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O - DOMINGO - 1901-1904 - DOMINGO - 02 - DE - OUTUBRO - DE - 1904 - N - 168 Jornal Montijo PDF
O - DOMINGO - 1901-1904 - DOMINGO - 02 - DE - OUTUBRO - DE - 1904 - N - 168 Jornal Montijo PDF
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S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L A
E X P E D IE N T E tas desillusÕes, tornou-se AMOR E ODIO Supprimi o amor das formulação alcoolica. Para
misanthropo e foi viver pa moléculas e dos átomos e isso deitam-se numa dor
Slogamos aos nossos ra a sua quinta de Valle de A distancia que separa não haverá corpos;acabae na, juntando-se-lhe duas
estim áv e is assiguaitíes a Lobos, a sós com a Natu estes dois termos é egual com o odio e não haverá vezes o seu peso de agua
fineza ile nos p a rtie ip a reza, conversando singela á que existe entre inferno e inferno. aquecida á temperatura de
peas* «fBBaiqsies* falta aia r e mente com os homens do céo. Podem existir h >mens 5o graus; logo que ellas te
m essa do jo rn a l, p a ra de campo, onde ainda se en A duas pessoas que se sem Deus, mas não os ha, nham adquirido o seu vo
p ro m p to pa*ovide»ciai‘- contra a rude franqueza, amam pouco basta; a duas de certo sem o amor, por lume natural em verde, de
IliO S . porque não sabem afivelar que se odeiam nada as sa que até os proprios atheus vem esmagar-se, para que
no rosto a mascara da hy- tisfaz. amam. Os que odeiam toda a polpa possa entrar
ice eitai!i-sc eom g r a ti pocrisia. O amor edifica; o odio tambem amam e o odio, em fermentação, o que tem
dão djBíaesígtgea* uoticias E Alexandre Hereulano, destroe. O amor une; o algumas vezes, é o amor, logar passadas algumas ho
qsae sejam de saiíeresse que sempre foi um cara odio separa. mas amor não correspon ras.
psshlieo. cter rigido e sincero, dava- Ao amor se deve o que dido. A duração da fermenta
se bem naquelle meio, ha de mais bello e melhor. Eu não sei qual é o peor: ção é mais ou menos lon
sentia-se reviver. Os Lusiadas devem-se ao se odiar os outros se. amar- ga, segundo a riqueza sac-
Lá o iam comtudo visi amor de Camões á sua pa se a si e só a si O amor charina da massa e a sua
tar as maiores summida- tria. Beatriz foi a musa ins- proprio é o unico que não temperatura Para activar
des litterarias, pedindo-lhe piradora do auctor da Di convém. o desdobramento do assu
auxilio e conselho, e elle a vina Comedia. B R IT O MORENO. car é conveniente juntar,
todos recebia com o seu O amor da gloria tem por cada hectolitro dagua,
sorriso lhano e bondoso, legado á humanidade con um litro de borra fresca de
com as suas maneiras sim quistadores assombrosos e vinho.
Commemorou-se ha dias ples e desaffectadas. escriptores sublimes. Apenas terminada a fer
em Santarém o anniversa O paiz deve-lhe muito e O ’amor da sciencia faz iíistilla ç â o «las am eixas mentação submette-se á
rio da morte do grande tem uma divida a pagar. os sabios e o amor da ver seccas distillação toda a massa li
historiador que em vida se Essa divida não póde fi dade os santos e os marty- quida, polpa e caroços. A
chamou Alexandre Hercu- car em aberto. res. Em alguns pontos do paiz menor demora póde occa-
lano. Foi uma festa sympa- JOAQUIM DOS ANJOS.
O iman ama o ferro, a a cultura da ameixeira tem sionara azedia d’este vinho
thica, apesar de modesta, lua ama a terra, esta ama uma grande importancia e de ameixas e tornar illuso-
e que muito honrou as o sol, a ave o canto, o ava póde desenvolver-se ainda rio o rendimento alcoolico.
cinzas do iilustre solitário T h e a tr o rento o ouro, Deus o bem, mais. A distillação deve conti
de Valle de Lobos. Tem logar hoje no ar o diabo a perdição. As ameixas sêccas, nem nuar-se até que o liquido,
Alexandre Hereulano foi mazém do sr. José Antonio Para os que amam a vi sempre bem preparadas, na caldeira, esteja comple
uma das maiores glorias dos Reis uma extraordina- da corre mansa esocegada, tem uma venda difficil, sen tamente exgottado de alco
portuguezas. Homem in- ria recita pelos amadores o trabalho é distracção, a do por isso muito conve ol, o marque zero no alco-
quebrantavel, caracter de desta villa, srs. Adriano pobreza conforto e a tris niente utilisal-as para a fa ometro.
rija tempera, sempre des Tavares Móra, Guilhermi- teza... nem sabem que bricação da aguardente. Se o appareiho distillato-
prezou as honras e as dis- no Pires, Raul Nepomuce habita na terra! Das ameixas, como de rio não produz continua
tineções balofas com que no da Silva e Antonio Ne Amor e odio! são idéas todos os fruetos sacchari- mente aguardente a 5 2o, é
tantas nulidades para ahi pomuceno da Silva. Como tão oppostas que, quando nos, póde obter-se alcool. necessário repassa 1-a ao
se pavoneiam. Nem quiz já dissémos, o espectáculo se albergam no mesmo As ameixas sêccas contêem alambique para obter
ser commendador, coisa é dedicado ao Novo Club, individuo, aquelle deposi glucose, matérias organi- aquella graduação com
que nós encontramos ahi tendo, por tal motivo, sido ta-se na cabeça e este nos cas azotadas e gommosas, mercial.
a cada passo. Queria só offerecidos bilhetes de con pés: encosta-se a cabeça acidos, saes e fermentos,
uma honra—-a do talento vite aos socios e a suas fa a quem se ama e o pé a cuja massa misturada na SíBicalypíos
— e essa teve-a em tão su milias. quem se odeia. ag.ua á temperatura neces-
Na horta do Bessa, d’es-
bido grau que poucos ain A sala está elegantemen O que ama é optimo; o saria, constitue um conjun ta vilia, ha já uma boa por
da o têem conseguido te ornamentada. Kspera-se que odeia é péssimo. to proprio á fermentação
ção d’estas arvores, capa
egual ar. uma enchente. Se não fosse o amor alcoolica.
Deus ter-se-ia cançado de Asameixas maduras ren zes para transplantar.
A sua Historia de P or
tugal— o livro de ouro onde formar homens de barro e dem 14a 1ó litros de aguar
todas as gerações têem que *?osc dos fcasEíos O liv eira mulheres de costellas e o dente a 52 °, ou 7 a 8 litros .V Camara lln a ic ip a l
estudar e aprender, basta mundo continuaria desha- de alcool por ioo kilos.
va, por si só, para lhe le Acha-se ha dias incom- bitado. Mais; se não fosse O rendimento alcoolico Mais uma vez vimos lem
vantar um eterno monu medado de saude o nosso o amor Deus não formaria das ameixas sêccas póde brar á ex.ma camara muni
mento de gloria. E’ uma amigo José dos Santos Oli o homem, pois só lhe deu elevar-se ao dobro, sem cipal a conveniencia de
obra perfeitíssima que hon veira, digno tenente de in existencia para ser amado exagge ração. mandar tapar por comple
ra a litteratura do paiz. fanteria, por cujo restabe por elle. A aguardente de amei to os poços públicos desta
Não ha talvez nos seus lecimento fazemos sinceros Quereis saber a origem xas de Õ2°, que é a sua gra villa e collocar-lhes bom
livros a doçura e suavidade, votos. do odio? Ide procural-a á duação commercial, ven bas, afim de se evitar que
mas ha em todos elles, origem do homem, ao bar de-se em França a 125 réis a garotada deite nelles to
sem duvida, uma correcção, Com m ercio do i®ovo ro de que foi feito O odio o litro, mas a sua produ da a raça de immundicies.
um brilho de fórma, uma representa a lama de que cção e consumo são por Sabe-o quasi toda a gente
pureza de estylo genuina Chamámos a attenção
j de a humanidade sahiu. emquanto muito limitados. desta villa que a agua dos
mente portuguezes. Foi o quem nos lê para o annun O amor veio do Alto, Do mesmo modo que a •poços públicos era putavel,
mestre de todos nós. cio deste estabelecimento eleva; o odio rebaixa, con passa de uvas, as ameixas e hoje, se o não é, deve-se
Aborrecido do viver so na secção competente. funde com 0 lodo de que sêccas não podem ser dis- isso á incúria da nossa ca
cial, cançado talvez de mui E’ de grande interesse. procede. tilladas sem soffrerem a mara.
O D O M IN G O
A lco ch ete to, continuam a estar amea C O FRE DE PÉRO LAS LITTERATURA
Effectuaram-se, confor çados de serem aggredi-
me noticiámos, na aprazí dos pelas pedradas que os A noiva de dòce
vel villa de Alcochete, no garotos atiram uns aos ou A MULHER
preteri to domingo, as cor tros, como se isto fosse um Em quanto noivos e con
ridas de bicyclettas. Foram deserto. E não é só de dia vidados partiram para a
que o tiroteio da pedra se Escuro enigma! A tua chave egreja, o padrinho abasta
distribuídos prémios pelos effectua, senão tambem de Quem é que póde encontrar?
cyclistas. do capitalista e acreditado
noite, ás vezes até ás onze Ora, risonha e suave, confeiteiro, enviava de pre
horas, chegando mesmo Conjugas 0 verbo «amar». sente áos afilhados uma
S am ouco a fazerem pouco de quem esplendida bandeja com
vae admoestai-os. Ora nos voltas 0 rosto, finos doces, flores, passa
Deve effectuar-se hoje Ao sr. administrador do Com desdenhosa iroria, rinhos e figurinhas allego-
no Club Samouquense um concelho pedimos provi Mudando em fundo desgosto ricas--um bijou emfim. O
apparatoso baile, que será dencias para este estado de A nossa immensa alegria. que mais sobresahia de to
abrilhantado poi' um ter- coisas. do a uelle conjuncto pri
cetto sob a direcção do sr. morosamente architecta-
José Cândido Rodrigues As vin d im as E s um mixto de ternura
E de a t r o - perversidade; do, era uns noivos em mi
d’Annunciacão. Estão, nesta região, as niatura, que no topo da
Ora ingénua, meiga, pura,
vindimas a terminai-. A pro Ora um monstro de maldade. quella montanha assuca-
"O FigEseirocnse.. ducção, que este anno é rada, sorriam desafiando
grande, deu occasião a que o appetite.
Recebemos, pela primei o preço da uva chegasse Tens nos olhos brilho tal Lulu, irmão da desposa
ra vez, a visita deste nos ultimamente a 240 réis a Que encanta os pobres mortaes; da, rapaselho dos seus 6
so collega, que se publica arroba. Tem sido vendida E no teu olhar fatal annos, assistira á chegada
em Figueiró dos Vinhos, muita para fóra, não de Ela scentelhas infernaes. do presente e ficára tão
que muito agradecemos. vendo por isso haver muito inpressionado com a gentil
vinho, como é de cos.ume. Mas, com todos os senões, bonequinha que para logo
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Diga o mundo 0 que disser, protestára um incommo-
Consta-nos que a cama Oh! tristes dos corações do passageiro e se deixára
C alcetam ento
ra vae brevemente man Se nao vivesse a mulher! ficar, valendo-se da bara
dar amplear o cemiterio Vão brevemente come funda que ia na casa e na
desta villa. A ser verdade çar os trabalhos de calce JOAQUIM DOS ANJOS. familia.
que se não faça demorar tamento na ruadoQuariel Lulu introduzira-se co
muito tempo, pois terá as Merece-o, pois é uma das mo um malfeitor na casa
sim coberto uma falta de ruas do Bairro Serrano que do jantar, ouvido á esc ufa,
ha muito aqui sentida. O melhores prédios têm. PENSAM ENTOS pallido de susto, o coração
cemiterio como actualmen batendo apressado. Afas
te está é acanhadíssimo. tou com cuidado tudo que
A nniversarâos
--««>---o 0 conselheiro ha de ser prudente e secreto, sábio e lhe servia de obstáculo e,
L u íu o»» Completou hontem mais velho, amigo e sem vicios: não cabeçudo, nem temerário, com mão tremula, a res
um anniversario natalicio, nem furioso. — - P . Antonio Vieira. piração contida num so-
Falleceu nesta villa pelas a esposa do nosso amigo, — Emquanto 0 amor na mulher é a historia da sua b r e s a lt o c re s c e n te , a g a r
8 horas da noite de 21 de sr. Antonio Joaquim Ser vida, no homem é apenas um episodio. — Madame rou a frágil figurinha que
setembro findo, João Dias, queira, conceituado com Stael. sorria descuidada, deixan
de 76 annos de edade, ca merciante da praça de Lis — .4 innocencia da alegria sincera não é senão do povo. do o companheiro immo-
sado, proprietário, natural boa. — 0 dinheiro é o melhor conselheiro de Estado que vel na sua toilette irrepre-
nesta villa, victima de amol- Parabéns. teem os reis. — D. Francisco de Mello. hensivel.
lecimento do cerebro. -—Tambem hoje passa o Lulu contemplou de per
Que descance em paz. anniversario natalicio da to o seu thesouro: beijou-a
— Tambem no dia 3o, sympathica Cecilia,filha es soffregamente, lambendo-
pelas duas horas da ma tremecida do nosso amigo, ANECDO TAS lhe o carmim das faces;
nhã, falleceu Maria da Con sr. José d'Aguiar Guima parecia-lhe ainda um sonho
ceição Cardeira, de 56 an rães. tel-a alli na sua mão, tão
nos de edade, casada, na As nossas sinceras felici — Posso jurar-lhe que E. sendo um flibusteiro, é, linda, tão elegante, com o
tural desta villa, victima tações. ao mesmo tempo, um grande philantropo. .. seu vestido branco, o seu
de uremia e estomatite ul- — No dia 4 do corrente, — Bem sei. .. só pensa nos bens dos outros. véo transparente e a sua
cera-membranosa. tambem o no-sso amigo, sr. corôa virginal.
Paz á sua alma. José Assis de Vasconcellos, Agora era delle e nin
completa mais um anniver guém seria capaz de a go-
sario natalicio. Namoros de praia. sar. O rodar das carrua
Ao sr. a d m in istra d o r do Antecipadamente felici Ella: Já lhe disse que perde 0 tempo; o meu coração gens acordou-o do extasi
-concelho
tamos o sr. Vasconcellos, deixeio em Lisboa. em que estava mergulha
Os habitantes d’esta vil desejando-lhe que conte Elle: Ora, isso que fa~! Manda-se um telegr anima do; o peso do seu crime
la, principalmente os que muitos mais dentro das para Ui o remelterem como encomenda postal. Eu pago desenhou-se-lhe no rosto e
moram na Praça Serpa Pin maiores felicidades. 0 lelegramma e os sellos! fugiu espavorido não lar-
se póde vér uma rapariga pobre ta tornava infame aos meus proprios ella lhe arrancara, se principalmente I quaes o pae deu credito, eram falsos-
FOLHETIM olhos. Amo a Magdaiena; ella anima fosse amigo do Pedro, não teria he
zer-se rica em poucos annos e trans Receio escandalisal-a deixando-lhe vêr
formar-se como n’um conto de fa o meu amor; só de mim depende ca sitado em lhe dizer a verdade, era que. apesar do que ella assegura, o
Traducçáo de J. DOS ANJOS das. sar com e lla ... lhe demonstrar que a Magdaiena era meu coração não est i perfeitamente
— Eflectivamente assim é, disse o — Deve ser então muito feliz, in uma d'aquellas raparigas com quem convencido. Não é culpa minha que,
pintor, náo podendo deixar de se sor terrompeu o Mauricio. procurando um homem honesto não pode casar. apesar do amor de que está quasi a
rir. escapar a nma pergunta que presen- Mas tinha tomado um compromisso trasbordar, tenha nutrido alguma des
JLivro S egu n d o - E tambem. para fazer fortuna em tia. e queria cumpril-o. O Pedro não lhe confiança. Esperava, quando o vi
cinco annos. foi preciso que a Magda — Seria eflectivamente muito feliz,era nada e não queria que a Magda ainda agora, que o senhor me pu
111 iena tivesse protectores bem podero se conhecesse a origem da fortuna iena pudesse imputar-lhe a sua des desse esclarecer. Mas já sei queda
sos! que me otlerecem para compartilhar. graça. Por outro lado, repugnava lhe sua bocca não saberei nada. Devo
— Certamente! E até muito rica, — Attenção! disse comsigo o Mau Essa origem é pura? mentir. pois fiar-me na palavra de Magdaie
respondeu o Maricio, perguntando ricio, estamos na occasião difficil. Todos os escrupulos que se tinham — Se a origem d'essa fortuna é pu na e. uma vez que ella affirma que
liindo comsigo, com um certo terror, Enganava-se. porque o Pedro, mu levantad na alma leal de Pedro desde ra? respondeu elle, fingindo-se sur- esses bens foram adquiridos legitima
o que accrescentaria áquellas palavras dando de repente ce cara e de tom. a volti da Magdaiena, as suas incer prehendido. Porque não ha de ser? mente, contentar me-hei com essa
se o Pedro levasse mais longe o.seu pegou-ihe no braço e disse-lhe, com tezas. as suas duvidas, os seus receios, Demais, porque não interroga a me affirmação.
ínterrogatorio. a voz alterada pela commoção: rebentavam n'aquelle grito. 0 Mauri nina Magdaiena? — Visto que a ama, parece me que
— Não é para admirar que uma mu- — O senhor é novo como eu, ho cio ficou profundamente commovido — Não me atrevo! suspirou o Pedro. é o melhor que tem a fazer, replicou
iher tenha alcançado iáo prompta- nesto com toda a certeza e está ou já com aquella mostra de probidade. — Mas deve atrever-se. o Mauricio.
mente uma brilhante fortuna? tornou esteve namorado; portanto deve me Se se tratasse de uma outra mu her — Da primeii a vez disse-mé ella que
este. Paris é uma cidade bem e .tra- comprehender. Não ha.,de querer dc-i- que não fosse a Magdaiena. se náo os boaios que correram a seu respei; (C o n tin u aj.
ordinaria. não éverdade? Só lá é gue xar-me commetter uma ac.áo que me estivesse ligado pela promessa que to durante a sua longa-ausençia e aos
O D O M IN G O
g-ando comtudo a sua pre C o is a s d e íj8Bç q u a s i i o judicial d’esta comarca no JOSE A. DA FONSECA YAZ YEI.HO — Tambem se compra o
za. Poucos momentos de d o s g o sta a n dia nove de outubro pro S O L IC IT A D O R n.° 165 d O Domingo.e pa
pois dava entrada na casa De ganhar a dois carri ximo pelas onze horas da Encarrega-se de solicitar ga-se muito bem.
do jantar a alegre comitiva. nhos. manhã, para ser vendido em qualquer repartição pu
A imponente bandeja cha De impingir gato por' pelo maior preço que for blica nesta comarca. Pre
mou logo todas as atten- lebre. offerecido e superior ao ços modicos. ,83
ções, e a um grito unanime De fazer ouvidos de' abaixo declarado o seguin R. da Calçada, Aldegallega
de admiração, seguiu-se mercador. te predio do casal:
VENDE-SE
um outro não menos ex De ensinar o Padre Nos Uma fazenda composta
pressivo. so ao vigarjo. de casas para arrecada- Vende-se uma porção de
Como dominando aquel De nm no papo outro cões, vinha e terra de se- barricas. Quem pretender
• T-
la montanha de doçuras no sacco. meadura, situada no Pinhal Na administração d’este dirija-se a Francisco Justi-
estava somente o triste De fugir com o rabo á do Monte, freguezia de Sa jorna] se vendem a 80 réis niano Marques, rua do Rô-
noivo com a sua cara de seringa. rilhos Grandes, foreira em o kilo. lo, Aldegallega.
tolo, — a noiva tinha des- De chegar a braza á sua 10S760 réis annuaes e lau
apparecido! Que funesto sardinha. demio de dezena a Luiz
persàgio! E a menina que De tirar a sardinha com Pereira Fialho, d'esta villa, A R M A Z É M DE M O V E I S
chegára da egreja tãoteliz, a mão do gato. e o dominio util posto em — D E —
chorava agora tão com- De abarcar o céo com praça em 1:3oo$>ooo réis
movida, procurando an- as duas mãos. O arrematante além das JOSE M M 0 S Ê A & B S í M
ciosa entre as trouxas de De sol na eira e chuva despezas da praça, pagará £3 ua d o ('o sn d e . 4 -8 . -1 8 -a. J-8 -Jk ( p r e d io d e a x u le jjo )
ovos algum vestigio da no nabal. por inteiro a respectiva A L D E G A L L E G A DO R IB A PEJO
raptada. O marido mais De tirar nabos da puca- contribuição de registo.
prosaico dizia-lhe sorrindo: ra sem se escaldar. Completo sortimento de mobílias para sala, casa de
— Não procures mais, Aldegallega do Ribatejo, jantar, quartos e cosinha. Camas de fino gosto, tanto
tontinha, está claro que Cem estes fios teça-se 27 de setembro de 190 4. em madeira como em ferro, lavatorios, baldes, regado
foi roubada. res, bidets, bacias para pés, tinas para banho e retretes.
uma carapuça que ha de 0 E S C R IV Á O ,
Alguidares de zinco de todos os tamanhos, fogarei
Todos foram da mesma haver muito a quem sirva.
opinião, só a noiva excla Antonio Julio Pereira ros de chapa de ferro, tigelas da casa e baldes de ferro
mava revoltada: Moulinho. zincado. Malas em todos os tamanhos e feitios cober
— Roubar a noiva! oh! tas de lona, oleado e folha.
Verifiquei a exactidíio;
é infame! COFRES A PROVA DE FOGO
— Mas quem foi?... ANNUNCIOS O JUIZ DE D IR E IT O ,
resistentes a qualquer instrumento perfurante ou cor
gritavam todos. S. Motla. tante com segredos e fechaduras inglezas, recebidos
Lulu, pallido, com a ca directamente de uma das melhores fabricas do paiz.
beça baixa, via chegar o ANNUNCIO Os attestados que os fabricantes possuem e cujas
fatal momento. Estava per MU EMPREZA DE ADUBOS ARTI- copias se encontram n’esta casa, são garantia mais dp
dido! que sufficiente para o comprador.
Os olhos investigadores FICIAES Tapetes, capachos de côco e arame, de duração infi
dos assistentes cravavam- Alt,o da ISarrosa nita. Completo sortido de colchoaria e muitos outros
se no raptor. artigos. Vende-se tambem mobilia a prestações sema
Era elle, era o Lulu!.. . ( l . a P ublicação) AOS LAVRADORES naes ou mensaes, á vontade do freguez, e por preços
----Roi o mano, gritou a sem competencia. Ninguém que tenha amor ao dinhei
noiva, foi elle que ficou em Esta empreza acaba de ro deverá comprar móveis sem primeiro se informar
casa! Por este juizo de direito receber uma grande quan dos preços realmente limitadíssimos por que se vende
— Grande maroto! re- e pelo inventario orphano- tidade de superphosphato n’esta casa. >85
gougou o pae preparando- logico por obito de Maria que offerece aos ex.'"os la N’esta casa se pule e concerta mobília com perfeição.
se para lhe puxar as ore Angelina, viuva de Manuel vradores a 3qo réis cada
lhas. Você faz uma coisa de Paiva Carromeu, resi sacca, fazendo ainda um
d’estas num dia destes? dente que foi em Sarilhos preço especial de 100 sac-
Ponha já para aqui a noiva! Grandes e é cabeça do cas para cima.
— Sim, senhor, venha a casal o filho Manuel de Tambem se encarrega v O IS R O lC 0 0 P O V O
noiva! berraram os convi Paiva Carromeu, volta á da moagem de milho a 3 oo €5 siaals viisio e m ais I>cjií s o rtid o e sía h c le c lm e a to
dados. do asI?>aíeJo
praça á porta do tribunal réis a sacca.
— Não a tenho, mur
murou o pequeno, choran Por motivo do extraordinário sortimento que já se
do. acha apartado para a estação de INVERNO, que muito
Mas o pae enforecido breve começa a chegar, os proprietários d’este vanta
teimava gritando-lhe: joso estabelecimento resolveram vender todos os arti
— Ponha já pai a aqui a CO gos da estacão de verão (que poucos restam já) com
noiva, seu tratante!
E num choro convulso, co
O Consultorio de medicina GRANDES ABATIMKNTOS!!!
Tem artigos que são verdadeiras pechinchas:
o pobre Lulu cahiu de joe o
lhos, dizendo a custo:
— Não posso; comi-a! O
Q e Cirurgia dentaria Retalhos de cassas, setinetas, mousselines, cassinét-
tes, grenadines, etc., etc. Retalhos de casimira por me
— DF.
tade do sen valor. Alguns dão fatos para rapazes.
H
'G E R V A S IO LO B A TO . ENORME SALDO DE COLLARINHOS em algodão,
UJ dos feitios mais modernos, a 5 0 rs.;- em linho, a ÍO O rs.
O ^ A divisa d'esta casa é sempre vender barato para ven
S u id U lio O FharsHaeeiitico e c iru rg ião -d e iílista
< H der mais, e a todos pelos mesmos preços, que são fixos.
Suicidou-se por enforca 00 Z ---------- -ma-:----------
mento no dia 25 de setem O W AO COMMERCIO DO POVO « « -
bro findo, pelas 8 horas e OC 2 Cura certa e rapida de todas as doenças da Rua Direita, 88 e go — — Rua do Conde, 2 a 6
meia da manhã, Antonio O ^rv/i bocca e dentes. Aldegallega do R ib a te jo
Martins P adre, de 44 annos O H Obturações a ouro, platina, esmalte e cimen-
de edade, casado, trabalha oí 00
Z
to. Extracção de dentes sem dor, por meio cie
anesthesia local.
NUNES DE CARVALHO & SILVA
dor, natural desta villa.
----------—<0—-£<38s2>á-»—------------- -
~ Corôas em ouro e esmalte. Dentaduras arti-
” © K auta.,
,,
U" ficiaes em ouro e vulcanite.
Começou a publicar-se UJ
O
D E N T E S A. PIV O T
E S T E V Ã O J— O * COM
S E D O S R E IS
em Ilhavo, um novo sema U-,
nario independente, com cn
Z 193 TRABALHOS GARANTIDOS OFFICINA DE CALDEIREIRO DE COBRE
aquelle titulo. UJ Encarrega-se de todos os trabalhos concernentes
Ao novo collega deze- a R U A D IR E IT A N.° 65 — Aldegallega á sua arte.
jamos muita vida e pros- R U A D E JO SÉ M A R IA DOS S A N TO S
peridades. ALDEGALLEGA
fi £ 1. ti .10 A 1! I ;Y i; A K A M H : A G R A N D E A R M A Z É M SALCHICHARIA MERCANTIL
1) E
I)E
I MNacionaes
O S 1e eiotscos
FEÍII
3 Q ai O deiras peripecias, por tal maneira dramaticas e pittorescas, que dão á G U ER
2 RA A N G LO -B O ER. conjunctamente com o irresistível attractivo diurna nar
o rativa histórica dos nossos dias, o encanto da leitura romantisada.
z 5 Q «c'o/3■0 .<V;3 A Bibliotheca do DIARIO DE NOTICIAS
apresentando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por umpreçcrdi--
o o ^3 minuto, julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo
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tempo desejam deleitar-se e* adquirir perfeito conhecimento dos successos
que mais interessam o mundo culto na actualidade.
Pedidos d Emprega do D IA R IO D E N O T IC IA S
ASÍAB^YSliS AKSOEurTASIlilVrSS &.&6g.%lVIviSÍAS Rua do Diario de Noticias, 110— LISBOA
o Uj Q
Preços proporcionaes ds dosagem por unidade: O <3 cá Agente em Aldegallega — A. Mendes Pinheiro Junior.
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I Azote....................................................................................... Rs. 400 to < © o ^<sj
K ilo Acido phosphorico................................................................ » 1 -o
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(P o tassa..................................................... .............................
e ainda muitos outros números de differentes percentagens. íChronica cio reinado de Luiz X V ) official de relojoeiro, ex-empregado da
Romance historico por importante casa J. Maury, de Lisbôa.
E. LADOUCETTE Aproveitando esta occasião, roga aos seus nume
r • 1 1 . - Í 2$!8oo rs. sem sacca rosos freguezes o favor de visitarem o seu estabele
ra n n h a de trem oco <& r
(2$ fio rs. com sacca Os amores trágicos de Manon Les cimento, onde encontrarão um soberbo sortimento
Moagem de tremòço por conta do lavrador, 240 réis <aut com o telebre cavallèiro de
Grieux. formam o entrecho cTeste
de objectos de ouro e de prata e relogios de algibei
por càdo sacca romance, rigorosamente historico, a ra, de mesa e de parede. Especialidade em concer
que Ladoiuette imprimiu um cunho
de originalidade devéras encantador,
tos de relogios chronometros, barometros, chrono-
Pelo systema commercial adoptado n’esta empreza, A corte de Luiz xv, com iodos os graphos e de repetição. Tambem se acceitam pro
estão inteiramente postas de parte todas as apprehen- seus, esplendores e misérias, é escri-
pía magistralmente peio auctor d '0
postas para concertos em relogios de torre, quer
sões dos lavradores, com respeito a fraudes de qual Bastardo da Rainha nas paginai do n’esta villa ou fóra.
quer natureza nos adubos que lhes vendemos. seu novo livro, destinado sem duvi
da a alcançar entre nós exito egual
Concertos em caixas de musica, em objectos de
As analyses são feitas em amostras exlrahidas da re aquelle com que foi recebido em Pa ouro e de prata com a maxima perfeição e rapidez
messa no acto da expedição, e em qualquer laborato- ris, onde se contaram por milhares
os exemplares vendidos.
por preços modicos.
rio official á escolha do comprador, sendo por conta A ediçáo portugueza do popular e
deste até ao limite de cinco toneladas (salvo prévia re commovente romance, serã feita em
fasciculos semanaes de 16 paginas,
cusa) e de nossa conta d’ahi por deante. de grande formato, illustrados com Toòos "os trabalhos se qaranfem por um anuo
soberbas gravuras de pagina, e cons
tará apenas de 2 volumes.
S A C C A R IÂ G R A T U ITA § « r é i s o f s s e ie B t lo
tPaXsriea a* d e p o siío s dia Xova Binapreza de .idse- 1 €M> r é is o íoissíí
íííss Aríiíiefcies em Aldegallega do B&ibstejo (á 2 valiosos brindes a todos
P^eira-iiiar).
PRAÇA SERPA PINTO
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os assignantes 3
FSCRIPTORIOS:— Em Lisbôa, Largo de S. Paulo, 12, Pedidos á Bibliotheca P o p u lar. E m ■ l A L D E G A L L S G A l K |
presa Editora, 162, Rua da Rosa. 162
j.°; em Aldegallega, Rua Conde Paço Vieira, 24. - Liskoa.