Você está na página 1de 43

Afonso Eduardo Reidy (1909 - 1964)

Formado na Escola Nacional de Belas-Artes em 1930, fez


parte da geração que teve papel decisivo na renovação da
arquitetura brasileira, ao lado de Lúcio Costa e Oscar
Niemeyer.
Trabalhou com Alfredo Agache no Plano Urbanístico do Rio
de Janeiro e posteriormente como arquiteto municipal na
Prefeitura do Distrito Federal,

Alguns Projetos Importantes:


Albergue da Boa Vontade, projeto de vanguarda de 1931, a
primeira obra modernista do Rio;
Aterro do Flamengo,
Flamengo
Museu de Arte Moderna
Conjunto Residencial de Pedregulho
Participou da equipe dos Cinco que projetaram o Ministério
de Educação, ao lado de Niemeyer, Lucio Costa, Carlos Leão,
entre outros.
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)

Em 1953, Affonso Reidy elaborou o projeto de sede definitiva do Museu de Arte Moderna, em terreno à
beira-mar, no início do que viria a ser o Aterro do Flamengo.
Em 1958, o "bloco-escola" estava construído, abrigando a administração do museu. O pavilhão de
exposição, no entanto, só ficou pronto em 1968. O teatro, previsto no projeto original, permanece no
papel até os dias atuais.
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)

De beleza irretorquível, o partido


- usual nos museus modernistas
e, no caso da instituição carioca,
plenamente pela beleza de seu
sítio – não propicia, por vezes, o
recolhimento desejável para a
fruição das exposições.
O salão monumental, com altura
de oito metros, é uma das poucas
áreas fechadas,
fechadas embora
contenha, em uma de suas
extremidades, uma enorme faixa
vertical de vidro que "enquadra"
o perfil do Pão de Açúcar.
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)

A concepção do espaço é monumental, criando um


espetáculo de celebração da própria arquitetura, da
natureza e da arte.
As obras não são confinadas em ambientes fechados:
quase toda a extensão das salas de exposição exibe
panos de
d vidro,
id trazendo
d a natureza partícipe
í i para o
espetáculo visual oferecido ao visitante.
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)

O partido estrutural liberou o térreo de


construção e apoios, e permitiu a
continuidade dos jardins até o mar.
A lluz natural
t l era considerada
id d daninha
d i h apenas
para trabalhos em papel e tecido.
Um belo pátio interno separa o bloco de
exposições do de administração. Ponto alto é
o paisagismo de Roberto Burle Marx: água,
água
papiros egípcios e seixos rolados criam uma
atmosfera de contemplação e descanso.
Os serviços e instalações auxiliares foram
colocados em parte do térreo e no subsolo do
corpo mais baixo da construção.
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)

O projeto de Reidy foi totalmente orientado para o diálogo com a paisagem das montanhas, da baía de
Guanabara e do Parque do Flamengo: a composição horizontal predominantemente em linhas estáveis
estabelece um diálogo fértil com o movimentado perfil das montanhas.
Uma rampa conduz o visitante ao terraço-jardim que dá acesso ao restaurante com fachada em vidro.
Um dos mais atraentes espaços do Rio, essa plataforma propicia um diálogo de valorização recíproca
entre a arquitetura e a extasiante paisagem.
Afonso Eduardo Reidy – Museu de Arte Moderna (Rio:1954 - 1967)

Em 1978, o Museu de Arte Moderna foi


vítima de lamentável incêndio que destruiu
a quase totalidade de seu acervo e
comprometeu boa parcela de sua
arquitetura.
arquitetura
Reaberto em 1982, sofreu algumas
mudanças no sistema de ar condicionado
que interferiram, desfavoravelmente, na
bela e sóbria arquitetura interna.
E 1999
Em 1999, obras
b de
d conservação ã
restauraram, convenientemente, a maior
parte de seus espaços.

Muitos prédios modernistas sofreram com


a ação do tempo: embora belos e
interessantes, o estilo torna-os
excessivamente datados e quase
obsoletos.
obsoletos
Esse não é, contudo, o caso do MAM de
Reidy. A sua arquitetura permanece com o
frescor e interesse do momento no qual foi
projetado.
Afonso Eduardo Reidy – Parque do Flamengo (Rio:1953 - 1962)

O Aterro do Flamengo foi o espelho carioca


do plano para a nova capital. Representou a
vitória total do pensamento urbanista
moderno ortodoxo, com a abolição da rua-
corredor e a feitura de um parque com
monumentos t no meio i de
d enormes espaços
verdes, destacando-se um grande museu
dedicado à arte moderna.
Para sua realização, formou-se um grupo de
trabalho chefiado por Affonso Reidy e
composto pelos arquitetos Jorge Machado
Moreira e Hélio Mamede; e pelo paisagista
Roberto Burle Marx.
Duas preocupações nortearam o projeto do
aterro: dotar o Rio de Janeiro de um grande
parque recreativo e criar faixas expressas
para melhorar a circulação entre os bairros
da zona sul e o centro da cidade.
O paisagismo de Burle Marx fornece ao
pedestre isolamento da cidade e as
condições de "desligamento" do cotidiano
necessárias à recreação. Uma praia com
extensão de areia de quase mil metros e
um ancoradouro para pequenas
embarcações foram criados.
Quadras para "peladas", basquetebol,
voleibol, aeromodelismo e tanque para
modelismo naval completam os atrativos
esportivos.
Afonso Eduardo Reidy – Conjunto Residencial Pedregulho (Rio:1947 - 1952)
Afonso Eduardo Reidy – Conjunto Residencial Pedregulho (Rio:1947 - 1952)

1 reservatório d'água
d água
2 bloco de apartamentos A
3 bloco de apartamentos B1
4b
bloco
o o de
d apartamentos
apa a o B2
5 bloco de apartamentos C
6 escola primária
7 ginásio
8 vestiários
9 piscina
10 campo de basquete
11 pequeno lago
12 playground
13 centro de saúde
14 lavanderia
15 mercado
16 creche
17 escola maternal
18 jardim de infância
19 passagem subterrânea de
pedestres
20 galpões preexistentes
Afonso Eduardo Reidy – Conjunto Residencial Pedregulho (Rio:1947 - 1952)

Localizado em São Cristóvão, bairro não muito afastado do centro da cidade, o conjunto do Pedregulho foi
concebido para abrigar funcionários da prefeitura carioca de baixo poder aquisitivo. Pretendia-se fornecer-
lhes não apenas moradia mas serviços e elementos que pudessem contribuir a uma reeducação de seus
hábitos e costumes.
costumes
A prefeitura deduzia de seus salários uma taxa mensal, bem mais baixa do que aquela de mercado,
correspondente ao aluguel, direito semanal aos serviços da lavanderia, utilização das escolas por seus filhos
e uso das instalações esportivas.
Afonso Eduardo Reidy – Conjunto Residencial Pedregulho (Rio:1947 - 1952)

O conjunto do Pedregulho deu à obra de Afonso


Reidy uma grande visibilidade nacional e
internacional. Max Bill, em sua visita ao Brasil
em 1951, para a Bienal de Arquitetura, a
considerou a obra brasileira de maior interesse,
pois
i conjugava
j sofisticada
fi ti d plástica
lá ti e objetivos
bj ti
sociais.
Afonso Reidy atuou nesse projeto em estreita
ligação com a engenheira Carmen Portinho.
Projetaram três blocos de residência
residência, uma
escola, lavanderia e mercado, centro de saúde,
ginásio e piscina. Vislumbraram a ocasião de
realizar o ideal ético inicial do modernismo de
revolucionar a arquitetura, concomitantemente à
mudança
d d hábito
de háb dos
d mais pobres.b
Afonso Eduardo Reidy – Conjunto Residencial Pedregulho (Rio:1947 - 1952)

Afonso Reidy
Af R id escolheu
lh utilizar
tili prismas
i retangulares
t l
para os prédios residenciais, trapezoidais para os de
serviços e abóbadas para o ginásio e piscina.
Destinava-se o conjunto a abrigar quatrocentos e
setenta e oito famílias em apartamentos de tamanho
variável
á entre o conjugado e aqueles duplex com
quatro quartos.
Afonso Eduardo Reidy – Teatro em Marechal Hermes
MMM Roberto – Edifício da ABI (Rio:1947 - 1952)

Apesar de o escritório mudar de nome diversas vezes - foi Marcelo


Roberto (de 1930 a 1934), depois MM Roberto (1934/1943), MMM
Roberto (1943/1968) e, por fim, M Roberto - ele existe há mais
de 70 anos sob a direção da mesma família.
Op primeiro
o arquiteto
a qu o foi
o Marceloo ((1908-1964),
08 6 ), graduado
g aduado em 1930 30
pela Escola Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Antes de se
formar, ele trabalhou como chargista com o pseudônimo Marcelo
Roberto - uma homenagem ao pai, Roberto Otto Baptista, que
morreu de gripe espanhola. Ao se tornar arquiteto, um amigo
sugeriu que abrisse um escritório com o nome pelo qual já era
conhecido. Como era arrimo de família, Marcelo não teve dúvida:
foi ao cartório e alterou o sobrenome da família - a partir daí, os
Baptista se tornaram Roberto.
Em 1934, recém
recém-formado,
formado, o irmão Milton (1914
(1914-1953)
1953) se juntou
ao escritório. O talento deles não demorou a aflorar: em 1935,
conseguiram um grande feito ao vencer o concurso para a sede da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio de
Janeiro. Os jovens (Marcelo tinha 28 anos e Milton, 22) foram
responsáveis do ponto de vista cronológico,
responsáveis, cronológico pela primeira
grande obra da arquitetura moderna no Brasil.

O desenho do prédio é alguns meses anterior à criação do


Ministério da Educação e Saúde, cujo projeto foi liderado por Lucio
Costa. E a conclusão da ABI, em 1938, é muito anterior à do
ministério. No prédio da ABI, caracterizado pelo volume austero,
estão presentes - ainda que de forma parcial - aspectos
corbusierianos como a planta livre, brises fixos e pilotis.

Ou seja, os Roberto são pioneiros na realização da


arquitetura racionalista no Brasil.
MMM Roberto – Edifício da ABI (Rio:1947 - 1952)

Este prédio foi a primeira realização de


grandes proporções da arquitetura
moderna no Brasil. Os arquitetos,
escolhidos por concurso em 1936,
desenvolveram o projeto original
praticamente sem alterações.
A única mudança importante foi a
substituição
ç dos brise-soleil,,
originalmente previstos para serem
construídos em duralumínio, por placas
de concreto armado com aplicação de
cimento branco.
O excelente acabamento do prédio,
projetado para ter uma grande
durabilidade, contrasta com o padrão
inferior de muitos outros, em função da
natureza especulativa desses
empreendimentos.
O sistema de proteção contra o excesso
de insolação consiste em faixas de brise-
soleil verticais, cobrindo as duas
fachadas, e separadas das paredes
exteriores das salas (feitas com portas
de vidro com ventilação na parte
superior) por um corredor que assegura
uma ventilação auxiliar e atua como zona
de dispersão de calor.
MMM Roberto – Edifício da ABI (Rio:1947 - 1952)

Com exceção
ç do espaço
p ç destinado às lojas,
j , no térreo,, e dos quatro
q andares a serem alugados
g (do
( p
primeiro
ao quarto), o prédio é ocupado pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
À esquerda há uma entrada de carros coberta, que leva a um pátio interno, destinado ao estacionamento de
carros, comum a todos os prédios desta quadra, de acordo com projeto municipal de zoneamento da área
do Castelo.
MMM Roberto – Edifício da ABI (Rio:1947 - 1952)

O prédio dispõe de: um andar para escritórios,


com uma pequena sala de conferências, um andar
para a biblioteca, outro para as salas de estar e de
recreação e outro para um grande auditório e uma
galeria de arte.
MMM Roberto – Edifício da ABI (Rio:1947 - 1952)

As duas fachadas são revestidas com mármore


travertino argentino; os pilotis e as paredes do
pórtico, com granito brasileiro. As paredes externas
do poço do elevador são revestidas, no térreo, com
lâminas de alumínio, e nos demais andares com
aplicação de madeira compensada, também
empregadas nos corredores e peças adjacentes.
Na cobertura,, um restaurante e um jardim
j p
projetado
j
por Burle Marx.
MMM Roberto – Instituto de Resseguros do Brasil (Rio:1941)
MMM Roberto – Aeroporto Santos Dumont (Rio:1944)
MMM Roberto – Aeroporto Santos Dumont (Rio:1944)

Em 1937 foi
E f i organizado
i d um concurso para escolha
lh do
d projeto
j t do
d novo Aeroporto.
A t Os
O irmãos
i ã Marcelo
M l e
Milton foram os ganhadores, havendo a obra começado em 1938, sofrido uma interrupção, e só
terminado em 1944.
Os arquitetos souberam tirar partido da excelente localização à beira da baía de Guanabara. Usando os
princípios fundamentais da arquitetura moderna para melhor ,aproveitar
aproveitar a paisagem.
paisagem
O térreo funciona como uma espécie de praça coberta que integra os jardins de Burle Marx,
articulando a cidade, o mar e os aviões. Os longos pilares fornecem-lhe ritmo e permitem que o
usuário tenha alguns limites visuais, ao mesmo tempo que os seus olhos passeiam por todos os
espaços do prédio.
prédio
Os Roberto conseguiram aqui concomitante sensação de amplidão e aconchego. Hitchcock jr., em seu
livro Latin-American Architecture since 1945 refere-se a ele como sendo, provavelmente, o mais belo
aeroporto do mundo.
MMM Roberto – Aeroporto Santos Dumont (Rio:1944)

O aeroporto
p foi p
projetado
j de um modo lúdico,, com os aviões e a p
paisagem
g como espetáculo.
p
Localizado em pleno centro carioca, o aeroporto tornou-se pequeno para as atuais exigências
de segurança e escala das aeronaves contemporâneas.
Uma reforma nos anos 70 descaracterizou a sua arquitetura, sobretudo no que toca ao
tratamento de suas fachadas.
Em 1998 foi severamente danificado por um incêndio, havendo sido recuperado, infelizmente
sem retomar a sua feição original. A sua concepção e estrutura são, entretanto, tão fones que
subsistem, ainda, fazendo com que mereça uma visita.
MMM Roberto – Aeroporto Santos Dumont (Rio:1944)

O bloco abriga: no térreo, uma grande sala de espera. com amplas instalações para o movimento de
chegada e saída de passageiros,balcões para as companhias aéreas, bares, cafés, barbearia, lojas de
souvenirs e outras: no mezanino, estão os escritórios das companhias de aviação e um grande restaurante;
nos dois andares superiores. os escritórios da administração do aeroporto e de diversos departamentos do
Ministério da Aeronáutica relacionados ao transporte aéreo. No subsolo há uma grande garagem.
MMM Roberto – Aeroporto Santos Dumont (Rio:1944)

O bloco de três pavimentos possui 200 metros de comprimento por 25 metros de profundidade.
A estrutura é em concreto armado e a utilização do conceito de planta e fachadas livres enseja
a abertura para permitir a aeração e a utilização de grandes panos de vidro na fachada leste
que dá para a pista, para fornecer segurança sem perder a deslumbrante vista e a iluminação.
Este é um dos prédios públicos nos quais está melhor resolvida, de modo natural, a questão de
luz e temperatura
temperatura. A fachada oeste tem a proteção de brise-soleils fixos em concreto,
concreto que
através do jogo de luz e sombra, fornecem o ritmo de sua composição. Elegante escada
helicoidal conduz ao segundo pavimento, no qual se encontram o restaurante e o terraço-
jardim, ambos com vista para a pista e para a baía de Guanabara.
Vilanova Artigas – FAU - USP (São Paulo:1961)

Nascido
asc do em
e junho
ju o de 1915,
9 5, o curitibano
cu ba o João
oão
Batista Vilanova Artigas, é responsável pelas
primeiras manifestações modernistas na
arquitetura de Curitiba.
Graduou-se engenheiro-arquiteto na Escola
Politécnica da USP,
USP Artigas,
Artigas muito embora tenha
atuado principalmente em São Paulo, deixou
significativas obras na capital, e mesmo no
interior paranaense. É dele a antiga estação
rodoviária de Londrina, hoje transformada em
Museu de Arte.
Suas primeiras obras em Curitiba datam dos
anos de 1940 quando sua arquitetura era
fortemente influenciada pelos projetos de Frank
Lloyd Wright. Mais tarde, Artigas assumiu a
influência de Le Corbusier,
Corbusier marcadamente
reconhecida na residência de João Luiz Bettega,
na Rua da Paz, hoje denominada Casa Vilanova
Artigas.
"Admiro os poetas. O que
eles
l dizem
di com duas
d palavras
l a gente
t
tem que exprimir com milhares de tijolos."
Vilanova Artigas – FAU - USP (São Paulo:1961)
Vilanova Artigas – FAU - USP (São Paulo:1961)
Vilanova Artigas – Casa em Campo Grande (Campo Grande - MS)
Rino Levi – Instituto Superior Sedes Sapientiae (1940)
Rino Levi – Instituto Superior Sedes Sapientiae (1940)
Rino Levi – Banco Sulamericano do Brasil (1960-63)
Rino Levi – Banco Sulamericano do Brasil (1960-63)
Lina Bo Bardi – Sesc Pompéia (1982)

Lina estuda na Faculdade de Arquitetura da


Universidade de Roma durante a década de 1930 mas
muda-se para Milão, onde trabalha para Giò Ponti,
editor da revista Domus. Ganha certa notoriedade e
estabelece escritório próprio, mas durante a II Guerra
Mundial enfrenta um período de poucos serviços,
chegando
h d a ter
t o escritório
itó i bombardeado.
b b d d
Conhece o escritor e arquiteto Bruno Zevi, com quem
funda a revista semanal A cultura della vita. Neste
período Lina ingressa no Partido Comunista Italiano e
participa da resistência à ocupação alemã.
Casa-se com o jornalista Pietro Maria Bardi em 1946 e
neste ano, em parte devido aos traumas da guerra e
à sensação de destruição, parte para o Brasil, país
que acolherá como lar e onde passará o resto da vida
(em 1951 naturaliza
naturaliza-se
se brasileira).
Lina Bo Bardi – Sesc Pompéia (1982)

- Restauração de uma antiga fábrica (1982)

- Complexo cultural e desportivo de uso da população


para shows, eventos, exposições, e desfiles.

- Arquitetura moderna com amplos espaços, materiais


aparentes e mobiliários desenhados por Lina Bo Bardi.
Lina Bo Bardi – Restauração do Pelourinho (Salvador – anos 80)

- Ladeira da Misericórdia, projeto piloto expandido por


todo Pelourinho.
- Os casarões deteriorados foram restaurados como
habitação para população de baixa renda com comércio
no térreo.
Lina Bo Bardi – Museu de Arte de São Paulo (S. Paulo – 1958)
João Filgueiras Lima – Hospital Sarah Kubistcheck (Brasília – 1980)

Foi o hospital que deu origem à criação da Rede Sarah. Nele foram introduzidas pela primeira vez as técnicas de
p baseadas na g
terapia grande mobilidade do ppaciente.
O projeto foi iniciado em 1975 e a obra concluída em 1980. Os jardins de ambientação integrados às áreas de
internação e tratamento foram quase sempre implantados em terraços nas coberturas dos respectivos
pavimentos inferiores.
No bloco de internação esses terraços se desenvolvem ao longo das fachadas com pé direito duplo.
A obra
b foi
f i projetada
j t d em premoldados
ld d ded concreto.
t A maior
i partet da
d estrutura
t t foi
f i fundida
f did no local,
l l mantendo-se
t d
entretanto a disciplina e o rigor do desenho decorrentes da concepção prefabricada.
No bloco de internação o vigamento principal do tipo vierendel se apoia na torres de concreto da circulação
vertical e vence vãos de 20m com balanços de 10m.
João Filgueiras Lima – Hospital Sarah Kubistcheck (Brasília – 1980)
Hospital Sarah em Brasília, sala de reabilitação
João Filgueiras Lima – Hospital Sarah Kubistcheck (Rio de Janeiro)

Com o uso de componentes


industrializados, as obras dos quatro
edifícios do Sarah-Rio foram concluídas
em apenas seis meses.
meses
Todos os componentes foram
fabricados em Salvador e
transportados para o Rio: os
estruturais em aço, os de argamassa
armada marcenaria ou de plásticos.
armada, plásticos
Uma pintura eletrostática, à base de
epóxi e poliuretano, foi aplicada em
peças metálicas, de aglomerado ou
plástico.
Os ambientes integram-se a terraços
ajardinados, onde os pacientes tomam
banho de sol. Para garantir a
incidência controlada do sol -
importante fator de combate às
infecções -, os espaços são protegidos
por coberturas onduladas, com sheds.
O projeto procurou dotar o edifício de
ventilação natural, comprovadamente
eficiente no combate a infecções
hospitalares evitando ambientes
hospitalares,
herméticos.
João Filgueiras Lima – Argamassa Armada

A argamassa armada pode ser definida como


um micro concreto armado, resultante da
associação de argamassa
(cimento/areia/água), com uma armadura de
aço constituída por fios de pequeno diâmetro
e pouco espaçados entre si (telas soldada).
Pode-se dizer que é um material
intermediário
dá entre o ferrocimento
f do
d
engenheiro italiano Pier Luigi Nervi e o
concreto armado, levando vantagem sobre
este no que se refere à elasticidade,
deformação de alongamento e fissuração. Por
sua grande
d versatilidade
tilid d e pequena espessura
das suas peças, pode adaptar-se a infinitas
Banco com encosto, em argamassa armada, 1985
formas.

Você também pode gostar