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SERVIÇO SOCIAL
Volta Redonda/RJ
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE
SERVIÇO SOCIAL
Volta Redonda/RJ
2017
Representante do grupo: Joana (5º período)
Tema: Gênero e Educação.
Para a elaboração do presente, foi necessário levantamento bibliográfico em artigos,
reportagens e demais materiais textuais; e pesquisa de campo para identificação mais
aproximada da realidade vivenciada na região, a partir de entrevista – a qual foi elaborada
anteriormente para futura análise do discurso de pessoas que estão inseridas no ambiente
educacional nas cidades de Barra Mansa, Volta Redonda, Piraí e Barra do Piraí, sendo todas
pertencentes a região Sul Fluminense do estado do Rio de Janeiro.
A pesquisa foi realizada com a finalidade de identificar a percepção de gênero no meio
educacional nas cidades da região por profissionais da área, principalmente, pois sabe-se que
mesmo com o aumento da discussão acerca do tema, ainda há grande desconhecimento sobre
o tal.
Inicialmente, falar de gênero não é uma tarefa fácil nos dias de hoje, mas é de demasiada
importância, visto que é possível identificar fatos histórico-sociais de avanços e, também, de
retrocessos.
È necessário entender que gênero vai além de “sexo”, sendo não só aspecto biológico e
“natural”, mas também reflexo cultural – ou seja – gênero pode ser entendido pelas
características sociais distintas entre os sexos, por isso, também encontra-se a terminologia
“identidade de gênero” que é a forma como determinado sujeito se identifica.]
Logo, as discussões sobre gênero se amplificam, não estando restritas somente à determinada
questão, visto que ao se discutir gênero, fala-se da realidade social existente pelo homem e
pela mulher, pelos que se identificam como homem e pelos que se identificam como
mulheres, fala-se sobre a desigualdade existente no meio escolar, laboral, formal/informal,
social, econômico¸ político etc. Com isso, verifica-se diversas possibilidades e entendimentos.
Por meio do levantamento bibliográfico, nota-se que as desigualdades surgem desde os
primórdios e, como o tema é educacional, restringindo-se a ele, identifica-se que –
antigamente – a escola, muita das vezes, era um ambiente exclusivamente masculino, sendo
que quando as mulheres frequentavam tal meio era em locais separados e, em sua maioria,
com predominância religiosa, como o convento, por exemplo.
Talvez tenha sido os índios os primeiros defensores dos direitos das mulheres em nossas
terras. Uma vez que os mesmo perceberam a discriminação que havia no ensino introduzido
com a chegada dos colonizadores, tal ensino concentrou-se nas mãos da igreja. Este ensino
ministrado pelas ordens religiosas nas missões e nos colégios fundados por elas destinava-se
fundamentalmente à catequese e à formação das elites no Brasil. Desde a primeira escola de
ler e escrever, erguida incipientemente lá pelos idos de 1549, pelos primeiros jesuítas aqui
portados, a intenção de formação cultural da elite branca e masculina foi nítida na obra
jesuítica. Aonde achando injusta os índios brasileiros foram solicitar ao Pe. Manoel da
Nóbrega a entrada também das suas filhas na escola de ler e escrever, fato que fez o jesuíta
enviar uma carta à Rainha de Portugal solicitando a permissão necessária para o ensino das
moças. “Alegavam que, se a presença e a assiduidade feminina era maior nos cursos de
catecismo, porque também elas não podiam aprender a ler e escrever?” (Ribeiro, 200, p.80).
São grandes a preocupação e o esforço investidos em mudanças na educação básica brasileira
nas últimas décadas, principalmente no final dos anos de 1980, com a consolidação da
Constituição Federal de 1988, e durante todo período dos anos de 1990, repleto de reformas
educacionais.
A intersecção das relações de gênero e educação ganhou maior visibilidade nas pesquisa
educacionais somente em meados dos anos de 1990, com grandes avanços na sistematização
de reivindicações que visam à superação, no âmbito do Estado e das políticas públicas, de
uma série de medidas contra a discriminação da mulher.
A importância da educação para consolidação do exercício de direitos e para construção da
autonomia individual e coletiva, bem como para o desenvolvimento econômico e social do
mundo moderno, é reconhecida mundialmente.
As relações de gênero aponta para o caráter construído de mulheres e homens como sujeitos
históricos em contraponto com a naturalização do feminino e masculino.
No que se refere à avanços gerais, em âmbito nacional, verifica-se:
- Constituição Federal (1988): constituem objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil: artigo 3º, item I e IV e artigo 5º.
- ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente (1990): reúne os direitos das crianças e
adolescentes no Brasil e traz disposições sobre igualdade de gênero e proteção contra
discriminação.