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Geração distribuída refere-se à geração elétrica produzida no próprio local de consumo e/ou
próxima a um centro de carga, independentemente do porte, da propriedade, da fonte de energia ou
da tecnologia. A geração distribuída contrasta com a geração centralizada, formada de centrais de
grande porte, interligadas aos consumidores através de longas linhas de transmissão. A geração
distribuída envolve co-geradores, geradores de emergência, geradores para operação no horário de
ponta, painéis fotovoltáicos, geradores eólicos, PCH - Pequenas Centrais Hidrelétricas, e outros
(PORTALGD,2004).
ENERGIA HIDRÁULICA
A energia hidráulica é atualmente a única fonte renovável explorada comercialmente de forma
intensiva no mundo. Ela assegura aproximadamente um quinto da produção mundial de eletricidade
e tem um papel significativo no abastecimento mundial de energia (REIS; SILVEIRA, 2001).
VAZÃO
A vazão, juntamente com a queda de água em um determinado ponto do rio, são fatores
preponderantes para a determinação do seu potencial elétrico (REIS; SILVEIRA, 2001).
POTENCIAL HIDRELÉTRICO
Essa terminologia está associada à energia cinética ou potencial das águas dos rios passíveis dos
aproveitamentos hidrelétricos. É transformada em energia mecânica, e posteriormente em elétrica
através de equipamentos específicos para este fim (SCHREIBER, 1987).
POTENCIAL ENERGÉTICO
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (2002, p.49), o potencial hidrelétrico
brasileiro é estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% estão localizados na Bacia Hidrográfica
do Amazonas.
ILUSTRAÇÃO 2 - POTENCIAL HIDRELÉTRICO ESTIMADO NO BRASIL FONTE: ANEEL.
Atlas de energia elétrica do Brasil. 2002
Além dos benefícios sociais, é grande a contribuição para o meio ambiente ao substituir os
combustíveis fósseis, altamente poluentes, que normalmente são usados em grupos geradores, ou
em sistema de irrigação, por uma energia limpa (FILHO; ZANIN, 2001)
A Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL (2002) descreve a situação do aproveitamento
hidrelétrico brasileiro para pequenas usinas:
b) Equipamentos mecânicos
• grades;
• comportas;
• válvulas;
• tubulações;
• turbinas hidráulicas;
• reguladores de velocidade;
• pórticos.
c) Equipamentos elétricos
• sistema de acionamento eletroeletrônico;
• sistema de proteção e de comunicação;
• geradores e sistemas de excitação;31
• reguladores eletroeletrônicos de velocidade, de tensão, e de carga;
• quadro de comando;
• sistema eletroeletrônico de baixa, e de alta tensões;
• subestações elevadoras e abaixadoras;
• linhas de transmissão.
Turbinas
A turbina hidráulica é uma máquina com a finalidade de transformar a maior parte da energia de
escoamento contínuo da água que a atravessa em trabalho mecânico. Consiste, basicamente, de um
sistema fixo hidráulico e de um sistema rotativo hidromecânico, destinados, respectivamente, à
orientação das águas em escoamento e à transformação em trabalho mecânico.
Breve histórico
Classificação
As turbinas podem ser divididas em dois grandes grupos:
A) Turbinas de reação
B) Turbinas de Ação ou Impulsão
Quanto à entrada de água, as turbinas podem se classificar como:
A) Axiais
B) Radiais (Centrífugas ou Centrípetas)
C) Tangenciais
Tipos de turbinas
Já em instalações de pequeno porte, a preocupação maior é obter energia elétrica a baixo custo, o
que restringe a escolha da turbina a fatores limitantes, como a rotação mínima admissível para o
gerador e a necessidade de utilizar modelos padronizados oferecidos pelo fabricante. Este as oferece
dentro de um campo de aplicação pré-delimitado, dividido em várias faixas, sendo cada uma
atendida por um modelo padrão de turbina. Uma turbina assim especificada, dificilmente irá operar
no seu ponto ótimo de funcionamento (CERPCH, 2004).
Turbina Pelton
A regulagem da vazão de água, e, conseqüentemente o controle da potência gerada, é feita de forma
manual ou hidráulica, por meio de agulha. Defletores, ou um conjunto de defletores e agulhas
podem ser utilizados em máquinas de potência elevada (VIEJO, 1977).
Características
Sob a luz da teoria hidrodinâmica, as características básicas são as mesmas para bombas e turbinas;
entretanto, o comportamento do fluxo d’água, como turbulência e atrito, resulta em diferentes
aspectos construtivos para estas máquinas (UNIFEI, 2002).
b) Desenho hidrodinâmico:
• bombas: nas bombas o fluxo é desacelerado. Normalmente há perdas por atrito no canal de sucção
das bombas devidos ao afunilamento característico desta peça. Este tipo de construção é empregado
para se evitar um outro tipo de perda mais significativa, as perdas por turbulência.
• turbinas: nestas máquinas o fluxo é acelerado tornando-as mais propensas às turbulências, desta
forma reduz-se o canal condutor reduzindo também as perdas por atrito (AUDISIO, 2002).
ANÁLISE ECONÔMICA
Entre os estudos para a homologação de centrais hidrelétricas de pequeno porte, exigidos pela
ANEEL (2003), está o estudo de viabilidade econômica do empreendimento. Este estudo, além de
obrigatório, pode auxiliar nas tomadas de decisão dos investidores do projeto.
Gerador
Segundo VIANA (1990), para melhor explorar a eficiência de um conjunto empregando bomba
funcionando como turbina, o gerador deve ser síncrono e não ultrapassar a potência de 50 kW.
De acordo com UNIFEI (2002) o gerador (em kW) pode ser obtido da seguinte forma:
Onde:
• ηprojeto é o rendimento da bomba, retirado do catálogo ABS (2004a);
• ηgerador é o rendimento do gerador, retirado do catálogo WEG (2004a);
• ηacoplamento é o rendimento do acoplamento entre o gerador e a turbina. Como este acoplamento
é direto, conforme sugere a figura, pode ser considerado 100%, sem perdas.
Para que a bomba opere como turbina È necess·rio que se inverta o sentido do fluxo do fluido, cuja
conseqUENCIA É A INVERSÃO DA ROTAÇÃO do rotor, como pode ser visto nas figuras 2.1 e
2.2.
No entanto,
para que o
rendimento da bomba operando como turbina seja igual ‡quele da bomba operando como bomba, È
necessário que a altura e a vazão da BFT sejam maiores que as da BFB, para a mesma rotação,
(VIANA, 1987).
Como a altura e a vaz„o da BFT s„o maiores que as da BFB, houve a necessidade de se desenvolver
mÈtodos para selecionar a bomba que vai operar como turbina. No Brasil, este trabalho foi
realizado por (VIANA, 1987) e (NOGUEIRA, 1990), onde foram realizados ensaios em bombas de
fabricantes nacionais. Os resultados destes trabalhos e de outros autores foram coeficientes obtidos
experimentalmente, que relacionam a altura e a vaz„o da BFT e da BFB em função da rotação
especÌfica da bomba. Coeficientes estes denominados coeficientes de altura e de vazão.