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Godoi 2005 Analise Do Discurso Na Perspec 11384
Godoi 2005 Analise Do Discurso Na Perspec 11384
descrever o que fazem as pessoas quando são trazidos à existência (HARRÉ, 1997, p.
usam a linguagem, e explicar os aspectos 27). “É através do discurso que construímos
lingüísticos dos discursos como os meios a forma da experiência pessoal, às vezes
empregados nessa atividade. A análise chamada subjetividade.” (HARRÉ, 1997, p.
sociológica dos discursos, em sua dimensão 39).
pragmática, investiga regularidades sociais e Além das irregularidades
não “leis” formais; encontra referências a provenientes das características do sujeito e
contextos, mais que universais, lingüísticos e da produção do sentido, há ainda outras
antropológicos; opera por analogia e fontes referenciais de incertezas na análise
interpretações locais, e não por protocolos dos discursos, oriundas do que se denomina
genéricos; e tenta descobrir as regularidades contexto discursivo. A linguagem não é
encontradas nas realizações lingüísticas que examinada em abstrato, como um fenômeno
empregam as pessoas para comunicarem isolado, mas sempre em relação a uma
estes significados e intenções (BROWN y situação, seja ela social, organizacional,
YULE, 1993). psicológica e interativa, ou seja, o produto
Esta questão da busca por lingüístico nunca é exclusivamente código,
regularidades no discurso – também objeto senão que é o “código em situação”
de divergência entre os autores – merece ser (RODRÍGUES, 2000, p. 50). Esse conteúdo
alvo de questionamento dentro da Análise do experiencial, ideacional ou situacional do
Discurso. Brown y Yule (1993) postulam discurso é denominado de contexto.
insistentemente que o papel do analista Contexto é o mundo físico, social e
reside em descobrir regularidades em seus organizacional que interage com o texto para
dados e descrevê-las. “Não só estamos criar o discurso (COOK, 1990, p.156). Um
dispostos a buscar regularidades, senão que contexto de situação apropriado ao estudo
tendemos a perceber as mesmas” (1993, p. lingüístico põe em relação as seguintes
89). A intenção de sistematização, categorias: a) as características relevantes
padronização e controle daquilo que, por sua dos participantes, considerando a ação verbal
natureza, é disperso, contraditório e diferente e a ação não-verbal dos participantes; b) os
parece ser uma versão qualitativa da análise objetos relevantes; e c) o efeito da ação
do conteúdo, atormentada com a freqüência verbal. (FIRTH, 1964, p. 182). O contexto,
e a regularidade. então, é a dimensão mais ampla do texto,
O que diferencia a análise sociológica suporte das interpretações, que envolve as
dos discursos da análise do conteúdo – onde subjetividades, as ações, os objetos e os
o sujeito é dissolvido no objetivismo dos efeitos discursivos. O contexto é criado pelo
sinais – e da análise estrutural – onde o próprio texto para constituir o discurso. A
sujeito fica suspendido na interpretação importância atribuída ao contexto pelas
objetivada – é exatamente a recuperação do análises do discurso de caráter pragmático
sujeito no texto. Postular que o discurso é amplia a possibilidade de interpretação do
atravessado pela unidade do sujeito é discurso (e transformação do contexto), mas
incorrer em uma impossibilidade não garante o encontro de objetivações e
epistemológica, a partir do momento em que regularidades, ao contrário, amplia o campo
se trabalha, nas ciências da linguagem, com de incertezas. Abril (1994, p. 428), inclusive,
uma noção de sujeito dividido, fragmentado, considera a noção de contexto como
e que reflete no discurso a sua dispersão sumamente vaga. Marcado tanto por
constitutiva. O que há no discurso não são entradas subjetivas quanto institucionais e
regularidades e sim dispersão, diferenças e sociais, o contexto organizacional constitui o
descontinuidade dos planos de onde o sujeito cenário intersubjetivo da conversação, que
fala. No dizer de Possenti, “considero o amarra os elementos definidos como
discurso uma máquina de produzir sentidos” embasadores da interpretação, e assinala a
(2001, p. 154). diferença entre a interpretação social dos
Brandão (1991, p. 30), coerente com discursos e as demais perspectivas da Análise
as características de sua obra – atravessada do Discurso.
pelas conseqüências das determinações da A concepção performática,
ordem da ideologia e do desejo inconsciente incorporada pela análise sociológica dos
sobre o discurso –, discorda que a Análise do discursos, na qual o discurso é considerado
Discurso deva buscar a unidade de todas as fundamentalmente como um ato, ou como
formações discursivas de uma conjuntura. Os uma série de atos (cognitivos ou de outro
discursos, como define Alonso (1998, p. 58), tipo), encontra suas origens na Teoria dos
são uma complexa expressão de níveis da Atos da Fala – tradição gerada, dentro da
consciência. Filosofia da Linguagem, por Wittgenstein
A análise das estruturas e funções do (1989) e Austin (1970). Além dos
discurso se dá através do relato das trocas formuladores, a Teoria dos Atos da Fala
discursivas sobre os episódios informais em passaria a ter Searle (1980) como
que os fenômenos psicológicos motivacionais representante mais destacado e
sujeito. A individuação, entretanto, na busca está aberta a qualquer sentido, mas apenas
por produzir consensos interpelativos, pode aos que se derivam de seus atores como
sofrer variações, que se manifestam através precipitação de circunstâncias sociais e
dos mecanismos descritos por Maingueneau pessoais.
(1976): mascaramento (o sujeito busca “Compreender é interpretar. E
apagar de seu discurso as marcas que interpretar é voltar a expor o fenômeno com
permitirão classificá-lo em determinado a intenção de encontrar seu equivalente”.
grupo ou atribuí-lo a determinada ideologia); (SONTAG, 1984, p. 19). Interpretar o
simulação (o sujeito toma o vocabulário de discurso é estabelecer seu sentido através de
um grupo que não é o seu para produzir um um processo permanente de decomposição e
discurso do seu grupo); conveniência ( recomposição (ALONSO, 1998, p. 220). A
mecanismo no qual há um acordo entre o interpretação é o descobrimento do sentido,
locutor e os destinatários; o sujeito, então, porém não de uma maneira arbitrária, de
utiliza um vocabulário que o classificará como imposição do eu sobre qualquer realidade,
pertencente a determinado grupo, dirigindo, senão de encontro intersubjetivo entre o
porém, esta utilização para ironizar, para sujeito como gerador de sentido e o mundo
atacar, para negar). da vida organizacional em que se encontra
No mecanismo da conveniência, o como limite dos significados (ALONSO, 1998,
sujeito da enunciação toma o lugar de outro p. 212).
sujeito para destruir ou desqualificar o A função de produção do sentido
discurso do outro. Entre os mecanismos de pertence simultaneamente ao investigador,
mascaramento e simulação aparece uma ao sujeito e ao contexto organizacional. É a
lógica contraditória. No primeiro, o sujeito, visão construtiva do investigador que narra e
em um mecanismo denegatório, exclui o reconstrói o discurso. Não se trata, porém,
outro e, no segundo, por meio de uma de um subjetivismo puro, mas de um
identificação imaginária, incorpora o discurso “subjetivismo objetivado socialmente”. Os
do outro como seu. Os mecanismos de próprios discursos e contextos é que
encobrimento do sujeito produzidos na constituem os limites e os princípios de
linguagem revelam a própria essência da validação da interpretação, os objetivadores
individuação. O sujeito, no ato de enunciar, da subjetividade. Os limites da interpretação,
surge e desaparece, se constitui e se apaga portanto, são definidos pelos próprios
no campo do outro. objetivos da investigação. Assim, a validação
A natureza da linguagem é da ordem da interpretação depende: da coerência
do mal-entendido, do equívoco, produzido argumentativa; da razão, da consistência e
pela ambigüidade da palavra, pela da honestidade do teórico; da adequação à
polivalência de significações e pela ausência comunidade em que se realiza; dos objetivos
de um sentido fixo. A inexistência de uma sociais da interpretação. Ainda que, em
relação imediata e obrigatória entre um última instância, seja o sujeito quem atribui o
significante e um significado determina a sentido do discurso, uma vez que o analista
polissemia e a abertura de sentido do do discurso está na posição de ouvinte que
discurso, uma vez que é a relação de um formula interpretações que podem ou não ter
significante a outro significante (articulados sentido, a validação da interpretação está
na cadeia) que engendra a relação do associada à sua capacidade de reconstrução
significante ao significado no processo de do campo de forças sociais que deu lugar à
construção do sentido. investigação. Trata-se de um duplo enfoque
O mecanismo significante está na pragmático: pragmática dos discursos
emergência das formações do inconsciente. sociais, pragmática da estratégia de
Como dizia Lacan, "o que se chama o investigação (ALONSO, 1998).
inconsciente é o significante em ação” (1988, Pelo fato de se ter um acesso
p. 81). Ricoeur referia-se ao inconsciente limitado ao que o sujeito pretende expressar
como o “involuntário absoluto”. No entanto, em um fragmento de discurso, qualquer
em suas obras mais tardias, já não mais informação ou implicação identificada terá o
reconhece o inconsciente como involuntário, caráter de uma interpretação, ou seja,
mas como portador de um sentido que se constituirá um processo de inferência através
oferece à decifração (RICOEUR, 2001, p. 32). da qual se pode chegar à interpretação dos
A formação do sentido inerente ao enunciados e das relações entre eles
processo de interpretação do discurso (BROWN y YULE, 1993, p. 56).
(GUBRIUM e HOLSTEIN, 2000) não está A própria noção de texto, definida
ligada a uma injeção de sentido atribuída por Brown y Yule (1993, p. 31), como o
pelo analista do discurso, tal como se o registro verbal de um ato comunicativo, ou
sentido já estivesse dado a priori, mas a uma seja, a representação escrita de um texto
abertura de sentido à cadeia significante. falado, já implica um processo de caráter
Alonso (1998, p. 220) ressalva que a essencialmente subjetivo presente na
interpretação, como leitura de sentido, não percepção e na interpretação de cada texto,
uma vez que indivíduos diferentes prestam investigação e pelas inevitáveis concessões à
atenção a aspectos diferentes dos textos. Na categoria do desejo do analista.
análise dos textos produzidos, criamos A orientação da Análise do Discurso
abstrações e pontos de vista e acreditamos pelo modelo conceitual da investigação não é
na existência do que Schutz (apud BROWN y o mesmo que a subordinação dos enunciados
YULE, p. 31) chamou de reciprocidade de a leis, estatísticas ou lingüísticas. No espaço
perspectiva, quer dizer, supomos que os da interpretação – mescla de suspeita e
leitores compartilham da mesma escuta –, trata-se de penetrar nos
compreensão. significados para os sujeitos dos enunciados,
Brown y Yule se dedicam ao buscando-se a prioridade da prática sobre o
problema que enfrentam os analistas do código; da função sobre a estrutura; do
discurso no momento da elaboração de contexto sobre o texto; do latente sobre o
transcrições dos textos falados, utilizando, inconsciente; da intencionalidade da
quase invariavelmente, convenções inerentes mensagem sobre a arbitrariedade dos signos
à linguagem escrita. Se o analista decide (RICOUER, 1996, p. 151; ALONSO, 1998).
transcrever em itálico uma palavra para A construção aproximativa entre a
assinalar, por exemplo, que o falante elevou Análise do Discurso e a Psicanálise não
o tom e a intensidade de sua voz, está pretende gerar a impressão de que o
levando a cabo uma interpretação do sinal investigador social faz interpretação
acústico, uma interpretação que, em sua psicanalítica em seus estudos. Recio (1994,
opinião, tem um efeito equivalente ao p. 487-8) recorda que existe uma diferença
sublinhado que emprega um escritor para entre teoria e interpretação psicanalítica.
indicar ênfase. Em certo sentido, o analista Portanto, não se trata de realizar
cria o texto que os outros lerão. Na criação interpretação psicanalítica na investigação
da versão escrita do texto falado recorre a social; não há transposições teóricas ou
modos convencionais de interpretação que, instrumentais de um campo ao outro do
em sua opinião, compartem outros falantes saber. Demarcados os campos de
da língua (1993, p. 30-31). intersecção, mantidas semelhanças e
A produção da versão escrita de um diferenças entre estatutos identitários, e
texto falado já é, portanto, uma respeitados os limites epistemológicos, o que
interpretação. A Análise do Discurso – se pretende é oportunizar a convivência entre
através de suas pressuposições de que os Teoria Psicanalítica e investigação nas
significados compartilhados são necessários à organizações.
validação da interpretação e de que os fatos Ao propor que a relação entre a
discursivos são construídos no espaço da Psicanálise e a investigação social situe-se
intersubjetividade –, representa um exemplo exclusivamente na reflexividade e não na
concreto da visão construtivista em pesquisa instrumentalidade, Recio (1994, p. 448)
qualitativa e da realidade da construção do acaba incorrendo, em virtude da preocupação
objeto nos Estudos Organizacionais. com a vulgarização psicanalítica – que, por
O caráter construtivo das elaborações certo, não se revela à toa –, na mentalidade
textuais amplia a responsabilidade do regional, como se fosse possível a anexação
analista, que precisa já ter construído um entre um saber geral e um saber específico.
modelo interpretativo que lhe sirva de guia Não se corre o risco de uma psicanálise
na montagem do texto escrito. Essa aplicada à pesquisa organizacional, por uma
diagramação do mapa conceitual, como diz impossibilidade fundamentalmente
Sierra (1998, p. 332-3), conduzirá o analista determinada pela diferenciação entre objetos
desde as primeiras leituras da transcrição, de estudo. No entanto, podem-se avançar os
nas quais se procede a identificação dos limites da reflexividade, uma vez que a
elementos nucleares do discurso, à captação prática instrumental não é desconectada dos
do significado manifesto, através da valores, pressupostos e categorias definidas
demarcação dos conceitos fundamentais, pelo investigador. Ainda mais, quando a
aqueles que têm valor substantivo associado instrumentalidade reside no ato da
ao tema da investigação. Estes conceitos interpretação completamente contaminada
constituem o campo das categorias pelo mapa conceitual. Reflexão, interpretação
construídas pelo investigador. O modelo e compreensão encontram-se intimamente
interpretativo acompanha todo o processo vinculadas e, ao delimitarem o terreno da
analítico-interpretativo até o resultado final investigação, arrastam consigo o substrato
da investigação, que não será mais do que das influências conceituais (mais ou menos
uma “narração sobre a narração do explícitas) do investigador. Como propõe
entrevistado, uma interpretação da Ricoeur (1988, p. 133 e ss.), o modelo
interpretação do entrevistado” (SIERRA, fenomenológico hermenêutico que estamos
1998, p. 333). O relato final é uma desenhando não está preocupado com a
reinterpretação do discurso do sujeito constituição dos enunciados, mas se coloca
transpassada pelas categorias da
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