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1.

Definição

Com os novos sistemas de comunicação móvel (telefonia celular), o termo


telefonia fixa passou a ser utilizado para caracterizar os sistemas telefônicos
tradicionais que não apresentam mobilidade para seus terminais.
A rede telefonia fixa é definida como uma rede pública comutada de
telecomunicações que serve de suporte à transferência entre pontos terminais da
rede em locais fixos, de voz e de informação de áudio com largura de banda de 3,1
KHz (300Hz – 3400Hz) como suporte para o serviço fixo de telefonia, as comunicações
fac-símile do grupo III, de acordo com as recomendações ITU-T e a transmissão de
dados na faixa de voz, através de modems com taxas de transmissão de, pelo menos,
2400bps, de acordo com as recomendações ITU-T série V.

2.Terminal telefônico

Representado pelo aparelho utilizado pelo assinante. No lado do assinante


pode existir desde um único terminal até um sistema telefônico privado (por exemplo,
PABX) para atender a uma empresa. Um terminal é geralmente associado a um
assinante do sistema telefônico, existindo também os Terminais de Uso Público
(TUP’s) conhecidos popularmente como “orelhões”.

3.rede de assinante

É a parcela do sistema telefônico que interliga a central local com o aparelho


telefônico. Além da voz, é usada também para comunicação de dados. Atualmente a
rede de assinantes é formada em sua maior parte por cabos de pares metálicos. Aos
poucos tem sido implantada rede de cabos ópticos na interligação entre a central e
armários de distribuição ou entre central pública e pabx.

 Componentes

Esquematicamente, a rede de assinantes é composta pelos seguintes


elementos:
 Distribuidor Geral (DG) – localizado dentro da estação telefônica, faz a
interligação entre a central comutadora e a rede externa. No DG os pares das
linhas de assinantes são conectados a blocos protetores (conexão vertical) e
interligados a blocos de corte (conexão horizontal). Cada par de terminais do
bloco de corte recebe um par do equipamento comutador e corresponde ao
número do assinante. A interligação entre os blocos é feita através de fio
jumper.

 Cabo primário (alimentador) – é o trecho da rede que interliga o DG ao


armário de distribuição. É um cabo de alta capacidade (> 200 pares) instalado
em caixas e dutos subterrâneos. Este trecho da rede é também chamado de
rede primária.

 Cabo secundário (distribuidor) – é o trecho da rede que interliga o armário de


distribuição às caixas terminais. É um cabo de baixa capacidade (£ 200 pares),
usado em instalações aéreas. Este trecho é denominado de rede secundária.

 Caixa de emenda – utilizada para emenda de cabos. Existem diferentes tipos


de emendas dependendo se o cabo é subterrâneo ou aéreo.

 Caixa terminal (ou de distribuição) – onde termina a rede de cabos e são


conectados os pares de cada assinante. Dentro da caixa são instalados blocos
de conexão. Existem caixas para instalação externa e caixas para instalação
interna, com seus respectivos blocos.

 Fio externo (FE) – utilizado em instalações externas, para interligar a caixa


terminal com a casa do assinante.

 Fio interno (FI) – utilizado em instalações internas. Para instalações internas


existem também os cabos internos (CI).
 Armário de distribuição (ARD) – é um armário instalado externamente onde
são feitas interligações entre os pares da rede primária e secundária.

4.Numeração

Cada terminal do sistema telefônico, seja ele fixo ou celular, tem associado um
conjunto de números ou códigos de acesso que permitem que ele seja identificado de
forma unívoca em todo o mundo. Para que isto seja possível a União Internacional de
Telecomunicações (ITU) estabeleceu recomendações para atribuição e administração
dos recursos de numeração e padronizou os códigos de cada país (country code). Os
recursos de numeração são administrados no Brasil pela Anatel que identifica os
terminais telefônicos através de dois códigos: Código Nacional e Código de Acesso de
Usuário.

 Normas:

• Norma número 21/96.


• Resoluções 83 e 86.

Exemplos de Códigos de Países:

 Código Nacional:

 O código nacional também conhecido como código de área ou DDD identifica


uma área geográfica específica do território nacional. Ele é composto por
caracteres numéricos.
 Código de Acesso de Usuário:

 Identifica de forma unívoca um assinante ou terminal de uso público e o


serviço ao qual está vinculado.
 É formado por 8 dígitos: (N8+N7+N6+N5+N4+N3+N2+N1).
 O primeiro número deste código (N8) identifica o serviço ao qual o código está
vinculado.
 Código de seleção de Prestadora (CSP):
o Identifica a prestadora do STFC, nas modalidades Longa Distância
Nacional e Longa Distância Internacional sendo composto por 2
caracteres numéricos. Estes códigos são escolhidos pelos prestadores
de serviço entre os número disponíveis estando reservados os números
em que o primeiro dígito é zero e em que os dois dígitos são iguais.
o Exemplos: 14, 15, 21, 23, 27, 31, 36 e 41.

 Formato:
 Prefixos:

 Os seguintes prefixos são utilizados para identificar o tipo de chamada.

 Código de Acesso a Serviços de Utilidade Pública:

 É composto por 3 caracteres numéricos de formato N3+N2+N1 e identifica de


forma unívoca e em todo o território nacional o respectivo serviço de utilidade
pública.
 A Anatel alterou em março de 2004 o Regulamento de numeração do STFC e
publicou o Regulamento sobre as condições de acesso e uso dos serviços de
utilidade pública e de apoio do STFC.

5.Sinalização

Para uma rede de telecomunicações operar de forma a responder aos objetivos


desejados é necessária a transferência e troca de informações de controle entre
equipamentos envolvidos.
O objetivo da sinalização telefônica é prover às centrais envolvidas em uma
chamada, das informações necessárias para o estabelecimento das mesmas.
A sinalização telefônica pode ocorrer entre terminal e central, e entre centrais.
 Comunicação entre Assinantes e Central:

 Quando o telefone está com o fone no gancho, o circuito entre a central e o


terminal é mantido aberto, não circulando corrente. Nesta condição a central
identifica a linha como livre.
 Quando o usuário retira o fone do gancho, fecha-se o enlace e circula corrente.
Neste instante o usuário recebe o tom de discar, indicando que a central está
apta a receber os dígitos.
 Tipos:
 Sinalização de Assinante:
o Discagem Decádica.
o Discagem Multifreqüêncial.
 Sinalização Acústica:
o Tons diversos e campainhas.

 Comunicação entre Centrais:

 Quando o telefone está com o fone no gancho, o circuito entre a central e o


terminal é mantido aberto, não circulando corrente. Nesta condição a central
identifica a linha como livre.
 Quando o usuário retira o fone do gancho, fecha-se o enlace e circula corrente.
Neste instante o usuário recebe o tom de discar, indicando que a central está
apta a receber os dígitos.
 Tipos:
 Sinalização Associada a Canal (CAS):
o Sinalização de Linha.
o Sinalização entre Registradores.
 Sinalização por Canal Comum (CCS).

6.Serviços

O Serviço de Telefonia Fixa é prestado no Brasil por detentores de concessão


ou autorização de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), definido como o serviço
de telecomunicações que, por meio de transmissão de voz e de outros sinais, destina-
se à comunicação entre pontos fixos determinados, utilizando processos de telefonia.
São modalidades do STFC:
 Serviço local;
 Serviços de longa distância nacional (LDN);
 Serviço de longa distância internacional (LDI).

Por mês, são geradas 5 bilhões de ligações locais de telefones fixos, mas o número
de bilhetes emitidos chega a 35 bilhões, já que toda chamada, mesmo aquelas em que
a ligação não é completada ou é gratuita, é processada pelos sistemas da operadora.

7.Estrutura tarifaria

 Acesso ao serviço - habilitação

Valor devido pelo Assinante, no início da prestação do serviço, que lhe possibilita a
utilização imediata do STFC.
Unidade tarifária: habilitação - Incidência: eventual

 Assinatura: residencial / não residencial / tronco de CPCT


Valor de trato sucessivo pago pelo Assinante à Prestadora, durante todo o período
da prestação do serviço, nos termos do respectivo contrato de prestação, dando-lhe
direito à utilização contínua do serviço.
O pagamento da assinatura básica garante ao Assinante uma franquia mensal de 100
pulsos para clientes Residenciais e para os Não Residenciais e Troncos garante uma
franquia mensal de 90 pulsos na realização de Chamadas Locais (Fixo-Fixo).
Unidade tarifária: terminal - Incidência: mensal

 Mudança de endereço

Valor devido pelo Assinante pela mudança de endereço de instalação de seu terminal,
após sua ativação, dentro de uma mesma localidade. Unidade tarifária: serviço -
Incidência: eventual

 Chamadas locais (fixo-fixo)

São chamadas telefônicas entre terminais fixos, situados dentro de uma mesma
área local.
A cada Chamada Local, são computados pulsos de acordo com um dos critérios
abaixo:

 Medição Simples: é cobrado 1 pulso por chamada, independente do tempo de


duração desta. Esse critério é aplicado nos seguintes horários:
o Dias úteis: de 0h às 6h / Sábados: de 0h às 6h e a partir das 14h /
Domingos e feriados nacionais: de 0h às 24h.
 Medição por tempo (multimedição): é cobrado 1 pulso no atendimento da
chamada, outro pulso é cobrado em até 4 (quatro) minutos após o
atendimento da chamada e os pulsos subseqüentes são cobrados de 4 em 4
minutos. Esse critério é aplicado nos seguintes horários:
o Dias úteis: das 6h às 24h / Sábados: das 6h às 14h.

As chamadas locais a cobrar serão tarifadas de acordo com os valores e


critérios estabelecidos para o Degrau 1 do Plano Básico de Longa Distância Nacional.

 Chamadas de longa distância nacional (fixo-fixo)

São chamadas telefônicas automáticas ou manuais (via telefonista), tarifadas na


origem ou recebidas a cobrar, entre terminais fixos situados em áreas locais distintas
dentro do território nacional.
O valor da chamada é definido em função de:
 Tempo de duração da chamada, medido em décimo de minuto (seis
segundos), observado o mínimo cobrável de um minuto para chamadas
automáticas e três minutos para chamadas manuais (via telefonista);
 Dia e horário de realização da chamada;
o Tarifa Normal - Dias úteis: das 7h às 9h, das 12h às 14h e das 18h às
21h / Sábados: das 7h às 14h.
o Tarifa Diferenciada - Dias úteis: das 9h às 12h e das 14h às l8h.
o Tarifa Reduzida - Dias úteis: das 6h às 7h e das 21h às 24h / Sábados:
das 6h às 7h e das 14h às 24h / Domingos e feriados nacionais das 6h
às 24h.
o Tarifa Super-Reduzida - Todos os dias: de 0h às 6h.
 Distância geodésica entre as localidades centros das áreas tarifárias
envolvidas.
o D1 - localidades com até 50 km de distância / D2 - localidades acima de
50 até 100 km / D3 - localidades acima de 100 até 300 km / D4 –
localidades com mais de 300 km.

 Chamadas envolvendo telefones móveis (local e longa distância nacional)

São chamadas originadas ou recebidas a cobrar em telefones fixos e destinadas a


telefones móveis (SMP, SMC ou SME).

Os valores dessas chamadas são definidos em função de:

 Tempo de duração da chamada, medido em décimos de minuto (seis


segundos), observado o mínimo cobrável de 30 (trinta) segundos.
 Dia e horário de realização da chamada;
o Tarifa Reduzida - Segunda a sábado: de 0h às 7h e das 21h às 24h /
 Domingos e feriados nacionais: de 0h às 24h.
o Tarifa Normal - Segunda a sábado: das 7h às 21h.
 Destino da chamada (local ou interurbana);
o VC1 - É o valor da comunicação aplicado nas ligações nas chamadas
destinadas a acessos móveis com o mesmo código nacional do acesso
fixo originador.
Exemplo: uma ligação de Recife (81) para Recife (81).
o VC2 - É o valor da comunicação aplicado nas ligações quando o
primeiro dígito do código nacional do telefone móvel de destino é igual
ao primeiro dígito do código nacional do telefone fixo da origem da
ligação.
Exemplo: uma ligação de Recife (81) para Fortaleza (85).
o VC3 - É o valor da comunicação aplicado nas ligações em que o
primeiro dígito do código nacional da localidade do telefone móvel de
destino é diferente do primeiro dígito do código nacional do telefone
fixo da origem da ligação.
Exemplo: uma ligação de Recife (81) para Belo Horizonte (31).

 Chamadas originadas em telefones públicos

São ligações realizadas através de Telefones Públicos com a utilização de Crédito


de Cartão Telefônico Indutivo.
Nas chamadas Locais para Telefones Fixos, cada Crédito dá direito a até 2 (dois)
minutos de conversação.
Nas chamadas de Longa Distância Nacional, Internacional e para Telefones
Móveis, o tempo de recolhimento de Crédito varia em função do valor da respectiva
chamada.

8.Central telefônica

As linhas telefônicas dos vários assinantes chegam às centrais telefônicas e são


conectadas entre si quando um assinante (A) deseja falar com outro assinante (B).
Convencionou-se chamar de A o assinante que origina a chamada e de B aquele que
recebe a chamada.
Comutação é o termo usado para indicar a conexão entre assinantes. Daí o termo
Central de Comutação (Switch).
A central telefônica tem a função de automatizar o que faziam as antigas
telefonistas que comutavam manualmente os caminhos para a formação dos circuitos
telefônicos.
A central de comutação estabelece circuitos temporários entre assinantes
permitindo o compartilhamento de meios e promovendo uma otimização dos
recursos disponíveis.
A central a que estão conectados os assinantes de uma rede telefônica em uma
região é chamada de Central Local.
Para permitir que assinantes ligados a uma Central Local falem com os assinantes
ligados a outra Central Local são estabelecidas conexões entre as duas centrais,
conhecidas como circuitos troncos.
No Brasil um circuito tronco utiliza geralmente o padrão internacional da ITU-T
para canalização digital sendo igual a 2,0Mbps ou 1xE1.

 Sistema de comutação

Tem como função básica possibilitar e supervisionar a ligação entre dois


assinantes de forma racionalizada e menos complexa.
Capaz de concentrar as linhas de todos os assinantes de uma dada área local e
providenciar para que um determinado assinante possa se comunicar com outro,
temporariamente, quando solicitado.
Central Telefônica é a denominação dada ao equipamento que constitui um
sistema básico de comutação. A central, quando perceber o interesse do assinante
chamador (A) em se comunicar com o assinante chamado (B), tomará as providências
para estabelecer a conexão (comutação) entre os dois assinantes.
A comutação pode ser entre assinantes ou entre centrais telefônicas.

 Tipos de comutação
 Analógica:
o Sistema eletromecânico (crossbar).
 Digital:
o Sistema de comutação digital utiliza em suas vias de conversação a
multiplexação por divisão do tempo (TDM), através do uso do sistema
PCM.

 Classe de comutação
 Comutação Espacial:
o Na comutação espacial é feita a troca dos canais de uma linha para
outra, permanecendo no mesmo intervalo de tempo.
 Comutação Temporal:
o Na comutação temporal é feita a troca dos intervalos de tempo entre a
entrada e a saída de uma linha.

 Matriz de comutação analógica


 CPA

É uma central telefônica que operacionalmente possui um programa armazenado


na sua memória principal, responsável pelas funções básicas de comutação e controle.
Pode se dizer que é um sistema de comutação digital controlado por um sistema de
informação baseado em computador.
A primeira central telefônica digital com tecnologia CPA (Controle por Programa
Armazenado) foi construída em 1965 pela AT&T (Americam Telephone and
Telegraph).
As primeiras centrais eram do tipo CPA-A, ou seja, apenas o controle e gerência da
central eram digitais, a matriz de comutação, por onde os sinais de voz trafegam e são
conectados durante uma ligação, permanecia analógica.
Foram necessários alguns anos de aprimoramento e desenvolvimento até que
novas centrais telefônicas do tipo e CPA-T, capazes de realizar comutação digital
temporal, passassem ser introduzidas no sistema.
Nesse novo ambiente, todos os processos são digitais, incluindo os sinais de voz.
Juntamente com os avanços para transmissão digital destes sinais, as redes de
telecomunicações seguiram sua jornada rumo à digitalização.

9.Sinais Digitais

São os que assumem valores específicos, valores binários, 1 e 0, “on" e “off",


"alto" e "baixo", “high and low". São sinais processados por máquinas ou
equipamentos para serem utilizados em um meio digital.
O som da voz, para ser transmitido em um sistema digital deve ser codificado
para o formato digital antes de ser transmitido através do meio e decodificado no outro
lado para a sua forma analógica original para que o ouvinte possa compreendê-lo,
como mostra a figura abaixo.

Representando uma conversação em sinal digital.

Qualquer informação analógica que precisa ser armazenada em um computador


ou transmitida por um sistema de comunicação digital, passa necessariamente por um
processo de codificação ou digitalização do sinal, que permite grandes vantagens, tais
como:
• Sinais digitais são muito menos sensíveis a interferências ou ruídos;
• É possível transmitir mais informação através de sistemas digitais ao invés de
sistemas analógicos;
• Podem ser enviados diretamente a computadores, que são
equipamentos que utilizam sistemas digitais.

É possível através da digitalização dos sinais telefônicos, desenvolver


equipamentos mais compactos, com maior capacidade, mais precisos, menos sensíveis
a ruídos e uma infinita integração entre diversos tipos de transmissão de sinais.
A qualidade dos serviços oferecidos pelas companhias telefônicas cresceu
consideravelmente e com a possibilidade de utilização de processadores de sinais
digitais e computadores, permitindo a expansão de serviços oferecidos aos assinantes,
gerando simultaneamente economia aos usuários e maior receita às operadoras de
telefonia.
O que é visto hoje é uma transformação geral em todo processo de telefonia e
informática, onde ambos estarão eternamente ligados.
Telefonia Digital: Voz Digital
Possui vantagens significativas sobre um sistema de telefonia analógico. Sabe-se
que a voz é um conjunto de vibrações acústicas e a forma como ela se manifesta na
natureza é analógica.
O objetivo é transmitir o sinal de voz em um sistema digital através do processo de
digitalização, que permitem que esses conjuntos de vibrações acústicas sejam
transmitidos em um meio digital assumindo apenas dois valores, zeros ou uns.

Sinais analógicos e sinais binários.

Para que o processo de conversão do sinal ocorra, é necessária a utilização de


princípios de modulação e codificação do mesmo, a esse processo é dado o nome de
digitalização.

Sinais digitais.
Digitalizando um Sinal
É o processo de transformação de um sinal analógico em um sinal digital, consiste
em três fases:
• Amostragem, que consiste em retirar amostras do sinal original conforme uma
freqüência pré-determinada;
• Quantização, que consiste em refinar o sinal amostrado;
• Codificação, que transforma o sinal quantizado em um sinal binário.
A figura abaixo mostra todas as fases da digitalização do sinal analógico.

Figura 7: Digitalização do sinal.


Fonte: Dígitro.
A digitalização do sinal ocorre quando a transformação do sinal analógico em um trem
de pulsos, onde a amplitude desse trem é diretamente proporcional ao pulso da
amplitude instantânea do sinal amostrado.
Segundo Gomes (1995, p. 232) “... O sistema PAM (Pulse Amplitude Modulation), é
aquele no qual se aplica mais diretamente o conceito de um sinal amostrado e do
próprio Teorema de Amostragem, pois o sinal modulado pode ser compreendido como
o produto do sinal modulante pelo trem-de-pulso da portadora...”.
Para aplicações em telefonia, a freqüência de amostragem adotada
internacionalmente é de 8.000 amostras por segundo, definido pelo Teorema de
Nyquist. Neste caso, cada nível de valor corresponde a um código de 8 bits, o que
permite serem quantizados níveis distintos.
Fazendo-se uma conta simples, teríamos então, 8.000 amostras/segundo x 8
bits/amostra, onde obteríamos uma taxa de 64.000 bits/segundo (64 kbit/s). Este
procedimento é chamado PCM (Pulse Code Modulation), a Figura 08 representa a taxa
de amostras PCM.
Figura 8: Quantificação das amostras.
Fonte: Dígitro.
O PCM é a técnica mais comumente utilizada dentro de um processo de digitalização
de áudio, pois produz uma aproximação razoável da voz humana. Porém, para se
reproduzir adequadamente sons mais complexos, como músicas, por exemplo, devem-
se utilizar técnicas mais sofisticadas. O antigo CCITT padronizou categorias de PCM. As
mais conhecidas são a padronização americana e a européia, onde:
• América utiliza 24 canais de áudio ou 1544 Mbit/s de velocidade e consiste no
chamado estágio ou enlace T1;
• Européia utiliza 30 canais de áudio ou 2048 Mbit/s de velocidade e consiste no
estágio ou enlace E1, o Brasil adota essa codificação.

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