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“Na primeira prancha […], tal como as oito aventuras que se seguiram (mais tarde, redesenhadas a cores),
Tintin partia, de comboio, […], onde escreveria a primeira e única reportagem.” (linhas 6-10)
1.2. Indica o tempo e/ou modo das formas verbais sublinhadas na frase anterior.
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2.1.Regista, ao lado de cada expressão, o número que corresponde à respetiva função sintática.
Grupo II
1.1. a) Os da minha rua
b) rendeu “Prémio Camilo” a Ondjaki
c) “Prémio Camilo”
d) aOndjaki
1.2.Os da minha rua rendeu-lhe “Prémio Camilo”.
2. As aspas são usadas para assinalar citações de
Ondjaki, de Manuel Frias e de Armindo Costa.
3.1.Presente do conjuntivo.
3.2.Viaja para onde a tua imaginação quiser.
Grupo I
Parte A
Páginas 2 a 5
1. d); e); a); g); c); f); b).
2. O conto desenvolve-se a partir do momento em que o rei lança um desafio aos três filhos, que consiste em atirar uma pedra o mais longe
que puderem, de forma a encontrarem a respetiva noiva.
3. Duas das peripécias são, por exemplo, a apre-sentação, pelo filho mais novo, da noz ao rei, de onde sai uma fina tela
interminável, e o momento da trans-formação da rã em princesa.
4. A personagem principal é a rã, uma vez que é ela que soluciona, da melhor forma, todos os desafios lançados pelo rei.
5.1 c)
5.2 c)
6. O aluno Y cita o provérbio que melhor se aplica a este conto, pois todos julgaram negativamente a rã somente pelo seu aspeto
exterior.
Páginas 6 e 7
1.1 pai, noz…
1.2 vergonha, carruagem;
1.3 irmãos, caracóis;
1.4 pai;
1.5 rã, caracol.
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.
Era uma vez um rei que tinha três filhos em idade de casar. Para não
surgirem rivalidades sobre a escolha das três noivas, disse:
– Lançai com a funda1 o mais longe que puderdes: onde cair a pedra
tomareis mulher.
5 Os três filhos pegaram nas fundas e atiraram.
O mais velho atirou e a pedra foi parar ao teto de um forno; e ele ficou
com a padeira. O segundo atirou e a pedra chegou à casa de uma tecedeira. Ao
mais pequeno a pedra caiu num fosso.
Assim que atiravam, cada um corria a levar o anel à noiva. Ao mais velho
10 deparou-se uma jovem bela e tenra como uma fogaça2, o do meio encontrou
uma rapariga pálida, fina como um fio, e o mais pequeno procurou, procurou
naquele fosso e só achou uma rã.
Tornaram para junto do rei a contar como eram as suas noivas.
– Agora – disse o rei –, quem tiver a noiva melhor herdará o reino.
15 Façamos as provas.
E deu a cada um cânhamo3 para lho trazerem daí a três dias fiado pelas
noivas, para ver quem fiava melhor.
Os filhos foram ter com as noivas e recomendaram que fiassem na
perfeição; e o mais pequeno, muito aflito com aquele cânhamo na mão, foi à
20 beira do fosso e pôs-se a chamar:
– Rã, rã!
– Quem me chama?
– O teu amor que pouco te ama.
– Se não me ama amará
25 –Um dia que bela me verá.
E a rã saltou para fora da água em cima de uma folha. O filho do rei deu-
-lhe o cânhamo e disse que voltaria para o levar todo fiado daí a três dias.
Passados três dias os irmãos mais velhos correram todos ansiosos à padeira
e à tecedeira para buscar o cânhamo. A padeira fizera um bom trabalho, mas a
30 tecedeira – era o seu ofício – fiara-o que parecia seda. E o mais pequeno? Foi
ao fosso:
– Rã, rã!
Saltou para uma folha e tinha na boca uma noz. Ele tinha uma certa
vergonha de se apresentar ao pai com uma noz enquanto os irmãos levavam o
35 cânhamo fiado; mas ganhou coragem e foi. O rei, que já tinha visto do avesso
e do direito o trabalho da padeira e da tecedeira, abriu a noz do mais pequeno,
e entretanto os irmãos faziam chacota4. Ao abrir-se a noz, saiu uma tela tão
fina que parecia teia de aranha, e puxa, puxa, desdobra, desdobra, nunca mais
acabava, e já toda a sala do trono estava cheia.
40 – Mas esta tela nunca mais acaba! – disse o rei, e mal pronunciou estas
palavras a tela acabou.
O pai, à ideia de uma rã se tornar rainha, não se resignava. Tinham nascido
três crias à sua cadela de caça preferida, e deu-as aos três filhos:
– Levai-os às vossas noivas e voltareis a buscá-los daqui a um mês: quem
a tiver criado melhor será rainha.
Passado um mês viu-se que o cão da padeira se tornara um molosso5
enorme, porque o pão não lhe faltara; o da tecedeira, com a comida mais
apertada, tornara-se um famélico mastim. O mais pequeno chegou com uma
caixinha; o rei abriu a caixinha e saiu um pequeno cão-d´água todo enfeitado,
penteado, perfumado, que se punha em pé nas patas traseiras e sabia fazer os
exercícios militares e fazer de conta.
O rei disse:
– Não há dúvida; será rei o meu filho mais novo e a rã será rainha.
Marcaram-se as bodas, os três irmãos no mesmo dia. Os irmãos mais
velhos foram buscar as noivas com coches floridos puxados por quatro
cavalos, e as noivas vieram todas carregadas de plumas e de joias.
O mais pequeno foi ao fosso, e a rã esperava-o numa carruagem feita de
uma folha de figueira puxada por quatro caracóis. Começaram a andar: ele ia
à frente, e os caracóis seguiam-no puxando a folha com a rã. De vez em
quando parava à espera, e uma vez até adormeceu. Quando acordou, tinha
parado à sua frente um coche de ouro, forrado a veludo, com dois cavalos
brancos e lá dentro estava uma rapariga bela como o Sol com um vestido
verde-esmeralda.
– Quem sois? – perguntou o filho mais novo.
– Sou a rã! – E como ele não queria acreditar, a rapariga abriu um cofre
onde estava a folha de figueira, a pele de rã e quatro cascas de caracol. – Eu
era uma princesa transformada em rã, e só se um filho de um rei consentisse
em casar comigo, sem saber se eu era bela, é que retomaria a forma humana.
O rei ficou todo contente e aos filhos mais velhos, que se roíam de inveja,
disse que quem não era sequer capaz de escolher mulher não merecia a coroa.
Rei e rainha foram o mais pequeno e a sua esposa.
Italo Calvino, Fábulas e Contos, Editorial Teorema, (texto adaptado)
VOCABULÁRIO
1 funda – arma de arremesso, fisga. 3 cânhamo – planta, fibra. 5 molosso – cão forte.
2 fogaça – pão doce. 4 chacota – troça
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são
dadas.
Aluno X Aluno Y
Acho que o provérbio que melhor se aplica Na minha opinião, o provérbio que traduz
a esta história é: a lição deste conto é:
«A beleza está nos olhos de quem a vê». «O mundo julga pelas aparências».