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CAPÍTULO 12:

CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO

LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
POR QUE AS MÁQUINAS FALHAM?

INCIDÊNCIA DAS FALHAS

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
ORIGEM DAS CAUSAS DE FALHAS

A CONTAMINAÇÃO CAUSA A MAIORIA DAS FALHAS HIDRÁULICAS
A grande experiência de projetistas e usuários de sistemas hidráulicos e
lubrificantes demonstram que 75 a 80 % das falhas são resultantes diretas
de contaminação, sejam elas por partículas sólidas, gases ou por água. É
sabido ainda que são consequências diretas dessa ocorrência o aumento do
número de paradas dos equipamentos, levando a perdas na produção, a redução
da vida útil dos componentes e necessidade de reposições mais constantes, o
aumento dos custos de manutenção e do índice de material de sucata. 3

LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
Qual a Importância do Controle da Contaminação?

A contaminação é a causa número 1 de danos aos mancais o


que leva a troca prematura.
-- TRW Bearings Division

Sujeira e contaminação são a causa número 1 das falhas dos


sistemas hidráulicos.
-- Caterpillar

Quando o fluido é mantido 10 vezes limpo, a vida de uma bomba


hidráulica pode ser extendida em até 50 vezes.
-- Universidade do Estado de Oklahoma

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
9 Com a evolução tecnológica as máquinas ficaram cada vez mais
potentes, mais rápidas e eficientes;
9 O desafio de lubrificar nesse contexto se tornou evidente e necessário;
9 Os requisitos de limpeza para os fluídos hidráulicos, lubrificantes e
térmicos também tiveram que acompanhar esse desenvolvimento;
9 Vários sistemas de classificação foram criados para padronizar os níveis de
limpeza dos sistemas hidráulicos;
9 Para facilitar o entendimento, foram criadas as normas que expressam o
nível de contaminação do óleo hidráulico por partículas, como também é
usada para especificar o nível exigido de limpeza para componentes e
sistemas hidráulicos.
Cerca de 60 a 80% dos problemas de manutenção ocorrem por problemas de
contaminação em função de:
9Entrada de poeira (bocal de enchimento, vedação);

9Manutenção com asseio inadequado;

9Limpeza incorreta dos componentes quando há uma falha;

9Mangueiras e peças expostas a poeiras e depois instaladas sem a devida


limpeza. 5

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
OS PRINCIPAIS CONTAMINANTES
TIPOS DE EFEITOS
CONTAMINAÇÃO

GASOSA LÍQUIDA SÓLIDA

Partículas Duras
AR ÁGUA Aço
Ferro Fortemente
Bronze abrasivo
Alumínio

Obs.: Além da dureza das Partículas Extremamente


Duras
partículas estranhas, sua Ferrugem Muito
quantidade e distribuição de Oxido de ferro abrasivo
Corrosão
tamanho também exercem
papel na frequência de
falhas dos sistemas. Partículas Moles
Fibras
Desgaste de vedações De poucos
Partículas de borracha danos
Parículas de Pintura e vernizes

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
OS PRINCIPAIS CONTAMINANTES

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
O limite da capacidade visual do olho humano médio de boa saúde está
em aproximadamente 40 µm.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
CONSEQUÊNCIAS DA CONTAMINAÇÃO
Contaminação por partículas, que
circulam em sistemas de fluido, provocam
danos às superfícies através dos
mecanismos de desgaste de
conhecimento geral (abrasivo, erosivo,
etc.).
Mediante este desgaste são geradas cada
vez mais partículas, e o desgaste
aumenta, se a "reação em cadeia do
desgaste" não é reprimida por medidas
apropriadas (sistema de filtração).
Aumentam as folgas entre peças, as
vazões de fuga crescem e o grau de
rendimento (por exemplo, das bombas)
diminui. Arestas de comando são
esmerilhados com o que surge a
imprecisão de comando.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
CONTAMINAÇÃO POR PARTÍCULAS SÓLIDAS
Provenientes de diversas fontes como fundição, resíduos de pintura, resíduos de
usinagem e montagem, desgaste natural de componentes e, ainda, partículas
presentes na atmosfera.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO

Saber o nível de limpeza do filtro é a base das medidas de


controle de contaminação. Os números do índice ISO nunca
podem aumentar conforme aumenta o tamanho das partículas.

ANTIGA ISO 4406:1987

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
ISO 4406:1999
Para detectar ou corrigir problemas, é usada uma escala de referência de contaminação.
A contagem de partículas, através de aparelhos ópticos sensíveis para atingir várias
faixas de tamanho, é o método mais comum para obter os padrões de limpeza.
A ISO (International Standards Organization) 4406, nível padrão de limpeza, que tem
obtido uma vasta aceitação nas indústrias, refere-se ao número de partículas maiores
que 4, 6 e 14 mícrons, em um volume de 1 mililitro. O número de partículas de 4 e 6
mícrons é usado como ponto de referência para partículas sedimentadas, enquanto o
tamanho 14 mícrons indica a quantidade de partículas maiores presentes que contribuem
para falhas catastróficas dos componentes hidráulicos.
CODIFICAÇÃO: Definem-se três dígitos tabelados, segundo a quantidade de partículas
encontradas maiores a 4, 6, e 14 micra em 1 ml de óleo.
EXEMPLO: ISO 18/16/13

Representa quantidade de partículas


> 14 μ

Representa quantidade de partículas


>6μ
Representa quantidade de partículas
>4μ
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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL Range De Até
24 80000 160000
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO 23 40000 80000
22 20000 40000
Amostra 1: 21 10000 20000
20 5000 10000
4000 Partículas > 4 μ/ml
ISO 19/17/15 19 2500 5000
900 Partículas > 6 μ/ml 18 1300 2500
17 640 1300
250 Partículas > 14 μ/ml 16 320 640
15 160 320
Amostra 2: 14 80 160
13 40 80
438 Partículas > 4 μ/ml
12 20 40
95 Partículas > 6 μ/ml ISO 16/14/11 11 10 20
10 5 10
16 Partículas > 14 μ/ml 9 2,5 5
8 1,3 2,5
7 0,64 1,3
“Uma variação de um código 6 0,32 0,64
ISO representa o DOBRO de 5 0,16 0,32
quantidade de partículas por 4 0,08 0,16
mililitro de óleo” 3 0,04 0,08
2 0,02 0,04
1 0,01 0,02
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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
PADRÃO DE LIMPEZA PARA COMPONENTES
Os fabricantes de equipamentos hidráulicos e rolamentos de carga especificam o
nível de limpeza requerido para seus componentes, cuja vida útil pode ser
reduzida pela utilização de fluidos com nível acima do recomendado.

OBSERVAÇ
OBSERVAÇÃO:
•Turbomáquinas: Segundo a
Norma ASTM D4378-03
(Monitoramento de Óleos em
Serviço para Turbinas a Vapor e
Gás), o Código pode variar entre
16/14/11 a 18/16/13, segundo
várias condições.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO

NAS 1638
Como a ISO 4406, a NAS
1638 descreve a
concentração de partículas
em fluidos.

Os métodos de análise
podem ser utilizados
análogo á ISO 4406:1987.

Do contrário à ISO 4406,


na NAS 1638 são contadas
determinadas faixas de
partículas e agregadas a
estes números indicativos.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
Nivel de Limpeza Novo (Código ISO)

21/20/17 20/19/16 19/18/15 18/17/14 17/16/13 16/15/12 15/14/11. 14/13/10 13/12/09 12/11/08. 11/10/07
5 3 7 3,5 9 4 >10 5 >10 6 >10 7,5 >10 9 >10 >10 >10 >10 >10 >10 >10 >10
26/23
4 2,5 4,5 3 6 3,5 6,5 4 7,5 5 8,5 6,5 10 7 >10 9 >10 10 >10 >10 >10 >10
4 2,5 5 3 7 3,5 9 4 >10 5 >10 6 >10 7 >10 9 >10 >10 >10 >10 >10 >10
25/22
3 2 3,5 2,5 4,5 3 5 3,5 6,5 4 8 5 9 6 10 7,5 >10 9 >10 >10 >10 >10
3 2 4 2,5 6 3 7 4 9 5 >10 6 >10 7 >10 8 >10 10 >10 >10 >10 >10
24/21
2,5 1,5 3 2 4 2,5 5 3 6,5 4 7,5 5 8,5 6 9,5 7 >10 8 >10 10 >10 >10
2 1,5 3 2 4 2,5 5 3 7 3,5 9 4 >10 5 >10 6 >10 8 >10 9 >10 >10
23/20
1,7 1,3 2,3 1,5 3 2 3,7 2,5 5 3 6 3,5 7 4 8 5 10 6,5 >10 8,5 >10 10
Nivel de Limpeza da Maquinaria atual (Código ISO)

1,6 1,3 2 1,6 3 2 4 2,5 5 3 7 3,5 8 4 >10 5 >10 6 >10 7 >10 >10
23/22/19
1,4 1,1 1,8 1,3 2,3 1,7 3 2 3,5 2,5 4,5 3 5,5 3,5 7 4 8 5 10 5,5 >10 8,5
1,3 1,2 1,5 1,5 2 1,7 3 2 4 2,5 5 3 7 3,5 9 4 >10 5 >10 7 >10 10
22/21/18
1,2 1,1 1,5 1,3 1,8 1,4 2,2 1,6 3 2 3,5 2,5 4,5 3 5 3,5 7 4 9 5,5 10 8
1,3 1,2 1,6 1,5 2 1,7 3 2 4 2,5 5 3 7 4 9 5 >10 7 >10 9
21/20/17
1,2 1,05 1,5 1,3 1,8 1,4 2,3 1,7 3 2 3,5 2,5 5 3 6 4 8 5,5 10 7
1,3 1,2 1,6 1,5 2 1,7 3 2 4 2,5 5 3 7 4 9 6 >10 8
20/19/16
1,2 1,1 1,5 1,3 1,8 1,5 2,2 1,7 3 2 3,5 2,5 5 3,5 7 4,5 9 6
1,3 1,2 1,6 1,5 2 1,7 3 2 4 2,5 5 3 7 4,5 >10 6
19/18/15
1,2 1,1 1,5 1,3 1,8 1,5 2,3 1,7 3 2 3,5 2,5 5,5 3,7 8 5
1,3 1,2 1,6 1,5 2 1,7 3 2 4 2,5 6 3 8 5
18/17/14
1,2 1,1 1,5 1,3 1,8 1,5 2,3 1,7 3 2 4 2,5 6 3,5
1,3 1,2 1,6 1,5 2 1,7 3 2 4 3,5 6 4
17/16/13
1,2 1,1 1,5 1,3 1,8 1,5 2,3 1,8 3,7 3 4,5 3,5
Máquinas 1,3 1,2 1,6 1,5 2 1,7 3 2 4 2,5
16/15/12. Hidráulicas e Rolamentos
Motores Diesel
1,2 1,1 1,5 1,4 1,8 1,5 2,3 1,8 3 2,2
Mancal Caixas de 1,3 1,3 1,6 1,6 2 1,8 3 2
15/14/11. deslizantes e Engrenagem e
Turbomaquinas outros 1,3 1,2 1,6 1,4 1,9 1,5 2,3 1,8
1,4 1,2 1,8 1,5 2,5 1,8
14/13/10.
1,2 1,1 1,6 1,3 2 1,6

TABELA FATOR DE EXTENSÃO DA VIDA (Lubrication Excellence 2003) 17

LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
CONTAMINAÇÃO POR ÁGUA
A água é o contaminante universal que está sempre presente no sistema
hidráulico. Pode está na forma livre, dissolvida ou emulsionada, causando a
formação de: óxidos, limos , resinas e a ruptura de aditivos gerando ácidos que
corroem a superfície.
A água livre (fig.1) é definida como a água acima do ponto de saturação de um
fluido especifico, em que esse fluido não pode nem dissolver nem reter mais
água. A água emulsionada (fig.2) é geralmente percebida como uma de coloração
“leitosa” do fluido. A água dissolvida (fig.3) não é percebida visualmente na
amostra de óleo.

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FIG.1 FIG.2 FIG.3
LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
CONTAMINAÇÃO POR ÁGUA

São causas desse tipo de contaminação o desgaste da vedação do atuador,


vazamentos na abertura do reservatório, condensação e vazamentos no trocador de
calor. Cuidados especiais devem ser tomados no armazenamento de fluidos, já que a
água também pode ficar assentada no topo dos tambores e vir ao fundo com a
variação da temperatura.
As mesmas medidas preventivas para minimizar a inserção de partículas sólidas nos
sistemas podem ser aplicadas para a remoção de quantidades significativas de água.
No entanto, uma vez detectado o excesso, sua eliminação pode ser realizada pelos
métodos do princípio termodinâmico de transferência de massa, absorção,
centrifugação e desidratação a vácuo.
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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
Novo Nível de Umidade (PPM)
Nível de Umidade Atual (PPM)

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CONTAMINAÇÃO POR ÁGUA: TABELA FATOR DE EXTENSÃO DA VIDA (SKF)
LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
CONTAMINAÇÃO POR GASES
O gás pode estar presente em bolsas ou dissolvido, causando:
• Perda de potência;
• Diminuição do poder de sucção;
• Ruído;
• Redução da capacidade de lubrificação e aumentando a temperatura.

Além disso, também:


• Acelera a degradação do fluido por oxidação;
• Diminui a rigidez do sistema e, com isso, a precisão de ajuste e causa reações químicas
e espuma no reservatório;
• O ar reduz o módulo de elasticidade do fluido, já que é até 20 mil vezes mais
compressível do que o líquido onde está dissolvido;
• Gasto de energia elétrica já que a bomba trabalha mais para comprimir esse ar e menos
para o sistema.

A entrada de ar pode ser causada por vazamentos no sistema, pela aeração da bomba ou por
turbulências do fluido no reservatório. São formas de prevenção a utilização de sistemas de
sangramento do ar, a lubrificação das linhas de sucção, o desenvolvimento de projetos apropriados
para o reservatório e a implantação de difusores na linha de retorno.

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
FORMAS DE INGRESSO DE CONTAMINANTES
1. Externas, através das hastes dos cilindros, da entrada de ar pelo reservatório, do
eixo de bombas e motores e do acionamento de válvulas.

2. Através de resíduos de montagem como limalha, resultante do corte de tubos,


cavacos de usinagem de roscas, montagem de mangueiras e resíduos de tinta, vedante
e cola.

3. Contaminação inicial: através de areia de fundição e estocagem.

4. Resíduos de desgaste, seja no “start-up”, seja pelo atrito entre as peças móveis.

5. Contaminação do fluido: o abastecimento do reservatório deve ser feito com a


unidade de filtragem, para evitar a entrada de contaminantes presentes no fluido novo e
também no ambiente.

6. Negligência da manutenção como, por exemplo, a existência de um depósito de


contaminantes em máquinas antigas. Nestes casos, recomenda-se a limpeza completa
do sistema, com a utilização de filtros adequados ao controle da contaminação.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
MÉTODOS DE CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO 

 Filtração (Nominal e Absoluta);


 Princípio Termodinâmico de Transferência de Massa;
 Centrifugação;
 Outros Métodos:
¾ Sedimentação;
¾ Desgaseificação;
¾ Desidratação Térmica;
¾ Absorção;
¾ Desidratação à Vácuo.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
FILTRAÇÃO
É um processo otimizado, econômico e de grande confiabilidade, que
objetivam a remoção de partículas e contaminantes sólidos indesejáveis ao
sistema, tais como, sólidos metálicos e não metálicos.

 Pode ser aplicado em óleos hidráulicos, térmicos, de engrenagem, de


compressores e turbinas.
 Grande vantagem é realizar o trabalho com o equipamento em
operação.
 Fluidos mais limpos permanecem estáveis por muito mais tempo além de
promover longevidade aos equipamentos.
 Podem ser filtrados e reutilizados, gerando uma economia de até 70%
na aquisição de novos produtos.
 Segundo informações das empresas de re-refino de lubrificantes, 84%
dos produtos que recebem poderiam ser filtrados e reutilizados.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
DICAS SOBRE FILTRAÇÃO
Definição de Características de Filtros
• Taxa Nominal: É uma medida arbitrária em mícrons, baseada na porcentagem
de remoção de contaminantes, indicada pelo fabricante de filtros. Não é
representativa por sua falta de reprodutibilidade. Geralmente representa uma
Eficiência de Remoção menor a 90 %.
• Taxa Absoluta: O diâmetro da partícula esférica maior que passará através de
um filtro sob condições específicas de teste. É um indicativo da maior abertura
em um filtro. Representa uma eficiência de filtração próxima a 100%
REMOÇÃO
• A Norma ISO 4572, define o parâmetro “Taxa Beta”, para a catalogação
dos Filtros Industriais.
TAXA BETA

N° de Partículas maiores que X microns antes do filtro


βX =
N° de Partículas maiores que X microns depois do filtro 25

LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
Exemplo sobre TAXA BETA:
β10 = 200 significa, uma Eficiência de 99.5% em Remoção de Partículas
de 10 microns.

• Filtro Absoluto X Filtro Nominal: Retenção de partículas


considerando distintas eficiências.

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12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
FILTROS E EQUIPAMENTOS PARA FILTRAÇÃO ABSOLUTA

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
PARTÍCULAS CONTAMINANTES

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
PRINCÍPIO TERMODINÂMICO DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA
9 Controla a Contaminação Por Partículas Sólidas podendo deixar o óleo
com código ISO 4406 abaixo do controle 16/14/11;
9 Controla a Contaminação com Água livre, Dissolvida e Emulsionada. O
Nível de água pode ficar abaixo de 100 PPM;
9 Desgaseifica, ou seja, descontamina o óleo retirando gases dissolvidos e
hidrocarbonetos leves, ambos contaminantes;
9 Não afeta os aditivos do óleo;
Princípio de Funcionamento e Operação do Equipamento Purificador
¾ Consiste em passar o óleo lubrificante primeiramente por um sistema de
filtração nominal e em seguida pela filtração absoluta;
¾ Após filtração, o óleo passa por um aquecimento controlado (entre 75 à 85
oC). Nessa faixa de temperatura, o óleo não degrada e nem perde os

aditivos;
¾ Após aquecimento, o óleo passa pela primeira etapa de uma câmara
misturadora de compressão/expansão de duplo edutor em linha onde
recebe gás inerte (nitrogênio). Depois passa pela segunda etapa da
câmara;
¾ Após etapas acima, o óleo purificado vai para o reservatório e os
contaminantes saem pelo “vent” do equipamento purificador de óleo. 30
LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
CENTRIFUGAÇÃO
Esse método consiste em submeter a mistura a um movimento de rotação
intenso de tal forma que o componente mais denso se deposite no fundo
do recipiente.
 A manteiga é separada do leite por centrifugação. Como o leite é mais
denso que a manteiga, formará a fase inferior.
 Nos laboratórios de análise clínica o sangue, que é uma mistura
heterogênea, é submetido a centrifugação para separação dos seus
componentes.
 A centrifugação é utilizada na máquina de lavar roupa, na separação da
água e do tecido que constitui a roupa .

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
PRINCÍPIO TERMODINÂMICO DE TRANFERÊNCIA DE MASSA

CENTRIFUGAÇÃO

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
SEDIMENTAÇÃO
9 Consiste em deixar o óleo usado em um
tanque cuneiforme, sem agitação, por um
período de tempo suficiente e adequado;
9 Este método depende da densidade da água,
das impurezas sólidas e do óleo;
9 Os produtos oxidados que têm a mesma
densidade do óleo não são removidos;
9 Algumas impurezas se separam lentamente,
outras mais rapidamente;
9 Os óleos mais fluidos se separam das
matérias em suspensão com maior facilidade
do que os mais viscosos;
9 Quando se deixa o óleo em repouso é
importante desligar o aquecimento, pois do
contrário iriam formar-se correntes que
dificultariam a sedimentação das impurezas.

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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO
DESGASEIFICAÇÃO
9 Consiste em uma câmara de alto vácuo onde geralmente o óleo é
aquecido previamente, até o limite de 80ºC, visando acelerar o processo;
9 Este processo é especialmente utilizado na secagem de óleos isolantes
(óleos de transformadores).

DESIDRATAÇÃO TÉRMICA
Consiste em passar o óleo lubrificante por uma coluna de dois estágios que
operam independentemente.
O primeiro estágio consiste em aquecer o óleo na faixa de 160ºC a 200ºC,
sob pressão normal.
O óleo circula em um um fluxo continuo através de um trocador de calor; na
coluna inferior com uma bomba de circulação atravessa o trocador de calor e
retorna à coluna superior.
Deste circuito uma certa quantidade de óleo desidratado é removida para o
segundo estágio, na parte superior da coluna, onde de lá é resfriado.
A água e as frações leves são retiradas pelo topo da coluna e condensadas
em um condensador.
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LUBRIFICAÇÃO INDUSTRIAL
12 – CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO

ABSORÇÃO
Isto pode ser conseguido por elementos de
filtros que são projetados especificamente para
retirar água livre. Eles usualmente consistem de
um material tipo laminado que transforma a
água livre em um gel que é acondicionado
dentro do elemento. Estes elementos fixam-se
dentro de carcaças padrão de filtros e são
geralmente usados quando pequenos volumes
de água estão envolvidos.

DESIDRATAÇÃO À VÁCUO
Separa a água do óleo através de um processo
à vácuo e secante. Este método também é para
grande volume de água mas é eficaz com os
estados livres e dissolvido.
Sistema de Desidratação à Vácuo
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