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A expansão rápida maxilar é um método comumente usado para tratar deficiências transversais, através
da expansão da sutura média palatina, durante o perido de crescimento ósseo.
Alguns autores, demostraram a efetividade do aparelho de Haas modificado ancorado nos dentes
decíduos (canino e 2º molar decíduo), em produzir a expansão transversal em diâmetro do arco
superior. Para além disso, aprece haver menos recidiva da área anterior da expansão mo 1º período de
transição, ou seja, antes do incisivo lateral permanente erupcionar totalmente e na presença de uma
mordida cruzada.
A ancoragem em dentes decíduos pode ser uma vantagem para prevenir a reabsorção da raiz, perda
óssea, recessão gengival e lesões brancas na dentição permanente.
Neste artigo, foi confirmada a eficácia do aparelho de expansão do tipo, Haas ancorado em dentes
decíduos, na modificação no arco superior dentário em pacientes com mordida cruzada, tratados no
primeiro período de transição. A dimensão inter-molar manteu-se estável e não foi diferente da de
pacientes adolescentes mais velhos com uma normoclusão.
Em estudos anteriores, verificou-se que a modificação do comprimento inter-molar maxilar era mais
pronunciado em pacientes que fizeram a expansão rápida maxilar antes de atingir o pico pubertário.
Tratamento antecipado com um aparelho de expansão do tipo Haas ancorado na dentição deicdua pode
ser um procedimento satisfatório na resolução de moridas cruzadas e para melhorar o apinhamento
anterior, devido a uma simplicidade no design do aparelho, fácil de manusear e um numero de efeitos
adversos muito baixo.
Artigo: Cozzani M, Rosa M, Cozzani P, Siciliani G: Deciduous dentition-anchored rapid maxillary
expansion in crossbite and non-crossbite mixed dentition patients: reaction of the permanent first
molar. Prog. Orthod. 4, 2003; 15–22
Mordidas cruzadas posteriores desenvolvem-se entre os 19 meses e o 5 anos de idade e estão muitas
vezes associados a uma maxila estreita. Está demonstrado que uma mordida cruzada não é facilmente
corrigida por si só, mas reportadamente, a correção ortodôntica de uma mordida cruzada na dentição
decidua favorece o desenvolvimento de uma oclusão normal na dentição mista.
Varios aparelhos foram usados para corrigir uma mordida cruzada: quad-helix, arco transpalatal de
Coffin, aparelhos removíveis e expansores rápidos da maxila.
Quando a maxila é estreita, muitas vezes o espaço para a erupção do incisivo lateral permanente é
inexistente. Uma vez que, a expansão da sutura média palatina é mais efetiva na região anterior dos
incisivos do que na posterior, esta modalidade terapêutica também pode ser indicada para casos em
que não existe mordida cruzada.
Objetivo do artigo: avaliar o comportamento do 1çmolar permanente depois da ERM na dentição mista
em mordidas cruzadas e não cruzadas usando dentes maxilares caninos e 2º molares como ancoragem.
Quando uma maxila estreita leva à formação de uma mordida cruzada ou à falta de espaço para a
erupção dos incisivos permanentes laterais, a expansão maxilar é recomendada o mais cedo possível.
Infelizmente, expansões realizadas na dentição decídua nem sempre promovem uma correta oclusão
dos primeiros molares na dentição permanente. Também é possível que uma mordida cruzada na
dentição decídua se desenvolva espontaneamente numa oclusão molar permanente correta. No
entanto, por razoes funcionais e morfológicas, não é aconselhável deixar uma mordida cruzada
unilateral na dentição decídua por tratar. Pode ser recomendado por exemplo, que uma mordida
cruzada uni ou bilateral numa dentição seja equilibrada para evitar qualquer sequela indesejável
funcional ou morfológica e depois esperar pela erupção dos primeiros molares permanentes.
Alternativamente, pode se realizar a expansão maxilar um pouco antes da erupção dos 1º molares
permanentes na mordida cruzada.
Quando o problema é a falta de espaço para os IL permanentes antes da sua erupção, a expansão antes
da sua erupção pode ser recomendada. Apos a expansão, o aparelho deve ser mantido em vigor para
proporcionar retenção até que o lateral entre em erupção totalmente sem apinhamento ou rotação.
As fibras transeptais tem sido responsáveis pela recidiva das rotações corrigidas. Uma vez que são elas
que provavelmente desenvolvem a orientação à medida que o dente erupciona, seguir esta técnica
pode incentivar a formação de fibras supragengivais que segurarão estes dentes num bom alinhamento.
Aparelhos: Uma imensidão de aparelhos tem sido descritos para realizar a técnica de expansão maxilar.
As variedades removíveis são provavelmente as menos eficazes uma vez que requerem a máxima
cooperação por parte do paciente. Dentro da variedade dos fixos, os aparelhos de ERM do tipo Hass são
os mais utilizados, uma vez que que a higiene pode ser feita facilmente, e durante a fase de retenção
possibilita o contra-ataque das forças centrípetas recidivas pelas faces vestibulares dos dentes de
ancoragem.
- os dentes decíduos podem ser usados como ancoragem para forças pesadas como aquelas produzidas
durante a expansão rápida maxilar.
- a dimensão transversal dos 1º molares permanentes pode ser diretamente modificada através da
exerção de força na dentição decídua maxilar.
Artigo: da Silva et al. Rapid maxillary expansion in the deciduous and mixed dentition evaluated through
posteroanterior cephalometric analysis. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics.
Volume 107, No. 3. March 1995
A deficiência transversal do maxilar superior é um dos problemas esqueléticos mais comuns da região
craniofacial, sendo a expansão maxilar o procedimento mais utilizado para o seu tratamento durante o
período da dentição mista.
O protocolo de expansão maxilar é estabelecido após um exame clínico detalhado e deve ter em conta a
variabilidade individual. São possíveis duas abordagens de tratamento no paciente em crescimento: a
expansão lenta e a expansão rápida da maxila, estando disponíveis uma diversidade considerável de
aparelhos expansores removíveis e fixos. O tratamento durante a fase inicial da dentição mista permite
o melhor uso do potencial de crescimento do paciente, com necessidade reduzida de tratamentos mais
complexos, menor risco de efeitos adversos iatrogénicos, melhor colaboração do paciente e resultados
melhores e mais estáveis.