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A CABEÇA

Em sentido metafórico, cabeça é o que comanda. Jesus é cabeça da Igreja


porque a Igreja lhe obedece e é submissa. Se uma mulher manda no marido,
ela é cabeça. O matriarcado é a mulher como cabeça dos homens. O
patriarcado é o homem como cabeça. Analisemos o assunto dentro da Bíblia,
isto é, a história dos personagens bíblicos. Há um texto profético que deixa
clara a idéia de que a mulher, no princípio, era cabeça. “Portanto deixará o
varão a seu pai e a sua mãe, e apegar-se-há a sua mulher, e serão ambos
uma carne” (Gn. 2:24). Hoje, nos matrimônios, a mulher deixa o pai e a mãe
e se une ao marido, mas o texto bíblico fala exatamente o contrário.
Eva, por exemplo, foi cabeça de Adão, pois dialogou com a serpente e
comeu o fruto proibido sem dar satisfações a Adão. E diz o texto que Eva
comeu, e deu a seu marido e ele comeu com ela, isto é, Eva é que decidiu tudo
(Gn. 3:1-6).
Sarai também foi cabeça de Abraão, pois sendo estéril, decidiu ter filhos
através de Agar, sua escrava. Abraão aceitou o comando de Sarai (Gn. 16:2-
4). Depois Sarai implicou com Agar e exigiu despedir Agar, o que Abraão
prontamente atendeu (Gn. 16:4-6). Agar saiu sem rumo, e o Anjo de Jeová a
aconselhou a voltar se humilhando. Passados 14 anos, quando nasceu Isaque,
Sara exigiu novamente que Agar fosse expulsa, e desta vez, Abraão, não tendo
coragem para enfrentar Sara, consultou a Jeová, que respondeu dizendo:
“Ouça a voz da tua mulher”, isto é, Jeová concordou em que Sara decidisse
sobre o assunto. Abraão se submeteu quieto ao comando de Sara (Gn. 21:9-
12).
Isaque, filho de Abraão, casou com Rebeca, filha de Betuel, sobrinho de
Abraão (Gn. 24:15). E, incrivelmente, Rebeca foi a cabeça de Isaque, pois foi
ela quem determinou a eleição de Jacó em lugar de Esaú, o primogênito (Gn.
27:6-29).
Judá tinha 3 filhos; Er, Onã e Selá. Então tomou esposa para Er, seu
primogênito, que foi morto por Jeová sem deixar filhos. Onã, o cunhado,
casou com a viuva, para gerar filhos para o irmão morto, de acordo com a
vontade de Jeová. Onã não quis gerar esse filho e Jeová o matou. Judá então
com medo de perder o último filho, não o deu por marido a Tamar. Ela
cobrava, mas Judá se negava. Então Tamar assumiu o comando do assunto,
vestindo-se de meretriz e colocando-se no caminho guando Judá passava. Este
entrou a ela, que concebeu. Quando Judá soube que Tamar estava grávida,
quis queima-la viva, mas ela exibiu o selo, o lenço, e o cajado que tinha
tomado de Judá como pagamento. Judá baixou a cabeça reconhecendo que
não era cabeça, e sim Tamar (Gn. 38:2- 26.
Dalila foi cabeça de Sansão, o carnal, pois lhe raspou a cabeça, tirando-
lhe a força sobrenatural, a honra, a dignidade e a missão (Jz. 16:15-24). O
fantástico da história, é que não há Sansão sem Dalila como cabeça, pois
grandes líderes cristãos têem ficado cegos e em cadeias por uma mulher.
O grande rei Davi não foi cabeça. Uma mulher bonita se descobriu diante
do terraço da casa real, e isso foi suficiente para a queda do Sansão espiritual
de Israel. Esta mulher esperta obrigou Davi a fazer de seu filho o rei de Israel.
Quando Davi, velho e no leito de morte, concordou em que Adonias, seu
primogênito, começasse a reinar, Bat-Seba correu ao seu encontro a cobrar o
juramento feito. Davi, inteiramente submetido a Bat-Seba, colocou Salomão
como rei, contra a lei de Jeová, que determinava que o primogênito era o
herdeiro de tudo (I Rs. 1:1-31; Dt. 21:15-17). Salomão declara que quem lhe
deu a coroa de rei foi sua mãe e não seu pai, o que prova que Bat-Seba foi
cabeça de Davi (Cant. 3:11).
Seguindo o exemplo de seu Pai, Salomão, o mais sábio dos homens, teve
mil mulheres, ou melhor, mil cabeças, pois suas mulheres o fizeram pecar
vergonhosamente (Ne. 13:26; I Rs. 11:1-9). Vemos por estes exemplos que o
destino de povos e de homens estava nas mãos das mulheres cabeças.
No Novo Testamento Jesus mudou tudo. “Vós mulheres, sujeitai-vos a
vossos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher,
como também Cristo é a cabeça da Igreja; sendo ele próprio o Salvador do
corpo” (Ef. 5:22-23). Agora o destino da mulher está nas mãos do marido, e
não mais o destino do marido nas mãos da mulher. Lá no Velho Testamento, o
homem se unia a mulher passando a ser a carne da mulher (Gn. 2:24). – Agora
a mulher passa a ser a carne do marido. “Assim devem os maridos amar suas
mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si
mesmo, porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à Igreja, porque somos membros
do seu corpo. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua
mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério” (Ef. 5:28- 32).
O grande mistério refere-se a cabeça. Paulo pregou muito sobre isso.
“Mas quero que saibais, que Cristo é a cabeça de todo o varão, e o varão a
cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo” (1Co.11:3).
Na carne a mulher sempre será cabeça com seus encantos e suas
seduções. No Espírito, o homem é cabeça, mas para ser Espírito tem de
crucificar a carne (Gl. 5:24). Mas a carne (fêmea) peleja contra o Espírito
(varão) para que não façais o que quereis (Gl. 5:16,17). Paulo, porem, diz:
“Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Rm. 8:1).
Autoria Pastor Olavo S. Pereira

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