O Plano estadual de segurança Pública trás em seu bojo os objetivos de integração
das polícias na perspectiva do respeito aos Direitos Humanos, a qualificação dos serviços, a valorização dos servidores comprometidos com a causa pública e o combate aos setores corrompidos por práticas delituosas. Com o propósito de confirmar esses objetivos a Brigada Militar assume o compromisso de promover um melhor entrosamento com a comunidade, atualizando as suas relações de trabalho, crescendo em tamanho, competência e dignidade e garantindo a integridade e continuidade dos serviços pelo viés do policiamento comunitário. A maioria das polícias do mundo está convencida de que a forma de atuação de seus organismos deve buscar um melhor entrosamento com a comunidade, priorizando o diálogo na solução dos problemas de segurança, com conseqüente aumento da confiança entre as partes. Na década de 60, de forma pioneira no Brasil, a Brigada Militar adotou o Manual de Instrução Policial para os destacamentos, publicado no Boletim Interno nº 66, de 22 de março de 1960, elaborado pelo então capitão da BM Luiz Ipanema. Naquela época a corporação já direcionava os procedimentos policiais para uma melhor aproximação e maior entrosamento com a comunidade nas questões de segurança. Em agosto do ano 2000 a Brigada militar iniciou um levantamento sobre os trabalhos de policiamento comunitário em desenvolvimento nos OPM da Corporação. Desse levantamento resultou a constatação de que alguns Comandos Regionais desenvolviam em uma ou mais localidades o policiamento comunitário, o que levou a Corporação a criar um primeiro banco de dados sobre esses trabalhos. Após a identificação dessas iniciativas definiu-se, com base nessas e noutras experiências do Brasil e até do mundo, as formas básicas de ação a serem desenvolvidas pela Corporação no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul. Estas formas iniciais de ação foram reguladas por uma diretriz, datada de 20 de março de 2000, e também através da Nota de Instrução de nº 076/BM/EMBM/2001, datada de 10 de abril de 2001. 2
Estabelecida as formas de atuação, partiu-se para a escolha de 27 (vinte e sete)
comunidades, designadas pioneiras, em 24 municípios do Estado, que serviriam de polo irradiador para alcançar todas as regiões do Estado do Rio Grande do Sul. A Escolha das Comunidades pioneiras teve como objetivo, além de implementar os princípios filosóficos e estratégicos do Policiamento Comunitário, realizar um acompanhamento científico por parte do Comando das ações desenvolvidas nas referidas áreas. Nem todas as pioneiras avançaram em projetos, algumas inclusive interromperam os trabalhos nessa área, não se estabelecendo essa como uma estratégia eficiente para a proliferação da filosofia e cultura de polícia comunitária no Estado. Observou-se nesta questão, a exemplo de alguns outros projetos, que o policiamento comunitário vinha se constituindo, e nesses casos evoluindo, como um projeto de cunho pessoal, ou seja, um projeto atrelado à pessoa que o conduz, que por se afinar com a proposta de trabalho, em função de seu perfil, o tem adotado e/ou o assumido, e nesses casos, produzido resultados muito positivos. No ano de 2004 a Corporação define estratégias de ensinamento e difusão da filosofia de polícia comunitária, ação entendida como fundamental para a estimulação de criação de projetos no Estado e para tornar esta uma filosofia da Instituição. Essas estratégias previram a realização de cursos de multiplicadores da filosofia de polícia comunitária, destinados a oficias no nível de gerência de tropa e posterior, treinamentos aos executores do policiamento, qual sejam, as praças da Corporação. Com o apoio financeiro da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), o projeto iniciou a sua execução em março de 2005, pela capital do Estado e após pela serra gaúcha, região esta em que se encontravam efervescentes alguns núcleos de comunitário, especialmente nos municípios de Bento Gonçalves, Farroupilha e Caxias do Sul. O projeto de formação em filosofia de polícia comunitária, em nível de treinamento (40 horas-aulas), prevê sejam atingidos 5.379 policiais militares (90%) e 591 (10%)policiais civis. Em nível de multiplicadores (80 horas-aulas), 349 policiais militares (oficiais) e 41 policiais civis (delegados). Os projetos que se destacam são os que destinam meios, normalmente viatura e equipamentos de proteção individual, e policiais militares, em geral três, para a execução das atividades de polícia preventiva em determinado bairro, com significativa autonomia e garantia de permanência nos mesmos locais de atuação, promovendo a permanente interação com a comunidade, no dia-a-dia e em reuniões realizadas com o propósito exclusivo de melhorar a segurança desses locais. 3 ATIVIDADES DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO - PROJETOS DESENVOLVIDOS PELOS COMANDOS REGIONAIS DE POL OST
CRPO OPM CIDADE NOME DO PROJETO INÍCIO
CRPO-1 16ºBPM Cruz Alta Pol comunitário Jan 2000 CRPO-1 2º Esq. P Mon Santa Maria Pol. Comunitário e de Jan 2000 Operações Especiais CRPO-2 14ºBPM São Luiz Gonzaga Reuniões com a 11 Abr 2000 comunidade CRPO-2 Sant. Livramento Livramento Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-3 12ºBPM Caxias Pol. Comunitário Jan 1999 CRPO-3 Farroupilha Farroupilha Pol. Comunitário Mar 1997 Bento Gonçalves Bento Gonçalves CRPO-3 10º BPM Vacaria Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-4 Jaguarão Jaguarão Pol. Comunitário Maio 2001 CRPO-5 3ºRPMon Passo fundo Pol. Comunitário Jan 1999 CRPO-5 13ºBPM Erechim Pol. Comunitário Jan 2000 CRPO-5 Fred. Westfalen Frederico Westfalen Pol.Comunitário Junho 2001 CRPO-6 Horizontina Horizontina Pol. Com. – Conhecendo e Set 2000 Valorizando a Vida CRPO-6 Ijuí Ijuí Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-6 Santo Ângelo Santo Ângelo Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-7 5º BPM Montenegro Pol. Comunitário Abril 1999 CRPO-8 Gramado Gramado Polícia Cidadã Jun 2000 CRPO-8 Nova Petrópolis Nova Petrópolis Pol. Comunitário Jun 2000 CRPO-8 Pinhal Alto Pinhal Alto Pol. Comunitário Jun 2000 CRPO-9.1 DEP POA(Partenon) Zona Pol. Comunitário Jan 2000 Leste CRPO-9.1 9º BPM Centro – POA Pol. Comunitário Jan 1999 CRPO-9.1 11ºBPM Chácara da Pedras- Pol. Comunitário Set 1997 POA CRPO-10 Dest Especial São Leopoldo Pol. Comunitário Jan 2000 CRPO-10 Taquara Taquara Pol. Comunitário Maio 2001 CRPO-10 Ivoti Ivoti Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-10 Araricá Araricá Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-10 Estância Velha Estância Velha Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-10 Campo Bom Campo Bom Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-11 Torres Torres Pol. Comunitário Junho 2001 CRPO-12 Cia Candelária Candelária Plano de Segurança para Maio 1999 Municípios