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Introdução
Para Refletir
Então, você já parou para pensar de onde vêm os recursos para a execução
das obras e prestação dos serviços ofertados à sua comunidade?
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É através dele que os governantes estimam o que vão arrecadar e como devem
gastar os recursos obtidos com os impostos pagos pela sociedade. É por meio
dele, ainda, que são decididas as obras prioritárias, as promessas de campanha
a serem cumpridas, e quais as reivindicações sociais da população serão
atendidas, por exemplo.
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Por outro lado, você já deve estar habituado a ouvir comentários de políticos e
especialistas no assunto no sentido de que não há recursos para aumentar o
salário mínimo, pagar melhor os professores e médicos, aumentar o valor das
pensões e aposentadorias, por exemplo. E o que dizer da falta de policiamento
nas escolas e da violência nas cidades em geral?
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Algumas famílias, conhecedoras da sua renda anual e das despesas que têm de
efetuar para custear a sua sobrevivência, programam-se para que, mês a mês,
consigam fechar as contas no azul, ou melhor, não encerrem as contas do mês
no vermelho. Se houver sobra, ótimo: pode ir direto para a poupança ou
financiar algum projeto futuro. Quem sabe a reforma da casa? Isso é orçamento.
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(Barão de Itararé)
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Saiba mais
O orçamento é uma lei - a lei orçamentária - que autoriza o Poder Executivo a
gastar os recursos arrecadados e demostra o programa de trabalho de todos
os órgãos e entidades da administração pública.
Objetivos
Nesta unidade, além de conhecer a importância dos princípios, veremos os
mais relevantes e como são citados na Constituição Federal. Ao final da leitura,
você poderá descrevê-los e identificá-los no texto constitucional.
Introdução
Isso ocorre porque a matéria orçamentária é regida por princípios, ou seja, por
normas, que vamos conhecer agora.
Veja o que diz o autor Matias Pereira (2003, p. 146-147) a respeito do assunto:
“Deve-se recordar que, historicamente, o orçamento público apresenta-se como
forma de restringir e de disciplinar o grau de arbítrio do governante. Dessa forma,
procura impor algum tipo de controle legislativo sobre a ação desses
governantes, visto que estes possuem prerrogativas para cobrar tributos dos
cidadãos.
Pode-se afirmar, portanto, que o orçamento público surgiu para cumprir uma
função de controle da atividade financeira do Estado. Para a efetivação desse
controle torna-se necessário que, no processo de elaboração da proposta
orçamentária, sejam respeitados determinados princípios orçamentários. Assim,
os princípios orçamentários se apresentam como as premissas básicas de ação
a serem cumpridas na elaboração da proposta orçamentária. ”
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Ora, como a lei orçamentária tem quase cem por cento de certeza de aprovação
pelo Poder Legislativo, que melhor oportunidade para dar caráter legal a tais atos
e corrigir as situações irregulares?
Claro, até os fundos que porventura existam, tanto na esfera da União quanto na
do Estado e do município.
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Estas podem distribuir o texto da lei nos locais mais frequentados pela população
ou afixar a lei orçamentária em um quadro de avisos à entrada da prefeitura.
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Aparentemente, são três orçamentos. Mas, na verdade, se trata de uma lei que
engloba três documentos. O princípio da unidade está implícito no § 5º do art.
165.
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Saiba mais
Os princípios são de grande utilidade para o orçamento público no que diz
respeito aos aspectos financeiro, contábil e ético. Servem, fundamentalmente,
como instrumento de controle social, posto que fornecem as condições para
que os atos financeiros do Estado sejam conhecidos e avaliados pela
sociedade.
Unidade 3 - O caráter autorizativo do orçamento no Brasil
Objetivos
Introdução
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Vendo a imagem ao lado, vamos analisar uma situação hipotética. Suponha que,
ao examinar o orçamento do seu município ou Estado, você verifique que
constam ações de suma importância para a comunidade e que eram esperadas
com grande expectativa, como, por exemplo:
Qual o grau de certeza que você tem de que tais ações serão executadas?
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Para refletir
É válido destacar alguns pontos da controvérsia: na União, por exemplo,
existem tipos de receitas que são obrigatoriamente vinculadas a determinados
gastos e, por outro lado, existem certas despesas que têm caráter obrigatório,
como o pagamento de aposentadorias e pensões, pagamento dos juros da
dívida pública, repasse que a União é obrigada a fazer para estados e
municípios de acordo com o mandamento constitucional.
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Significa que ele não tem liberdade para executar o orçamento da forma que lhe
aprouver, uma vez que a Constituição Federal, além de outras leis, o obrigam a
destinar determinados percentuais da receita para despesas específicas, como
é o caso de educação e saúde.
Observe que a maior parte das despesas tem caráter obrigatório e que os
percentuais praticamente não se alteram no tempo.
2007 a 2009
Em R$ milhões
Em R$ milhões
Saiba mais
Diante dos números apresentados sobre o valor das despesas obrigatórias e
discricionárias, observa-se que as razões da controvérsia a respeito do caráter
do orçamento no Brasil fazem parte do mundo da política, onde a técnica tem
pouca contribuição a dar. Assim, torna-se subjetiva qualquer afirmação
conclusiva sobre o tema em discussão.
Para aprofundar seu conhecimento a respeito da discussão sobre o caráter do
orçamento no Brasil, leia o artigo “A falácia do orçamento autorizativo”, de
autoria do Consultor de Orçamentos do Senado Federal João Henrique
Pederiva.