Você está na página 1de 1

Toda interação humana é uma tragédia não anunciada. Uma “valsa” em três atos. 1º.

Sobem as
cortinas. Há o encontro. Beleza seduz, atrai. Pequenos gestos e maneirismos, encantam. Um olhar
e então, corações aceleram, mãos suam, gargantas secam. 2º. A seguinte fase é a aproximação.
As primeiras trocas de palavras. O medo da rejeição. (O primeiro tropeço, talvez?). Há um
“crescendo” na “orquestra” que é a vida. Um momento de hesitação. O universo inteiro parece
“segurar o fôlego”. A dama severa, que é a sorte, pode sorrir e - se esse for o caso - a “dança”
encontra seus parceiros. Por fim, chegamos ao 3º. ato. Quando os heróis de nossa própria história
encontram seus pés e as vezes, por um instante que pode durar uma vida inteira, ambos descobrem
que podem voar. Um momento mágico assim, não pode passar impune pela criação. “- Gosta de
azul? Eu de vermelho.” “- Prefiro tâmaras, você pêssegos.”. O quanto somos capazes de superar
as idiossincrasias de nossos vícios por outrem? O quanto somos capazes de abdicar? Somos
capazes? O quanto outrem pode nos dedicar? A outa parte, na “sinfonia” que é sua vida, possui
espaço para nosso “concerto”? E nesse momento há o “diminuendo”. Nossos pés voltam a tocar
o chão. E a vida? Esta apenas perde mais uma cor.

Você também pode gostar