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MONITORIA OOP1

HEITOR LIMA

ÉPOCA IDEAL PARA TRATAMENTO ORTODÔNTICO


A época ideal, tanto para o paciente quanto para o profissional é aquela em que associa o pico
máximo de crescimento da maxila e mandíbula. Entendendo qual o melhor período para se
intervir no paciente, resultados futuros de um tratamento de sucesso podem ser esperados.

Em relação ao paciente, a melhor época é aquela em que há cooperação por parte deste.
Atenção para aqueles casos de tratamentos precoces, estressarem o paciente com planos de
tratamento antes do esperado pode dificultar o tratamento. A boa colaboração torna o
tratamento rápido e efetivo. Para crianças colaboradoras lançamos mãos de aparelhos
removíveis e para crianças não colaboradoras aparelhos fixos (perder/quebrar). Vale ressaltar
que não devemos colocar aparelhos em crianças abaladas inicialmente (história de
insucesso/trauma com aparelho regresso). A época ideal ocorre quando detectada a má
oclusão.

Há características sexuais SECUNDÁRIAS que nos permite estudar melhor esse pico máximo de
crescimento, porém NÃO são indícios precisos (telarca, mernarca, pubarca, voz). Há ainda
métodos, como radiografia de mão e punho que nos permite estudar melhor esse pico de
crescimento.

No caso da mandíbula, o pico máximo de crescimento estará relacionado quando houver o


capeamento da epífise pela diáfise (E≥D) da falange média do dedo médio.

Na maxila, o pico máximo de crescimento estará relacionado quando houver o capeamento da


diáfise pela epífise (E≤D) e quando ainda NÃO HÁ o aparecimento do osso sesamóide.

Tratamento CLASSE I

-Início da dentadura mista/final da dentadura mista  melhor época é na dentição mista.

Tratamento CLASSE II

-monofásico (mandíbula): final da dentadura mista.

-bifásico (maxila): início da dentadura mista/final da dentadura mista (início da dentição


permanente).

Obs: Naqueles tratamento bifásicos, no primeiro momento, devemos tomar conhecimento e


tratar problemas ESQUELÉTICOS (protrusão ou retrusão maxilar/ mandibular). No segundo
momento iremos tratar problemas DENTÁRIOS (vestibularização ou lingualização de incisivos,
por exemplo). Logo:

1ª FASE: FASE ORTOPÉDICA

2ª FASE: FASE ORTODÔNTICA


Tratamento CLASSE III

-Início da dentadura mista após a rizogênese completa dos molares permanentes

Lembrando: No final da dentadura mista espera-se mais por mudanças dentárias (dento -
alveolares) do que por mudanças esqueléticas.

Pico máximo de crescimento: Homens (12-16 anos) e mulheres (10-12 anos).

Obs: Idade dentária é DIFERENTE de idade esquelética. Logo, não devemos seguir como uma
referencia obrigatória.

Obs: Nos casos de atresias maxilares, respeitando o pico máximo de crescimento, devemos
usar aparelhos de expansão ortopédica rápida, em que esses vão fazer o descruzamento de
mordida posterior e abrir a sutura do complexo nasomaxilar, favorecendo a protração maxilar.

Quais os casos que devemos usar aparelhos da dentição decídua?

-sucção digital não nutritiva

-má oclusão de classe II + problemas esqueléticos

-má oclusão de classe III + retração maxilar

FATORES QUE PROLONGAM O TEMPO DE TRATAMENTO:

RELACIONADOS AO PACIENTE

 faltas as consultas de rotina


 quebra/mau uso do aparelho
 má higiene

RELACIONADOS A MODALIDADE DE TRATAMENTO

 bifásico (maior tempo de tratamento)


 monofásico

RELACIONADOS AO PROFISSIONAL

 profissionais que apresentam mais conhecimentos que outros demandam tempo de


tratamento mais rápidos em detrimento daqueles que não apresentam.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O melhor período para o tratamento ortodôntico-ortopédico é aquele em que existe


crescimento facial.
 Os problemas esqueléticos são prioritários em relação aos funcionais, e estes são
prioritários me relação aos dentários.
 As más oclusões de Classe III são prioritárias às de Classe II, e estas à má oclusão de
Classe I.
 Os problemas transversais e os sagitais antero-posteriores (mordida cruzada anterior)
são prioritários aos verticais (sobremordida Profunda e Mordida Aberta) e estes, são
prioritários aos sagitais antero-posteriores de Classe II.

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