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UDF CENTRO UNIVERSITÁRIO

CAIO CAMPOS DE CASTRO

BIOMECÂNICA – TRABALHO 2

BRASÍLIA

Rodrigo Celes 19-04-2019


Cinética Angular

Torque:

Torque que também é conhecido como momento de força, é caracterizada


por ser uma grandeza física que é associada a rotação em torno de um eixo
quando é aplicado uma força. Quando esta força gera uma rotação ela ocorre
em torno de um eixo, ou seja, torque não é uma força, porém acontece a partir
de uma força que foi gerada. A distância em que ocorre esta ação de força é
chamada de braço de torque ou braço de momento. Portanto, se a força atuar
próxima do eixo o torque será igual a zero. Para calcular a força do torque é
necessário calcular a intensidade e a distância da linha de ação até o eixo de
rotação (WILLIAMS et al, 2012; TIBOLD E LAKZCO, 2012).
Os torques também podem acontecer em várias modalidades, um
exemplo comum é a ginástica artística onde ocorre uma força de reação do solo
quando se aplica uma força. Neste caso a força muscular também pode gerar
torque em cima dos eixos das articulações. Neste contexto, é relevante ressaltar
a importância das alavancas neste processo. A alavanca nada mais é do que
uma barra rígida que é girada em torno de um eixo ou ponto fixo, pode ser
parecida com uma barra e um ponto que serve de apoio. Dentro deste processo
podemos denominar dois pontos, são eles o braço de resistência e o braço de
esforço, a relação entre estes dois citados gera a vantagem mecânica (OKUNO
e FRATIN, 2003; TRACY e ENOKA, 2002).
Relacionado dentro deste processo, encontra-se três tipos de alavancas
que se aplicam no corpo humano e implica diretamente nas suas variáveis. As
alavancas são conhecidas como alavanca de primeira, segunda e terceira
classe, cada uma com sua particularidade. Normalmente os torques do corpo
humano acontecem longe do eixo de rotação sustentado apenas por uma força
que gera ação a distância. Existe também a possibilidade de aplicar o torque em
distancias diferentes, podemos considerar como um trabalho angular mecânico.
É definido como um torque aplicado contra um objeto em uma distância angular
onde o objeto faz rotação em direção ao torque (HALL, 2000; DUFOUR e PILLU,
2016; WILLIAMS et al, 2012).

Centro de gravidade:

Como o corpo humano tem os lados simétricos em direita e esquerda o


centro de gravidade fica exatamente no meio onde existe a divisão do corpo.
Como o corpo humano é bastante móvel o centro de gravidade depende da
posição dos seus segmentos. Porém independente de como o corpo está
posicionado o centro de gravidade permanecerá sendo sempre o ponto onde o
peso corporal está totalmente em equilíbrio. Se o objeto a ser analisado tiver
parâmetro simétrico a distribuição da massa vai estar bem no centro do objeto,
é o que acontece no caso de uma bola ou uma esfera que tem seu centro de
gravidade exatamente no centro. Quando a distribuição da massa do objeto não
é simétrica o que acontece é que o centro de gravidade muda em direção ao
local onde tem maior massa. Tudo isso vai depender da intensidade da
gravidade quantificada na terra pelo vetor g = -9,81 que indica que a gravidade
é jogada sempre para baixo ou na direção do centro da terra (TIBOLD E
LAKZCO, 2012; HAMILL et al, 2016; OKUNO e FRATIN, 2003).
Podemos localizar o centro de gravidade no corpo humano também,
porém toda vez que o corpo se movimenta o centro de gravidade é alterado em
direção a maior distribuição de peso. Se mensurarmos o centro de gravidade de
duas pessoas com estaturas diferentes a que tiver maior altura terá seu centro
posicionado proporcionalmente. As mulheres por característica anatômica
possuem um centro de gravidade mais baixo por terem quadril mais largo, mais
ou menos 55% de sua altura a partir do solo, nos homens fica a 57% a partir do
solo. Existe algo chamado baricentro que nada mais é do que o ponto onde
estima-se ter maior quantidade de massa acumulada (KAPANDJI, 2016; TRACY
e ENOKA, 2002).
Um corpo possui vários segmentos que compõem o peso total do corpo
e cada segmento possui o seu CG individual. Somando o peso e o CG de cada
segmento, a resultante geral se encontra no local onde é aplicado as forças peso
chegando até o centro de gravidade total do corpo. Este procedimento é
conhecido como método segmentar. Torna-se importante a análise do centro de
massa para controle de vários aspectos tais como melhorar o desempenho
esportivo, implementação de técnicas desportivas, analisar e facilitar o
movimento, prescrever as cargas de exercício, equilibrar os segmentos e
prevenir quedas (HALL, 2000).
Quando se analisa um corpo que possui vários segmentos por exemplo o
resultado é mais influenciado pelos CG dos pontos mais pesados do que as
posições dos segmentos mais leves. Sabemos que anatomicamente cada um
possui segmentos diferentes no que diz respeito a comprimento isso vários de
acordo com o sexo, idade e etnia. Assim, o segmento do corpo humano é dado
a partir dos centros articulares que cruzam uma linha nos centros articulares
proximal e distal. O peso e o volume dos segmentos devem ser considerados
também, uma vez que o efeito da gravidade é um fator de carga aplicado sobre
as estruturas anatômicas, por isso deve ser considerada em algumas tarefas
realizadas e diferentes posturas (DUFOUR e PILLU, 2016; HAMILL et al, 2016;
HATZE, 2013).
Referências Bibliográficas

WILLIAMS III, DS Blaise; GREEN, Douglas H.; WURZINGER, Brian. Changes in


lower extremity movement and power absorption during forefoot striking and
barefoot running. International journal of sports physical therapy, v. 7, n. 5,
p. 525, 2012.

TIBOLD, Robert; LACZKO, Jozsef. The effect of load on torques in point-to-point


arm movements: a 3d model. Journal of motor behavior, v. 44, n. 5, p. 341-
350, 2012.

OKUNO, Emico; FRATIN, Luciano. Desvendando a física do corpo humano:


biomecânica. São Paulo: Manole, 2003.

TRACY, Brian L.; ENOKA, Roger M. Older adults are less steady during
submaximal isometric contractions with the knee extensor muscles. Journal of
applied physiology, v. 92, n. 3, p. 1004-1012, 2002.

HALL, Susan Jean. Biomecânica Básica. Grupo Gen-Guanabara Koogan,


2000.

DUFOUR Michel; PILLU Michel. Biomecânica Funcional. Edição brasileira –


2016. Ed. Barueri, SP. Manole Ltda, 2016.

HAMILL, Joseph; KNUTZEN, Kathleen M.; DERRICK, Timothy R. Bases


Biomecânicas do Movimento Humano. 4th edição. Ed. Barueri, SP; Manole
Ltda, 2016.

KAPANDJI Adalbert. O QUE É BIOMECÂNICA. ISBN 978-85-204-4748-2. Ed.


Barueri, SP :Manole, 2013.
HATZE, HERBERT (1974). "The meaning of the term biomechanics". Journal of
Biomechanics 7: 189–190. Acedido a 1 de outubro de 2013.

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