Você está na página 1de 1

Com a Terceira Revolução Industrial e o advento da tecnologia da informação, a sociedade

atual enfrenta o desafio de lidar com o novo meio instantâneo de compartilhamento de


informações: a Internet. O desafio deve-se ao fato que por meio dela, a presença ou
ausência de privacidade acarreta diversos problemas. Nela, dados são coletados, usados e
vendidos sem o consentimento do usuário, ferindo o direito de privacidade dele. Além disso,
a ausência total de privacidade, o anonimato, facilita atos criminosos como golpes
financeiros e o cyberbullying.

Hoje, há a coleta e venda de dados de usuários para empresas e organizações. Essa coleta
ocorre por meio de serviços aparentemente gratuitos, como as redes sociais por exemplo.
Nela, há a constante solicitação de dados pessoais dos usuários pela rede que ele usa. A
respeito do assunto, o Andrew Lewis, jornalista americano, afirma: “Se você não está
pagando por um produto, é sinal que o produto é você”. Percebe-se essa venda quando
somos importunados com propagandas de produtos que outrora foram pesquisados em
sites de compras. Esse importuno evidencia a divulgação de nossos dados para terceiros
ferindo nosso direito constitucional de privacidade.

Ademais, ultimamente, a realização de compras por meio da rede cresce rapidamente. Ao


realizá-las, o usuário deve informar ao ​site​ dados confidenciais de cartão de crédito, por
exemplo. A problemática deve-se ao fato que o usuário torna-se sujeito a golpes
financeiros em um meio, a internet, onde há fraca legislação e fiscalização.

Outra problemática decorrente da falta e a presença de privacidade é o cyberbullying. Nas


redes sociais, os jovens são incentivados incessantemente a se exporem. Nesse meio, essa
exposição pode torná-los sujeitos à humilhações, piadas e ofensas. No artigo de Beatriz
Santomauro: “Cyberbullying: a violência virtual”, Santomauro afirma que esta é uma forma
de violência ainda pior que o tradicional bullying, pois ela não se restringe ao ambiente
escolar. Além disso, por causa do total anonimato nas redes, é difícil punir o responsável.
Se por um lado, a ausência de privacidade torna os jovens sujeitos à humilhações, por outro
lado, a presença de privacidade total facilita a execução de tais crimes.

Diante do exposto, percebe-se que é imprescindível que o Ministério da Ciência,


Tecnologia, Inovações e Comunicações, por meio de algoritmos inteligentes, aprimore o
sistema de fiscalização da rede, detectando palavras violentas. Além disso, o Ministério
deve informar a população sobre os perigos que ela está sujeita na Internet. Dessa forma, a
integridade moral e financeira dos cidadãos será defendida pelos órgãos competentes.
Assim, décadas após a Terceira Revolução Industrial, talvez sociedade brasileira consiga
de fato lidar com os problemas dessa nova era informacional.

Você também pode gostar