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A importância dessa experiência é que ela revelou que a estrutura dos átomos
podia ser alterada, e que alguns átomos encontrados na natureza,
especialmente os mais pesados, possuíam núcleos instáveis
Experiências posteriores revelaram que os raios gama são os mais
penetrantes, enquanto os raios alfa são os de menor penetração. A natureza
exata de cada um desses 3 tipos de radiação somente foi conhecida muitos
anos depois, e o resultado obtido é visualizado abaixo em uma rápida amostra
do poder de penetração desses raios.
Radiação Alfa
A experiência que confirmou a identidade da partícula alfa, com um núcleo de
hélio 2He4 (constituído de 2 prótons e 2 nêutrons) foi realizada por Sir James
Dewar em 1908 e repetida por Rutherford e Royds em 1909. Essas 4
partículas estão fortemente ligadas entre si, de forma que a partícula a tem
então uma massa igual a 4 vezes a massa do próton (ou 7.000 vezes a massa
do elétron), e carrega duas unidades de carga elétrica positiva. A emissão de
partículas alfa é o único tipo de decaimento radioativo espontâneo que emite
partículas pesadas, excetuando-se a fissão. Isso é verdade tanto para as
espécies naturais como para as produzidas artificialmente. Os produtos do
decaimento (núcleos filhos) de um núcleo obtidos por emissão de partículas
alfa, podem ou não ser radioativos.
Radiação Beta
A emissão de radiação beta é um processo mais comum entre os núcleos
leves ou de massa intermediária, que possuem um excesso de nêutrons ou de
prótons em relação à estrutura estável correspondente. Radiação beta e o
termo usado para descrever elétrons de origem nuclear, carregados
negativamente (e-), ou positivamente (e+).
Radiação Gama
A radiação gama pertence a uma classe conhecida como radiação
eletromagnética. Este tipo de radiação consiste de quanta ou pacotes de
energia transmitidos em forma de um movimento ondulatório. A radiação
eletromagnética é uma modalidade de propagação de energia através do
espaço, em que não há necessidade de um meio material. Outros membros
bem conhecidos dessa classe são: as ondas de rádio, raios-x, e inclusive a luz
visível. A diferença essencial entre a radiação gama e a radiação X esta na
sua origem. Enquanto os raios gama resultam de mudanças no núcleo, os
raios x são emitidos quando os elétrons atômicos sofrem uma mudança de
orbital. A radiação eletromagnética pode ser representada como uma dupla
vibração que compreende um campo magnético H e um campo elétrico E.
Estas duas vibrações estão em fase, tem direções perpendiculares, e se
propagam no vácuo com velocidade da luz segundo uma direção
perpendicular ao plano.
2) Raios-X Característicos
Esse processo envolve uma colisão entre o elétron incidente e um elétron
orbital ligado ao átomo no material do alvo. O elétron incidente transfere
energia suficiente ao elétron orbital para que seja ejetado de sua órbita,
deixando um "buraco". Esta condição instável é imediatamente corrigida com
a passagem de um elétron de uma órbita mais externa para este buraco. Esta
passagem resulta numa diminuição da energia potencial do elétron, e o
excesso de energia é emitido como raios-X. Este processo de "enchimento"
pode ocorrer numa única onda eletromagnética emitida ou em transições
múltiplas (emissão de vários raios-X de menor energia). Como os níveis de
energia dos elétrons são únicos para cada elemento, os raios-X decorrentes
deste processo também são únicos e, portanto, característicos de cada
elemento (material). Daí o nome de raios-X característico.
Radiação eletromagnética (g ou x)
A interação da radiação g ou x com a matéria é marcadamente diferente da
que ocorre com partículas carregadas. A penetrabilidade dos raios g ou x é
muito maior devido ao seu caráter ondulatório, e sua absorção depende do
tipo de interação que provoca.
Há vários processos que caracterizam a interação (absorção ou
espalhamento) da radiação g ou x com a matéria. Esses processos dependem
essencialmente da energia da radiação, e do meio material que ela atravessa.
Os fótons não tem massa propriamente dita (massa de repouso nula) e não
transportam carga elétrica, portanto produzem ionização somente
indiretamente quando incidem sobre os átomos. Quando o fóton (g ou x)
interage com a matéria, sua energia é transferida para esta por uma variedade
de mecanismos alternativos, sendo que os 3 ( efeitos secundários) mais
importantes são: efeito fotoelétrico, Efeito Compton e Formação de Par.
A) Efeito fotoelétrico
O efeito fotoelétrico é caracterizado pela transferência total da energia da
radiação gama ou x (que desaparece) a um único elétron orbital, que então é
expulso (expelido) do átomo absorvedor (processo de ionização). Nesse
efeito, toda a energia do fóton incidente é transferida ao elétron, que então é
expelido com energia cinética: T = hv - Be, sendo Be a energia de ligação do
elétron ao seu orbital (energia que foi dissipada para desfazer a ligação do
elétron ao átomo).
Este elétron expelido do átomo (denominado fotoelétron, radiação secundária
ou ainda emissão corpuscular associada), poderá perder a energia recebida
do fóton, produzindo ionização em outros átomos
A direção de saída do fotoelétron com relação à de incidência do fóton, varia
com a energia deste. Assim, para altas energias (acima de 3 MeV), a
probabilidade do fotoelétron ser ejetado para frente é bastante grande; para
baixas energias (abaixo de 20 keV) a probabilidade de sair para o lado é
máxima para q ~ 70°.
O efeito fotoelétrico é predominante em baixas energias e para elementos de
elevado número atômico Z. O efeito fotoelétrico decresce rapidamente quando
a energia aumenta (outros efeitos começam a se tornar predominantes), e é
observado para energias tão baixas quanto a da luz visível.
O efeito fotoelétrico é proporcional a Z5, e por esse motivo deve ser usada
blindagem de chumbo para absorção de raios gama ou x de baixas energias.
b) Efeito Compton
Quando a energia da Radiação gama ou x cresce, o espalhamento Compton
torna-se mais freqüente que o efeito fotoelétrico. No efeito Compton, o foto
incidente é espalhado por um elétron periférico, que recebe apenas
parcialmente a energia do fóton incidente. O fóton espalhado terá uma energia
menor e uma direção diferente da incidente.
Dessa forma, a interação do fóton é descrita como um espalhamento por um
elétron livre, inicialmente em repouso. O efeito Compton depende ainda da
densidade do elemento (número de elétrons/cm³), e decresce em função da
energia dos fótons, porém não tão rapidamente como no efeito fotoelétrico.
Este é inversamente proporcional à energia do fóton, e proporcional ao
número atômico Z do material absorvedor.
c) Formação de Par
Uma das formas mais importantes da radiação eletromagnética de alta energia
ser absorvida é a produção de par. No entanto, a produção de par ocorre
somente quando fótons de energia igual ou superiora 1,02 MeV passam
próximos a núcleos de elevado número atômico. Nesse caso, a radiação gama
ou x interage com o núcleo e desaparece, dando origem a um par elétron-
pósitron.
kV mm Al
< 50 0,5
50 - 70 1,5
> 70 2,5
Voltagem do tubo
Mudando o potencial de aceleração do tubo, mudamos também o espectro do
feixe. O aumento do kV implica no aumento do número de fótons de maior
energia. Este aumento altera mais a imagem radiográfica do que a remoção
dos fótons de baixa energia.
Suprimento de alta voltagem
Em todos os aparelhos de raios-X, a voltagem é aumentada por um
transformador de linha 110 - 220 volts para o kV desejado. A forma de onda é
a mesma da linha de suprimento, mas muito aumentada em amplitude. O
potencial elétrico é produzido por uma corrente alternada (AC), variando de 0
® máximo 0 ® máximo ® 0. Existem vários tipos de circuitos utilizados na
amplificação da voltagem, entre estes temos: Retificação de meia onda,
retificação de onda completa, retificação trifásica e multi-pulsos.
No tipo mais simples de circuito, o tubo de raios-X é conectado aos terminais
do secundário do transformador. Neste caso, o tubo é o retificador, uma vez
que a corrente só pode fluir quando o alvo for positivo em relação ao filamento
(negativo), isto é, durante o porção positiva do ciclo de AC. Durante o ciclo
negativo não existem elétrons livres do alvo (que está agora carregado
negativamente). Entretanto, em circunstâncias ocasionais de
superaquecimento do anodo, poderiam ocorrer elétrons livres, que iriam do
anodo ao catodo durante o ciclo negativo , danificando o tubo.
Para resolver este problema, foram desenvolvidos circuitos de retificação que
elimina os ciclos negativos. Um tipo eficiente de retificação inverte a polaridade
do ciclo negativo possibilitando a produção de raios-X durante todo o ciclo. A
utilização deste método, aplicado em um circuito trifásico possibilita a
produção de elétrons quase monoenergético, dentro de uma pequena
variação de kV.
A tecnologia mais moderna com o uso de geradores multi-pulsos, possibilita
uma fácil obtenção de um potencial de aceleração virtualmente constante. A
forma de retificação modifica o espectro dos elétrons produzidos, e, portanto,
modifica o espectro de raios-X produzidos, a taxa de aquecimento do anodo e
o rendimento do tubo (taxa de produção de raios-X).
Corrente no tubo
A variação da miliamperagem (mA) não tem nenhum efeito no espectro de
raios-X. A combinação da miliamperagem com o tempo de exposição
determina o número total de raios-X produzidos num dado kV. Por isso, desde
que o produto mAs seja mantido, não serão observadas diferenças na imagem
radiográfica. Deve-se notar contudo que uma variação de corrente pode levar
a uma variação da quilovoltagem do tubo, pois o gerador pode não ser capaz
de corrigir a uma diminuição de voltagem de alimentação que ocorre em linhas
elétricas mal distribuídas quando ocorre uma solicitação de maior carga.
Qualidade do feixe de Raios-X
A "capacidade de penetração" ou qualidade de um feixe de raios-X é descrita
explicitamente pela sua distribuição espectral. Um conceito mais usual para
descrever e medir a qualidade do feixe é a camada semi-redutora (CSR, ou
"Half Value Layer", HVL). O HVL é definido como a espessura de um material
padrão necessário para reduzir o número de fótons transmitido à metade de
seu número original. O material utilizado em radiologia diagnóstica é o
alumínio. Um feixe de baixa energia será bastante reduzido por uma pequena
filtração, tendo portanto baixo HVL. Sabe-se que o HVL não é uma quantidade
constante para um dado feixe mas aumenta com a filtração. Logo, o segundo
HVL será maior que o primeiro. Somente um feixe monoenergético terá
sucessivos HVL’s iguais. A filtração adicional remove seletivamente os fótons
de energia mais baixa, resultando em melhor aproximação de um feixe
monoenergético e a diferença entre sucessivas HVL’s torna-se cada vez
menor.
O tubo de Raios-X diagnóstico
É montado dentro de uma calota protetora de metal forrada com chumbo,
projetada para evitar exposição à radiação fora do feixe útil (e choque elétrico).
Os raios-X produzidos dentro do tubo, são emitidos em todas as direções
(isotropicamente). Os raios-X utilizados em exames, são emitidos através de
uma janela (feixe útil). Os raios-X que passam pela capa de proteção são
chamados radiação de vazamento ou de fuga e podem causar exposição
desnecessária tanto do paciente quanto do operador. O cabeçote protetor
deve ser capaz de reduzir o nível de radiação para menos de 1 mGy/h a um
metro quando o aparelho é operado nas condições máximas.
O Catodo
É o polo negativo do tubo de raios-X. Dividindo-se em duas partes: Filamento
e capa focalizadora (cilindro de welmelt).
Filamento
Tem forma de espiral, construído em tungstênio e medindo cerca de 2mm de
diâmetro, e 1 ou 2 cm de comprimento. Através dele são emitidos os elétrons,
quando uma corrente de aproximadamente 6 ampères atravessa o filamento.
Este fenômeno se chama emissão termoiônica. A ionização nos átomos de
tungstênio ocorre devida ao calor gerado e os elétrons são emitidos. O
tungstênio é utilizado porque permite maior emissões termoiônicas que outros
metais (temperatura de 3.380 °C). Normalmente os filamentos de tungstênio
são acrescidos de 1 a 2% de tório, que aumenta eficientemente a emissão
termoiônica e prolonga a vida útil do tubo.
Capa Focalizadora
Sabe-se que os elétrons são carregados negativamente havendo uma
repulsão entre eles. Ao serem acelerados na direção do anodo, ocorre uma
perda, devido a dispersão dos mesmos. Para evitar esse efeito, o filamento do
catodo é envolvido por uma capa carregada negativamente, mantendo os
elétrons unidos em volta do filamento e concentrando os elétrons emitidos em
uma área menor do anodo. A eficiência da capa focalizadora é determinada
por seu tamanho, sua carga, forma e posição do filamento dentro da capa
focalizadora.
Foco Duplo
A maioria dos aparelhos de raios-X diagnóstico, possuem dois filamentos
focais, um pequeno e um grande. A escolha de um ou outro é feita no seletor
de mA, no painel de controle. O foco menor abrange uma faixa de 0,3 a 1,0
mm e o foco maior, de 2,0 a 2,5 mm. Ambos os filamentos estão inseridos na
capa focalizadora. O foco menor e associado ao menor filamento e o maior,
ao outro. O foco menor ou foco fino, permite maior resolução da imagem, mas
também, tem limitado a sua capacidade de carga ficando limitado as menores
cargas de radiação. O foco maior ou foco grosso, permite maior carga, mas
em compensação, tem uma imagem de menor resolução.
Anodo
É o lado positivo do tubo de raios-X. Existe dois tipos de anodo: anodo fixo e
anodo rotatório. O anodo recebe os elétrons emitidos pelo catodo. Além de ser
um bom condutor elétrico, o anodo é também um bom condutor térmico.
Quando os elétrons se chocam contra o anodo, mais de 95% de suas energias
cinéticas são transformadas em calor. Este calor deve ser conduzido para fora
rapidamente, para não derreter o anodo. O material mais usado no anodo é
tungstênio em base de cobre por ser adequado na dissipação do calor.
Anodo fixo
É encontrado normalmente em tubos onde não é utilizada corrente alta, como
aparelhos de raios- X dentários, unidades portáteis, unidades de radioterapia
convencional e etc..
Anodo rotatório
A maioria dos tubos de raios-X utiliza este, devido a sua capacidade de resistir
a uma maior intensidade de corrente em tempo mais curto, e com isso,
produzir feixes mais intensos.
Alvo
É a área do anodo que recebe o impacto dos elétrons. No anodo fixo, o alvo é
feito de uma liga de tungstênio incluída em um anodo de cobre. No anodo
rotatório o alvo é um disco giratório. Este disco tem uma resistência grande à
alta temperatura. A escolha do tungstênio deve-se à:
• Alto número atômico, acarretando grande eficiência na produção de
raios-X.
• Condutividade térmica quase igual a do cobre, resultando em uma
rápida dissipação do calor produzido.
• Ponto de fusão (3.380 ° C), superior à temperatura de
bombardeamento de elétrons (2.000 ° C).
Aquecimento do anodo
O anodo rotatório permite uma corrente mais alta pois os elétrons encontram
uma maior área de impacto. Com isso o calor resultante não fica concentrado
apenas em um ponto como no anodo fixo. Fazendo a comparação de ambos,
num tubo com foco de 1mm, temos: no anodo fixo a área de impacto (alvo) é
de aproximadamente 1mm x 4mm = 4mm². No anodo rotatório de diâmetro de
7 cm, o raio de impacto é de aproximadamente 3 cm (30 mm). Sua área alvo
total é aproximadamente 2 x p x 30mm x 4mm = 754mm². Portanto, o anodo
rotatório permite o uso de área uma centena de vezes maior que um anodo
fixo, com mesmo tamanho de foco.
Espessura do paciente
A passagem de fótons por regiões mais espessas do corpo, resulta em um
maior espalhamento do que em relação a regiões mais finas. Considerando-
se a mesma combinação de tela-filme para ambas, a radiografia de
extremidade será muito mais definida com a redução da quantidade de
radiação espalhada. Expondo uma extremidade de 3 cm de espessura a 40
kV ocorre cerca de 50% de espalhamento de radiação. Expondo o abdome de
30 cm de espessura ocorrerá aproximadamente 100% de espalhamento.
Métodos de redução da radiação espalhada
Os métodos mais comuns de redução da radiação espalhada que alcança o
filme são:
• redução da área irradiada (colimador);
• uso de grades;
• uso da técnica de afastamento do filme ("air gap");
• uso da técnica de fenda móvel ("moving slit")
Colimação
A redução do tamanho do campo em radiologia deve ser o primeiro método de
controle da radiação espalhada (Secundária). Este método tem uma grande
vantagem por diminuir a dose no paciente devido ao menor volume de tecido
irradiado. Entretanto, em uma aparente contradição, a diminuição do
espalhamento (tamanho de campo) implicará num aumento do fatores da
técnica radiográfica, para obtenção da mesma densidade ótica. Porém, este
aumento da dose ainda é pequeno quando comparado com a sensível
redução alcançada pela diminuição do volume de tecido irradiado.
Grades
O uso de grades é o meio mais efetivo de remover a radiação espalhada
(secundária) de um campo de radiação antes que estes chegue ao detetor
(filme). As grades são construídas de lâminas verticais alternadas de chumbo
e material radiotransparente como plástico ou fibra. Essas lâminas são
orientadas de modo que a radiação primária passe pelas lâminas de material
radiotransparente fixadas entre as lâmina de chumbo, e as radiações
espalhadas (secundárias) se choquem nas lâminas de chumbo sendo
absorvidas antes de chegar ao filme. Infelizmente, essa redução da radiação
espalhada (secundária) sé é alcançada às custas de um aumento da dose no
paciente. Algumas lâminas de chumbo absorvem alguns fótons primários e o
material radiotransparente absorve parte da energia destes fótons. Assim
sendo, a redução tanto da radiação primaria como da secundária para atingir
a densidade ótica necessária requer um significativo aumento de exposição.
Contraste radiográfico
O contrate radiográfico é dado pela diferença em enegrecimento entre poções
distintas da radiografia. Os fatores que afetam o contraste radiográfico são o
nível de exposição e o processamento do filme. O contraste radiográfico é
determinado pelo contraste objeto e pelo contraste do filme.
Contraste objeto
Quando um feixe de raios-X incide no objeto a ser radiografado ele é
razoavelmente uniforme em número e em energia de fótons. Entretanto, ao
sair do objeto a maioria dos fótons sofreram interações, ficando digamos, 5%
sem serem afetados. Os fótons remanescentes, são então usados para
formação da imagem radiográfica. É nesta fase que as informações a cerca
do objeto a ser radiografado são geradas. Depois que o feixe deixa o objeto,
diferentes artifícios podem ser feitos para aumentar a visualização da
informação, ela própria, não pode ser aumentada. A informação radiográfica é
um a reflexão da espessura, densidade, e número atômico do objeto que esta
sendo radiografado.
O corpo
É constituído de músculos, gorduras, ossos cavidades, e compartimentos
contendo líquidos. Portanto, diferentes espessuras desses componentes em
diferentes combinações (um componente sobrepondo-se parcialmente sobre
outro) resultará em uma absorção diferencial ao longo do campo radiográfico.
O feixe que sai do paciente possui variações de intensidade devido anatomia
interna do corpo.
Essas diferenças em intensidade são chamadas de contrate objeto. O
contraste objeto depende do espectro do feixe incidente e, naturalmente, da
espessura, da estrutura e composição do paciente (e da quantidade de
radiação espalhada (secundária)). Alterações da técnica de exposição podem
alterar o contraste objeto (e também a dose do paciente). As vezes a dose do
paciente pode ser grandemente alterada sem ter havido nenhuma contribuição
para a qualidade da imagem radiográfica. Assim sendo, por exemplo,
razoáveis variações no kV e na filtração podem diminuir de até um fator 5 a
dose na pele do paciente, sem que a qualidade da radiografia seja alterada. É
portanto de extrema importância o conhecimento desses parâmetros e seus
efeitos no contraste e na dose do paciente. Conhecedor destes fatores os
técnicos saberá então decidir a técnica apropriada para cada exame.
Contraste do filme
Refere-se ao gradiente da curva característica do filme e determina o contraste
radiográfico final que será obtido para um dado contraste objeto. Um bom
contraste objeto pode render um péssimo contraste radiográfico quando os
níveis de exposição são inapropriados. Em geral, a magnitude do gradiente de
curva característica do filme determina se o contraste objeto será aumentado
ou diminuído no processo de conversão à imagem visível.
Obtenção da imagem radiográfica
um dos métodos mais usados na obtenção da imagem radiográfica é a
combinação do filme com a tela intensificadora (ecran). A qualidade de uma
imagem está ligada a vários parâmetros e processos: filme radiográfico, tela
intensificadora, processamento do filme , técnica radiográfica utilizada (kV e
mAs) e tamanho do campo de irradiação.
O filme
É composto de uma base flexível plástica (200 µm) e duas camadas muito
finas de (10 µm) de emulsão fotográfica cobertas por uma capa protetora. A
base do filme é composta geralmente de poliester ou acetato de celulose para
dar suporte as emulsões. A emulsão e composta de cristais de produtos
químicos fotograficamente ativos (Haletos de prata), suspensos em gelatina
fotográfica. O haleto de prata é brometo de prata com 1 a 10% de iodeto de
prata. Essa mistura resulta numa maior sensibilidade do que o brometo ou
iodeto de prata sozinhos. Os fótons de luz oriundos da tela intensificadora
interagem com esses cristais e produzem uma imagem latente que após um
processo de revelação adequado, torna-se visível. A gelatina permite a
distribuição uniforme dos cristais de haleto de prata sem acúmulo na base do
filme para uma resposta uniforme do seu campo e permite a penetração dos
produtos químicos de revelação nos cristais para formação da imagem sem
diminuir sua firmeza e constância . Os grãos de prata remanescentes devem
ficar em suas posições relativas ou a imagem será destruídas.
Densidade ótica
A imagem no filme radiográfico consiste de variações de prata metálica retida
em regiões localizadas no filme. Através do negatoscópio, a quantidade de
prata em uma área específica e a intensidade de luz incidente determinarão o
escurecimento do filme. Para quantificar esse conceito e remover o fator
intensidade de luz, utiliza-se a densidade ótica (densidade fotográfica,
densidade do filme ou densidade). Densidade ótica (DO) é a porção de luz
incidente que passa através do filme.