhados na manipulação de materiais (elevação
e carregamento) ou em trabalhos repetitivos.

2.2.1 Trabalho muscular dinâmico


No trabalho muscular dinâmico, os músculos
esqueléticos estão constantemente se contraindo e
se relaxando, desta forma, o fluxo sanguíneo local
aumenta, irrigando o músculo esquelético e permi-
tindo sua nutrição e metabolismo. Este aumento do
aporte sanguíneo muscular ocorre devido ao bom-
beamento do sangue pelo coração, que em geral re-
duz o fluxo sanguíneo que iria para outras áreas do
corpo e aumentando o número de vasos sanguíneos
abertos na musculatura que está em trabalho.
A frequência cardíaca, a pressão sanguínea e o
consumo de oxigênio dos músculos aumentam de
acordo com a intensidade do trabalho muscular. Em
conjunto, aumenta-se também a ventilação pulmo-
nar e a frequência respiratória.
O sistema cardiorrespiratório fica mais ativado
para promover um maior aporte de oxigênio que é
levado pelo sangue arterial até os músculos que es-
tão desenvolvendo o trabalho dinâmico.
Quanto maior for o consumo de oxigênio pe-
los músculos, maior será a intensidade do trabalho
muscular dinâmico. Ou seja, o consumo máximo de
oxigênio (VO2max) indica a capacidade máxima que
uma pessoa possui para o trabalho aeróbico. Além
disso, os valores do consumo de oxigênio indicam
também o gasto energético do indivíduo, por exem-
plo, 1 litro de O2/min = 5 kcal/min.
Quanto maior o volume e a massa do tecido
muscular maior será a capacidade de trabalho dinâ-
mico do músculo. Proporcionalmente, o trabalho
dinâmico realizado por músculos pequenos (ex.: bí-
ceps braquial) gera uma maior resposta cardiorres-
piratória (aumento da frequência cardíaca e pressão
sanguínea) do que o trabalho de músculos grandes
(ex.: quadríceps).

“ Saiba mais
Quando a contração muscular estiver
entre 15 a 20% de sua força máxima, a circulação
sanguínea continua normalmente. Porém quando
essa contração chega a 60% o sangue deixa de circu-
lar no interior do músculo. Em consequência disso
o músculo entra em fadiga rapidamente, não sen-
do possível mantê-lo contraído por mais de 1 ou 2
minutos. Em seguida ocorre uma dor muscular que
provoca uma interrupção obrigatória do trabalho.
(texto extraído do livro Ergonomia – Projeto e Pro-
dução do autor Itiro Iida – 2005, págs. 161 e 162).

2.2.2 Trabalho muscular estático

O trabalho muscular estático é o tipo de con-


tração de maior risco para a gênese de distúrbios
dolorosos e lesões. Isto ocorre porque durante a
contração muscular não há movimento articular e o
fluxo de sangue para a região fica restrito devido ao
espasmo do tecido muscular, favorecendo a fadiga
mais facilmente do que em trabalhos dinâmicos.
O aumento da pressão sanguínea é a princi-
pal característica da contração muscular estática. A
frequência cardíaca e o gasto cardíaco não sofrem
grandes variações. A Figura 8 ilustra o músculo ope-
rando em condições desfavoráveis de aporte san-
guíneo quando em contração estática, favorecendo
o acometimento de fadiga muscular e lesões ao se
comparar com o trabalho muscular dinâmico.

A carga estática não deve superar 8% da força


máxima muscular, quando estes esforços precisam
ser realizados diariamente, durante várias horas. Se
essa carga estática chegar de 15 a 20% da força máxi-
ma muscular e se for executada durante dias e sema-
nas sem intervalos, a consequência será a incidência
de fadiga, dores e doenças osteomusculares (IIDA,
2005, p. 162).

2.2.3 Prevenção de sobrecarga muscular

A sobrecarga muscular ocorre quando a capaci-


dade de trabalho de um músculo ou grupo de mús-
culos é superada pela demanda imposta durante uma
atividade. Em geral, a fadiga é o primeiro sinal de
sobrecarga muscular, reduzindo a capacidade para o
trabalho, a produtividade e a qualidade do trabalho.
Para a prevenção da sobrecarga muscular é ne-
cessário verificar o conteúdo do trabalho e o am-
biente no qual o trabalhador está inserido. A subs-
tituição da aplicação de força muscular por meios
técnicos de levantamento e carregamento de cargas
é um dos principais recursos para a prevenção de
sobrecargas musculares.
Outra maneira de prevenção é flexibilizar as
atividades, rodízios de tarefas, pausas e redesenho
do trabalho de acordo com as capacidades do tra-
balhador e a demanda. O foco é reduzir ao máximo
o trabalho muscular estático e o trabalho repetitivo.
Importante também que o trabalhador seja trei-
nado, possua condição física de acordo com a deman-
da, controle o sobrepeso e não seja sedentário. Isto
porque os esforços em ergonomia podem ser insufi-
cientes se não tiverem a contribuição do trabalhador.
2.3 Discos Intervertebrais

Os discos intervertebrais são estruturas que


se localizam na coluna vertebral. Eles permitem o
movimento e a flexibilidade do tronco, realizam as
transmissões de cargas e redução de impactos. Os
distúrbios em coluna vertebral ocorrem devido a
alguma alteração morfológica dos discos interverte-
brais, como alteração de seu formato ou da sua lo-
calização entre as vértebras, ou ainda do seu núcleo,
redução de espessura, ou distúrbios em suas fibras.
As hérnias de disco são um exemplo destes casos.
A coluna vertebral é composta por 24 discos
intervertebrais que se situam entre as vértebras. O
volume dos discos intervertebrais aumenta à medi-
da que se posicionam na coluna na direção superior
para inferior.
Os discos intervertebrais são formados por um
tecido cartilaginoso. Em sua região interna contém
o núcleo pulposo, que é uma massa gelatinosa que
permite a redução de cargas na coluna vertebral. No
perímetro externo do disco intervertebral há o anel
fibroso, que é uma estrutura muito firme, como se
fosse uma rede trançada. Este anel fibroso tenta im-
pedir que o núcleo pulposo sofra herniações quando
o disco intervertebral é submetido a cargas axiais ou
laterais de compressão.
Como informado anteriormente, o disco inter-
vertebral transmite e distribui as cargas mecânicas ao
longo da coluna vertebral. O disco permite também
que o ser humano permaneça em postura bípede e
use concomitantemente seus membros superiores
em diversos tipos de atividades. Permite ainda fazer
o tronco curvar-se, torcer-se e se inclinar.
Durante as atividades laborais os discos inter-
vertebrais podem ser submetidos a cargas mecânicas
complexas, principalmente se a natureza das ativi-
dades seja física, como no levantamento e carrega-
mento de cargas, trabalhos manuais, trabalhos que
exijam a aplicação de forças etc.
Por exemplo, a extensão e a flexão de tronco
produzem forças de tração e compressão nos dis-
cos intervertebrais. Já a rotação da coluna produz
tensões transversais de cisalhamento. Em geral, con-
tudo, não há movimentos puramente de flexão, ex-
tensão, inclinação lateral ou de rotação. Na prática
os movimentos corpóreos, incluindo no tronco são
compostos de dois ou mais tipos de movimentos.
A Figura 10 ilustra os níveis de pressão do 3º
disco intervertebral lombar nas diferentes posturas.
Percebam que a pressão é maior na postura sentada
do que na posição ortostática (em pé). Permanecer
na postura sentada por longos períodos é um risco
ocupacional para lesões em coluna vertebral, princi-
palmente na região lombar.

Medições de cargas mecânicas realizadas nos


discos intervertebrais demonstram que a posição
sentada gera uma pressão cinco vezes maior do que
na posição deitada. O levantamento de cargas au-
menta ainda mais as cargas na coluna. Se esta carga
for elevada longe do eixo axial do corpo as pressões
nos discos intervertebrais crescem muito. Este é o
principal risco de lesões em coluna vertebral: elevar
cargas a partir do solo e longe do eixo axial do corpo.
Outros riscos importantes são a elevação e o
transporte repetitivo de cargas pesadas ou a perma-
nência do trabalhador em posturas de flexão, hipe-
rextensão, inclinação e torção. Os riscos aumentam
quando estas posturas são compostas. Os riscos de
lesões lombares estão associados também à vibra-
ção, principalmente na frequência de 5 a 10 Hz e ca-
racterísticas pessoais do indivíduo, como por exem-
plo, o sobrepeso, o sedentarismo, lesões prévias e
encurtamento muscular.
A prevenção de distúrbios em coluna vertebral
é baseada em três parâmetros de conduta:

a) O desenho (layout) e os espaços de trabalho;


b) Educação e formação;
c) Seleção do trabalhador1.

O Quadro 2 expõe de maneira sistemática e su-


cinta exemplos de parâmetros de melhoria para re-
dução de riscos de lesões em coluna vertebral lom-
bar (HALPERN, 1992).

1
A seleção de trabalhador não faz parte da ergonomia, pois fere os princípios

antropocêntricos da disciplina de “adaptar o trabalho ao homem”, porém pode

fazer parte de ações práticas de proteção ao trabalhador por períodos pré-

-determinados e quando todos os outros recursos falharem.


A maioria das ações ergonômicas de prevenção
de distúrbios em coluna vertebral lombar focalizam
seus esforços na redução da frequência de levanta-
mento de cargas, localização inicial para seu levanta-
mento para inibir a necessidade de flexão, inclinação
e torção de tronco, adequação das pegas (alças) e na
adaptação dos espaços de trabalho.
Parte das melhorias nesta área envolve a tecno-
logia, como a substituição do esforço muscular pela
ação de forças de máquinas e equipamentos, princi-
palmente se há uma dificuldade em adaptações con-
forme descritas no parágrafo anterior.
A manipulação de pacientes no leito (banhos,
medicações), sobretudo os pacientes obesos e de-
pendentes (em leitos de UTI, por exemplo), a in-
serção de mecanismos para elevação como o Jack,
Viking (lifts) é mais eficaz do que tentar seguir as
prescrições contidas no parágrafo anterior, visto que
a carga a ser manipulada pelo trabalhador é um ser
humano e ainda que haja tecnologia envolvida as al-
turas e dimensões à serem trabalhadas possuem res-
trições impostas pelo leito hospitalar.
Outro ponto importante é a educação e forma-
ção dos trabalhadores. Não se pode permitir que os
trabalhadores sejam alocados em tarefas que requei-
ram a manipulação de cargas sem que eles recebam
treinamento adequado e periódico sobre as formas
corretas de desempenhar suas atividades. Além dis-
so, a NR-17 exige que seja feita uma capacitação so-
bre o assunto para os trabalhadores que manipulem
cargas em seu trabalho.
Estes treinamentos deverão ser documentados
e cada trabalhador deverá assinar uma lista de pre-
sença para comprovar sua participação. Uma avalia-
ção do treinamento deverá ser feita por eles com o
objetivo de melhoria da qualidade do evento.
A seleção do trabalhador como exposto ante-
riormente deve ser feita em última instância, pois o
que deve ser adaptado é o trabalho e não o indiví-
duo. Entretanto, temos que convir que há trabalhos
de natureza pesada os quais uma seleção pode ser a
forma mais adequada de prevenção de dores lomba-
res (bombeiros, policiais, pedreiros etc.).

2.4 Antropometria

A antropometria é um conjunto de teorias e


práticas dedicadas a definir os métodos e variáveis
para medir o ser humano com o objetivo de assegu-
rar seu conforto, segurança e saúde ao executar suas
atividades. A antropometria é um importante ramo
de estudo da ergonomia física.
A antropometria se relaciona com a estrutura
do corpo, sua composição, massa, estatura, dimen-
sões, constituição corporal e os espaços de trabalho,
as máquinas e o ambiente como um todo.
Para o estudo da antropometria padronizam-se
algumas variáveis antropométricas de medida, que
expressam uma dimensão padrão do corpo ou um
segmento corporal. São definidos pontos de referên-
cia precisos do corpo, como por exemplo, medidas
realizadas a partir de proeminências ósseas ou extre-
midades de um membro.
As medidas antropométricas podem ser lineares,
como a altura ou a distância entre pontos de referên-
cia corporais, angulares, como por exemplo, o ângulo
formado pela flexão máxima do tronco ou do punho
de um indivíduo. Pode ser ainda um perímetro, como
o perímetro do braço na altura média do músculo bí-
ceps, ou a medida da cintura pélvica etc.
Os instrumentos mais comuns utilizados na
antropometria são a fita métrica, o goniômetro e o
estadiômetro. Entretanto, atualmente muitas das me-
didas antropométricas são resultados de instrumentos
complexos automatizados, utilizados principalmente
em laboratórios de biomecânica e antropometria (dis-
ciplinas complementares) e softwares diversos.
A Figura 11 ilustra as principais variáveis antro-
pométricas, como por exemplo, a estatura, as distân-
cias dos membros superiores e inferiores, as dimen-
sões da cabeça, os alcances horizontes na postura
em pé e sentado.

“ Saiba mais Eletromiografia (EMG): é o estudo da ativi-


dade elétrica do músculo. O estudo do músculo a partir dessa
perspectiva pode ser muito válido por proporcionar informa-
ção concernente ao controle dos movimentos voluntários e/
ou reflexos. O estudo da atividade muscular durante determi-
nada tarefa pode revelar quais músculos iniciam e cessam sua
atividade. Além disso, é possível quantificar a magnitude da
resposta elétrica dos músculos durante a tarefa.
Eletromiograma é o perfil do sinal elétrico detectado por um
eletrodo num músculo, ou seja, é a medida do potencial de ação
do sarcolema.
Sinal de EMG é registrado usando um eletrodo, que funciona
como uma antena, podendo estar interno ou superficialmente
sobre a pele. O eletrodo interno é uma agulha que é aplicada
diretamente sobre o músculo. Este tipo de eletrodo é utilizado
para músculos profundos ou pequenos. Eletrodos de superfí-
cies são aplicados sobre a pele, por cima de um músculo, de
modo que são utilizados principalmente para músculos super-
ficiais (é o mais utilizado em estudos biomecânicos).
(Texto extraído do livro “Fundamentos do Movi-
mento Humano” de Joseph Hamill, p. 85 e 86).
A antropometria é uma ferramenta que auxilia
na definição das distâncias de trabalho, como por
exemplo, a altura ideal de uma bancada, de uma
mesa para uso de computadores etc., o diâmetro de
uma alça, de um assento para uso em escritórios ou
para veículos, ou ainda para determinar o tamanho
exato do uniforme dos trabalhadores.
Como exposto anteriormente, nos dias atuais,
softwares diversos auxiliam no dimensionamento
antropométrico, sendo na prática as medidas seg-
mentares individuais ficarem quase que restritas para
trabalhos de cunho científico, ou seja, laboratórios
principalmente de universidades ou em indústrias
multinacionais, como montadoras de veículos para a
resolução de problemas bem específicos.

2.5 Biomecânica Ocupacional

A biomecânica é uma disciplina que une dois ra-


dicais: “bio” (sistema vivo) + “mecânica” (análise de
forças e seus efeitos) para estudar os movimentos cor-
porais e forças relacionadas ao trabalho. Ela estuda a
forma que o organismo exerce força e gera movimento.
A biomecânica une as ciências físicas, ciências
biológicas e ciências comportamentais para compre-
ender a carga física de trabalho. Ela utiliza leis da
física e conceitos de engenharia para descrever mo-
vimentos realizados por vários segmentos corpóreos
e forças que agem sobre estas partes do corpo du-
rante atividades normais de vida diária (CHAFFIN
et al, 2001, p.1)
A biomecânica estuda as interações do ser hu-
mano com os materiais, ferramentas, posto de traba-
lho e máquinas com o objetivo de reduzir os distúr-
bios músculo esqueléticos.
Segundo Hall (2007), os movimentos humanos
podem ser analisados de maneira quantitativa ou
qualitativa. A análise quantitativa, como o próprio
nome diz, inclui informações numéricas, enquanto
a análise qualitativa requer descrições de caracte-
rísticas relacionadas às qualidades, ou seja, sem ne-
cessidade de números. Por exemplo, ao se analisar
um trabalhador pegando um documento numa im-
pressora o observador poderia dizer: o trabalhador
inclinou-se pouco para tal (ao descrever o movimen-
to de maneira qualitativa). De maneira quantitativa,
o observador poderia dizer, o trabalhador flexionou
seu tronco em 15 graus para alcançar o documento.
O corpo humano assemelha-se a um sistema de
alavancas movido pela contração muscular. Vejamos
como o corpo humano trabalha como alavancas. A
Figura 12 ilustra o tipo de alavanca interfixa, na qual
o ponto de apoio encontra-se entre a carga e o ponto
de aplicação da força.
A Figura 13 ilustra o tipo de alavanca interresis-
tente, na qual a resistência (carga) permanece entre o
ponto de apoio e o local de aplicação da força.

Segundo Couto (2002), o ser humano possui


pouca capacidade de aplicação de forças físicas no tra-
balho, pois suas alavancas fisiológicas possuem carac-
terísticas que habilitam a realização de movimentos
de alta velocidade e grande amplitude de movimento,
porém com baixa capacidade de força e aplicação de
resistências. Isto ocorre pela predominância no corpo
humano de alavanca do tipo interpotente
A Figura 14 ilustra o tipo de alavanca interpo-
tente, na qual o local de aplicação da força perma-
nece entre o ponto de apoio e a resistência (carga).

O movimento humano é composto por dois


tipos de movimentos: o movimento linear e o mo-
vimento angular. Geralmente atuam simultaneamen-
te numa combinação complexa a qual chamamos de
movimentação geral.
O movimento linear também é denominado de
movimento de translação ou translacional (HAMILL,
2008). Este tipo de movimento ocorre ao longo de
uma trajetória retilínea, ou ainda, de maneira curva em
que todos os pontos num corpo ou objeto se movi-
mentam numa mesma direção e num mesmo interva-
lo de tempo. Alguns autores classificam o movimento
linear de duas maneiras: se o movimento ocorrer em
linha reta o movimento é retilíneo e se a linha for cur-
va, o movimento é curvilíneo (HALL, 2007).
O movimento angular é o movimento em torno
de algum ponto ou a rotação ao redor de uma linha
central imaginária, conhecida como eixo de rotação
(HALL, 2007; HAMILL, 2008). Nos estudos biome-
cânicos em geral primeiramente analisa-se as caracte-
rísticas do movimento linear de uma atividade e, em
seguida, examina-se os movimentos angulares (HA-
MILL, 2008).

2.5.1 Planos cardinais de referência

Segundo Hall (2007), os planos cardinais são


planos anatômicos de referência os quais dividem o
corpo em três dimensões:

• Plano sagital (ântero-posterior): divide o corpo ver-


ticalmente, em metade direita e esquerda. Neste plano
ocorrem os movimentos para frente e para trás do
corpo e dos segmentos corporais;
• Plano frontal (frontal): divide o corpo verticalmente
em metades anterior e posterior. Neste plano ocor-
rem os movimentos laterais do corpo e dos segmen-
tos corporais;
• Plano transverso (horizontal): divide o corpo nas
metades superior e inferior. Neste plano ocorrem os
movimentos horizontais do corpo e de seus segmen-
tos (quando o corpo está na vertical).
“ Saiba mais Terminologia dos Movimentos Articulares
“Quando o corpo humano se encontra na posição
anatômica de referência, considera-se que todos os
segmentos corporais estão posicionados a 0° ou em
posição neutra. A rotação de um segmento corporal
na direção oposta à posição anatômica é denomina-
da de acordo com a direção do movimento e men-
surada como o ângulo formado entre a posição do
segmento corporal e a posição anatômica”.
(texto extraído do livro Biomecânica Básica (p. 37) de
Susan Hall (2007).
No plano sagital os três movimentos principais
são a flexão, a extensão e a hiperextensão.

Os movimentos principais no plano frontal são


chamados de abdução (afastamento da linha média
do corpo) e a adução (aproxima-se da linha média
do corpo). As inclinações laterais do tronco também
ocorrem no plano frontal, bem como a elevação e
depressão da escápula. No caso da mão ocorrem o
desvio radial (movimento do punho em direção ao
osso rádio) e o desvio ulnar (movimento do punho
em direção ao osso ulna), também chamados de ab-
dução e adução do punho. No caso dos pés a rota-
ção lateral da planta do pé é denominada eversão
e a rotação medial é chamada de inversão (HALL,
2007), conforme Figura 17.

Os movimentos no plano transverso são as


rotações mediais e laterais (membros superiores e
inferiores), supinação (palma da mão voltada para
frente/cima) e pronação (palma da mão voltada para
trás/baixo) para o antebraço. No caso da cabeça,
pescoço e ombro os movimentos são chamados de
rotação para a esquerda e rotação para a direita.
2.5.2 Movimentos realizados pelos músculos

Os músculos são os principais responsáveis


pelos movimentos corporais. Devido às contrações
musculares conseguimos manter uma postura, le-
vantar uma carga, e movimentar o corpo. Pode ain-
da retardar um segmento que está se movimentando
numa determinada velocidade e acelerar o corpo ou
um objeto.
Os músculos possuem uma tensão a qual é apli-
cada nas articulações em forma de compressão, o que
favorece a estabilidade articular. Quando as tensões
musculares provocam afastamento dos segmentos
corporais em membros superiores e inferiores ocorre
o contrário, a tração, o que pode causar instabilidade
articular e consequentemente riscos de lesões.
Os músculos são classificados em estriados
(músculos esqueléticos e do miocárdio/cardíaco) e
lisos (músculos viscerais, como por exemplo, do in-
testino). Os músculos esqueléticos são de controle
voluntário e o do miocárdio e lisos estão sob contro-
le do sistema autônomo.
Os músculos esqueléticos são responsáveis pela
locomoção, movimento dos membros, postura e es-
tabilidade articular (HAMILL, 2008).
As quatro características do tecido muscular es-
quelético são (HAMILL, 2008):

• Irritabilidade: capacidade de responder à estímulos;


• Contratilidade: capacidade do músculo de encurtar
ao receber estímulos;
• Extensibilidade: capacidade do músculo de alongar
ou esticar além do comprimento em repouso. Este
alongamento só pode ser realizado através da ação
de outro músculo ou de uma força externa;
• Elasticidade: capacidade da fibra muscular em re-
tornar ao seu comprimento de repouso.
Em relação à tensão muscular usam-se as se-
guintes classificações:

•Concêntrico: músculo que realiza tensão provocan-


do encurtamento no seu comprimento, ou seja, o
trabalho é positivo;
• Excêntrico: músculo que mesmo realizando tensão
o músculo se alonga, ou seja, o trabalho é negativo;
• Isométrico: músculo que realiza tensão, mas não há
mudança visível ou externa na posição articular, ou
seja, não há trabalho externo.
Em relação ao músculo motor do movimento usam-
-se as seguintes classificações:
•Agonista: músculo responsável pela produção de
um movimento específico por meio de ação muscu-
lar concêntrica;
• Antagonista: músculo responsável pela oposição à
ação muscular concêntrica do músculo agonista.
Em relação ao tipo de exercício muscular usam-se as
seguintes classificações:
• Exercício isocinético: exercício em que a ação
muscular é realizada numa mesma velocidade. Ge-
ralmente ocorre num aparelho de velocidade con-
trolada. O indivíduo desenvolve tensão máxima ao
longo da amplitude total de movimento na veloci-
dade especificada do movimento (HAMILL, 2008);
• Exercício isométrico: exercício que se aplica carga
ao músculo em uma mesma posição articular (HA-
MILL, 2008);
• Exercício isotônico: exercício em que uma ação
muscular (excêntrica ou concêntrica) é realizada para
mobilizar uma carga específica ao longo de uma am-
plitude de movimento (HAMILL, 2008).

“ Saiba mais Propriedades dos Músculos


Força: é a potência máxima que pode ser exercida
numa única contração voluntária.
Resistência: é a capacidade de persistir. Definida
e medida como a capacidade de repetição de con-
trações submáximas ou o tempo de sustentação de
esforço submáximo.
Flexibilidade: é a amplitude de movimento através
da qual os membros são capazes de mover-se.
Velocidade: inclui o tempo de reação e o tempo
de movimento.
Potência: é a combinação de força e velocidade (é a
distância percorrida pelo músculo em determinada
carga em determinado tempo).
Agilidade: é a capacidade de mudar de direção e
posição rapidamente, com precisão e sem perda
do equilíbrio.
Equilíbrio: é a capacidade de manter o posicionamen-
to correto do corpo durante movimentos vigorosos.
Coordenação: é a relação harmoniosa entre os mo-
vimentos repetidos e de alta velocidade.
(texto extraído do livro “Ergonomia Aplicada ao Trabalho em
18 Lições”, de Hudson Couto, p. 25-26).
Como já vimos os movimentos são realizados
através da contração muscular. Estas contrações pos-
suem características de velocidade, precisão e forma
específica de movimento, dependendo do segmen-
to corporal e consequentemente dos músculos que
agem como agonistas e antagonistas no trabalho
muscular. As características dos movimentos são:

• Precisão: Os movimentos são realizados através


das extremidades mais distais do corpo humano,
neste caso, as pontas dos dedos das mãos;
• Ritmo: Os movimentos devem ser suaves, curtos
e rítmicos. Acelerações ou desacelerações bruscas,
ou mudanças rápidas de direção causam fadiga, pois
exigem neste caso maior contração muscular (IIDA,
2005, p. 175);
• Movimentos retos: São mais difíceis de serem rea-
lizados, pois exigem integração complexa de movi-
mentação de outras articulações (IIDA, 2005);
• Terminações: São movimentos que exigem posi-
cionamentos precisos. Demandam atenção visual
importante, e podem ser difíceis e demorados. Con-
troles e anteparos são importantes para a execução
destes movimentos (IIDA, 2005).
Exercícios
1) Cite exemplos de aspectos abordados pela ergo-
nomia física.
2) Quais as consequências para os trabalhadores de
sobrecargas musculares?
3) Quais os principais fatores de risco para o desen-
cadeamento de transtornos musculares relacionados
ao trabalho?
4) Cite formas de prevenção de sobrecargas musculares.
5) A prevenção de distúrbios em coluna vertebral é ba-
seada em três parâmetros de conduta. Quais são eles?
Gabarito
Unidade 2
1. Características anatômicas, antropométricas, fisio-
lógicas e biomecânicas do homem, a repetitividade,
as cargas, posturas de trabalho, o levantamento e o
carregamento de cargas etc.

2. Danos físicos, fadiga, dores, lesão tecidual e doen-


ças osteomusculares.
3. Repetição da contração muscular, necessidade de
aplicação de força ao exercer uma atividade, perma-
nência de contração muscular estática, manutenção
de posturas estáticas e assimétricas, necessidade de
trabalhar com contrações musculares precisas (mo-
vimentos finos), alta demanda visual no trabalho, vi-
brações de membros superiores e de corpo inteiro.

4. Para a prevenção da sobrecarga muscular é neces-


sário verificar o conteúdo do trabalho, o ambiente
no qual o trabalhador está inserido e a substituição
da aplicação de força muscular por meios técnicos
de levantamento e carregamento de cargas. Flexibi-
lizar as atividades, rodízios de tarefas, pausas e re-
desenho do trabalho de acordo com as capacidades
do trabalhador e a demanda. O foco é reduzir ao
máximo o trabalho muscular estático e o trabalho re-
petitivo. Treinar o trabalhador para que desenvolva
condição física de acordo com a demanda, controle
do sobrepeso e que não seja sedentário.

5. O desenho (layout) e os espaços de trabalho (1), a edu-


cação e a formação (2) e a seleção do trabalhador (3).
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