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I

Minimalismo é um conjunto de comportamentos que tem por objetivo produzir e suprir determinadas necessidades de forma
qualitativa com uma quantidade mínima de meios e recursos.

O termo minimalismo na arte se refere a vários movimentos


artísticos e culturais do século XX, Surgiu nos anos 60 nos
Estados Unidos.

Na arte o Minimalismo busca manifestar ideias


e representar objetos e pessoas com o
mínimo de recursos.

O minimalismo tem seus principais campos de


atuação nas artes visuais, no design, na
arquitetura e na música.
As artes plásticas (A pintura e a escultura) foram os primeiros campos do minimalismo. Os artistas
usam um número limitado de cores, dando ênfase às formas geométricas simples, repetidas
simetricamente.

As obras criam efeitos visuais tentando mexer


com a percepção e a cognição.

Nomes importantes: Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert


Smithson.
Obras de Sol LeWitt
Obras de Frank Stella
II Design

A essência do minimalismo prega a simplicidade e a utilização


apenas do “essencial” para transmitir uma mensagem.

As considerações para "essencial" são leveza, forma, detalhe de


material, espaço, local e condição humana.

Nomes importantes: grupo Memphis, grupo Alchymia, Philippe Starck, grupo Zeus, Shiro Kuramata, John Pawson.
- Menos é mais: utilizar apenas elementos necessários para Características design
identificação.

- Omitir informações desnecessárias: não inserir elementos


desnecessários

- Subtrair: remover elementos até que o projeto pare de


funcionar da maneira como deveria. Um passo antes é o ápice
do design minimalista.

- Cada detalhe conta: as informações são vitais. Os detalhes vão


criar sentimentos e sensações ao público final.

- Cor: usar apenas as cores que interagem bem e criam


sensações.

- O espaço em branco é vital: não preencher todos os espaços.

- Tipografia: escolher fontes limpas e simples com um alto nível


de legibilidade, como as fontes sans serif (sem serifas)

- Alinhamentos: um arranjo legível e agradável do conteúdo

- Contraste: maior contraste pode melhorar drasticamente a


legibilidade do design
O conceito de um estilo contido e funcional são marcas da Moda
moda minimalista. Cortes essenciais da alfaiataria masculina
inseridas no vestuário feminino, de maneira suave e neutra.

A moda minimalista surge nos anos 90 em oposição aos


excessos das décadas de 70 e 80, (com os punks, góticos,
yuppies, etc)
Arquitetura minimalista se populariza no final de 1980 em Londres e
Nova York nas boutiques de modo. Arquitetos e designers de moda
trabalharam para funcionalizar o ambiente das boutiques de moda.

A busca pela simplicidade através do uso brancos e cores neutras,


iluminação fria, grandes espaços com mínimos o objetos e móveis.
Valorizar os espaços e o uso da luz natural.

Na arquitetura minimalista, o projeto objetiva transmitir simplicidade,


funcionalidade e elegância. As formas geométricas básicas, elementos
sem decoração, materiais simples e as repetições de estruturas
representam um sentido de ordem e qualidade essencial.

Arquitetura
III Música Minimalista
Na música erudita o minimalismo está ligada aos compositores Phillip
Glass, Steve Reich, Terry Riley e Le Monte Young (todos norte
americanos) esses compositores começaram a desenvolver um estilo
de composição minimalista nos anos 60.

A música minimalista está muito presente na música popular na música


eletrônica e techno (uso do loop para organizar a forma), rock psicodélico
(efeitos na percepção dos sons), punk rock (harmonia repetitiva e
simples).

No cinema atual grande partes das trilhas sonoras seguem os modelos


minimalistas. Não por acaso Phillip Glass é um dos principais
compositores de trilhas para Hollywood.

Podemos dividir a história da música minimalista em duas


etapas:

1. Minimalismo clássico: Obras iniciais de Phillip Glass,


Steve Reich, Terry Riley e Le Monte Young nos anos 60
e 70.
2. Pós-minimalismo: Final dos anos 70 até a atualidade
com obras de Phillip Glass, Michael Nyman, Louis
Andriessen, Arvo Pärt e Ludovico Einaudi.
A música minimalista teve como inspiração as artes
plásticas. Os compositores Minimalistas
desenvolveram um forma de compor com o mínimo de
elementos possível.
As características composições do minimalismo
clássico:
Criando técnicas que geram a variedade e
expressividade através da repetição e do jogo de Repetição (frequentemente de pequenos trechos, com
fase e defasagem temporal. pequenas variações através de grandes períodos de
tempo);

Longos períodos de tempo;

Estaticidade: harmonia sem variações simples e pulso


constante;

Fase e defasagem dos ritmos criando um efeito


No Minimalismo clássico a possibilidade de hipnóticos;
observação do processo de composição é tão
importante quanto a composição em si. A forma musical surge dos efeitos de fase e
defasagem que “enganam” e percepção e cognição do
ouvinte.
Técnica de fase e defasagem.

Essa técnica pode ser resumida como um jogo de “encontro e


desencontro”.

Nessa técnica duas células rítmicas são tocadas juntas ao mesmo


tempo. Elas estão em fase (no popular, todos tocam juntos!). A
medida que a composição “avança”, um das duas células rítmicas é
gradativamente reordenadas gerando assim “novas” células rítmicas.
Enquanto a outra permanece sem modificações. Esse processo de
reordenação causa uma defasagem. Essa defasagem irá se manter
até que que a reordenação leve as células rítmicas ao um
“reencontro” em fase.

Em termos de forma musical esse tipo de composição é estruturado


da seguinte forma:

Fase - defasagem 1 - defasagem 2 - defasagem 3 (etc) - fase (e fim)

Clapping Music - Steve Reich


Two Pages - Phillip Glass

Processo aditivo
Music for Pieces of
Wood - Steve Reich

Processo de adição e subtração.


Pós-Minimalismo

O Pós-Minimalismo se refere aquelas composições


que utilizam algumas técnicas do Minimalismo
clássico para criar obras expressivas.

A sonoridade desse gênero é atualmente ligada à


gêneros como: trilhas sonoras cinematográficas, Pop,
(subgêneros experimentais), música Techno, Rock
Progressivo.
Não é seguro afirmar que existe uma música
puramente minimalista. Atualmente, diversos gêneros
musicais fazem uso das técnicas e ideias minimalistas
em diferentes escalas.

Philip Glass, Michael Nyman, Louis Andriessen e Arvo Pärt


Phillip Glass, nascido em 31 de janeiro de 1937, na cidade de
Baltimore, Maryland, EUA. É considerado um dos compositores
mais influentes do final do século XX. Também é um dos mais
bem sucedidos compositores de trilhas sonoras para o cinema.

Filmes: O Show de Truman, Kundun, As Horas, O Ilusionista,


Chuck Close, Koyaanisqatsi, Cassandra’s Dream.

Sua obra é diversificada e numerosa. Ela inclui óperas, música


vocal, sinfonias e música de câmara para várias formações.

As Horas - Trilha
sonora
Einstein On The
Beach (opera)

Sinfonia nº. 10
Louis Andriessen -
De Stijl
Arvo Part - Tabula
Rasa
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Artigos: Prof. Dr. Dimitri Cervo

http://www.musica.ufmg.br/permusi/port/numeros/11/num11_cap_03.pdf
http://dimitricervo.com.br/wp-content/uploads/2014/03/DimitriCervo-PosMinimalismo-Debates.pdf

Sites:
http://philipglass.com/
http://www.michaelnyman.com/

Vídeos:
https://www.youtube.com/results?search_query=minimalist+music
https://www.youtube.com/watch?v=vOAwZrsxVnQ

Organizado por marcello soares

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