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Autoconceito PDF
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PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO
*
Indira Siqueira Stevanato
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Sonia Regina Loureiro
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Maria Beatriz Martins Linhares
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Edna Maria Marturano
ABSTRACT. The aim of this study was to assess the self-concept of children with learning disability in comparison with
children without learning disability. Fifty- eight school-age children were assessed, including: 32 Learning Disabled children,
distinguished by behavior problems, and 26 No Learning Disabled children. The child self-concept was assessed by Piers
Harris Self-Concept Scale and the child behavior was assessed by Rutter´s Child Behavior Scale-A2. Children with learning
disability showed significantly more negative self-concept than children without it in both total and partial scale scores. No
differences was found between learning disabled children distinguished by the presence of behavior problems.
Key words: self-concept; learning disabled; behavior problems.
pessoas hostis experimentam sentimentos de raiva, Chapman, Tunmer e Prochnow (2000), com base
distanciamento das demandas acadêmicas, em estudo empírico, observaram que dificuldades
expressando hostilidade em relação aos outros. específicas de leitura afetam muito rapidamente o
Relatam ainda que os sentimentos de frustração, autoconceito, o que pode preceder a generalização
inferioridade, raiva e agressividade diante do fracasso deste impacto no autoconceito acadêmico, constatando
escolar podem resultar também em problemas assim que dificuldades específicas podem minar o
comportamentais. autoconceito global.
A experiência escolar tem um papel crucial na Prout & Prout (1996), com base em uma revisão
formação das autopercepções das crianças. Neste da literatura sobre o autoconceito e dificuldade de
sentido, segundo Elbaum & Vaughn (2001), as aprendizagem, relataram que a noção popular de que
crianças com dificuldades de aprendizagem crianças com dificuldades de aprendizagem
apresentam um risco elevado de terem um apresentam uma auto-estima geral mais baixa não se
autoconceito negativo, particularmente quanto à área confirma, especialmente em estudos que comparam
acadêmica. estes indivíduos a indivíduos sem tais dificuldades.
Analisando-se dados da literatura relativos à Das doze análises revisadas, nove relataram diferença
maneira como as dificuldades de aprendizagem afetam não significativa nesta comparação, enquanto três
o autoconceito de escolares, observam-se distinções na relataram que estudantes com dificuldades de
avaliação da extensão deste impacto. Em alguns aprendizagem evidenciaram uma auto-estima mais
estudos, como os de Hay, Ashman e Kraayenoord baixa. Os autores comentam também que, quanto mais
(1998) e Martini & Burochovitch (1999), as crianças definidas ou específicas são as condições ou
com dificuldades de aprendizagem são caracterizadas dificuldades, menor é o impacto no autoconceito
por um autoconceito geral mais negativo que as global, destacando que apenas dificuldades
crianças sem dificuldades. Por outro lado, no estudo generalizadas, como as associadas ao retardo mental,
de Kloomok & Cosden (1994), é ressaltado que as que afetam o funcionamento geral, podem afetar o
dificuldades de aprendizagem repercutem apenas no autoconceito global.
autoconceito acadêmico. As crianças com dificuldades Outro ponto destacado em relação às crianças
de aprendizagem são caracterizadas por autoconceito com dificuldades de aprendizagem que apresentam
mais negativo apenas no domínio acadêmico, não associados também problemas de socialização é que
diferindo das crianças sem dificuldades de elas têm menos habilidades sociais que seus colegas
aprendizagem em outros domínios do autoconceito. sem dificuldades de aprendizagem, e que estas
Os referidos autores relataram que os estudantes persistem ao longo da vida escolar (Vaughn &
com dificuldades de aprendizagem classificam a si Haager, 1994). Crianças que apresentam a associação
mesmos como menos competentes apenas frente às de dificuldades de aprendizagem e problemas de
habilidades escolares. Desta forma, colocaram em comportamento tendem a experimentar dificuldades
evidência o impacto das dificuldades de aprendizagem quanto às autopercepções, apresentando autoconceito
sobre o domínio acadêmico. Ressaltam ainda que estes mais baixo e locus de controle predominantemente
estudantes não ignoraram a importância do domínio externo, atribuindo o sucesso a fatores externos e o
acadêmico, apresentando autopercepções mais fracasso a fatores internos (Martini & Burochovitch,
negativas de habilidades intelectuais, apesar de não 1999).
diferirem quanto ao nível intelectual avaliado por As crianças que apresentam dificuldades
instrumentos específicos. comportamentais além de dificuldades de
As crianças na infância média podem, segundo aprendizagem podem apresentar um autoconceito mais
Harter (1996), fazer julgamentos globais de seus negativo do que aquelas que apresentam apenas
méritos, assim como fornecer auto-avaliações dificuldades de aprendizagem (Rawson & Cassady,
específicas de uma variedade de domínios. O número 1995; Rock, Fessler e Church, 1997). Este
de domínios diferenciados aumenta com o autoconceito mais negativo se justificaria pelo fato de
desenvolvimento através dos períodos da primeira essas crianças receberem um feedback negativo do
infância, infância média e posterior, adolescência e ambiente, não só em relação ao domínio acadêmico,
idade adulta. Considera, assim, aquele autor, que só mas também em relação ao domínio social. Segundo
as crianças mais jovens estariam sujeitas a influência Rock e cols. (1997), estudantes no início da
adversa na avaliação do autoconceito global, na escolarização que apresentam a concomitância de
presença de comprometimento em um domínio dificuldades de aprendizagem e desordens
específico. comportamentais tendem a apresentar um declínio no
progresso acadêmico, aumentando os comportamentos de que as crenças da criança sobre suas capacidades e
mal-adaptativos ao longo do tempo. habilidades influenciam seus comportamentos e
A crença de que as dificuldades comportamentais motivação diante da tarefa escolar e estas, por sua vez,
prejudicam o autoconceito das crianças requer uma afetam diretamente o desempenho (Hay, Ashman e
análise mais detalhada do contexto de inserção social Kraayenoord, 1998; Chapman, Turner e Prochnow,
destas crianças. Rodkin, Farmer, Pearl e Acker (2000) 2000; Roeser & Eccles, 2000). Neste processo,
constataram que o comportamento pouco adaptado e ressalta-se a importância de instrumentar as
com características anti-sociais pode estar associado à intervenções junto a estas crianças com recursos que
popularidade da criança, sendo as manifestações de promovam o autoconceito, de modo a potencializar os
agressividade reconhecidas como presentes por pais, resultados quanto ao desempenho acadêmico.
professores e pelas próprias crianças. Comentam ainda Elbaum & Vaughn (2001), em um estudo de
que tal associação de comportamento anti-social e meta-análise sobre intervenções para melhorar o
popularidade pode tornar estas crianças resistentes a autoconceito de crianças com dificuldades de
mudar seu comportamento na adolescência, uma vez aprendizagem, relataram que as intervenções
que este se encontra associado ao prestígio social. psicopedagógicas e de aconselhamento tiveram efeito
Desse modo, como assinalam os autores, o que seria significativo sobre o autoconceito acadêmico de
um suposto problema de ajustamento para os pais e crianças com dificuldades de aprendizagem, sendo o
professores pode não ser assim considerado pela aconselhamento mais efetivo com estudantes mais
criança e por seus pares. velhos e as intervenções psicopedagógicas mais
Gresham, Lane, MacMillan, Bocian e Ward efetivas com estudantes elementares.
(2000), em estudo sobre o autoconceito, relataram que Ao analisar as crenças pessoais e as
o autoconceito positivo não foi necessariamente autopercepções relativas ao autoconceito faz-se
associado com ajustamento adequado e o autoconceito necessário considerar o seu complexo universo de
negativo não necessariamente implicou em pobre influências e suas relações com o comportamento,
ajustamento. Observaram que, na presença de especialmente quando se trata de crianças com
autoconceito positivo consistente com avaliações dificuldades de aprendizagem.
externas de competência social e acadêmica, as
crianças podem ser consideradas bem-ajustadas. Por
outro lado, na presença de autoconceito positivo em OBJETIVO
discrepância com as avaliações externas, não se
observou um bom ajustamento ou desempenho. Neste contexto, tem-se como objetivo avaliar o
Segundo esses autores, estas crianças com autoconceito de crianças com dificuldades de
autoconceito positivo em discrepância com as aprendizagem e problemas de comportamento
avaliações externas podem ter imaturidade cognitiva comparativamente ao autoconceito de crianças com
para perceber seu real desempenho, ou ainda este bom desempenho escolar. Pretende-se ainda comparar
autoconceito positivo pode estar desempenhando uma o autoconceito de crianças que apresentam
função protetora, numa tentativa da criança de se dificuldades de aprendizagem e problemas de
perceber como “boa”, apesar de suas falhas comportamento ao autoconceito de crianças que
acadêmicas e sociais, o que pode estar protegendo-a apresentam apenas dificuldades de aprendizagem.
de um feedback negativo do meio. A presença de
autoconceito negativo coerente com avaliações
externas mostrou-se sugestiva de risco nos domínios METODOLOGIA
acadêmico e social. A presença de autoconceito
negativo em discrepância com as avaliações externas Participantes
sugere que estas crianças são excessivamente Participaram deste trabalho 58 crianças, de ambos
autocríticas ou mantêm altos padrões de exigência, os sexos (60,3% de meninos), na faixa etária de 8 anos
embora não sejam mal-ajustadas, na avaliação de a 11 anos e onze meses, alunos de 1ª a 4ª série, com
outros. Os autores concluem, então, que a relação nível intelectual pelos menos médio inferior,
entre autoconceito e ajustamento é mais bem distribuídas em dois grupos, a saber:
explicada pela consistência ou discrepância entre as Grupo 1 (G1) – Crianças com dificuldades de
auto-avaliações e avaliações externas. aprendizagem - constituído por 32 crianças (19
A importância de se estudarem as autopercepções meninos e 13 meninas) com queixa de dificuldades de
dentro do processo de aprendizagem provém do fato aprendizagem referidas e atendidas junto ao
Ambulatório de Psicologia Clínica Infantil do Hospital Para a seleção e composição dos grupos:
das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Teste das Matrizes Progressivas Coloridas - Raven
Preto da Universidade de São Paulo, em um programa Infantil – Escala Especial – avaliação do nível de
de suporte psicopedagógico. Dentro deste grupo foram inteligência de crianças – normas brasileiras de
identificados dois subgrupos: a) GDA: composto por 9 Angelini, Alves, Custódio e Duarte (1987). O
crianças (6 meninos e 3 meninas), que apresentavam desempenho das crianças nesta prova foi utilizado
apenas dificuldades de aprendizagem, sem problemas como critério para a inclusão no estudo.
de comportamento; e b) GDAC: constituído por 23
• Teste de Desempenho Escolar –TDE, avaliação
crianças (13 meninos e 10 meninas) com queixa de
psicométrica do nível de desempenho escolar,
dificuldades de aprendizagem e problemas de
normas brasileiras de Stein (1994), utilizado para a
comportamento, avaliados segundo o critério clínico
inclusão dos participantes no G2.
da Escala Comportamental Infantil A2 de Rutter
(Graminha, 1994). Tais crianças apresentavam Para a Coleta de dados:
características de agitação, agressividade e
**p ≤ 0,01; ***p ≤ 0,05 (Teste Exato de Fisher) *p ≤ 0,001; **p ≤ 0,01; ***p ≤ 0,05 (Teste Exato de Fisher)
diferenciados pela presença de dificuldades de diferenciação do grupo com bom desempenho foi a
comportamento (GDA: crianças com dificuldades de categoria popularidade, seguida das categorias status
aprendizagem sem problemas de comportamento e intelectual, comportamento, ansiedade e não
GDAC: crianças com dificuldades de aprendizagem e classificados. De modo geral, ambos os subgrupos
problemas de comportamento) observaram-se apresentaram autoconceito mais negativo que o grupo
diferenças estatisticamente significativas em apenas com bom desempenho.
dois itens da categoria popularidade, sugestivos de que
as crianças com dificuldades comportamentais
(GDAC) caracterizaram-se mais positivamente, DISCUSSÃO
reconhecendo-se como mais aceitas e populares. A
categoria status intelectual foi a que reuniu um maior As crianças com dificuldades de aprendizagem
número de itens que diferenciaram as crianças destes apresentaram um autoconceito geral mais negativo que
dois subgrupos, seguida das categorias as crianças com bom desempenho escolar, o que está
comportamento, ansiedade e não classificados (itens concordância com as características próprias do perfil
que no estudo original, com base em análise fatorial, de crianças com dificuldades de aprendizagem já
não foram incluídos em nenhuma categoria). apresentado em estudos prévios (Linhares e cols.,
Considerou-se para a apresentação dos itens a 1993; Marturano, 1997; Hay, Aschaman e
formulação dos mesmos acrescida de conotação Kraayenoord, 1998; Martini & Burochovitch, 1999).
positiva a eles atribuída, conforme as recomendações Os dados sugerem a presença de impacto negativo do
da técnica. fracasso escolar sobre o autoconceito das crianças com
Na comparação entre os dois subgrupos de G1 dificuldades de aprendizagem.
com dificuldades de aprendizagem diferenciados pela Analisando-se as comparações relativas às
presença de problemas de comportamento (GDA e categorias observou-se que as crianças com
GDAC) e o grupo com bom desempenho (G2) dificuldades de aprendizagem apresentaram
observaram-se resultados mais negativos em diversos autoconceito mais negativo não só quanto ao escore
itens, sendo que o subgrupo com problemas de total mais também nas categorias status intelectual,
comportamento (GDAC) diferiu em 14 itens e o grupo comportamento, ansiedade, popularidade e satisfação,
com apenas dificuldades de aprendizagem (GDA) caracterizando assim o impacto negativo do fracasso
diferiu em 10 itens. escolar sobre o autoconceito, principalmente sobre o
As crianças com dificuldades de aprendizagem e autoconceito acadêmico. O único domínio em que não
problemas de comportamento tendem a ver a si se observou diferença entre os grupos foi a aparência;
mesmas como diferentes, atormentadas, os demais domínios específicos foram afetados pela
experimentando sentimentos de inferioridade, dificuldade de aprendizagem. De modo geral, as
insatisfação e ansiedade, identificando em si mesmas crianças com dificuldades de aprendizagem que foram
indicadores de dificuldades acadêmicas e sociais. A trazidas ao ambulatório por seus pais por dificuldades
categoria que reuniu o maior número de itens que acadêmicas, quase sempre referendadas por seus
diferenciaram as crianças com dificuldades de professores e profissionais da área da saúde,
aprendizagem e comportamento das crianças com bom reconheceram em si tais dificuldades acadêmicas e
desempenho foi a categoria popularidade, seguida das perceberam-se ainda com dificuldades sociais e
categorias status intelectual, ansiedade e não familiares. Em contraposição, as crianças com bom
classificados. desempenho, assim consideradas por seus pais e por
As crianças que apresentam dificuldades de rendimento em prova específica, vêem-se com boa
aprendizagem sem problemas de comportamento saúde, sucesso acadêmico, social e familiar.
(GDA), de modo geral, tendem a ver a si mesmas Observou-se assim concordância das autopercepções
como diferentes, atormentadas, experimentando com a avaliação externa, o que, segundo Gresham,
sentimentos de inferioridade, insatisfação e Lane, Mac Millan, Borian e Ward (2000), fornece
identificando em si mesmas indicadores de indicadores de ajustamento.
dificuldades acadêmicas, sociais e familiares. Além As dificuldades comportamentais associadas a
disso, as crianças com dificuldade de aprendizagem dificuldades de aprendizagem neste estudo não
identificam e reconhecem problemas familiares; já as diferenciaram os subgrupos com relação ao
crianças com dificuldades de comportamento autoconceito, o qual se mostrou mais negativo em
associadas não reconhecem tais problemas. A ambos os subgrupos, na comparação com as crianças
categoria que reuniu maior número de itens na com bom desempenho.
comportamento, ao contrário do observado por Rock, autoconceito. Elbaum & Vaughn (2001) relataram que
Fessler e Church (1997). Estas crianças parecem estar as intervenções para melhorar o autoconceito das
encontrando na popularidade uma outra área para a crianças podem ser potencializadas pelo envolvimento
compensação dos prejuízos reconhecidos quanto ao dos pais, especialmente com as crianças com
autoconceito. dificuldades de aprendizagem, de modo a apoiar os
O sentimento de inclusão social, segundo Rodkin, esforços acadêmicos e promover a integração social da
Farmer, Pearl e Acker (2000), pode também estar criança na comunidade escolar. Acrescenta-se ao
relacionado ao comportamento agressivo e anti-social. ambiente familiar o poder do ambiente escolar, através
Deste modo, pode-se pensar que a popularidade destas dos professores e pares, na formação e modulação do
crianças pode estar associada à presença de autoconceito das crianças na fase escolar.
dificuldades comportamentais com características de
agitação, agressividade e impulsividade, relatadas
pelos pais na procura por atendimento REFERÊNCIAS
psicopedagógico.
Segundo Rodkin Farmer, Pearl e Acker (2000), a Angelini, A. Alves, I., Custódio, E. e Duarte, W. (1987).
Manual das Matrizes Progressivas Coloridas. São Paulo:
popularidade depende do contexto, podendo o Casa do Psicólogo.
comportamento agressivo ser socialmente valorizado.
Chapmam, J.W., Tunmer, W. E., e Prochnow, J. E. (2000).
O delineamento adotado neste estudo não permitiu Early reading-related skills and performance, reading self-
testar tal hipótese, embora a avaliação externa dos pais concept, and the development of academic self-concept: a
esteja em contraposição a esta autovalorização das longitudinal study. Journal of Educational Psychology, 92
crianças, na medida em que tais dificuldades foram (4), 703-708.
incluídas como queixa de dificuldade, por ocasião da Elbaum, B. & Vaughn, S. (2001). School-based interventions
procura por atendimento psicopedagógico. to enhance the self-concept of students with learning
disabilities: a meta-analysis. The Elementary School
Considerando-se esta análise pode-se hipotetizar
Journal, 10 (3), 303-329.
que o comportamento com características anti-sociais
Graminha, S. S. V. (1994). A escala comportamental infantil de
parece estar contribuindo para a popularidade dessas Rutter A2: estudos de adaptação e fidedignidade. Estudos
crianças com dificuldades de aprendizagem e de Psicologia, 11, 34-42.
problemas de comportamento. Esta forma de Graminha, S. S. V., & Coelho, W.F. (1994). Problemas
funcionamento pode ser prejudicial ao seu emocionais/comportamentais em crianças que necessitam ou
desenvolvimento, uma vez que esta autopercepção não de atendimento psicológico ou psiquiátrico [Resumo].
pode favorecer a continuidade do comportamento Em Sociedade Brasileira de Psicologia (Org.), XXIV
Reunião Anual de Psicologia, Resumos de Comunicações
agressivo e anti-social, na medida em que este modo Científicas (p.263). Ribeirão Preto: SBP.
de comportar-se parece estar sendo bem aceito pelo
Gresham, F. M., Lane, K. L., Mac Millan, D. L., Bocian, K. M. e
seu grupo de inserção. Tal padrão de funcionamento Ward, S. L. (2000). Effects of positive and negative illusory
pode ser visto como favorecedor de risco de biases: comparisons across social and academic self-concept
delinqüência na adolescência. domains. Journal of School Psychology, 38 (2), 151-175.
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a importância de se considerarem as autopercepções
Hay, I., Ashman, A F., & Kraayenoord, C. (1998). Educational
da criança, já que ela pode apresentar comportamentos characteristics of students with high or low self-concept.
que, embora considerados inadequados pelos pais e psychology in the school, 35 (4), 391 – 400.
professores, podem estar contribuindo para sua Jacob, A.V. (2001). O desempenho escolar e suas relações com
popularidade e, conseqüentemente, para a formação autoconceito e auto-eficácia. Tese de doutorado, Faculdade
do autoconceito. A identificação desta relação entre de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
popularidade e autoconceito positivo chama a atenção Paulo, Ribeirão Preto.
para a necessidade de se considerarem as Kloomok, S., & Cosden, M. (1994). Self-concept in children
autopercepções na intervenção junto a estas crianças with learning disabilities: the relationship between global
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