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RESUMO – LIVRO

SUSTENTABILIDADE

GOVERNADOR VALADARES
ABRIL – 2019
NATANAEL ALVES PEREIRA

RESUMO – LIVRO
SUSTENTABILIDADE

Trabalho submetido ao curso de Tecnologia em


Gestão Ambiental, do Instituto Federal de Minas
Gerais – Campus Governador Valadares, como
requisito para obtenção de nota na disciplina
Avaliação de Impactos Ambientais.

Docente.: Msc. Sara Carolina Soares Guerra Fardin.

GOVERNADOR VALADARES
ABRIL – 2019
SUSTENTABILIDADE – O QUE É – E O QUE NÃO É
A sustentabilidade parte do pressuposto de que se trata de um conjunto de processos e
ações que se destinam a manter a vitalidade e a integridade da Mãe Terra, a preservação de seus
ecossistemas com todos elementos físicos, químicos e ecológicos que possibilitam a existência
e a produção da vida. Tendo como o atendimento das necessidades da presente e das futuras
gerações advindas, e a continuidade, a expansão e a realização das potencialidades da
civilização humana em suas várias expressões.
Pelas palavras da “Carta da Terra”, a sustentabilidade comparece como uma questão de
vida ou morte. Nunca antes da história conhecida da civilização humana, corremos os riscos
que atualmente ameaçam nosso futuro comum. Esses riscos não diminuem pelo fato de que
muitíssimas pessoas, de todos os níveis de saber, deem de ombros a esta máxima questão. O
que não podemos é, por descuido e ignorância, chegar tarde demais. Mais vale o princípio de
precaução e de prevenção do que a indiferença, o cinismo e a despreocupação irresponsável. Se
dermos centralidade à aliança de cuidado, seguramente chegaremos a um estágio de
sustentabilidade geral que nos propiciará desafogo, alegria de viver e esperança de mais história
a consumir rumo a um futuro mais promissor. Nossas reflexões se orientarão por estas sábias
palavras do final da Carta da Terra: “Como nunca antes na história, o destino comum nos
conclama a buscar um novo começo. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer
outrossim, um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal.
Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos
níveis local, regional e global”. [...] Para essa monumentosa tarefa se faz urgente uma
transformação da mente, vale dizer, um novo software mental ou um design diferente em nossa
forma de pensar e de ler a realidade com a clarividência de que o pensamento que criou esta
situação calamitosa, como advertia Albert Einstein, não pode ser o mesmo que nos vai tirar
dela; para mudar temos, portanto, que pensar diferente; fundamental também é a mudança de
coração; não bastam a ciência e a técnica, por indispensáveis que sejam, fruto da razão
intelectual e instrumental-analítica; precisamos igualmente da inteligência emocional e, com
mais intensidade, da inteligência cordial, pois é ela que nos faz sentir parte de um todo maior,
que nos dá a percepção da nossa conexão com os demais seres, impulsiona-nos com coragem
para as mudanças necessárias e suscita em nós a imaginação para visões e sonhos carregados
de promessas.
Se olharmos à nossa volta, damo-nos conta do desequilíbrio que tomou conta do Sistema
Terra e do Sistema Sociedade. Há um mal-estar cultural generalizado com a sensação de que

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imponderáveis catástrofes poderão acontecer a qualquer momento. Elenquemos alguns pontos
nevrálgicos da insustentabilidade generalizada, sem a pretensão de sermos completos. Basta-
nos captar as tendências e os pontos críticos. Em termos globais, podemos afirmar que a
convivência entre os humanos é vergonhosamente insustentável, por não garantir os meios de
vida para grande parte da humanidade. O efeito mais lamentável é a diminuição da grande
riqueza que a terra nos proporciona, que é a diversidade de formas de vida (biodiversidade).
Devido à intemperante e irresponsável intervenção humana nos processos naturais, ocorrida nos
últimos três séculos, inauguramos uma nova era geológica chamada de Antropoceno, que
sucede a do Holoceno. O Antropoceno se caracteriza pela capacidade de destruição do ser
humano, acelerando o desaparecimento natural das espécies. Os biólogos divergem quanto ao
número de seres que anualmente estão sendo subtraídos da história.
A Terra em sua longa trajetória no sistema solar suportou grandes abalos, talvez o maior
deles quando ocorreu o que se chamou a deriva continental, vale dizer, quando o único
continente Pangeia começou a se partir e, destarte, a dar origem aos continentes que hoje
conhecemos. Isso há 245 milhões de anos.
Tais reflexões nos convencem da urgência de pensarmos a sustentabilidade de uma
forma correta e distanciada dos modismos vigentes. Mais ainda: devemos começar a elaborar
um modo sustentável de vida em todos os âmbitos, seja na natureza, seja na cultura. Não se
trata de salvar nossa sociedade de bem-estar e de abundância, mas simplesmente de salvar nossa
civilização e a vida humana junto com as demais formas de vida.
Em conclusão podemos dizer: pouco importa a concepção que tivermos de
sustentabilidade, a ideia motora é esta: não é correto, não é justo nem ético que, ao buscarmos
os meios para a nossa subsistência, dilapidemos a natureza, destruamos biomas, envenenemos
os solos, contaminemos as águas, poluamos os ares e destruamos o sutil equilíbrio do Sistema
Terra e do Sistema Vida. Não é tolerável eticamente que sociedades particulares vivam às custas
de outras sociedades ou de outras regiões, nem que a sociedade humana atual viva subtraindo
das futuras gerações os meios necessários para poderem viver decentemente. É imperioso
superar igualmente todo antropocentrismo. Não se trata egoisticamente de garantir a vida
humana, descurando a corrente e a comunidade de vida, da qual nós somos um elo e uma parte,
a parte consciente, responsável, ética e espiritual. A sustentabilidade deve atender o inteiro
Sistema Terra, o Sistema Vida e o Sistema Vida Humana. Sem esta ampla perspectiva o
discurso da sustentabilidade permanecerá apenas discurso, quando a realidade nos urge à

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efetivação rápida e eficiente da sustentabilidade, a preço de perdemos nosso lugar neste
pequeno e belo planeta, a única Casa Comum que temos para morar.

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