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2D ; IES Cama) . \ pti fe |e : TAMAS SZMRECSANYI (organizador) TES P > cuvinsnane ne torso 4 e aan Retr Adolpho dose Mett : HISTORIA ECONOMICA Vicecor Ta Nog da Cs DO PERIODO.COLONIAL re [EDITORA DA UNIVERSIDADBDE SKO PAULO Comissdo Euivorial Segunda Edigio Revista Coletinea de textos apresenteda no 1 Congresso Brasileiro de Hi (Campus da USP, setembro de 1993) ES . pee wan Richard Vainbers aa eran Oana | uote eu serous op oxtnpaid eo eugnood y vzamyeu vad weavzprayeie> 9s ope ap sepuazey se anb ap ve sepa aqua ‘sagSou-ad seumSe je as-urepossy ‘ope ap sepuazey seu. oufegen ov epenbape ,arraurremyns,, a muupiunjoa viqo-ap-o8ut ap osimsar 0 orpus ou ga anb opsisa v euMIgUOD vpUTe SOUDUT g “sje | op TetOMA1a) o¢SnAstOD ep sourpered out0D ‘sagrras so axqos opuR -SOAUT sajUeIEpueG soITWOPUT soAeIG ap LIOIEY LYDIeUT v LED anb epezreapr ogsioa eu expenbua ‘s0URdIBI9S x0d ona v peasy ‘sypm4 -vonqureuiad 3 ouRSsspueyubs Opus op eyed e — soyunure> sneur od ouisour ‘2aout 29 2nb onpoud 2550 — oped’o oqusumaAsiif Gii6> opum ‘eunefned euLIos ap “exIayuoY wp oSuBAe op eien exournd y ‘TLAX o[ses op sopeaursop iyzed v ‘seq op so}19}uT ou sex19; ap op aUTessode ap oyyoUTTAOUT apuex8 oreuTTd ov oyadsar urazrp seyy ‘aqusoar erapisesq eyerBorIosTy eu OYA, xeyue’ v ureSauros anb sagSou senp ‘opyut ap /sousareseisacl 031 so opuazessoq yauunn 2p 20” oxo 00st 9p oreut apr . _ssudowoy sop 13314 oye wis ep -eutiso> anb ‘eareuirre eumey enna ursi ‘exfed wou ‘eueno tot" ‘eiqes wou ‘ees wa nb ey wou “urEED UIDY WIeIAS| WOU STA, VWINQ109 WN SOLNANI TV AG oySnaoud va wrynoad, Vv fuarysoa ‘eto: 9p dog soxequry epPAKeHE « peipuy 9p 8110 poUeL] | gor “661 “WBeUNg eINSEIA “(SIET-OEST) ODIEaND U9 vo “Hpua|qo4e MUUN LojuaUEDE}SHAY Op BLUgISIEL "ONI2"] PPPIK PHT ‘SOIC yy “svary seno a-semm dius seu -orGar 9 sterrontiz93 sogSepaitonn sep sopmase uresey as anib o1syss<> 9 ‘euLIoy euusaur eq] ‘ovSeyIOdxa op 'seamyno se UIO OWEUTELOD eT OU ‘SeuraIxo 9 seUIaUT S¥IysTIaIDeTe Sens Urs So-opuePIuT “Ayseig ou , sowroune ap emmy v 9 euYHDad v argos sopnise.op ojauAToauasap o emuyriodun zoreur ep Jes sournmpe “ISsy stag o ered ayuauresrxcu0> op -emyde> 10} 29 anb 9 ‘seaopora se{A0II9} BP ORSANSUOD w UIOD KK iomags o os ‘Tsezg ov anb op werg op seaqqnday se epeSy steur ‘oymur axdutas aaaise anb ‘erueyde> ovyua ep kormiou029 epeprane tedourd e as-nouzo} ‘Teueytreg ou opniaiqos ‘epnzed e seu ‘naa ~taaigos opSeroumur e ‘Ese3q OR 03501 Op opefost awusureoned yer livre do trabalho nelas realizado. Emasuma, a escravidao nao teria tido curso na lberdade que seria o apandgio do trabalho de va- queiros e peses. Hipoteticamente, os indios, inadaptados ao traba- Iho sedentério da agricultura, teriam aceitado facilmente viver no latifiindio da pecuéria! A realidade no confirma tal versio. ‘Quanto ao romantismo da interpretacao bandeirante, hd 0 exa- gero que reveste, de maneira geral, a histéria que trata do avan- co da fronteira de povoamento. Nos Estados Unidos, a tradigao de Frederick Jackson Turner — The Frontier in American History (1893) — foi prolongada e deu muitos frutos, fortemente imbufda da idéia de construgao das glorias e virtudes de uma nacdo igualitaria! Na Riissia Imperial, a:tradigéo de, Kliuchevski originou uma vertente interpretativa ligada. constragio do tzarismo e da unigo'politica das varias Russias sob Moscou, amenizada tal vertente pela ocupa- do das vastas planicies além dos Urais: So processos hist6ricos que ocorreram em perfodos relativamente préximos, dos quais re- sultaram esquemas explicativos bastante curiosos quanto & confi- guracdo politica e social de paises como a Russia e os Estados Uni-; dos, com suas determinagées “nacionais” e hist6ricas especificas, tais como o caréter autoritério ou democratico de suas respectivas sociedades, as diferentes vias de transigao ao capitalismo segundo a corrente leninista, ou ainda a origem da servidao (a segunda ser- vidao, por exemplo, na Russia, na Polonia) ou do campesinato tipo ‘As pesquisas tem revelado uma realidade bem diversa das ideali- zagbes correntes, tanto quanto a forma de ocupasio da terra, oque se demonstra no estudo sobre a constituigao dos latiftindios baia- nos em seus aspectos legais particulares.—~ conformé a comiunica- gio aqui apresentada pelo historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva, como, também, pela reacio das populagées indigenas a in- corporago de-sua forga de-trabalho:nas fa’zendas de-gado;o que nte foi examinado em trabalho na regio do baixo Sao ?. Da mesma forma, 0s trabalhos do antropélogo Luiz Mott » Domar, Evsey D. “The Causes of Slavery and Serfdom: a Hypothesis". Economic History 30(1), March 1970. Velho, Otévio Guilher- ne. Capitalismo Autoritdrio e Campesinato. Rio de Janeiro: Difel. 1976. ra da Silva, Francisco Carlos. Camponeses e Criadores na Formagiio ‘da Miséria, Dissertagio de mestrado. UFE. 1981, mimeo. Jou Maria Yedéa Leite Linhares comprovaram amplamente, e'de forma pioneira, a falécia das ver~ ‘ses que tratam da vocaplo do.indio pela pecuéria e da pretensa inexisténcia do trabalho servil na pecuéria sertaneja*. Nao ser, pois, nos limites desta comunicacdo — a pecusriae a produgdo de alimentos na Colonia —, que caberé desfazer esses € Dutros mitos ben asserttados na historiografia brasileira. Tentare- mos Jimitar-nos.a salientar 0 peso dos rebanhos na expansao da fronteira agricola nos primeiros séculos.formadores do Pais, res- saltando os aspectos ligados & subsistencia Jato sensu, de modo a abrange® 6 cofsiimo de alimentos pela populagao. Ao longo da lei- fura ndo’stré dificil perceber as dificuldades atifientes a pesquisa especifica em pecudria, bem como necessidade de deixar de lado certos aspectos descritivos em beneficio do enfoque, num primero maniento, mais genérico, com perspectivas teéricas abrangentes capazes de impulsionar os estudos nessa rea ainda carente de 8 de base. ‘Partimos, assim, do'quiadro terito-conceitual construido = de- senvolvido, nos timos anos, na linha de pesquisa de Hist “Agratia no’ dois ceittros de pés-graduacao em Historia do Rio de Janeiro (UEF e UFR), em continutidade ao trabalho que teve inicio, entre 1977 e 1981, no Centro de Pés-Graduagao em Desenvolvi- mento Agricola, da Fundagio Getilio Vargas (EIAP/FGV/RJ).Con- bidera-se como hipétese central que'a economia aqui engendrada ros primeiros séculos, baseada na agricultura extensiva, reproducio dependente da:presenca de trés elementos cu} deveria ser elstica — isto é, terras, homense alimentos. Ac cia da frontéira agricola aberta, apesar da persistente resi das popitlagSes indigenns, combinavam-se o tréfico atlantico,ines= gotavel supridor de escravos africanos, ¢ a producao de alimentos Em escala'crescente. De tal combinaco de fatores resultava que “a ecosiomia tolonial se reiterasse mediante um-baixo-custo moneta- > Mott, Luiz R.B. “Os indios ea pecusria nas fazendas de gado do Piaui Mtonlal”. Revista de Antropologia. Vol. 30, S80 Paulo. 1979. Fazendas Se gado do Piaut (1697-1762). Separata dos Anais do VII Simpésio Na~ ional dos Professores Universitérios de Hist6ria. 1975, Sto Paulo. 1976. “Sabstdios & historia do pequeno comércio no Brasil”. Separata da Re- ja; n? 105, S40 Paulo, 1976, Mattos, Maria Regina Men- io Principe (1850-1890), Sertdo do Seridé —um estu- Dissertagio de mestrado. UFF. 1985, mimeo. donga Furtado. do de caso da pot [A pocuiria © a produgio de alimentos na Colénia |

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