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小堀
14:00-15:30——técnica :
. Kobori Sensei enfatiza, em geral (não só nesta aula), a atitude de nage para com
uke (e vice versa, em menor medida) como a de um cumprimento, um aperto de mão ;
enfatiza a diferença entre cumprimentar só com a mão, só com a cabeça e com a mente
e o corpo unificados.
. a atitude “viva” de uke, conectado com seu itten, igualmente, impede nage não só
de movê-lo enquanto uke o segura, mas, também, que nage o agrida com socos, tapas e
chutes ; a cada tentativa de agressão por nage, basta que uke mova o ponto um
(itten), para manter a distância (maai).
. ao iniciar o kokyunage, nage move o corpo em direção a uke, para assumir o mesmo
sentido deste ; o objetivo é conduzi-lo para frente.
. quando nage pensa na técnica (waza) apenas, acaba girando para trás no kokyunage,
em torno de uke ; como não há conexão entre uke e nage, nage permanece na
periferia, enquanto uke fica no centro ; quando nage pensa em uke, é uke quem move
em torno de nage, enquanto este gira para frente.
. assim como o corpo de nage move-se primeiro do que o braço, evitando o conflito
com o kakatekōsadori de uke, nage move-se primeiro a si mesmo, depois a uke.
19:30-21:00——técnica :
. os três waza (técnicas) acima foram trabalhados no fim da aula apenas ; a ênfase,
como nas outras aulas de Kobori Sensei, até agora, foi na empatia entre uke e nage
para a boa execução da técnica ; nage pensa primeiro por si só, antes sequer de
oferecer seu corpo a uke para o waza ; depois pensa em uke ; daí move seu corpo,
conduzindo-o.
. uma imagem possível para a aplicação do princípio de conexão entre uke e nage às
técnicas é a de uma pedra que, ao invés de sofrer a colisão do vetor linear de
outra pedra, é movida pela força circular de uma onda, que a faz rolar, sem
destruí-la ; Kobori Sensei disse que essa é uma imagem válida, mas que não passa de
uma imagem ; que, mais importante, é sentir o princípio em ação no waza.
14:00-15:30——técnica :
. nage, por outro lado, evita o confronto com uke ; se concentrar-se muito em si,
criará separação para com este : se concentrar muito neste, perderá a atenção no
todo ; é preciso superar tanto o individualismo quanto a dualidade entre o outro e
si mesmo, em direção a um terceiro sentido, em comum.
. ao colocar-se ao lado de uke, po exemplo, nage não confronta uke, que pode
intimidar-se com sua proximidade ; mas, ao invés, aponta para aquela terceira
direção.
. essa direção não precisa ser explícita, sobretudo quando o waza não é feito em
kaisho (lembrar das três formas, inspiradas no shōdo, a caligrafia japonesa,
conforme explicou Kashiwaya Sensei no último seminário em Curitiba—explicação
repetida várias vezes por Kobori Sensei, no Enshinkan Dojo) :
. nage conduz tanto a mão de uke que o segura, em katatekōsadori, quanto a seu
pescoço ; do contrário, uke sentirá que o braço de nage o puxa pela mão.
. nage acompanha a queda de uke até que este complete o ukemi, levantando-se e
girando para ficar face a face com nage de novo, de pé ; este é o movimento mais
importante de uke, sob seu próprio ponto de vista (pelo menos, foi assim que o
senti).