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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

Tiago Figueiredo Araújo


Evandro de Oliveira Machado

HERANÇA GREGA PARA A DEMOCRACIA

Macapá
2018
Tiago Figueiredo Araújo
Evandro de Oliveira Machado

HERANÇA GREGA PARA A DEMOCRACIA

Trabalho do primeiro Semestre do Curso de Licenciatura


em história da Universidade Federal do Amapá –
UNIFAP, tendo como seguinte título: Herança Grega
Para Democracia.

Prof. Dr. Dorival Júnior

Macapá
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1

1 A DEMOCRACIA............................................................................................................. 1

2 AS ORIGENS DA DEMOCRACIA ................................................................................ 1

3 A CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA ......................................................................... 2

4 A CRÍTICA À DEMOCRACIA ...................................................................................... 3

5 A IGUALDADE................................................................................................................. 3

6 INSTITUIÇÕES DA DEMOCRACIA ............................................................................ 4

6.2 O Conselho dos 500 .................................................................................................... 4

6.3 A Ecclesia .................................................................................................................... 4

6.4 Os magistrados ........................................................................................................... 5

6.5 Os excluídos ................................................................................................................ 5

6.6 O ostracismo ............................................................................................................... 5

7 APOGEU E CRISE DA DEMOCRACIA ....................................................................... 6

8 ELFÍADES E PÉRICLES ................................................................................................ 7

9 A GUERRA DO PELOPONESO .................................................................................... 7

10 GRÉCIA – HERANÇA ................................................................................................. 7

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 8

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 8
ERANÇA GREGA PARA A DEMOCRACIA

Tiago Figueiredo Araújo


Evandro de Oliveira Machado

RESUMO
Atenas, cidade luz dos helenos, mais ou menos pequena, em um período relativamente breve,
não possuindo bases sólidas para se apoiar, atingindo em seu ápice apenas 250 mil habitantes,
conseguiu gerar institutos e destacar personagens que influenciam e regem a humanidade até
os dias atuais, o que é admirável para um povo praticamente semibárbaro. Não como há como
não se questionar se o pensamento de que o topo do desenvolvimento político e social da
humanidade ocorreu em Atenas a partir de Sólon, Clístenes e na era de ouro conduzida por
Péricles, a pelo menos dois mil e quinhentos anos atrás. Para compreendermos como a formação
política e histórica grega em seus aspectos contribuiu para a democracia que se tem hoje, é
preciso que se mergulhe na história e na formação política do povo Ateniense. Portanto,
mergulharemos na formação deste povo, para que se esclareça o surgimento e o
desenvolvimento da democracia. Assim mostrando a contribuição da Grécia para o cenário
político atual.
PALAVRAS-CHAVES: FORMAÇÃO POLÍTICA E HISTÓRICA GREGA;
DEMOCRACIA; CENÁRIO POLÍTICO ATUAL.
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1 INTRODUÇÃO

Nem um povo do mundo antigo cooperou tanto para a riqueza e a compreensão da


Política, no seu sentido mais amplo, como o fizeram os gregos de outro tempo. Sócrates, Platão
e Aristóteles estão relacionados ao campo da teoria. E já Péricles e Demóstenes estão na arte
da oratória.
Estes compreendiam a política como uma ciência superior, determinante de
qualquer organização social e com incontestáveis reflexos sobre a vida dos indivíduos. Para o
Aristóteles era a arte de governar a cidade-estado (pólis). Por causa de não conviverem com
estados-nacionais, entretanto, com organizações menores, as cidades, para os gregos, tornaram-
se o objeto da sua maior atenção. Como nenhum dos outros povos, não tiveram interesse pela
administração da coisa pública, se envolvendo nos intensos e exaltados debates políticos que
afetavam a comunidade, expressando extraordinária consciência sobre a importância e o
significado da palavra “eleutéria”, compreendida como liberdade e independência da cidade em
associação a qualquer outro poder vindo de fora – em um mundo cercado pelo despotismo e
pela tirania. A sua contribuição não ficou somente na teoria, deixando-se também os grandes
discursos de Demóstenes e de Ésquines que imortalizaram a oratória voltada para a ação.

1 A DEMOCRACIA

"Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao
contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar os outros. Seu nome, como tudo o
que depende não de poucos, mas da maioria, é democracia" (PÉRICLES, ORAÇÃO
FÚNEBRE: TRUCIDES - A história da Guerra do Peloponeso, Livro Segundo, pag. 109)

2 AS ORIGENS DA DEMOCRACIA

No decorre do século IV a.C., Atenas, a mais próspera das cidades-estados da


Grécia Ocidental estava sendo governada por um regime tirânico. Em 560 a.C. Pisístrato, um
líder popular, tomou o poder por meio de um astucioso estratagema, tornando-se então o
homem-forte da pólis.
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Ora, depois de se ferir a si mesmo, Pisístrato dirigiu‑se à ágora, fazendo‑se transportar


num carro, e começou a exacerbar o povo, dizendo que, por causa as suas ideias
políticas, havia sido vítima de uma conspiração montada pelos adversários. Recolhia
já a indignação e o alarido de muitos apoiantes, quando Sólon se adiantou e, postado
em frente dele, disse: «É com pouco jeito, filho de Hipócrates, que desempenhas o
papel do Ulisses homérico: é que te vales, com o objetivo de enganar os teus
concidadãos, dos mesmos artifícios que ele usou para burlar os inimigos, quando a si
mesmo se feriu.(Sol. 30.1- Gómez Cardó, Pilar; Leão, Delfim F.; Silva,
Maria Aparecida de Oliveira - Plutarco entre mundos: visões de
Esparta, Atenas e Roma, pag. 81)

Pôr, mas que fosse ilegal sua ascensão, isso não o impediu de fazer uma
administração que deveras impulsionou a prosperidade e o bem-estar da capital da Ática. Hípias
e Hiparco, filhos de Pisístrato sucederam o seu pai em 527 a. C., mas não tiveram o talento
paterno para manter a fidelidade dos cidadãos. Em 514 a.C., Hiparco foi morto por duas
pessoas, Armódio e Aristógiton, que por causa começaram a ser venerados como os tiranicidas.
Tendo consciência da perda do prestígio do regime, Hípias fugiu de Atenas, refugiando-se num
protetorado persa. Com a queda do governo tirano abriu-se caminho para que os dois partidos
tradicionais da cidade, o dos ricos, chefiado por Iságoras, e o dos populares, liderado por
Clístenes, passassem a disputar o controle de Atenas. Iságoras, apoiado pelo rei espartano
Cleômenes, conseguiu enxotar Clístenes.

Entretanto o povo se levantou contra e conseguiu trazer o líder de volta, dando-lhe


plenos poderes para elaborar uma nova constituição. A tirania perseguiu os partidários da
aristocracia, enfraquecendo a nobreza urbana, criando-se assim as condições para a implantação
de um novo regime. A monarquia, no que lhe diz respeito, já fora abolida há muitos séculos e
o título de rei (basileus) era mantido apenas por tradição. O regime oligárquico, por seu lado,
também sucumbira à tirania de Pisístrato. Abriam-se as portas, depois da expulsão do
descendente do tirano, para uma experiência inédita: o regime governado diretamente pelo
povo, a democracia.

3 A CONSTITUIÇÃO DEMOCRÁTICA

Com poderes delegados pelo povo como nomotheta, Clístenes implementou uma
profunda reforma política que possuía o objetivo de deslocar o poder das mãos dos nobres para
as dos demos (povo ou bairros e comunidades habitados).
A divisão política anterior da cidade de Atenas estava baseada nas quatro tribos
(filiai) formadoras originais da região, denominadas de guerreiros (Hoples), cultivadores
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(Geleôn), pastores (Aegicoros) e artesãos (Argadês), todas filhas de um mítico antepassado, Ion
(daí vem a palavra jônico, que denomina o povo que habitava Atenas e as regiões vizinhas).
Cada uma delas era chefiada por um patriarca, o filobasileus, que mantinha uma relação de
domínio sobre seus integrantes, favorecia os membros da nobreza, os quais integravam o
sistema das tribos e exerciam sua autoridade baseada na tradição.
502 a.C., Clístenes desativou a divisão por tribos e reestruturou a cidade em uma
outra, baseada em 10 demos que estavam distribuídos pelo interior, na cidade e no litoral.
Considerava-se cidadão (thetes) qualquer ateniense maior de 18 anos que tivesse prestado
serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma em diante os homens da cidade não usariam
mais o nome da família, mas, sim, o dos demos a que pertenciam. Manifestariam sua fidelidade
não mais à família (gens) em que haviam nascido, mas à comunidade (demói) em que viviam,
transferindo sua afeição de uma instância menor para uma maior. O objetivo do sistema era a
participação de todos nos assuntos públicos, determinando que a representação popular se
fizesse não por eleição, mas por sorteio.

4 A CRÍTICA À DEMOCRACIA

O sorteio, foi um dos aspectos da democracia ateniense mais criticado pelos


filósofos, especialmente Sócrates e Platão. Eles não aceitavam que a nave do estado fosse
conduzida aleatoriamente, ao sabor do acaso. Platão afirmava que adotar esse costume era o
mesmo que realizar um sorteio entre os marinheiros, num mar escalpelado, para ver qual deles
deveria ser o piloto a conduzir o timão para levar o barco a um porto seguro. Parecia-lhe
evidente que se exigisse que mesmo as tarefas comuns fossem assumidas por profissionais, hoje
diríamos técnicos; o estado só poderia ser dirigido por especialistas, pelos filósofos ou pelo rei-
filósofo, como logo abaixo será exposto.

5 A IGUALDADE

A base da democracia é a igualdade de todos os cidadãos. Igualdade perante a lei


(isonomia), e igualdade de poder se pronunciar na assembleia (isagoria), quer dizer, direito à
palavra. Essas duas liberdades são os pilares do novo regime, estendidos a ricos e pobres, a
nobres e plebeus. O sistema de sorteio evitava, em parte, a formação de uma classe de políticos
profissionais que atuassem de uma maneira separada do povo, procurando fazer com que
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qualquer um se sentisse apto a manejar os assuntos públicos, eliminando-se a alienação política


dos indivíduos.
Procurava-se, com o exercício direto da participação, tornar o público coisa privada.
Sob o ponto de vista grego, o cidadão que se negasse a participar dos assuntos públicos, em
nome da sua privacidade, era moralmente condenado. Criticavam-no por sua apatia ou idiotia.
Quem precisava de muros para se proteger era a comunidade, não as casas dos indivíduos.

6 INSTITUIÇÕES DA DEMOCRACIA

6.2 O Conselho dos 500

Uma vez por ano, os demos sorteavam 50 cidadãos para se apresentarem no


Conselho (Boulê) que governava a cidade em caráter permanente. Como eram 10 demos, ele
denominava-se "Conselho dos 500". Entre estes 500 deputados eram sorteados 50 que
formavam a prítania ou presidência do Conselho, responsável pela administração da cidade por
35 ou 36 dias. Cada demos era chamado, alternadamente, a responder pelos assuntos da pólis,
durante um certo período. O Conselho determinava a pauta das discussões, bem como a
convocação das assembleias gerais populares (a Ecclesia), que se realizavam duas vezes por
semana.

6.3 A Ecclesia

A assembleia geral que reunia o povo inteiro não tinha um lugar fixo. A palavra
ecclesia era utilizada para definir, genericamente, qualquer reunião para debater questões
públicas, semelhante ao comício (comitiu) romano em sua forma original. Entretanto, em
Atenas costumou-se fazer esses grandes encontros num lugar chamado Pnix, uma grande pedra
que dominava uma colina, a qual comportava parte considerável dos cidadãos. Quando a
ecclesia estava reunida, não só entravam na liça os problemas mais candentes da comunidade,
como se escolhiam os magistrados eletivos. As funções executivas estavam divididas entre os
magistrados sorteados e os escolhidos por voto popular. Eles eram responsáveis perante a
ecclesia por todos os seus atos, podendo ser julgados por ela em caso de falta grave.
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6.4 Os magistrados

As magistraturas eletivas concentravam maior prestígio. É o caso dos estrategos,


que formavam uma espécie de estado-maior que reunia os comandantes militares que chefiavam
os soldados de infantaria (hoplitas) em tempos de guerra. Cada estratego tinha que ser indicado
(eleito diretamente) pelo seu demo e aprovado pela ecclesia. O comando supremo era entregue
ao arconte-polemarco, chefe das forças armadas e virtual líder político da cidade. Explica-se a
longa liderança de Péricles, por mais de 30 anos, de 460 a 429 a.C., como resultado de suas
sucessivas reeleições para o cargo de estratego.
A segunda magistratura em importância era a dos juizes (arcontes) que formavam
o Tribunal de Justiça (areópago), em número de nove. O título de rei (basileus), como já vimos,
era mantido para o responsável pelo cerimonial religioso. A diferença entre as magistraturas
escolhidas por sorteio das determinadas por voto é de que as primeiras não podiam ser reeleitas.

6.5 Os excluídos

Quem participava efetivamente da vida democrática da cidade de Atenas?


Estimativas calculam que sua população, no apogeu da cidade, nos séculos V-IV a. C.,
dificilmente ultrapassava 400 mil habitantes [130 mil cidadãos (thètes), 120 mil estrangeiros
(métoikion) e 120-130 mil escravos (andrapoda)]. A sociedade ateniense vivia em parte do
trabalho dos escravos, sendo esses estrangeiros, visto que, desde os tempos das leis de Sólon
(cerca de 594 a.C.), gregos não podiam escravizar gregos. Além dos escravos, tanto os públicos
como os domésticos (oikétès) - ex-prisioneiros de guerra ou comprados nos mercados de
escravos - excluídos da cidadania, contavam-se os estrangeiros (métoikion) e seus filhos, que
igualmente não eram considerados cidadãos. As mulheres, independentemente da sua classe
social ou origem familiar, encontravam-se afastadas da vida política. A grande parte da
população, dessa forma, não participava dos destinos públicos, estimando-se que os direitos de
cidadania estavam à disposição, no máximo, de 30-40 mil homens, mais ou menos um décimo
da população total.

6.6 O ostracismo
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Uma típica instituição da democracia ateniense foi o ostracismo (ostrakón).


Tratava-se da votação feita anualmente para excluir da vida política aquele indivíduo que fosse
considerado uma ameaça às instituições democráticas. Consta ter sido Clístenes quem por
primeiro se utilizou dele para banir da cidade velhos seguidores da tirania. Para o cidadão perder
seus direitos políticos por 10 anos era necessário, entretanto, que seu nome fosse apontado,
geralmente em pedaços de cerâmica, em eleições secretas por mais de 6.000 votos. Isso evitava
que ele fosse vítima do capricho de um líder político que desejasse exilá-lo da comunidade.
Pode-se considerar o ostracismo como uma prática civilizada, pois evitava-se executar o
adversário político, sendo aplicado principalmente contra os chefes do partido aristocrático, que
sempre conspiravam contra o bom funcionamento da democracia. Além do mais, não se tocava
nos bens do atingido, comprometendo-se o estado a não causar nenhum dano a seus familiares,
que ficavam sob sua proteção. Cumpridos os dez anos de exílio, ele podia retornar e assumir
plenamente os seus direitos de cidadania.

7 APOGEU E CRISE DA DEMOCRACIA

Como qualquer outro regime político, a democracia ateniense foi testada pelas
guerras. Por duas vezes os gregos estiveram ameaçados de perder sua liberdade. A primeira
deu-se quando uma expedição naval dos persas tentou desembarcar nas praias de Maratona,
sendo derrotada pelo general ateniense Milcíades, em 490 a.C., e a segunda, quando os persas
invadiram a Grécia sob o comando do rei Xerxes, em 480 a.C., sendo novamente derrotados
nas batalhas de Salamina e Platéias, desta vez por Temístocles. A vitória de Atenas projetou-a
como líder das cidades gregas, formando-se então uma simaquia, ou liga federada entre as polis,
denominada de Liga de Delos (formada em 478 a.C). Durante o trintênio de Péricles, também
considerado como o período do seu apogeu, aproveitou-se dessa liderança para lançar mão dos
recursos financeiros da Liga para embelezar a cidade, restaurando então o célebre templo do
Pártenon (em honra à deusa Atena Pártenos, a protetora) em mármore e ouro. Isso serviu de
motivo para que as demais cidades integrantes da Liga de Delos se sentissem lesadas, situação
que terminou sendo explorada por Esparta, que liderou uma confederação contra os atenienses,
levando-os a uma guerra desastrosa: a Guerra do Peloponeso.
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8 ELFÍADES E PÉRICLES

Dois líderes do partido democrático se destacam naquela época de esplendor:


Elfíades e Péricles. O primeiro conseguiu reduzir o poder do Areópago ateniense (espécie de
senado vitalício e símbolo do poder dos aristocratas) e o outro introduziu o pagamento em forma
de subsídio a todo cidadão pobre que participasse das tarefas políticas das cidades, denominado
de mistoforia (o misthos ecclesiastikós). Dessa forma, os de origem humilde, podiam ter sua
atividade garantida nas assembleias, bem como exercer algumas das magistraturas. Essa prática
desagradou profundamente os nobres e os ricos. Sócrates, que não tinha simpatias pela
democracia, lamentava que as assembleias estivessem tomadas por sapateiros, carpinteiros,
ferreiros, tendeiros e até vendedores ambulantes, o que fazia com que as pessoas de bom gosto
e fortuna se afastassem da vida pública, abandonando o campo da política nas mãos dos
demagogos e dos sicofantas (delatores profissionais).

9 A GUERRA DO PELOPONESO

Mas a verdadeira causa do declínio das instituições democráticas foi, resultado da


derrota ateniense, perante as forças espartanas na longa Guerra do Peloponeso (431 - 404 a.C.).
A oligarquia tentou retomar o poder do meio do governo dos "Trinta tiranos", em 404-403 a.C.,
mas uma rebelião pró-democracia conseguiu restabelecê-la. Em 338 a.C. os atenienses sofreram
um novo revés, dessa vez perante as forças do rei da Macedônia, Felipe II, e seu filho Alexandre,
na batalha de Queronéia, fazendo com que a cidade terminasse por ser governada pelos
sucessores (diádocos) macedônicos. Sua terminação ocorreu durante o domínio romano,
quando a Grécia inteira se torna uma província do Império, a partir de 146 a.C.

10 GRÉCIA – HERANÇA

Atenas foi o local onde nasceu a democracia. Através da estrutura criada por
Clístenes pelo poder dado a ele pelo povo, propiciou-se a criação de um regime que serviu e
serve de base para o governo do Brasil, e muitos outros governos pelo mundo.
A democracia ateniense deixou legados, é estes são: o povo como governante, a
participação de todos nos assuntos públicos, voto como meio de eleger um representante
político, a igualdade entre todos, qualquer pessoa pode ser apta a governar.
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11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje, existe muitas definições para democracia, tendo em vista suas adaptações e
complexidade de formas, entretanto, em Atenas da antiguidade, pode-se defini-la como
Péricles: o governo democrático é aquele cuja administração do Estado não pertence a um ou
poucos, mas sim a muitos, que tem como princípios fundamentais a igualdade perante a lei e a
liberdade de opinião, onde a participação nos negócios públicos está aberta a todos, e quem se
desinteressa da condução do Estado passa a ser mal visto, pois se tem a plena confiança na
deliberação.
Diante de todo a pesquisa e análise realizado e exposto, não há como negar o
pensamento de que o ápice de desenvolvimento político e social da humanidade ocorreu em
Atenas a partir de Clístenes, Sólon e na era de ouro conduzida por Péricles, a pelo menos dois
mil e quinhentos anos atrás.
Deste modo, a certeza que fica é que a Grécia contribuiu e contribui para a
democracia que se tem hoje no Brasil e em outras partes do mundo, onde o povo governa e
elege o seu representante através do voto, e também onde estes são iguais entre si.

BIBLIOGRAFIA

AMADEO, Juan R. Llerena. VENTURA, Eduardo. El Orden Política. Buenos Aires: A- Z


editora S.A., 1997
BÁRBARA, Maria Leonor S. LEONE, Carlos. A Herança Grega
SCHILLING, Voltaire. http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia.htm
SCHILLING, Voltaire. http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia2.htm
SCHILLING, Voltaire. http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia3.htm
SCHILLING, Voltaire. http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia4.htm
SCHILLING, Voltaire. http://educaterra.terra.com.br/voltaire/politica/democracia5.htm
TUCÍDIDES. Coleção Clássicos ipri. História da Guerra do Peloponeso.pdf

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