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MANUAL Iluminacao Publica COPEL PDF
MANUAL Iluminacao Publica COPEL PDF
OUTUBRO 1998
APRESENTAÇÃO
De acordo com a Constituição federal em vigor, (cap. IV, art. 30, inciso V), é de competência dos
Municípios organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão os
serviços públicos de interesse local, o que inclui também os serviços de Iluminação Pública - IP.
Por sua vez, cabe às concessionárias fornecer a energia necessária ao abastecimento de tais
sistemas, debitando o consumo às prefeituras, com base nas tarifas de Iluminação Pública fixadas
pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL , órgão que regulamenta e fiscaliza a
prestação de serviços de eletricidade no País.
No entanto, nem todos os municípios estão devidamente aparelhados com os recursos técnicos e
humanos necessários para o adequado planejamento e administração de seus sistemas de
Iluminação Pública.
Todos os serviços de manutenção de Iluminação Pública, que não forem executados pelas
próprias Prefeituras, devem ser contratados através de licitação, da qual a COPEL também
poderá participar.
Como forma de oferecer uma nova alternativa às PMs, principalmente às que tem dificuldades
operacionais de assumir ou licitar o serviço de manutenção e atendendo a resolução no 9.577/96
de 01.08.96 do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, a COPEL passou a aceitar, em
transferência, o patrimônio de Iluminação Pública dos municípios, cujas transferências dependem
de Leis Municipais aprovadas pelas respectivas câmara de vereadores.
O recebimento desses acervos pela COPEL, incorre numa maior participação nos serviços de
manutenção e administração de materiais, cuja compensação dá-se pela aplicação da tarifa do
subgrupo B.4.b sobre o consumo mensal em kWh do Sistema de Iluminação Pública.
Atualmente, essa diferença tarifária corresponde a 9,77% em relação à tarifa do subgrupo B.4.a,
aplicada quando o patrimônio de Iluminação Pública pertence ao município.
A COPEL somente aceitará em transferência, a iluminação normal de ruas e o acervo de
iluminação especial, com projeto anterior a 01.01.97 (cuja iluminância excede ao padrão definido
para via pública, NTC 841050 - Projeto de Iluminação Pública).
Assim, caberá a Prefeitura Municipal a iniciativa de solicitar, junto à COPEL e outras empresas
instaladoras especializadas, orçamento para tais ampliações, podendo optar pela contratação da
que lhe for mais conveniente, para execução da obra.
O objetivo do presente Manual, é dar uma contribuição adicional àquela que já vimos prestando
aos municípios nesta área, que é oferecer aos senhores prefeitos, subsídios que lhes permitam
optar por soluções mais adequadas no tocante à gerência dos sistemas de Iluminação Pública do
seu município.
4 - Arborização ............................................................................................................24
Principais Espécies Utilizadas em Arborização Urbana no Estado do Paraná ..... (Tabelas anexa)
1 - CONCEITO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA
A iluminação de vias públicas tem como principal função garantir condições mínimas para
tráfego noturno de pedestres e veículos, relativamente a segurança, conforto e capacidade.
Convém também chamar a atenção para o fato de que os pedestres transitam tanto nas
calçadas como nas pistas de rolamento.
2.1.Definição
FIG. 1 FIG. 2
FIG. 3 FIG. 4
Durante muitos anos foi utilizada a luminária tipo prato (Fig. 5), que reduzia
principalmente a dispersão para o alto e melhorava sensivelmente a distribuição de luz
(Fig. 6).
FIG.5 FIG. 6
Nos três casos até aqui descritos, a lâmpada ficava exposta a intempéries. Com isso,
tinha sua vida útil reduzida e quebrava-se com freqüência, devido ao choque térmico que
lhe era imposto.
2
Em função das ocorrências descritas aqui, foram desenvolvidos vários tipos de
luminárias especialmente para Iluminação Pública, visando melhorar o rendimento,
otimizar a distribuição de luz e proteger a lâmpada contra as intempéries.
Verificou-se, porém, que não bastava instalar as luminárias na ponta de um braço
qualquer (Fig. 7), pois o resultado poderia ser pior que o obtido pelo uso do antigo prato
(Fig. 8).
FIG. 7 FIG. 8
Assim, cada luminária deveria ser instalada no braço com um ângulo (α) e na altura (h)
para os quais fora projetada (Fig. 9), para dessa maneira se obter o máximo rendimento
luminoso (Fig.10).
3
FIG. 9 FIG. 10
As lâmpadas elétricas, que são as nossas fontes de luz, são classificadas em duas grandes
categorias.
4
5
FIG. 12 - LÂMPADA FLUORESCENTE
A lâmpada incandescente foi, até há pouco tempo, a única opção para iluminação
pública. Dada a sua baixa eficiência, vida relativamente curta e alta sensibilidade a
tensões acima da especificada (Fig. 11), novos tipos foram desenvolvidos, utilizando-
se a irradiação por luminescência. Entre estes se encontram as lâmpadas
fluorescentes, mistas, a vapor de mercúrio e a vapor de sódio.
A lâmpada mista (Fig.13) foi utilizada durante algum tempo como substituta da
lâmpada incandescente, pois não exigia a troca da luminária e dispensava
equipamentos adicionais para o seu funcionamento, porque ambas têm o mesmo
princípio de operação, através do filamento incandescente.
Entende-se por eficiência luminosa a relação entre o fluxo luminoso por ela emitido e a
potência da lâmpada.
A vida média é normalmente especificada para cada lote de lâmpadas mediante o seu
funcionamento em períodos contínuos de 10 horas até o ponto em que 50 % do lote em
análise está “morto, entendendo-se como morta” a lâmpada quase não mais acende.
Outro cuidado que se deve tomar quanto a lâmpada de alta eficiência diz respeito ao
excesso de iluminação, que acontece normalmente quando se utilizam vãos muitos
pequenos e lâmpadas muito potentes em vias estreitas.
TABELA 1
7
* A vida média da lâmpada mista de 160 W informada pelo fabricante é de 6.000 horas,
quando instalada na posição vertical. Na posição horizontal, segundo o fabricante, há uma
redução de aproximadamente 30 %.
b) ao consumo de energia.
Também a lâmpada de luz mista tem sido utilizada. Ela porém, apresenta o já citado
inconveniente (no caso da lâmpada de 160 W, a mais usada deste tipo de lâmpada) da
impossibilidade de sua utilização fora da posição vertical, sob o risco de se encurtar sua
vida útil em torno de 30 %. Além disso, a lâmpada de luz mista também tem custo
operacional relativamente alto, embora inferior ao da incandescente.
* Conjunto de 2 luxes (Tabela 2): são os que utilizam lâmpada incandescente de 200
W, ou luz mista de 160 W, ou vapor de mercúrio de 80 W, em luminária aberta
pequena com braço curto (Fig. 19).
* Conjunto de 8 a 10 luxes (Tabelas 4 e 5): são os que utilizam lâmpada de luz mista
de 500 W, ou a vapor de mercúrio de 250 W, ou a vapor de sódio de 150 W, em
luminária fechada ou aberta com braço médio (Fig. 20 e 21).
* Conjunto de 20 ou mais luxes (Tabela 8): são os que utilizam duas lâmpadas de
vapor de mercúrio de 400 W ou uma a vapor de sódio de 400 W, em luminária
fechada grande com braço longo (Fig. 22).
8
No investimento inicial são considerados o custo do material que é composto de preço
do fabricante, custo de frete e o custo de mão-de-obra de instalação. Por outro lado,
foram desconsiderados os custos administrativos, por serem equivalentes em todas as
situações analisadas.
9
Considerando que as Normas Brasileiras permitem iluminância mínima de 2 luxes para
iluminação de vias e pela conclusão da Tabela 2, a lâmpada a vapor de mercúrio de 80
W é a recomendada pela COPEL como Padrão Mínimo.
TABELA 2
TABELA 3
TABELA 4
10
Unidade de Iluminação CUSTO TOTAL EM 10 ANOS
3 (valores em %)
Tipos de Lâmpadas
(Conjunto de 8 a 10 IMPLANTAÇÃO MANUTENÇÃO OPERAÇÃO TOTAL
luxes) (Investimento (Consumo)
Luminária Fechada Inicial)
Luz Mista
500 W 61 53 185 166
Vapor de Mercúrio
250 W 100 100 100 100
Vapor de Sódio
150 W 149 152 65 78
TABELA 5
TABELA 6
TABELA 7
11
Unidade de Iluminação CUSTO TOTAL EM 10 ANOS
5 (valores em %)
Tipos de Lâmpadas
(Conjunto de 12 A 17 IMPLANTAÇÃO MANUTENÇÃO OPERAÇÃO TOTAL
luxes) (Investimento (Consumo)
Luminária Fechada Inicial)
Vapor de Mercúrio
400 W 100 100 100 100
Vapor de Sódio
250 W 117 118 67 73
TABELA 8
As lâmpadas devem ser ligadas quando escurece e desligadas quando clareia o dia. Essa
operação era, no princípio da Iluminação Pública elétrica, efetuada por pessoas que
acionavam chaves manuais que ligavam e desligavam um grupo de lâmpadas.
12
TABELA 9
13
2.7. Conservação de Energia
Essa consideração reforça ainda mais a escolha de lâmpadas de alta eficiência luminosa (alta
relação lúmens/Watt) na iluminação de grandes áreas, tal como a Iluminação Pública.
Pela atual tecnologia, essas lâmpadas são as de vapor de sódio e vapor de mercúrio, com
tendência maior ao uso das de vapor de sódio principalmente nas potências mais elevadas,
conforme pode ser constatado nas Tabelas 2 a 7.
3 - CARACTERÍSTICAS GERAIS
O tráfego até altas horas da noite implicou a criação de uma iluminação qualitativa e
quantitativa adequada à segurança de veículos e pedestres nas vias públicas dos centros
urbanos.
a) Vias Arteriais: São vias exclusivas para tráfego motorizado, que se caracterizam por
grande volume e pouco acesso de tráfego, várias pistas, cruzamentos em dois planos,
escoamento contínuo, elevada velocidade de operação e estacionamento proibido na
pista.
Geralmente não existe ofuscamento pelo tráfego oposto nem construções ao longo da
via. O sistema arterial serve mais especificamente a grandes geradores de tráfego e
viagens de longas distâncias, mas, ocasionalmente, pode servir ao tráfego local.
b) Vias Coletoras: São vias exclusivas para tráfego motorizado, que se caracterizam por
uma mobilidade de tráfego inferior e por um acesso de tráfego superior ao das vias
arteriais.
14
c) Vias Locais: São vias que permitem acesso às propriedades rurais, com grande acesso e
pequeno volume de tráfego.
d) Vias de Ligação: São ligações de centros urbanos e suburbanos, porém não pertencentes
à classe das vias rurais. Geralmente, só tem importância para tráfego local.
f) Vias Normais: São consideradas vias normais as avenidas e ruas asfaltadas ou calçadas,
onde há predominância de construções residenciais, trânsito de veículos (não tão
intenso) e trânsito de pedestres.
g) Vias Secundárias: São consideradas vias secundárias as avenidas e ruas com ou sem
calçamento ou revestimento asfáltico, onde há construções, e o trânsito de veículos e
pedestres não é intenso.
h) Vias Irregulares: São passagens criadas pelos moradores, de largura, piso, declive e
arruamento variáveis, que dão acesso a pedestres e, em raros casos, à veículos, com
traçado irregular, na maioria dos casos determinado pelos usuários do local ou pelas
próprias construções.
Os níveis de iluminância recomendados para cada tipo de via descrito, bem como o fator
de uniformidade e o grau de ofuscamento, estão relacionados na Tabela 10. De forma
simplificada, podemos dizer que:
TABELA 10
3 3 3 2 2 2
3 3 3 3 4 4 4 3 3 3 3
3 4 5 6 7 8 7 6 5 4 3
4 5 8 9 12 14 12 9 8 5 4
4 5 9 12 17 22 17 12 9 5 4
3 4 7 10 14 17 14 10 7 4 3
Fig. A
16
3.3. Padrão de Iluminação Pública Recomendado
OBS:. Estas luminárias poderão ser providas de tela de proteção contra atos de
vandalismo (LM-10).
FIG. 19
Padrão IP-03/250M: É constituído de uma luminária fechada (LM-3), uma lâmpada a
vapor de mercúrio de 250 W, um reator que incorpora um relé fotelétrico e um braço de
3 metros (BR-2) que fixa o conjunto ao poste da rede de distribuição (Fig.20).
Padrão IP-03/250S: É similar ao padrão anterior, porém equipado com reator e lâmpada
a vapor de sódio de 250 W.
17
Padrão IP-03/400M: É similar ao padrão anterior, porém equipado com reator e
lâmpada a vapor de mercúrio de 400 W.
FIG. 20
18
FIG. 21
FIG. 22
19
Padrão IPR-125M: É similar ao padrão anterior, porém equipado com dois reatores e
duas lâmpadas a vapor de mercúrio de 125 W.
Padrão IPR-70S: É similar ao padrão anterior, porém equipado com dois reatores e
duas lâmpadas a vapor de sódio de 70 W.
FIG. 23
20
Padrão IPS-06/400S: É similar ao padrão anterior, porém equipado com uma luminária
fechada (LM-6), uma lâmpada a vapor de sódio de 400 W, um reator e ignitor
incorporados, que incorporam um relé fotelétrico, fixado em um poste de aço ornamental
de 10 m.
FIG. 24
FIG. 25
4 - ARBORIZAÇÃO
22
A arborização de vias públicas interfere em muito na Iluminação Pública, ambas, no entanto
não são necessariamente conflitantes. Uma poda criteriosa pode permitir uma iluminação
eficiente e geralmente melhora a aparência da via pública. Além disso, a escolha adequada
do tipo de árvore a ser plantada poderá incrementar os benefícios da Iluminação Pública.
Muitas vezes, dependendo do tipo de arborização, alguns itens como distância entre pontos
de iluminação, altura de montagem, tipo de braço e luminária, devem ser ajustados à
situação. Em casos extremos, a montagem central da luminária, fixada em cabo de aço, será
a única solução viável. Para qualquer alteração aos padrões sugeridos pela COPEL, deverão
ser efetuados os cálculos luminotécnicos para otimização dos equipamentos a serem
utilizados.
Para se determinar a linha de poda, mede-se a distância “D” do poste até os galhos mais
baixos da árvore, assim como a altura “h” em que está montada a luminária, calculando-
se a expressão:
H = h - 0,26 D
a) Quanto ao porte
A - Arredondada;
C - Colunares;
P - Perenes;
Pn - Tipo Pêndula;
U - Umbeliformes.
c) Quanto ao Desenvolvimento:
L - Lento;
M - Médio;
R - Rápido.
C - Caducifólias;
SC- Semicaducifólias;
P - Perenes.
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