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NBR 6118/14 PARA CONCRETO ARMADO: COMPARANDO PROJETO E
CONFECÇÃO DE ELEMENTOS RESISTENTES A ESFORÇOS
CISALHANTES, ESTRIBOS.
Resumo
Esse trabalho ressalta a importância de comparações bibliográficas para que seja garantida um controle de
qualidade padrão com foco em cálculo e comparação de elementos resistentes a forças flexo cisalhantes
entre as normas brasileiras NBR 6118 e canadense CSA A23.3. Será traçado um panorama comparando as
forças para resistência do concreto, do aço para então uma análise e uma comparação final da quantia,
espaçamento e bitola dos elementos que resistem a forças flexo cisalhantes, estribos.
Palavra-Chave: estribos, comparaçao bibliográfica, csa a23.3, nbr 6118
1 Introdução
Para que a qualidade de um serviço seja garantida, podendo ser um bem de consumo
ou qualquer outro produto que seja de uso contínuo ou não, é necessária que haja
instruções e métodos que certifiquem que qualquer serviço tenha modos e instruções para
que sua elaboração e controle de qualidade sejam uniformes e sua satisfação seja
garantida (GALLI;SILVA; CASAGRANDE, 2010).
Por mais que os diferentes serviços e produtos possam ser feitos das mais variadas
formas, as normas fornecem uma fundação para que os mesmos serviços sejam feitos de
formas semelhantes e que a conferência e os controles de qualidade sejam garantidos.
Segundo Dias e Lima (2011) a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a
normalização começa após a Revolução Industrial, com a crescente necessidade de
padronização para a confecção de elementos de material siderúrgico para indústria
ferroviária, como a padronização de trilhos/carris, dormentes e os diferentes itens que são
atrelados à construção e expansão das malhas ferroviárias da época.
Ainda, para que a globalização e a expansão do comércio intercontinental sejam
importantes para o desenvolvimento deste comércio, também está atrelada a criação de
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produtos e serviços cada vez mais complexos com necessidade de compatibilizar os
diferentes artigos de consumo para as mais diferentes aplicações.
Assim como no início da necessidade para regulamentação e normatização esteve
atrelado as atividades ferroviárias, cresceu-se a necessidade para que outras áreas e
serviços também fossem reguladas, entre eles um dos setores mais importantes para o
desenvolvimento humano, de acordo com o IBGE (2019), corresponde por 7,6% dos
serviços oferecidos de seis regiões metropolitanas do Brasil (São Paulo, Recife, Salvador,
Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre) (ESTATÍSTICA, 19). Commented [TB1]: Melhorar o paragrafo. Essa citação esta
estranha, verifique como deve ser referenciado. Na duvida, fale com
seu professor de metodologia.
No Brasil, o esforço de estabelecer uma cultura normativa provém da ABNT,
Associação Brasileira de Normas Técnicas, e as normas e as instruções que relaciona a
confecção de elementos de concreto armado, essenciais para a construção civil, provém
da Norma Brasileira 6118, revisada pela última vez em 2014.
De acordo Thomaz (2005) em História da Norma NB1/1940 de Concreto Armado,
chamada inicialmente de NB-1, aprovada em 1940 pela 3º Reunião de Laboratórios
Nacionais de Ensaios, reunião na qual foi fundada a ABNT, por iniciativa de Paulo Sá,
inicialmente a NB-1 foi profundamente influenciada pela norma alemã DIN-1045. norma
brasileira foi capaz de tipificar o cálculo de resistência a flexão assim como também previa
uma forma de calcular elementos de concreto armado no estado limite último, este sendo
revisado em futuras edições devido a precauções com segurança Em outro aspecto das
normas, assim como relacionado a própria história da normatização para confecção de
estruturas de concreto armado, está a necessidade de comparação e revisão bibliográfica.
Assim como no início da cultura de normatização de elementos de concreto armado estava
como referência a norma alemã DIN-1045.
Para o Canadá, organização que produziu e editou a norma teve seu começo em
1921 justamente com a implementação da indústria ferroviária, porém a parte que relaciona
construção civil e a confecção de elementos de concreto armado só foi realmente surgir
após os anos 70. Inicialmente a aceitação da norma foi voluntária sendo aceita somente
quando não havia previsão legislativa das províncias ou territórios, somente quando surgida
a necessidade da verificação da qualidade e o controle mais rígido da padronização de
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produtos foi que as normas elaboradas pela Canadian Standards Association se tornaram
um fator de comparação (ASSOCIATION, 2009).
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Figura 1 - Croquis das vigas. Vista frontal e lateral (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014)
Figura 2 - Croquis do modelo de treliça de Ritter, Mörsch de acordo com a NBR 6118:2014 (CARVALHO;
FIGUEIREDO FILHO, 2014)
Já o modelo análogo da treliça de acordo com a norma CSA A 23.3-14 pode ser
visto na Figura 3:
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Figura 3 - Croquis do modelo de treliça de Ritter, Mörsch de acordo com a CSA A23.3-14
((BRZEV; PAO, 2006))
Considera-se que a inclinação (𝛼) da armadura de cisalhamento está entre 45º (na
direção das tensões principais de tração) e 90º, e que os elementos de concreto comprimido
estão inicialmente inclinados a 45º, experiências em laboratório confirmam que essa
angulação é exagerada e que em laboratório essa inclinação tende a ser menor, portanto,
os elementos da treliça são mostrados (NBR 6118, 2014).
Para o cálculo das forças nas barras da treliça, e consequentemente, das
expressões que possibilitam determinar a quantidade de armadura, as hipóteses que terão
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de ser adotadas assumem que a treliça é isostática, os banzos são paralelos, a inclinação
das fissuras e, portanto das bielas comprimidas é de 45º e a inclinação (da armadura
transversal pode variar entre 45º e 90º (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014)).
Os detalhamentos previstos em norma aplicam-se a elementos lineares armados
ou protendidos, submetidos a esforços cortantes, eventualmente combinadas com outros
esforços solicitantes (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014) (ABNT NBR 6118, 2014).
1.1 Justificativa
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A armadura transversal é importante para a estabilidade lateral tanto em vigas
quanto pilares, servem para resistência ao cisalhamento e garantem um comportamento
ainda mais plástico para a viga, auxiliam no sentido de manter as barras longitudinais
travadas na sua posição projetada. Tendo em vista essa importância, um conjunto de
referencias atualizado evita a obsolência e que os métodos executivos estejam de acordo
com padrões internacionais e mesmo como padrão de segurança para que a segurança
esteja sendo realmente satisfeita. Essa comparação será feita entre a norma brasileira para
elaboração de estruturas de concreto armado (NBR 6118), produzida pela ABNT, , com a
norma de mesmo escopo produzida pela CSA, Canadian Standards Association, (A23.3-
14), responsável por publicações de normas e controle de qualidade presente na Ásia,
Europa, América do Norte e os Estados Unidos.
2.1 Materiais
Para elaboração desse artigo será usada as equações presentes nas normativas
NBR 6118/2014 e na CSA A23.3-14 referências bibliográficas e Microsoft Excel.
2.2 Métodos
Cálculo das bielas comprimidas de acordo com a NBR 6118-14, O modelo I admite
diagonais de compressão inclinadas de θ = 45°, porém demonstrações e ensaios em
laboratório mostra que essa angulação é menor, em relação ao eixo longitudinal do
elemento estrutural e admite ainda que a parcela complementar 𝑉𝑐 tenha valor constante,
independente de 𝑉𝑆𝑑 (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2014).
Para efeitos de comparação primeiramente será calculado, na ordem, a resistência
das bielas de concreto comprimidas, a resistência do aço para então ser calculada uma
taxa de armadura que resistirá aos esforços.
Inicia-se o cálculo, para NBR 6118 (2014) verificando as bielas comprimidas de
concreto:
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ck f
Com αv2 = (1 − 250 ), sendo 𝑓𝑐𝑘 em Mpa, e VRd2,1 a força cortante resistente de
cálculo, relativa à ruina das diagonais comprimidas.
Onde:
Observa-se:
Para os dois modelos de cálculo o espaçamento longitudinal máximo é
delimitado por: se 𝑉𝑑 ≤ 0,67 𝑉𝑅𝑑2, então 𝑠𝑚á𝑥 = 0,6 d ≤ 300 mm e se 𝑉𝑑 ≤ 0,20
𝑉𝑅𝑑2 , então 𝑠máx = 0,3 d ≤ 200 mm (item 18.3.3.2 NBR 6118:2014);
O diâmetro do estribo deve ser maior ou igual a 5 mm, sem exceder um
décimo da largura da alma da viga (ABNT, 2014).
Cálculo das bielas comprimidas de acordo com a CSA A23.3-14, de acordo com a
norma CSA A23.3-2014, há dois métodos que podem ser utilizados para o cálculo da
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resistência ao cisalhamento o método simplificado e o método geral. O método simplificado
pode ser usado quando membros não estão sujeitos a uma tensão axial muito grande,
sendo assim, o aumento do stress induzido pela tensão no reforço longitudinal é menor que
50 Mpa, maior que essa condição o método geral deve ser utilizado, para o m (BRZEV;
PAO, 2006).
em que:
∅c fator de resistência do material para o concreto que de acordo com a
norma CSA A23.3-2014, seção 8.4.3 letra a), corresponde a ,85 para
vergalhões;
γ fator que leva em consideração a densidade do concreto, sendo que de
acordo com a norma CSA A23.3-2014, seção 8.6.5 letra a), corresponde a 1
para concreto com densidade normal;
β fator que leva em consideração a resistência ao cisalhamento no estádio 3,
já fissurado que pode ser utilizado de acordo com a tabela 1
fc′ resistência característica do concreto a compressão (√fc′ ≤ 8Mpa quando
usando o método simplificado;
bw espessura da viga;
dv altura útil, geralmente representado por 90% da altura útil da viga ou 72%
da altura total da viga;
Tabela 1 – Valores de β
Equação Aplicação
Para sessões que contenham reforço de
β = ,18 cisalhamento mínimo, proposto pela
(Equação 5) norma CSA A23.3, sessão 11.2.8.1;
Para sessões que não tem reforço de
230 cisalhamento mínimo e o diâmetro
β=
100 + dv máximo do agregado é 20 mm;
(Equação 6)
Para sessões que não tem reforço de
230 cisalhamento mínimo e sem diâmetro
β= máximo do agregado.
1000 + sze
(Equação 7)
Fonte: (ASSOCIATION, 2009)
médias, isto é, agrupam os efeitos combinados de stress locais em fissuras, stress entre
fissuras, deslizamento de ligação e deslizamento de fissuras. As tensões calculadas são
também tensões médias, na medida em que implicitamente incluem tensões entre fissuras,
tensões nas fissuras, cisalhamento de interface em fissura (STRUCTURES, 2015).
O método Geral de Cálculo assume que a resistência ao cisalhamento de ambos o
concreto e vergalhão depende de variações de stress cisalhantes e tensão fletora ao longo
da viga, o uso desse método resulta em uma estimativa mais precisa de ao longo do
comprimento do membro, entretanto tal estimativa precisa de resistência ao cisalhamento
não é necessário na maioria dos designs práticos. .
No método geral, os cálculos utilizados para achar a resistência do concreto e do
aço ao cisalhamento continuam as mesmas, porém os fatores 𝛽, 𝑠𝑧𝑒 , 𝜃 e tensão longitudinal
devido a esforços fatorados, 𝜀𝑥 , serão modificados e levados em consideração para a
verificação mais precisa das tensões cisalhantes na seção, para o Método Geral de Cálculo
o valor de 𝛽 será calculado como:
,4 1300
β = (1+1500ε ) • (1000+s (Equação 8)
x ze )
Sendo que para seções que contenham pelo menos o reforço transversal mínimo
exigido pela Equação 9, o parâmetro equivalente de espaçamento entre fendas, sze , na
equação 8, deve ser considerado igual a 300 mm, caso contrário, sze deve ser calculado
usando a Equação 38. Se fc′ for superior a 70 MPa, o termo ag deve ser considerado zero
na Equação (9). Assim que o fc′ vai de 60 a 70 MPa, ag deve ser linearmente reduzido a
zero.
O ângulo de inclinação das bielas comprimidas, 𝜃, deve ser tomado como:
Mf
+V f −Vp +,5Nf −Ap fpo
εx = dv 2(Es As +Ep Ap )
(Equação 11)
Sendo:
Mf momento devido a cargas fatoradas;
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dv altura útil da viga, geralmente representado por 90% da distância da fibra
mais comprimida até o centroide do vergalhão sobre efeitos têncis ou 72% da
altura total da viga;
Vf cisalhamento horizontal fatorado;
Nf resistência fatorada a tração;
Ap área dos tendões no lado da tensão de flexão do membro;
fpo tensão nos tendões de pré-esforço quando a tensão no concreto
circundante é zero (pode ser tomada como 0,7fpu para os tendões ligados fora
do comprimento de transferência e fpe para os tendões não ligados);
bw s
Av = ,06√fc′ fy
(Equação 12)
bw espessura da viga;
fy resistência específica do aço;
fc′ resistência característica do concreto a compressão;
s espaçamento da armadura longitudinal;
3 Resultados esperados
(neste item o autor deve apresentar os resultados e discuti-los a fim de justificar os resultados encontrados –
respostas - pode-se inclusive comparar com outras bibliografias).
4 Conclusões
(neste item não se deve discutir o assunto em análise e sim apenas indicar a conclusão do trabalho de forma
resumida e objetiva)
5 Referências Bibliográficas
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