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Graso: A capital

O mundo é Othrya

O reino é Graso
A cidade é Phanthorys
Este mundo está cheio de heróis
E você é um deles ...

Graso:
A capital

Por Valanice

1
Aventura Solo

Prefácio
Vejamos como você se sairia se fosse um aventureiro. Apenas use a imaginação e realize esta cena:

Depois de vários dias de viagem, seu grupo chega até o castelo das três torres negras. Eles pedem
para que você se aproxime dos portões, em primeiro lugar, para que depois eles o acompanhem. Você faz
isso, com a espada desembainhada e pronto para tudo!
No caminho, você percebe que os portões não estavam vazios como aparentava, há três guardas
escondidos nas sombras; felizmente você os percebe antes que eles ataquem. O quê vai fazer?

Vai voltar ao grupo e avisa-los dos inimigos? Vá para 401


Irá saudar os guardas? Vá para 318
Atacará com sua espada? Vá para 211

Imagine-se diante desta situação. O que VOCÊ faria?


Voltar e avisar os amigos? Bem, nesse meio tempo os guardas atacariam e você não teria condições de lutar.
Saudar os guardas? Diplomacia não vai funcionar com eles, eles são selvagens e informados à matar qual-
quer um que se aproxime do castelo.
Atacar? Sim, é o melhor jeito. Como você já os percebeu, será mais fácil de combate-los.

Isto que você acaba de ler é um trecho de uma AVENTURA-SOLO.

Uma aventura-solo nada mais é do que uma história onde você decide o rumo que ela vai tomar. É
separada em capítulos, que podem variar de algumas dezenas até centenas. Mas se você ler tudo de forma
linear, a história não terá sentido.
Há um personagem principal nesta história e você o comanda. Como foi visto no trecho acima, sua
escolha pode leva-lo até acontecimentos bons ou ruins... E assim, a história pode ter vários finais diferentes.
Uma aventura-solo se assemelha muito a um jogo de RPG, mas ao invés de jogar com várias pessoas você
joga sozinho ... uma Aventura – SOLO! Para quem não consegue arrumar grupo de jogo, ou está começan-
do, pode optar por ler estes livros, como os da série Aventuras Fantásticas - embora sejam meio difíceis de
se encontrar. Para entender melhor, é só começar a ler.
Os personagens apresentados poderão aparecer mais vezes em outras aventuras. Tudo depende de
como se sairá esta daqui; na próxima, os personagens agirão em grupo ao invés de separadamente.

Espero que vocês gostem desta aventura! Tudo o que eu queria era proporcionar uma leitura agradável,
espero que eu tenha conseguido! JJJJ

A história “Graso: A capital” é a primeira de uma série que eu pretendo fazer. Se passa no mundo fictício
de Othrya, na capital do reino de Graso. Certas coisas não andam bem no reino e cabe aos heróis desmascarar a pes-
soa que está por trás disso.
Escolha um deles: o Guerreiro, o Ladrão ou o Mago e enfrente os perigos de uma cidade retraída por
ataques de monstros e rodeada de intrigas... e ainda invada um castelo e uma das dungeons mais nefastas de todo o
reino!
Agora, lei o trecho inicial e vá em frente! ... se você tiver coragem ...

Obs: A grande graça de uma Aventura-Solo é você conseguir chegar até o final sem ter que voltar atrás nas
suas decisões, mas como muitas delas são escolhidas na sorte pode não ocorrer um final desejado. Se você
“morrer” durante a aventura não há motivo para não tentar de novo, retomando o capítulo anterior e esco-
lhendo outro caminho.

2
Graso: A capital

Graso: A capital

Trecho inicial
Graso é um reino famoso.
Formado por dezenas de ilhas, tem como principais as ilhas Andalusi, Ameth e Beril.
Destas três, a mais importante é Beril. É a maior de todas e possui um dos portos mais movimenta-
dos de Othrya. Sua capital é Phanthorys, conhecida como uma terra de heróis.
Por muitas vezes, bravos aventureiros de Phanthorys têm resolvido problemas que nem um exército
inteiro conseguiria. Não faz nem 100 anos que as três ilhas foram atacadas por monstros marinhos que
foram combatidos por estes heróis, assassinatos de Membros do Conselho foram desmascarados, invasores
combatidos. Campanhas para locais perigosos como a Cordilheira de Tamasgal, a Floresta Vermelha e
outros foram todas concluídas por estes bravos heróis.
E mais um deles acaba de chegar à cidade.
Ulfgar Rumnaheim é um guerreiro anão. Sua habilidade com o Machado de Guerra é bem caracte-
rístico de sua raça; acabara de chegar de Ludwy – capital da ilha Andalusi. Sempre ouvia as histórias de seu
pai e seu avô, que também foram aventureiros, e sempre sonhou em viajar para outras ilhas, conhecer novos
lugares... ser um herói, também. O machado que Ulfgar trazia era um presente de seu pai, que o próprio
chegou a usar em seus tempos áureos. Ulfgar tem barbas vermelhas, curtas para um anão; grande força e
vigor físico. Tem 55 anos, início da idade adulta para a raça anã.
Joshua Slavicsek é um mago humano. Não tem muita habilidade para o combate e mal sabe dar um
soco reto, se por acaso ficar sem magias, sua única salvação será seu bastão (que ele usa como um pseudo-
cajado mágico). Veio de Eucla, a capital da ilha Ameth. Quando sua família de linhagem nobre faliu devido
à incompetência para os negócios de seu pai, os Slavicsek tiveram que vender suas propriedades e morar na
casa de parentes distantes. O jovem Joshua se iniciou na carreira de mago há poucos anos, e decidiu quebrar
a monotonia de uma vida no campo para a vida de aventuras. Tem olhos verdes, cabelos curtos negros e um
rosto jovial (alguns dizem: “Jovial demais para um mago!”). Tem 22 anos.
Aramil Liadon veio para Graso ainda criança. Sua família foi deportada do Reino dos Elfos pela
fama de ladrões. Mas não havia outro meio de sobrevivência... A família de Aramil conseguiu oportunida-
des de trabalho em Arbor, uma cidade de porte médio da ilha de Andalusi; mas o jovem elfo decidiu conti-
nuar com a carreira de ladrão; mas não apenas para roubar, mas para ser um ladrão aventureiro e heróico!
Aramil tem corpo bastante ágil e mãos que sabem destrancar cofres, desarmar armadilhas e furtas bolsos
como ninguém, além de ter prática com o manejo de Punhais e arcos; seus cabelos são azuis e, como todos
os elfos, tem orelhas pontudas e um rosto belo. Tem 120 anos, ainda é um adolescente.
Com qual deles quer “jogar”?

Ulfgar? Siga para o capítulo 6

Joshua? Siga para 1

Aramil? Siga para 11

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Aventura Solo

1 Joshua se espreguiçou demoradamente quando o navio finalmente chegou ao porto. Foram dias
de viagem desconfortável, mas agora se sentia bem melhor. Por um momento, ficou se perguntando se
realmente tinha chegado à Phanthorys.
A cidade propriamente dita ficava um pouco afastada do porto, dava para ir à pé e o mago havia
trazido pouca bagagem.
Finalmente, as primeiras casas começaram a aparecer. Propriedades, alguns estabelecimentos de
comércio, pessoas na rua com mais freqüência, até alguns mineiros sujos carregando suas picaretas podiam
ser vistos andando e conversando pelas ruas depois de outro dia longo de trabalho.
Estava escurecendo.
Um majestoso castelo podia ser visto de longe, num monte verdejante. Provavelmente, onde vive o
monarca da ilha de Beril.
Seguindo um pouco mais à frente, há uma bifurcação. O lado leste leva para um espaço amplo e com
uma singular e única construção, o lado oeste leva – ao que parece – para a parte comercial da cidade.
“Onde eu poderia ir primeiro?” pensou Joshua.
Para o Leste? Vá para 5
Para o Oeste? Vá para 16

2 Estava mesmo ficando escuro! Algumas tendas já estavam sendo recolhidas e as duas luas de
Othrya já apareciam no alto-céu. Joshua decidiu ir para a Loja dar mais uma olhada nas coisas e depois ir
procurar uma estalagem.
Assim que entrou novamente na loja, pôde ver que esta não estava mais tão vazia... Um homem de
cabelos castanhos, estatura mediana e usando um enorme anel com uma pedra vermelha brilhante estava
exatamente de costas para ele, lendo alguns tomos da estante. Se aproximando um pouco mais, Joshua pôde
notar que o homem não estava tão compenetrado na leitura quanto parecia. Havia a desagradável sensação
de que os olhos deles estavam o seguindo pelo lugar...
– Estou vendo que voltou! Já se tornou um membro?
Joshua mostra o objeto metálico.
– Muito bom! Pode ver e comprar qualquer coisa, contanto que tenha o dinheiro para isso!
Joshua tentou desviar a atenção para os objetos mágicos que estavam no balcão, mas não conseguia
... a presença daquela outra pessoa no loja o incomodava de uma maneira estranha...
– Hã ... perdoe-me, Shamyr – disse o mago, em voz baixa – Quem é aquele?
– Hein? Para falar a verdade, não sei! Ouvi dizer que ele tem algum cargo na corte, mas apenas isso.
Não vem muito na minha loja e nunca compra nada; e nem fala comigo, por mais amigável que eu tente
parecer! – Shamyr, ao que parece, também se sentia um pouco incomodado com o estranho.
Mas quem seria esta pessoa?
Tentar falar com ele? Vá para 8
Deixar para lá e perguntar sobre uma estalagem próxima. Vá para 18

3 Na opinião de Joshua, o colchão daquela estalagem valeria cada moeda se a diária fosse de graça!
Não apreciava camas muito duras e detestava o ruído da madeira rangendo a cada movimento que fazia.
Tentou dormir na melhor posição possível para não ter que se mexer depois. Tudo bem, amanhã procuraria
outra estalagem ...
Vá para 32

4 Com tantas pessoas correndo para lá e para cá, se batendo, se acotovelando ficava difícil para
Ulfgar falar com alguém. Até que conseguiu falar com um guarda que estava sentado descansando ao lado
de uma janela. Estava ferido e com o braço numa tipóia, olhava para o vazio.
– Com licença...
O homem levou um susto e quase caiu da cadeira onde estava. Mas logo se acalmou.

4
Graso: A capital

– Por favor, não faça mais isso, caro anão! Não depois do susto que eu tomei ontem de noite...
– Eu compreendo! Deve ter sido horrível...
– Ah! Por favor! Não quero mais falar naquilo! Se não fosse ... não fosse o senhor Ênyor para nos
salvar... Se não fosse por ele...
– Como assim? Perdoe minha desinformação mas... que é este bem feitor?
– O senhor Ênyor é um dos Membros do Conselho da cidade. Ouviu toda a confusão e usou seu
poder para expulsar os mortos-vivos. Está na cidade faz poucos meses, mas já fez coisas maravilhosas!
– Bem, não é sobre política que eu queria falar... era sobre o Lagarto-Empalador.
O homem lançou um olhar meio torto para Ulfgar:
– Um Garytte? O quê você pretende?
– Bem eu... ouvi falar que o ferreiro está...
– O ferreiro! Com certeza ele deve estar precisando do chifre do bicho para fazer novas armas! E
você vai caça-lo?
– Sim! Eu farei isso assim que descobrir onde posso encontrar um deles!
– Bem... em outros tempos, eles costumavam a atacar a cidade, quando Phanthorys era sempre cheia
de aventureiros. Mas estes mesmos aventureiros os expulsaram, não sei... se você dar uma volta pelas
redondezas...
– Obrigado – disse Ulfgar, meio fingido e ergueu seu machado – Vou pegar o espigão dele!
– Ah! – disse o homem, antes que Ulfgar fosse embora – Estas criaturas só saem de suas tocas de
noite! Não vai encontrar nenhuma se sair agora!
Só de noite? Mas... e agora? E os mortos-vivos que andam por aí?!? Bem, Ulfgar não veio até
Phanthorys para ficar ocioso... ele tinha que, pelo menos, trazer este tal espigão!
Melhor procurar pelo bicho de dia? Vá para 36
Melhor esperar anoitecer? Vá para 33

5 Indo para o Leste, não levou muito tempo até Joshua chegar num espaço amplo, com chão recoberto
por pedra branca, polida. O lugar é rodeado de vegetação.
Não havia nada ali, exceto aquela construção. Uma casa com térreo e um primeiro andar, com uma
porta de madeira vermelha ornamentada. Havia uma placa pendurada: “Confraria dos Aventureiros. Seja
Bem-Vindo”.
Por mais que Joshua tentasse abrir a porta, ela não cedia. Parece que tinha sido feita propositalmen-
te pesada para que apenas os mais fortes guerreiros pudessem entrar; e a força de um mago é bastante
limitada. O jeito é tentar de outra forma ...
Havia uma outra porta do outro lado da casa. Uma porta negra, sem qualquer trinco visível.
– Mas que porta mais estranha ... – murmurou Joshua, se perguntando por que ela tinha sido feita
assim.
No entanto assim que tocou nela podia sentir que a porta irradiava energia mágica. Uma placa, que
não existia até então, surgiu na parede da construção: “Confraria dos Magos”
– Ah! Agora eu entendi! – Joshua conjurou uma simples magia de Abertura para que a porta se abrisse
sozinha. É, ainda era um novato para estas coisas ...
Lá dentro, havia uma sala com muitas estantes empoeiradas e lotadas de livros e pergaminhos, algu-
mas placas douradas estavam penduradas nas paredes homenageando grandes magos que passaram por ali:
“Homenagem ao grande Pallanto, que livrou a cidade da Bruma Negra” Hmmm ...
– Bem vindo, rapaz! É bom ver uma cara nova por aqui!
Joshua olhou para um canto e notou que havia uma pessoa que, estranhamente, ele não tinha visto até
então. Um humano de cabelos totalmente brancos, vestindo uma roupa azul e segurando um pedaço de papel
nas mãos. Estava sentado numa poltrona que não existia (ou estava invisível). Devia ser um mago poderoso,
pois seu espírito irradiava certa plenitude.
O pedaço de papel desapareceu das mãos dele e reapareceu bem diante de Joshua.
– Se quiser usar magias na cidade, antes, terá que se tornar um Membro da Confraria. É só assinar este
papel.

5
Aventura Solo

Joshua assinou o papel e este voou até a estante empoeirada. Ele também recebeu um pequeno objeto
metálico, talvez o “comprovante” de que era Membro da Confraria.
– Bem, agora posso ser mais aprazível. Meu nome é Laucian e sou o chefe da Confraria dos Magos.
O que posso fazer por você, meu jovem?
Perguntar sobre a cidade. Vá para 17
Perguntar sobre Laucian. Vá para 20

6 Haviam se acabado! Os dias de viagem haviam se acabado, finalmente!


Quando um anão está viajando de barco o tempo se arrasta como uma lesma. Ulfgar detestava o mar,
mas não podia se negar a vir até Phanthorys... a cidade de tantas lendas!
A cidade propriamente dita ficava um pouco afastada do porto, dava para ir à pé e o anão quase não
tinha bagagem para carregar. A coisa que mais lhe pesava era seu machado.
Finalmente, as primeiras casas começaram a aparecer. Propriedades, alguns estabelecimentos de
comércio, pessoas na rua com mais freqüência, até alguns mineiros sujos carregando suas picaretas podiam
ser vistos andando e conversando pelas ruas depois de outro dia longo de trabalho.
Estava escurecendo.
Um majestoso castelo podia ser visto de longe, num monte verdejante. Provavelmente, onde vive o
monarca da ilha de Beril.
Seguindo um pouco mais à frente, há uma bifurcação. O lado leste leva para um espaço amplo e com
uma singular e única construção, o lado oeste leva – ao que parece – para a parte comercial da cidade.
– Onde devo ir, em primeiro lugar? – murmurou Ulfgar.
Para o Leste? Vá para 9
Para o Oeste? Vá para 12

7 – Me diga uma coisa, Fabos... Por que a parte de fora da Confraria é daquele jeito?
– Ah! Ali era onde aconteciam combates entre os Membros da Confraria. Toda noite haviam dispu-
tas! Desde simples quedas de braço até lutas ferozes, usando armas e tudo o mais! Eram bons tempos! Mas
tudo terminou com a partida dos aventureiros para outras terras... Muitos saíram de Graso, alguns se encon-
tram por aí. Enfim, não há mais NADA na cidade! Eu penso que, em breve, vou deixar a Confraria e ir
embora...
– Mas assim ela ficará sem um chefe! E se algum outro aventureiro...
– Hah! Não se preocupe! Você, deve ter sido o último...
– Então... a cidade está em paz. Como ela vai?
– Bom... pelo que eu sei, tem ocorrido uma briga política muito séria nos corredores do palácio...
mas não entendo nada de política! Só sei que os Membros do Conselho estão discutindo se o monarca deve
continuar reinando ou se eles devem pegar o poder para si... Nem é preciso ser entendido nestas coisas para
saber que a maioria vai ganhar!
Fabos se sentou na cadeira.
– Bem... – continuou Fabos – Não há muito que um anão com um machado possa fazer aqui! Não
vai se divertir tanto quanto achava, Ulfgar.
Vá para 13.

8 Joshua se aproximou com toda a cautela do estranho.


– Hmm ... Boa noite, senhor.
O estranho não respondeu.
Movido por uma vontade maior, Joshua tentou falar de novo.
– Eu ...meu nome é Joshua e sou novo por aqui. O senhor não est...
O anel com a pedra vermelha brilhou de repente.
– DEIXE-ME EM PAZ, GAROTO!
O jeito é se distanciar, antes que as coisas fiquem piores!

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Graso: A capital

– “Mas que encantador! Se fosse mulher eu ia jurar...!” – pensou Joshua, enquanto se afastava.
Vá para 18.

9 Indo para o Leste, não levou muito tempo até Ulfgar chegar num espaço amplo, com chão
recoberto por pedra branca, polida. O lugar é rodeado de vegetação.
Não havia nada ali, exceto aquela construção. Uma casa com térreo e um primeiro andar, com uma
porta de madeira vermelha ornamentada. Havia uma placa pendurada: “Confraria dos Aventureiros. Seja
Bem-Vindo”.
Ulfgar tentou abrir a porta, mas ela não cedia. Era bem mais pesada que as portas normais.
Ele livrou suas mãos das coisas que estava carregando e tentou abrir a porta mais uma vez. Desta
vez, ela se moveu, mas ainda não estava aberta.
– Ah! Eu compreendo! – disse ele – Um desafio! Pois muito bem, eu o aceito!
Ulfgar deu cinco passos para trás e se jogou contra a porta. Desta vez, quase a arrancou da parede.
Havia entrado na Confraria.
O lugar estava bem iluminado por lâmpadas à óleo. Havia cabeças empalhadas de vários tipos de
animais e estavam expostas algumas armas – umas novas, outras quebradas e enferrujadas – que haviam
pertencido aos grandes guerreiros que passaram por Phanthorys.
Sentado em um canto, estava um homem humano robusto, usando roupas rústicas. Tinha os cabelos
compridos negros e os olhos também negros, era bem moreno de pele. Olhou para o anão sem se intimidar:
– Pensei que não ia conseguir, pequenino! Hee, hee! – ele se levantou da cadeira – Mas você está
aqui dentro! Pode tentar se tornar um Membro da Confraria, agora!
O homem se levantou da cadeira onde estava sentado, e Ulfgar calculou que ele tivesse quase dois
metros! Ele pegou uma placa de metal e deu um objeto – que se parecia com um carimbo – para Ulfgar.
– Para entrar na Confraria, você não pode ser um fracote! Deve usar este objeto para “cortar” um
pedaço desta barra metálica, será o seu “comprovante”.
O homem não botava fé que um anãozinho tão pequeno ia conseguir aquilo. Na verdade, o único
desafio real para se entrar na Confraria era abrir a pesada porta. O comprovante era feito pelo próprio
homem e dado como um medalhão para o que conseguisse entrar... mas ele resolveu fazer uma troça com
Ulfgar! Depois de várias tentativas, ele riria muito e faria ele mesmo o comprovante do anão.
Não foi preciso.
Ulfgar cortou a barra metálica logo no primeiro golpe! A moldura de um círculo, com um ornamen-
to na forma de espada no centro, caiu do “carimbo”. O homem não conseguiu disfarçar sua surpresa.
– Hi-dily-ho! – exclamou ele – Não pensei que conseguiria... quero dizer...
– Bem, passei em todos os testes? Agora, me diga, quem é você? O “testador” dos membros?
– Muito mais que isso! Sou chefe da Confraria. Meu nome é Fabos e vim do reino de Silxy para
Graso há alguns anos.
– E eu sou Ulfgar, vim de Ludwy. Você sempre foi o Chefe da Confraria?
– Faz apenas um ano que me tornei o chefe daqui, mas, acredite! Não há vantagem nenhuma nisso,
principalmente neste tempos...
– Nestes tempos?
– ... nestes tempos de paz! Não que isso seja ruim, mas... não há nada que um guerreiro possa fazer
por aqui! O último que conseguiu entrar na Confraria foi há mais de um mês!
– Hmmm...
Vai continuar conversando com Fabos? Vá para 7
Prefere ir logo para uma estalagem. Vá para 13

10 Ulfgar chegou no local onde o ferreiro disse que estava a Confraria. Um espaço amplo, com
chão recoberto por pedra branca, polida. O lugar é rodeado de vegetação.
Não havia nada ali, exceto aquela construção. Uma casa com térreo e um primeiro andar, com uma
porta de madeira vermelha ornamentada. Havia uma placa pendurada: “Confraria dos Aventureiros. Seja

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Aventura Solo

Bem-Vindo”.
Ulfgar tentou abrir a porta, mas ela não cedia. Era bem mais pesada que as portas normais.
Ele livrou suas mãos das coisas que estava carregando e tentou abrir a porta mais uma vez. Desta
vez, ela se moveu, mas ainda não estava aberta.
– Ah! Eu compreendo! – disse ele – Um desafio! Pois muito bem, eu o aceito!
Ulfgar deu cinco passos para trás e se jogou contra a porta. Desta vez, quase a arrancou da parede.
Havia entrado na Confraria.
O lugar estava bem iluminado por lâmpadas à óleo. Havia cabeças empalhadas de vários tipos de
animais e estavam expostas algumas armas – umas novas, outras quebradas e enferrujadas – que haviam
pertencido aos grande guerreiros que passaram por Phanthorys.
Sentado em um canto, estava um homem humano robusto, usando roupas rústicas. Tinha os cabelos
compridos negros e os olhos também negros, era bem moreno de pele. Olhou para o anão sem se intimidar:
– Pensei que não ia conseguir, pequenino! Hee, hee! – ele se levantou da cadeira – Mas você está
aqui dentro! Pode tentar se tornar um Membro da Confraria, agora!
O homem se levantou da cadeira onde estava sentado, e Ulfgar calculou que ele tivesse quase dois
metros! Ele pegou uma placa de metal e deu um objeto – que se parecia com um carimbo – para Ulfgar.
– Para entrar na Confraria, você não pode ser um fracote! Deve usar este objeto para “cortar” um
pedaço desta barra metálica, será o seu “comprovante”.
O homem não botava fé que um anãozinho tão pequeno ia conseguir aquilo. Na verdade, o único
desafio real para se entrar na Confraria era abrir a pesada porta. O comprovante era feito pelo próprio
homem e dado como um medalhão para o que conseguisse entrar... mas ele resolveu fazer uma troça com
Ulfgar! Depois de várias tentativas, ele riria muito e faria ele mesmo o comprovante.
Não foi preciso.
Ulfgar cortou a barra metálica logo no primeiro golpe! A moldura de um círculo, com um ornamen-
to na forma de espada no centro, caiu do “carimbo”. O homem não conseguiu disfarçar sua surpresa.
– Hi-dily-ho! – exclamou ele – Não pensei que conseguiria... quero dizer...
– Bem, passei em todos os testes? Espero que sim! Pois parece que é “obrigatório” ser membro de
alguma coisa para poder salvar pessoas!
– Então é para isso que está aqui? Bem, vou me apresentar... Fabos! Chefe da Confraria! E como
chefe devo dizer que não será preciso salvar a cidade por um bom tempo!
– O Quê?
– Sim! Durante muito tempo, esta cidade esteve em paz! Não que isso seja ruim, quero dizer... é
ruim para NÓS, aventureiros!
– Entendo...
Deseja continuar falando com Fabos, vá para 7
Se prefere ir de uma vez numa estalagem, descansar, vá para 13

11 Aramil deu um salto para o porto antes mesmo da âncora ser içada. Seus pés se apoiaram
graciosamente no chão de madeira. Sorriu para um homem que estava o observando... o observando com
muito espanto e curiosidade!
Aramil era um elfo. E elfos são raros em Graso.
Ainda mais um elfo ladrão!
Mas isso Aramil não parecia. De fato era um elfo, mas não se parecia com um ladrão. Era muito bem
vestido e não tinha cara de malandro. A única coisa que ele havia trazido era uma pequena mochila; conten-
do alguns punhais, uma troca de roupa e seu bem mais valioso: sua caixa de ferramentas! Nela continham
abridores, um pé de cabra, um canivete próprio para furto de bolsos, uns instrumentos esquisitos... Todo
ladrão tem uma destas e Aramil não era exceção.
O elfo caminhou alguns metros até chegar na cidade propriamente dita. Havia poucas casas e algu-
mas pessoas passando pelo lugar, mas o elfo constatou, desolado, que poucas delas carregavam algibeiras
que pudessem ser roubadas.
Já ia escurecer.

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Graso: A capital

Um majestoso castelo podia ser visto de longe, num monte verdejante. Provavelmente, onde vive o
monarca da ilha de Beril.
Seguindo um pouco mais à frente, há uma bifurcação. O lado leste leva para um espaço amplo e com
uma singular e única construção, o lado oeste leva – ao que parece – para a parte comercial da cidade.
Onde ir primeiro?
Para o Leste? Vá para 15
Para Oeste? Vá para 28

12 Ulfgar seguiu para o Oeste até um amplo espaço com uma fonte central e várias tendas em
volta. A área comercial da cidade.
Muitas pessoas estavam comprando, vendendo e trocando as mais diversas mercadorias, havia ten-
das vendendo uma grande variedade de utensílios para o lar e para trabalhos no campo, barracas de comida
e carroças trazendo animais de criação. Haviam tantas tendas... mas uma delas chamou a atenção de Ulfgar,
uma tenda onde havia um ferreiro.
– Que belas armas tem para vender para mim? – disse Ulfgar
O ferreiro levantou os olhos e disse:
– Não sei se alguma delas serve para o seu tamanho, Mestre anão! Mas fique à vontade para esco-
lher o que quiser!
Ulfgar passou os olhos pelas coisas que estavam à venda. Haviam armaduras reluzentes, mas todas
muito grandes para anões e as únicas que tinham seu tamanho estavam enferrujadas. Haviam muitas armas,
mas Ulfgar já tinha uma que era muito boa! Não havia elmos.
No entanto, no fundo da tenda, havia uma fileira de escudos. Alguns eram pequenos e tão vagabun-
dos que davam a impressão que se quebrariam logo ao primeiro golpe. Exceto um... Um escudo circular,
dourado. Com um símbolo de um leão esculpido em sua face... um lindo e majestoso escudo que dava a
impressão de resistir até à uma baforada de Dragão!
– Eu gostei muito deste escudo, senhor! Quanto ele custa?
– Infelizmente, não está à venda! Estou guardando-o para uma causa específica, desculpe...
Ulfgar assentiu.
– Hmm... – prosseguiu o ferreiro – Você já é Membro da Confraria dos Aventureiros? Vai arrumar
problemas por aqui se não se tornar um membro antes de baixar esse seu machado em alguém!
– Confraria? E onde fica isso?
– Fica no outro caminho da bifurcação. É uma grande casa.
Ulfgar seguiu para lá.
Vá para 10

13 – Talvez eu tenha mais sorte! Talvez eu encontre algum “serviço”!– disse Ulfgar – Sabe onde
posso encontrar uma estalagem? Amanhã vou procurar alguns monstros para retalhar.
– Bom... Tem uma... uma estalagem perto do porto. O nome é Estalagem do Elmo Dourado. Não é
difícil de chegar lá e acho que é boa.
– Então está certo! Até mais, Fabos!
– Ei, espere! – disse Fabos, pegando o objeto metálico que Ulfgar tinha cunhado – Ainda não fiz seu
medalhão de Membro da Confraria!
Não demorou tanto tempo. Fabos pegou uma pequena corrente e fez um furo na esfera metálica. Lá
estava o Medalhão. Pronto. Não era muito bonito, mas tinha um significado.
– Obrigado, Fabos. Voltarei amanhã, se puder.
Seguindo as indicações de Fabos, Ulfgar chegou até uma casa – com o segundo melhor telhado que
já tinha visto na vida!
Uma placa na frente dela dizia: “Estalagem do Elmo Dourado”. E uma placa menor recém pregada
embaixo dizia: “Se hospede na melhor estalagem de Phanthorys e ganhe um jantar grátis na Taverna do
Meteoro!”.

9
Aventura Solo

Ulfgar entrou no estabelecimento pouco iluminado e encontrou um homem gordo no balcão.


– Hmm? Hein? Oh! Novo freguês! Quarto com ... janela? Vista para o mar?
– Não quero luxo. Pode ser um quarto coletivo.
O homem indicou um corredor e uma porta onde ficava o quarto coletivo. No entanto, como a
cidade andava sozinha, não havia ninguém além de Ulfgar no quarto.
– Ah! – disse o homem – Pode ir jantar na Taverna do Meteoro. É nossa promoção!
Hmmm, já estava meio escuro e Ulfgar não estava com fome. Será que valeria a pena ir?
Ir na taverna. Vá para 21
Não ir. Vá para 24

14 As mãos de Aramil eram ágeis... mas não tão ágeis quanto os olhos daquela velhinha... pas-
mem!
– Ei! Você é um ladrão!!! E eu que pensei que fosse uma boa pessoa... guardas! Aqui! Socorro!!!!
Logo Aramil sentiu na pele, literalmente, a eficiência da milícia de Phanthorys... parece que sua
carreira terminou mais depressa do que imaginava! ...fim da aventura.

15 Indo para o Leste, não levou muito tempo até Aramil chegar num espaço amplo, com chão
recoberto por pedra branca, polida. O lugar é rodeado de vegetação.
Não havia nada ali, exceto aquela construção. Uma casa com térreo e um primeiro andar, com uma
porta de madeira vermelha ornamentada. Havia uma placa pendurada: “Confraria dos Aventureiros. Seja
Bem-Vindo”.
Aramil tentou abrir a porta, mas ela não cedia. Era bem mais pesada que as portas normais.
Tentou verificar se não poderia escalar a parede e abrir uma janela, afinal, portas pesadas assim só
são feitas para proteger coisas valiosas, certo? O elfo pegou uma corda com gancho e mirou numa saliência
da parede, mas quando estava prestes a invadir a confraria, uma voz disse:
– Um elfo ladrão! Ora, ora! Isso é BEM raro por aqui!
Aramil se virou num susto e deu de cara com um homem de cabelos castanhos e cavanhaque. Ele
sorria para o elfo sem parar.
– Não é nada disso! – tentou ludibriar – Acho que... bem, ouvi alguém pedindo ajuda lá dentro e...
não tenho força para abrir a porta!
– Agora me chame de idiota! – disse o homem, sem se alterar – Eu SEI que você é um ladrão! Acho
que um colega não reconhece outro?
– Hein? – Aramil ficou surpreso!
– Pode me chamar de Lou. Se você quiser um conselho, amigo, tome cuidado com seus movimen-
tos! Desta vez fui eu quem vi você tentar invadir a Confraria – que, alias, tem a porta pesada para testar a
força dos guerreiros – mas se fosse um guarda... aí você estaria perdido!
– Obrigado pelo conselho, Lou! Meu nome é Aramil e cheguei em Phantorys há poucos minutos.
Existem muitos guardas por...
– PSIU! Este não é o melhor lugar para ficarmos falando nisso! Me encontre na Taverna do Meteoro
hoje de noite, no palco, aí poderemos falar mais sobre nosso... “trabalho”!
Lou se despediu do elfo e saiu correndo em direção ao lado Oeste. Não havia mais nada para se fazer
ali, era melhor seguir para o Oeste também.
Vá para 25

16 Seguindo para o Oeste, logo Joshua chegou até uma ampla área com uma fonte central e várias
tendas em volta. A área comercial da cidade.
Muitas pessoas estavam comprando, vendendo e trocando as mais diversas mercadorias, havia ten-
das vendendo uma grande variedade de utensílios para o lar e para trabalhos no campo, barracas de comida
e carroças trazendo animais de criação. De todos estes estabelecimentos, o que mais chamava a atenção era

10
Graso: A capital

uma singular casa com uma placa na frente: “Loja de magias”.


Joshua bateu na porta trancada, esta se abriu magicamente.
O lugar estava clareado por esferas brilhantes penduradas no teto. Havia várias estantes contendo
tomos diversos. Um balcão estava repleto de objetos mágicos e do outro lado da loja, havia um cajado
mágico dentro de uma caixa de vidro.
O cajado tinha pouco mais de um metro de comprimento e era feito de um metal azulado. Havia
alguns ornamentos de prata em uma das extremidades e uma grande pérola incrustada na outra. Um cajado
mágico que REALMENTE parecia mágico! Abaixo, o preço do objeto ... muito caro!
– Estou vendo que apreciou este cajado, bom humano!
A voz vinha de um elfo que acabara de aparecer atrás do balcão.
Tinha os cabelos azuis e um rosto oval. Os olhos eram dourados com pupilas verticais como as de um
gato (?), ele sorria amavelmente e chamou Joshua com um gesto.
– Você já é membro da Confraria dos Magos? Somente membros podem comprar objetos aqui.
– Como? Por que é assim?
– É uma “medida de segurança”. Um mago que acabou de chegar na cidade não pode ir adquirindo
objetos mágicos e fazendo magias à torto e à direito na cidade. Deve, primeiro, ir até a Confraria e ser
registrado. Não demora muito, pode ir lá e voltar aqui.
– E onde fica a Confraria?
– Basta voltar para a bifurcação e tomar o outro caminho. O velho Laucian terá prazer em ver uma
cara nova pela cidade!
Joshua decidiu ir para a tal Confraria. Afinal, o único comercio que lhe agradou foi a Loja de Magia,
e não poderia comprar nada ali.
Não levou muito tempo até Joshua chegar num espaço amplo, com chão recoberto por pedra branca,
polida. O lugar é rodeado de vegetação.
Não havia nada ali, exceto aquela construção. Uma casa com térreo e um primeiro andar, com uma
porta de madeira vermelha ornamentada. Havia uma placa pendurada: “Confraria dos Aventureiros. Seja
Bem-Vindo”.
Por mais que Joshua tentasse abrir a porta, ela não cedia. Parece que tinha sido feita propositalmen-
te pesada para que apenas os mais fortes guerreiros pudessem entrar; e a força de um mago é bastante
limitada. O jeito é tentar de outra forma ...
Havia uma outra porta do outro lado da casa. Uma porta negra, sem qualquer trinco visível.
– Mas que porta mais estranha ... – murmurou Joshua, se perguntando por que ela tinha sido feita
assim.
No entanto assim que tocou nela podia sentir que a porta irradiava energia mágica. Uma placa, que
não existia até então, surgiu na parede da construção: “Confraria dos Magos”
– Ah! Agora eu entendi! – Joshua conjurou uma simples magia de Abertura para que a porta se abrisse
sozinha. É, ainda era um novato para estas coisas ...
Lá dentro, havia uma sala com muitas estantes empoeiradas e lotadas de livros e pergaminhos, algu-
mas placas douradas estavam penduradas nas paredes homenageando grandes magos que passaram por ali:
“Homenagem ao grande Pallanto, que livrou a cidade da Bruma Negra” Hmmm ...
– Bem vindo, rapaz! É bom ver uma cara nova por aqui!
Joshua olhou para um canto e notou que havia uma pessoa que, estranhamente, ele não tinha visto
até então. Um humano de cabelos curtos totalmente brancos, vestindo uma roupa azul e segurando um
pedaço de papel nas mãos. Estava sentado numa poltrona que não existia (ou estava invisível). Devia ser um
mago poderoso, pois seu espírito irradiava certa plenitude.
– Boa tarde, Meu nome é Joshua e ... O senhor é ... Laucian?
– Exato! Como sabe meu nome?
– O elfo da loja de magias ...
– Ah! O velho Shamyr Al-Razred! Bem, ele não é apenas “um elfo”! É um mago de considerável
poder e não é um elfo qualquer. Ele é de uma sub-raça que é popularmente chamada de “elfos das areias”.
– Hmm, eu vi. Os olhos deles são ... diferentes! Bem, ele disse que eu poderia me tornar um...

11
Aventura Solo

O pedaço de papel sumiu das mãos de Laucian e reapareceu na frente de Joshua.


– É só assinar!
Joshua assinou o papel e este voou até a estante empoeirada. Ele também recebeu um pequeno
objeto metálico, talvez o “comprovante” de que era Membro da Confraria.
– Agora se apresse para voltar para a loja! Afinal, está escurecendo! Podemos conversar com mais
calma amanhã, Joshua! Boa noite!
O mago voltou para a Loja.
Vá para 2.

17 – Bem, senhor... Meu nome é Joshua e acabei de chegar a este lugar. O quê o senhor poderia me
contar sobre Phanthorys?
– Se me fizer uma pergunta tão genérica, assim direi tudo. Sobre o quê você quer, mais especifica-
mente, saber? Pois levaria horas para contar tudo sobre Phanthorys!
– Eu queria saber como andam as coisas por aqui, quero dizer... Como está a cidade nestes últimos
tempos? Pensei que ela fosse mais movimentada, já que é conhecida como uma “cidade de aventureiros”.
Laucian ofereceu um lugar para Joshua se sentar e começou a falar:
– Este lugar JÁ FOI uma terra de aventureiros! Hoje em dia, as coisas estão muito mais calmas e não
há muito “trabalho” por aqui. Desde uma última campanha em direção à Ilha Negra para resgatar o jovem
monarca de Beril, há uns oito anos atrás, a cidade ficou em paz.
– Resgatar?
– Sim! Servir à reis e rainhas é um modo de você participar de aventuras, mas não o melhor. Princi-
palmente nestes tempos! Depois que voltei da Ilha Negra, me tornei Chefe da Confraria, mas desde aquele
dia, poucos magos têm vindo à cidade. Não há muita coisa para fazer por aqui ...
– Entendo... E o quê o senhor poderia me contar sobre ... magia?
– Hmm... Phanthorys já foi uma terra de muita magia, mas ela ficou estagnada com a grande concen-
tração de pessoas por aqui. Diziam que o poder de um mago funcionava com duas vezes mais potência à 400
anos do que hoje! O único lugar que ainda tem um pouco de magia é a Loja de Magias do “elfo da areia”
Shamyr Al-Razred.
– “Elfo da areia”?
– É um nome popular para uma sub-raça de elfos que vivem no deserto. Ele é uma pessoa muito
agradável ... pelo menos quando não está pensando em dinheiro! A loja dele fica no outro caminho da
bifurcação. E agora que você é um membro, pode comprar coisas à vontade lá.
– Certo ... então eu vou para lá.
– É melhor se apressar! Já está escurecendo e a loja vai fechar logo. Amanhã podemos conversar um
pouco mais, Joshua, se quiser perder seu tempo! Boa noite!
Vá para 19.

18 Joshua se dirigiu para o elfo.


– Shamyr, você sabe onde há uma estalagem boa e barata?
– Bom, quando vim para cá há cinco anos, me instalei inicialmente na recém aberta Estalagem do
Elmo Dourado. Era boa, e acho que ainda é. Pode dar uma olhada lá, ela fica um pouco próxima do porto.
Seguindo as indicações de Shamyr, Joshua logo chegou até uma casa – com o segundo melhor telhado
que você já viu na vida!
Uma placa na frente dela dizia: “Estalagem do Elmo Dourado”. E uma placa menor recém pregada
embaixo dizia: “Se hospede na melhor estalagem de Phanthorys e ganhe um jantar grátis na Taverna do
Meteoro!”.
Joshua entrou no estabelecimento pouco iluminado e encontrou um homem gordo no balcão.
– Hmm? Hein? Oh! Novo freguês! Quarto com ... janela? Vista para o mar?
– Um quarto individual e com janela – Joshua abriu a algibeira onde carregava algumas moedas.
– Sim senhor ... Pode ir jantar na Taverna do Meteoro hoje à noite, senhor! Ou outra noite que

12
Graso: A capital

queira...
Já estava bastante escuro ... Joshua estava um pouco cansado, Hmmm. Ele iria à taverna a esta hora?
Havia acabado de chegar de viagem!
Ir na Taverna. Vá para 29
Ir dormir logo! Vá para 31

19 Não foi difícil encontrar a loja de magias.


Na parte comercial da cidade, a maioria dos comerciantes tinha tendas e barracas para fazer seus
negócios e boa parte delas já estava sendo recolhida; a Loja de Magias era a única casa daquele lugar.
A noite estava fria, as duas luas de Othrya já clareavam o alto-céu.
Joshua bateu na porta trancada, esta se abriu magicamente.
O lugar estava clareado por esferas brilhantes penduradas no teto. Havia várias estantes contendo
tomos diversos. Um balcão estava repleto de objetos mágicos e do outro lado da loja, havia um cajado
mágico dentro de uma caixa de vidro.
O cajado tinha pouco mais de um metro de comprimento e era feito de um metal azulado. Havia
alguns ornamentos de prata em uma das extremidades e uma grande pérola incrustada na outra. Um cajado
mágico que REALMENTE parecia mágico! Abaixo, o preço do objeto ... muito caro!
– Estou vendo que apreciou este cajado, não é mesmo?
A voz vinha de um elfo que acabara de aparecer atrás do balcão.
Tinha os cabelos azuis e um rosto oval. Os olhos eram dourados com pupilas verticais como as de um
gato, ele sorria amavelmente e chamou Joshua com um gesto.
– Você já é membro da Confraria dos Magos?
Joshua mostrou o objeto metálico.
– Muito bom! E o quê deseja da minha loja?
Quando se preparava para responder qualquer bobagem, Joshua pôde ver que ele e o elfo não esta-
vam sozinhos na loja. Um homem exatamente de costas para eles estava examinando os livros de uma
estante. Ele tinha uma altura mediana e os cabelos castanho escuros, mas o que mais chamava a atenção era
um enorme anel com uma pedra vermelha brilhante que ele estava usando...
Mesmo assim, Joshua tinha a desagradável sensação de que ele estava o observando...
Durante alguns minutos, o mago ficou observando as coisas que havia na loja. Mas não adiantava!
A presença daquela pessoa incomodava!
– Hã ... Shamyr é seu nome, certo? – disse Joshua, em voz baixa – Quem é aquela... pessoa?
– Oh! Aquele humano de cabelos castanhos, certo? Na verdade, não sei quem é. Dizem que ele tem
algum cargo na corte mas não faço idéia do que ele seja. Vem de vez em quando na minha loja, nunca
compra nada nem fala comigo.
Hmm... talvez o quê estivesse faltando fosse aproximação ... Que tal?
Ir tentar falar com o homem? Vá para 8
Melhor deixar para lá e procurar por uma estalagem ... Vá para 18

20 –Bem, senhor ... Meu nome é Joshua e faz apenas alguns minutos que cheguei a este lugar. Não
conheço mais ninguém, o quê poderia me contar sobre você?
– Sobre mim? Ora essa! Esta não é uma pergunta freqüente, mas a respondo com prazer!
O homem se ajeitou na “poltrona” e ofereceu um lugar para Joshua se sentar.
– Eu vim de Andesito, duvido que você conheça este pequeno reino perdido nos mares de Othrya.
Não há nada de muito especial nele, é basicamente habitado por pescadores e uns poucos nobres. Terrivel-
mente monótono! Por isso, vim para Graso há duas décadas.
Laucian fez uma pequena pausa.
– Vim para a Confraria dos Magos e me tornei um membro. Participei de algumas campanhas em
várias partes do reino. Fui para Ameth e visitei o Grande Lago. Ao extremo norte de Beril andei na Floresta
Vermelha...e também fui para a Ilha Negra, à Oeste de Andalusi – minha última campanha onde, infelizmen-

13
Aventura Solo

te, perdi muitos companheiros, mas me tornei chefe da Confraria após resgatar o monarca de Beril.
– Resgata-lo?
– Exatamente. Ele era um jovem – pelo menos era MAIS jovem – naquela época e acabou se metendo
em encrenca quando foi para aquela ilha sozinho. Até hoje ele não é um bom governante, pois é muito,
digamos, “maleável”. Se alguém com perversas intenções entrar na corte, ele nem ao menos perceberá.
Ele fez outra pausa.
– Enfim... eu teria que parar um pouco para pensar e me relembrar de todas as coisas que eu fui e fiz.
Daria uma longa conversa!
– Então ... a cidade está em paz?
– É ... escolheu uma má hora para vir à Phanthorys, Joshua. Não há nada para um mago, muito menos
um aventureiro, fazer aqui.
– Não há muitos magos na cidade?
– Bem ... tem o dono da Loja de Magias que fica na área comercial da cidade. É o Shamyr Al-Razred,
um “elfo da areia” bastante simpático.
– “Elfo da areia?”
– É só um nome popular para uma sub-raça de elfos que vivem no deserto. Você vai gostar de conhe-
ce-lo!
– Hmmm, está certo.
Joshua se levantou e se dirigiu à porta.
– Obrigado pela hospitalidade, Laucian. Se não houver mesmo nada para fazer por aqui eu voltarei
mais vezes à Confraria.
– Receio que será exatamente isso o que vai acontecer, Joshua <sigh>.
Vá para 19.

21 Se existe algo que seu pai sempre dizia é: “Quando estiver em campanha, jamais recuse comida
grátis!” Bem, seu pai se referia às campanhas longas, onde levassem meses para se chegar ao destino. Ulfgar
levou alguns alforjes de comida, mas não seria preciso. Tinha trazido moedas suficientes para pagar alguns
jantares. E ainda mais em... Phanthorys! Numa época pacífica como essa...
De qualquer modo, iria até a taverna.
Não ficava longe, e logo o guerreiro estava de frente para uma casa de teto baixo e telhado de palha.
Havia pedras demarcando um caminho até a porta; Encima desta havia uma placa desgastada, mas dizendo
simplesmente “Taverna do Meteoro”.
Ulfgar entrou no lugar e uma mulher esquálida o atendeu. O anão disse sobre a Estalagem e esta
serviu uma mesa perto do que parecia ser um palco. “Vou trazer o prato do dia, senhor. E também uma
garrafa de maramylla”.
O anão ficou observando a taverna. Havia poucas pessoas nas mesas, a maioria estava no balcão,
bebendo muito.
A comida não demorou a chegar.
Ulfgar comia devagar, como se quase não estivesse com fome.
Quando terminou, já era bem tarde e ele se apressou em se levantar e ir embora. Mas quando ia fazer
isso, uma briga estorou do outro lado da taverna; dois homens fortes discutiam:
– O monarca de Beril não tem nem os ... os culhões para cuidar da própria vida e você ... e você acha
que ele é um bom governante?!?
– Ah! Cale a boca! Aquele Membro do Conselho, o tal de ... Ênyor é que não serve para nada!!! Ele
simplesmente sai do palácio a hora que bem entende para ficar badernado por aí ... e VOCÊ está sugerindo
que ELE seria um bom governante?!?
– Estou vendo que sua cabeça dura não vai compreender o quanto o senhor Ênyor é adequado para
o cargo de monarca ... talvez se eu ABRI-LA ela funciona melhor!
Um dos homens tirou uma ponta metálica debaixo do casaco e ameaçou o outro homem. Este se
esquivou do ataque e a ponta metálica ficou presa no balcão. Não fez muita diferença ... logo os dois homens
estavam se esmurrando e derrubando mesas. Ulfgar pensou em tentar parar a briga, mas uma das pessoas o

14
Graso: A capital

agarrou pelo braço e disse: “Não se envolva! Estes homens são influentes e isso é trabalho para a milícia!”
A milícia chegou minutos depois e conteve os bagunceiros. Um deles, com o nariz empapado de
sangue, gritou para o guarda que o estava segurando:
– Me solte, idiota! Eu sou Romero! Sou um dos Membros do Conselho!!!
O outro homem, que estava com um olho roxo, gritou para Romero:
– Por que você não some da cidade, como o seu “bom e samaritano” amigo Ênyor não aconselhou?
Dê o fora daqui!!
– Eu vou MESMO! E espero que quando eu voltar, pessoas como VOCÊ estejam aprisionadas nas
mais profundas masmorras esquecidas do palácio!!!
Ênyor? Quem seria este homem que gerou tamanha discussão?
Bem, Ulfgar não gostava de se meter em assuntos dos outros, muito menos quando estes “outros”
eram pessoas importantes, como esses tais Membros do Conselho.
Pensou pouco nestas coisas e decidiu ir para a estalagem.
Vá para 30

22 Talvez não tivesse sido uma boa idéia. As pessoas estavam amedrontadas demais para falar
com um anão estrangeiro em busca de aventuras.
Mas Ulfgar conseguiu falar com um homem sentado na soleira de uma porta arrebentada. Estava
fumando um cachimbo e olhando para o chão.
– Com sua licença, bom senhor – começou o anão, imaginando que o homem estivesse arrasado
com os ataques ou coisa parecida – Posso lhe falar?
– Claro! – foi a resposta, e em seguida veio uma longa gargalhada – É bom saber que nem todos
nesta cidade ficaram depressivos!
– Muito bem! Estou à procura de informações sobre um tal... Lagarto-Empalador.
– Hmmm – fez o homem – Eles costumavam ser muito perigosos em outras épocas, mas agora estão
longe... Muitos aventureiros repeliam os ataques que eles faziam à cidade e quase não há muitos deles por aí.
– Mas eu preciso achar um! Será minha primeira missão!
O homem olhou para o rosto de Ulfgar e deu uma gargalhada. O anão não gostou...
– Não sabe do que está falando! O Garytte é muito perigoso para que um aventureiro iniciante possa
abate-lo! Mas acredito que deste mal você não morrerá! Eles não rondam mais por aqui!
Ulfgar olhou um tanto aborrecido para o homem, ele não perecia estar sendo totalmente sincero.
Parecia que ele estava falando com um filho de um guerreiro poderoso que queria ser logo tão habilidoso
quanto o pai, mas tudo o que conseguia era levantar a espada com dificuldade.
Anões não eram levados muito à sério por estas bandas, ao que parecia... Mas seu pai havia lhe
ensinado uma maneira de impor respeito aos incrédulos.
Ulfgar ergueu o machado e partiu a parede de madeira da casa. A rachadura foi até o teto e atingiu
o telhado. O homem olhou, impressionado para a singela demonstração de força do guerreiro.
– Não tenho tempo a perder – disse o anão, a gora num tom bem sério – Onde posso encontrar um
destes bichos?
O homem agora o olhava de forma diferente.
– Talvez encontre alguns deles por aí, basta procurar. Mas eles se escondem em tocas e só aparecem
de noite. Não vai encontrar nenhum de dia.
Apenas de noite? Mas, e os mortos-vivos que rondam por aí? E agora?
Vamos caçar de noite? Vá para 33
Melhor ir de dia? Vá para 36

23 – Eu... preciso ir andando, minha senhora!


– Claro, jovem elfo! Esteja à vontade!
Aramil se distanciou da tenda das jóias, não sem dar uma última olhada naquelas pedras preciosas e
naquelas mercadorias tão “apetitosas”.

15
Aventura Solo

Tsk! Parece que o dia não está para ladrões! Talvez Aramil pudesse ir na tal Taverna, se soubesse
onde ela ficava! Pediu informações para um guarda – que, felizmente, não suspeitou de nada – e ele indicou
onde estava a taverna. Próxima da parte comercial da cidade.
As duas luas de Othrya já brilhavam no alto-céu quando Aramil finalmente chegou até a taverna. A
Taverna do Meteoro. A única coisa que poderia justificar este nome seriam algumas pedras colocadas no
chão para indicar o caminho para a entrada. Aramil entrou.
O ar estava um tanto abafado. As pessoas que estavam na taverna olhavam para Aramil com curio-
sidade. Sim! Ele era elfo, mas e daí? Ô povo caipira, nunca viram um elfo? E olha que Phanthorys era a
“cidade das aventuras”!
Um homem esquálido ofereceu uma mesa, Aramil disse que só queria beber algo. Sentou-se ao
balcão e tomou qualquer coisa barata. Estava esperando Lou.
Foi quando ele olhou para o palco da Taverna. Lá estava Lou, atrás das cortinas!
Ele fez um sinal de ladrão: mostrou as costas da mão e indicou com os dedos todos juntos para que
ele saísse da taverna e desse a volta. Somente os ladrões entediam estes sinais! Felizmente eles são univer-
sais, tanto para ladrões élficos quanto para humanos de Graso.
Aramil saiu da taverna e deu a volta. Chegou até os fundos da taverna, achou que houvesse alguma
passagem por lá, mas não a encontrou. Foi verificar as paredes e alguns entulhos... e finalmente a passagem
se revelou!
– Aha! Vamos entrar, agora.
Aramil se espremeu pelo túnel, até que viu luz a frente. Chegou até um quartinho iluminado. Lá
estava Lou, e mais três pessoas.
– Bem vindo, camarada! È bom ver mais um ladrão por aqui! – disse Lou.
– Espero que você tome mais cuidado com suas ações. Ladrões desleixados são presos muito facil-
mente em Phanthorys.
Quem disse isso foi uma jovem de cabelos curtos, cor de mel.
– Tem razão! A última vez que os guardas em pegaram, há dois anos atrás, eu me encontrei numa
situação muito perigosa! Corri o risco de nunca mais ver meus amigos, nem mais ninguém. Felizmente tive
sorte!
Isto veio de um homem grande e barbudo. Parecia ser tão desajeitado que fracassaria em qualquer
tentativa de andar em silêncio.
– Não vamos por medo no nosso novo amigo! Então você é um elfo, não? Eu nunca tinha visto um
de perto! Meu nome é Jebbediohathyophantylastoyastol, mas todos me chamam de Jebbo. Este é o Lou, que
você já conheceu, esta é a irmã dele, Lia e o grandalhão é o Gary.
O pequeno homenzinho que disse isso tinha os cabelos alaranjados, mal ultrapassava a altura da
cintura de Aramil.
Era um gnomo.
– Bem vindo à Confraria dos Ladrões! – continuou Jebbo.
Vá para 27

24 As duas luas de Othrya já estavam no alto-céu. Ulfgar estava cansado e com o menor ânimo
para ir numa Taverna. E se ela estivesse cheia de bêbados barulhentos? Era melhor ir de uma vez para seu
quarto!
Vá para 30

25 Bem, vamos ver se teria mais sorte desta vez.... Seguindo para o Oeste, logo Aramil chegou até
uma ampla área com uma fonte central e várias tendas em volta. A área comercial da cidade.
Muitas pessoas estavam comprando, vendendo e trocando as mais diversas mercadorias, havia ten-
das vendendo uma grande variedade de utensílios para o lar e para trabalhos no campo, barracas de comida
e carroças trazendo animais de criação. De todos os comércios, o que mais chamou a atenção do elfo foi uma
tenda, cuidadosamente vigiada por uma velha senhora. Uma tenda cheia de jóias!

16
Graso: A capital

– Boa tarde – disse o elfo, polidamente – Como vai a senhora?


– Mas que jovem bondoso! – disse a velha – Mas também pudera! O senhor é um elfo, não é? Pois
pelo que ouvi dizer, os elfos são belos de se olhar!
– Obrigado pelos elogios, madame! – Aramil não tirava os olhos de cima das jóias – Estou vendo
que faz um belo trabalho artesanal com ouro e estas pedras preciosas!
– Com toda a certeza, minhas jóias não são tão belas quanto as feitas por mãos élficas, jovem! Estou
muito agradecida que tal elogio tenha partido de uma bela criatura como você!
Aramil estava apenas jogando conversa fora, tentando fazer a velha tirar os olhos da bancada para
que pudesse furtar algo. Mas ao que parecia, aquela senhora não estava tão senil quanto aparentava e parecia
bem lúcida! Na verdade, seria de bom tom roubar alguma coisa de uma velhinha?
Sim! Entregue as jóias! Vá para 14
Não, melhor deixar para outra ocasião... Vá para 23

26 Assim que os raios de sol atravessaram as frestas da porta e da janela, Ulfgar saltou da cama.
Assim que se arrumou, já se preparava para ir até o salão onde seria servido o café da manhã... mas viu tudo
vasio, e um funcionário correndo com tábuas de madeira nas mãos.
– Ei, ei! – fez Ulfgar, segurando o funcionário pelo cinto – O quê está acontecendo?
– O senhor não soube?! O senhor NÃO OUVIU DE MADRUGADA?!?! – o homem deixa cair as
tábuas no chão.
Não, Ulfgar não se lembra de ter ouvido alguma coisa naquela noite. Dormiu como uma pedra, e
ninguém melhor do que um anão para dormir assim...
O homem estava tão amedrontado que não conseguia falar muita coisa. Ulfgar resolveu pegar seu
machado. Na porta da Estalagem – que estava sendo reforçada com as tábuas de madeira – estava o dono da
estalagem.
– Ei, meu senhor! O quê está acontecendo?
– Não acredito! Você deve ser o ÚNICO na cidade que não escutou os gritos e a destruição! MOR-
TOS- VIVOS INVADIRAM A CIDADE!!!!
Mortos-vivos? Quer dizer... aqueles cadáveres que se levantam das tumbas e ... ARGH! O pai de
Ulfgar já contou, certa vez, que em uma de suas aventuras ele e seus amigos tiveram que enfrentar estes
monstros. Foi uma luta terrível, mas eles conseguiram escapar!
O anão correu para fora da Estalagem e pôde ver o desespero das pessoas. Algumas tentavam refor-
çar as portas e janelas das casa, outras preparavam a bagagem para irem embora... e outras choravam sobre
os seus mortos que tinham sido vítimas dos monstros. Que loucura foi aquela?
As únicas frases que conseguia entender eram: “... feras terríveis!” “... este lugar é perigoso...” “...
se não fosse o bom senhor Ênyor, tudo estaria perdido!”. Era o que ele ouvia com freqüência.
Ulfgar correu para a Confraria dos Aventureiros. Abriu a pesada porta num estrondo e viu Fabos
examinando a lâmina de uma espada Montante.
– Amigo Ulfgar! – disse ele – Você deve saber, à esta altura , tão bem quanto eu sobre a desgraça que
se abateu sobre nossa cidade! Malditas criaturas! Eu vou dar um jeito nelas!
– Eu vou ajudá-lo! – disse Ulfgar, prontamente.
– Não, nada disso! Você é um novato, Mestre anão. Perdoe-me, mas essa é a verdade! È melhor
resolver uma missão mais “suave” antes de ir atrás destas criaturas... pode deixar comigo!
Ulfgar não deixou de se mostrar zangado com aquilo. Mas, pensando bem, ele nunca havia partici-
pado de uma missão antes, era melhor começar com coisas mais “leves” mesmo...
– E qual seria esta missão mais leve?
– Ah! Veja no quadro de avisos da Confraria. O ferreiro colocou um anúncio ontem, pouco antes de
eu fechar a Confraria.
Ulfgar leu o papel:
“Precisa-se do chifre de um Garytte ou Lagarto-Empalador. Recompensa à tratar com o ferreiro na
Área Comercial”
– Como é esse bicho? Nunca ouvi falar!

17
Aventura Solo

Ulfgar havia dirigido esta frase para Fabos, mas ele já tinha ido embora. Onde ele conseguiria
informações sobre esse tal Garytte ou Lagarto-Empalador?
Perguntando para as pessoas? Vá para 22
Perguntando para a milícia? Vá para 4

27 Ora! Aquilo era meio incomum!


Para Aramil, os ladrões, embora sejam um grupo unido, não costumam a ser tão fraternos dessa
maneira. Em Arbor você deve fazer parte de um guilda e tudo o mais... mas não pode entrar no território de
outro ladrão! Do contrário... bom, é melhor ser preso, pois os guardas da masmorra serão mais gentis!
Jebbo, Lou, Lia e Gary conversaram durante algum tempo com Aramil. Perguntaram da onde ele
veio, como era o Reino dos Elfos, as outras ilhas... Aramil disse que tinha começado agora a viajar para
outras ilhas além de Andalusi. Sua vida de aventureiro estava apenas começando.
– Mas posso ver que você tem experiência no ramo! – disse Lou – Qualquer ladrão que acabe de
chegar à Phanthorys é preso na primeira tentativa! Você foi quase, não?
– Sim... mais prometo que vou melhorar!
– Pode treinar suas habilidades junto conosco, para depois tentar furtar uns bolsos sozinho. Se você
precisar de um lugar seguro para ficar, aqui é o ideal! Só não entre pelo palco... fazíamos isso a algum
tempo, quando Lia era funcionária da Taverna. Não dava tanto na vista, mas agora... De qualquer forma,
existe uma entrada pelo palco até aqui – completou Jebbo.
– Bem... e o que vamos fazer? – perguntou Aramil.
– Certo! Planejei um roubo para hoje... na Loja de Magias! – disse Jebbo
– O quê? Você continua com essa idéia?! – disse Lia.
– Sim, continuo! Eu preciso achar meu pai, lembra-se?
Aramil não entendeu a conversa logo de início, mas decidiu ficar quieto. Nem passou pela sua
cabeça que lhe seria permitido perguntar.
– É suicídio!!! – gritou Gary, mas logo baixou a voz – É suicídio! Lá deve haver armadilhas mági-
cas, muito mais difíceis de se desarmar que uma simples armadilha de fechadura... não podemos ir!
– Vamos tentar! Eu já ajudei vocês muito, agora devem me ajudar!
– Mas... Jebbo! Seja sensato! Não podemos invadir a casa de um mago... tem idéia do que pode nos
acontecer? Por que não tenta oferecer outra coisa para Oráculo? – disse Lia.
Jebbo ficou com o rosto vermelho.
– Eu TENHO que achar um objeto mágico para satisfazer Oráculo e ela me contar onde está meu
pai! Já se esqueceram que ele TAMBÉM os ajudou?!
Houve um silêncio perturbador. Aramil disse:
– Não me importo com o lugar que vamos roubar hoje. Falem e eu irei ajudá-los com muito gosto.
Então ficou decidido.
Meia-noite, os cinco ladrões se esgueiraram para a parte comercial da cidade. Haviam poucos guar-
das pero da Loja de Magia. Um templo místico que já era seguro por si só.
Os poucos guardas que estavam no local, Lou tratava de nocauteá-los com o porrete. Sempre muito,
muito silencioso. “Podem seguir” dizia ele com sinais de ladrão.
Jebbo era o mais silencioso de todos, um rato seria muito mais barulhento que ele. Aramil ficava
impressionado com a perícia daqueles quatro ladrões... nunca participou de um grupo tão competente.
– O mais difícil vem agora! – sussurrou Jebbo – Vou desarmar a armadilha mágica da porta.
– Eu o ajudo – disse Aramil.
Lou, Lia e Gary ficaram do lado de fora, escondidos nas sombras para vigiar qualquer movimento
suspeito. Jebbo estava um pouco nervoso, aquela não era a primeira armadilha mágica que desarmava,
mas...
– Oh, droga! Droga, droga! Não estou conseguindo...!
– Calma! – disse Aramil – Eu vou tentar.
Era arriscado! Aramil NUNCA desarmou uma armadilha mágica na vida!
Escolha um dos caminhos: 35, 40 ou 48. Boa sorte, você vai precisar...

18
Graso: A capital

28 Seguindo para o Oeste, logo Aramil chegou até uma ampla área com uma fonte central e várias
tendas em volta. A área comercial da cidade.
Muitas pessoas estavam comprando, vendendo e trocando as mais diversas mercadorias, havia ten-
das vendendo uma grande variedade de utensílios para o lar e para trabalhos no campo, barracas de comida
e carroças trazendo animais de criação. De todos os comércios, o que mais chamou a atenção do elfo foi uma
tenda, cuidadosamente vigiada por uma velha senhora. Uma tenda cheia de jóias!
– Boa tarde – disse o elfo, polidamente – Como vai a senhora?
– Mas que jovem bondoso! – disse a velha – Mas também pudera! O senhor é um elfo, não é? Pois
pelo que ouvi dizer, os elfos são belos de se olhar!
– Obrigado pelos elogios, madame! – Aramil não tirava os olhos de cima das jóias – Estou vendo
que faz um belo trabalho artesanal com ouro e estas pedras preciosas!
– Com toda a certeza, minhas jóias não são tão belas quanto as feitas por mãos élficas, jovem! Estou
muito agradecida que tal elogio tenha partido de uma bela criatura como você!
Aramil estava apenas jogando conversa fora, tentando fazer a velha tirar os olhos da bancada para
que pudesse furtar algo. Mas ao que parecia, aquela senhora não estava tão senil quanto aparentava e parecia
bem lúcida! Na verdade, seria de bom tom roubar alguma coisa de uma velhinha?
Sim! Entregue as jóias! Vá para 14
Não, melhor deixar para outra ocasião... Vá para 34

29 Mesmo não gostando de acabar de comer e ir dormir, Joshua decidiu ir até a taverna.
Não ficava longe, e logo o mago estava de frente para uma casa de teto baixo e telhado de palha.
Havia pedras demarcando um caminho até a porta; Encima desta havia uma placa desgastada, mas dizendo
simplesmente “Taverna do Meteoro”.
Joshua entrou no lugar e uma mulher esquálida o atendeu. O mago disse sobre a Estalagem e esta
serviu uma mesa perto do que parecia ser um palco. “Vou trazer o prato do dia, senhor. E também uma
garrafa de maramylla”.
Depois disso, ela entrou por uma porta. Havia poucas pessoas nas mesas, a maioria estava no bal-
cão, bebendo muito.
A refeição não demorou a chegar.
Finalmente, quando Joshua estava prestes a sair da taverna, uma briga acalorada se iniciou no bal-
cão. Havia dois homens fortes discutindo:
– O monarca de Beril não tem nem os ... os culhões para cuidar da própria vida e você ... e você acha
que ele é um bom governante?!?
– Ah! Cale a boca! Aquele Membro do Conselho, o tal de ... Ênyor é que não serve para nada!!! Ele
simplesmente sai do palácio a hora que bem entende para ficar badernado por aí ... e VOCÊ está sugerindo
que ELE seria um bom governante?!?
– Estou vendo que sua cabeça dura não vai compreender o quanto o senhor Ênyor é adequado para
o cargo de monarca ... talvez se eu ABRI-LA ela funciona melhor!
Um dos homens tirou uma ponta metálica debaixo do casaco e ameaçou o outro homem. Este se
esquivou do ataque e a ponta metálica ficou presa no balcão. Não fez muita diferença ... logo os dois homens
estavam se esmurrando e derrubando mesas. A milícia chegou minutos depois e conteve os bagunceiros.
Um deles, com o nariz empapado de sangue, gritou para o guarda que o estava segurando:
– Me solte, idiota! Eu sou Romero! Sou um dos Membros do Conselho!!!
O outro homem, que estava com um olho roxo, gritou para Romero:
– Por que você não some da cidade, como o seu “bom e samaritano” amigo Ênyor não aconselhou?
Dê o fora daqui!!
– Eu vou MESMO! E espero que quando eu voltar, pessoas como VOCÊ estejam aprisionadas nas
mais profundas masmorras esquecidas do palácio!!!
Ênyor? Quem seria este homem que gerou tamanha discussão?
Bom, se são problemas dos “altos”, é melhor não se meter nisso; muito menos se você é um estran-

19
Aventura Solo

geiro novo no lugar. Melhor voltar para a estalagem e dormir de uma vez...
( Hmmm, Joshua pensou que escutou alguma coisa no palco... Será que haveria algum espetáculo
aquela noite? Bom, isso não importa ...)
Vá para 3

30 Ulfgar não estava acostumada à dormir em camas tão ruins, como as daquela estalagem... mas
tinha pagado bem barato, pelo menos, e ainda teve jantar grátis.
Deitou a cabeça no travesseiro de palha e fechou os olhos. Teve a ligeira impressão de ter escutados
alguns ruídos estranhos na noite... mas estava tão cansado que resolveu apenas dormir... dormir...
Vá para 26

31 Não! Para o primeiro dia, você já teve o suficiente! Alias, não gostava de acabar de comer e ir
dormir. Fica para a próxima ...
Joshua bocejou e se dirigiu para seu quarto.
Vá para 3

32 Depois de uma noite mal dormida – e com as poucas horas de sono recheadas de pesadelos –
Joshua se levantou bastante indisposto.
Mergulhou a cabeça numa tina de água para acordar, pois desde o momento que tinha levantado só
enxergava vultos e um ruído terrível ecoava em seus ouvidos.
Assim, ele pôde ouvir o som de marteladas ...
O mago vestiu sua roupa e arrumou sua bagagem. Não pretendia perder tempo fazendo reclama-
ções, apenas queria ir embora daquele lugar. Passando pela área onde deveria ser servido o café da manhã,
ele viu várias pessoas correndo de um lado para outro, carregando pedaços de madeira. Elas pareciam estar
amedrontadas! Joshua parou uma delas:
– O quê está havendo? Por que o desjejum não está sendo servido?
– Não escutou ontem à noite, senhor?!?
Ontem à noite? Não, estava tão cansado que tudo o que Joshua conseguia ouvir era ruídos estranhos,
mas nada que pudesse identificar como algo amedrontador ... Eis que a pessoa larga a madeira e leva as
mãos à cabeça:
– Mortos-vivos, senhor!!!! Um monte deles!! Atacaram a cidade ONTEM À NOITE!!!!
– O ... o QUÊ?!? – Joshua custava a acreditar.
– É verdade, senhor! A cidade inteira foi atacada por estas criaturas! Oh! E eu que pensei que a
cidade estava em paz ...
Joshua saiu para a rua e viu muitas pessoas amedrontadas, por toda à parte! Casas haviam sido
destruídas, manchas de sangue tingiam o batente de algumas portas, contavam os mortos em quase quaren-
ta! Que loucura aconteceu ontem de madrugada que Joshua não escutou?
– Elminster misericordioso – sussurrava Joshua – Como foi que...?
Não sabendo para onde ir, o mago decidiu ir até a Loja de Magias. O único lugar que tinha certeza
que não fora atacado pelas criaturas.
Chegando perto, Joshua viu a porta aberta e entrou ... Surpresa! – e nada agradável – As estantes
estavam quase sem livros, vários objetos mágicos não se encontravam mais no local, até o cajado mágico
que Joshua tanto gostou não se encontrava mais ali!
Shamyr estava atrás do balcão, com a cabeça baixa e as mãos encima dela. Nem notou quando
Joshua entrou na loja.
– Shamyr! Shamyr! O que houve?! A loja também foi atacada por mortos-vivos?
O elfo levantou a cabeça, seus olhos felinos brilhavam.
– Antes fosse, amigo Joshua! Mas mortos-vivos apenas destroem coisas e deixam tudo no lugar... eu
fui ROUBADO! Ladrões entraram na minha loja e saquearam TUDO!!!
Roubo? Uma loja de magias roubada?!? Mas que ladrão seria tão matreiro ...

20
Graso: A capital

– ... eu mal pude acreditar! Fugi dos saqueadores do deserto de Jayr para ser roubado AQUI! E a
praga de mortos-vivos também foi um problema! Um dos guardas que passa pela minha loja viu o momento
em que os ladrões estavam saindo. Um deles foi morto por um morto-vivo na fuga! Mas haviam tantos
monstros na cidade que os guardas não tiveram tampo para perseguir os ladrões ... Ah!
Joshua olhou para a loja. Parece que os ladrões fugiram com pressa, pois não levaram muitas coisas,
apenas o que parecia ser mais valioso. Passando os olhos pelos escombros, o mago conseguiu ver um objeto
que, provavelmente, não pertencia à coleção de objetos mágicos de Shamyr. Um canivete... mas um canivete
bem estranho! Além da lâmina, ele tinha outros apetrechos como pontas, argolas, fios de metal ... talvez uma
ferramenta do ladrão! Quando ia mostrar a pista para Shamyr, o mago já tinha saído da loja. Estava conver-
sando com dois guardas do lado de fora. Hmmm, e se Joshua tentasse investigar o assalto? Por onde come-
çaria?
Iria comentar o ocorrido com Laucian? Vá para 37
Iria falar com o chefe da milícia? Vá para 41

33 “Aprenda desde já a não se afeiçoar demais ao sol, pois quando suas aventuras começarem ¾
do seu tempo você irá entrar em masmorras e caminhar na noite” era o que seu pai lhe recomendava, e
Ulfgar decidiu seguir suas ordens, era melhor esperar anoitecer, afinal, não haveria nada para ele a esta hora.
Quando as duas luas apareceram no alto-céu de Othrya, Ulfgar saiu da cidade com seu machado nos
ombros. Tinha que tomar cuidado, afinal poderia haver mortos-vivos pelo caminho...
Depois de sair da cidade ele começou a se adentrar num bosque próximo. Talvez encontrasse a toca
do tal Lagarto-Empalador.
Durante a caminhada apenas o vento sibilante e o farfalhar das folhas preenchia o silêncio como
numa orquestra fantasmagórica. A partir daquele momento, Ulfgar teve certeza: “Sim! Aventuras dão medo!”
O anão resolveu parar um pouco para descansar. Sentou-se numa pedra e encostou seu machado numa
árvore. Estava cansado.
Mas não era o momento para descansar.
Mesmo estando alguns metros longe, Ulfgar podia ouvir claramente alguns gemidos. Olhou para trás
e viu que um vulto se aproximava.
– Senhor? O senhor está bem? – disse ele para o vulto. Não houve resposta.
Na verdade houve sim... o vulto começou a correr na direção dele. Era um MORTO-VIVO!!!
Ulfgar deu um grito e pegou o seu machado. A criatura tinha a aparência humana, mas sua carne
estava putrefata e não havia pele. No lugar dos olhos havia o vazio e a criatura tinha o maxilar inferior quase
se desprendendo do resto do crânio. Só fazia gemidos horrendos e esticava os braços de ossos limpos com
garras na direção do anão.
Ulfgar deu dois golpes rápidos com seu machado no corpo da criatura, em um destes golpes ele
arrancou um braço, mas não foi o suficiente e o morto-vivo o atingiu no ombro.
Rezando para que a criatura não o tivesse contaminado com alguma doença pestilenta, Ulfgar se
preparou para dar uma investida total contra o morto-vivo. As chances de sucesso eram um tanto diminu-
tas...
Escolha um caminho e boa sorte! 43 ou 47

34 – Eu... preciso ir andando, minha senhora!


– Claro, jovem elfo! Esteja à vontade!
Aramil se distanciou da tenda das jóias, não sem dar uma última olhada naquelas pedras preciosas e
naquelas mercadorias tão “apetitosas”.
Continuou caminhando se rumo certo, até chegar na área residencial da cidade. Não havia ninguém
na rua, com exceção de uma jovem de cabelos cor de mel curtos com uma grande algibeira amarrada na
cintura... e estava quase se desprendendo do cinto! Não, não poderia resistir! Não roubou a velhinha mas,
pelo tamanho da algibeira, ganharia o dia se a roubasse.
Bem, ele tentou...

21
Aventura Solo

– Aha! – disse a jovem – Eu sabia que era um ladrão!


Por um momento, Aramil se sentiu perdido! A mão da jovem agarrou seu punho com firmeza e na
posição que estava não conseguiria sacar um punhal.
Não foi preciso.
– Tome mais cuidado da próxima vez! – disse a jovem ,soltando o punho do elfo – Aqui em Phanthorys
é necessário ser muito mais sutil!
Ora essa! A garota não ia entrega-lo...?
– Pode me chamar de Lia – continuou – Eu vi quando você tentou roubar algumas jóias na tenda
daquela velha, teve sorte! Qualquer um que olhasse especificamente para suas mão (como eu fiz) descobri-
ria que você estava tentando afanar algo!
– Estou vendo que tem um grande conhecimento sobre ladrões! – disse Aramil, surpreendido.
– Na verdade... eu SOU uma ladra!
O elfo sorriu.
– Meu nome é Aramil e estou contente em encontrar uma colega nesta cidade! Cheguei aqui faz
pouco minutos.
– ... e quase já ia indo preso! Aquela velha tem olhos ágeis demais para mãos desajeitadas como as
suas!
Desajeitadas?! Não é possível! Aramil sempre conseguiu roubar coisas facilmente, onde quer que
fosse... tirava algibeiras de cintos, destrancava portas, sempre foi silencioso como um rato... e agora desco-
bria que em Phanthorys suas mãos eram desajeitadas!
– Não é seguro ficarmos conversando sobre esse assunto na rua – disse Lia, olhando para os lados –
Já está escurecendo e a ronda dos guardas fica maior! Venha comigo.
Aramil seguiu Lia pelas ruas escuras.
Os dois atravessaram a área comercial da cidade. As duas luas de Othrya já brilhavam no alto-céu.
Lia se movia quase tão silenciosa quanto Aramil... muito raro ver um humano desajeitado fazendo isso!
Os dois logo estavam diante da Taverna do Meteoro. Um caminho de pedras levava até a entrada.
– Não entre por aqui, vamos pelo outro lado. – disse Lia.
Dando a volta pela taverna, chegaram até um lugar cheio de entulho. Lia abriu uma espécie de
passagem e os dois entraram pelo túnel.
Aramil se espremeu nele e chegou até uma quartinho iluminado. Lá haviam mais três pessoas.
– Ora, quem é esse, Lia? Um novo ladrão?
Quem disse isso foi um rapaz de cabelos castanhos e cavanhaque.
– Exato, Lou! É meio descuidado mas é um ladrão. – disse Lia
– Descuidado, é? Não deve ser assim! A milícia de Phanthorys é terrível! A última vez que os
guardas em pegaram, há dois anos atrás, eu me encontrei numa situação muito perigosa, corri o risco de
nunca mais ver meus amigos, nem mais ninguém. Felizmente tive sorte!
Isto veio de um homem grande e barbudo. Parecia ser tão desajeitado que fracassaria em qualquer
tentativa de andar em silêncio.
– Não vamos por medo no nosso novo amigo! Então você é um elfo, não? Eu nunca tinha visto um
de perto! Meu nome é Jebbediohathyophantylastoyastol, mas todos me chamam de Jebbo. Este é o Lou, esta
é a irmã dele, Lia e o grandalhão é o Gary.
O pequeno homenzinho que disse isso tinha os cabelos alaranjados, mal ultrapassava a altura da
cintura de Aramil.
Era um gnomo.
– Bem vindo à Confraria dos Ladrões! – continuou Jebbo.
Vá para 27

35 – Urgh! – exclamou Aramil.


Jebbo ficou em pânico, pensou que Aramil tinha falhado e a armadilha iria detonar.
– Calma! Eu vou conseguir!
Por pouco! Vá para 40 ou 48.

22
Graso: A capital

36 O sol sempre foi apreciado por Ulfgar. Assim como a maioria dos anões jovens ele trabalhou
nas minas para ajudar no sustento da família até chegar à “idade das aventuras”, como seu pai costumava
chamar o início da idade adulta. Ficava horas dentro da terra, onde perdia a noção do tempo. Gostava de
cavernas, mas ver o sol brilhar depois de horas de trabalho exaustivo na semi-escuridão era reconfortante.
“Aprenda desde já a não se afeiçoar demais ao sol, pois quando suas aventuras começarem ¾ do seu tempo
você irá entrar em masmorras e caminhar na noite” era o que seu pai lhe recomendava.
Mas desta vez iria se aventurar sob a luz do sol – não sabia até quando ia poder fazer isso...
A caminhada era um tanto longa. Depois de cruzar os portões terrestres da cidade, Ulfgar chegou até
um bosque de árvores altas e muito quente.
Mas ele estava, de certo modo, feliz! Era sua primeira missão, sua primeira aventura! E isso já era
alguma coisa!
Ulfgar continuou andando pelo bosque até que resolveu parar para descansar. Estava suado e preci-
sava de um gole de água.
Mas eis que ele escuta algo que não é o farfalhar das folhas, nem o vento sibilante... nem qualquer
coisa natural.
Ele se aproxima da fonte do barulho e começa a escutar gemidos. “Alguém está passando mal?”
pensou ele. Mai á frente, havia um vulto...
Pelos Deuses!!! Era um MORTO-VIVO!!!
Ulfgar deu um grito e pegou o seu machado. A criatura tinha a aparência humana, mas sua carne
estava putrefata e não havia pele. No lugar dos olhos havia o vazio e a criatura tinha o maxilar inferior quase
se desprendendo do resto do crânio. Só fazia gemidos horrendos e esticava os braços de ossos limpos com
garras na direção do anão.
– Isso é impossível, IMPOSSÍVEL!!! Mortos-vivos só aparecem de noi...
Antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, a criatura rasgou seu ombro. Ulfgar recuou e refletiu
que as coisas que seu pai dizia nem sempre eram verdadeiras... ele dizia que mortos-vivos só aparecem de
noite, porque precisam agir nas trevas. Mas AQUELE morto-vivo ou fugia à regra ou as coisas não eram tão
simples quanto uma simples história paterna.
Recobrando a razão, Ulfgar saltou sobre o monstro e começou a golpeá-lo com seu machado. Arran-
cou um dos braços, mas ainda não era o suficiente... a criatura não tinha uma vida à perder e por isso foi com
tudo na segunda investida. Ulfgar decidiu fazer o mesmo!
Escolha um destes caminhos e boa sorte! 43 ou 46

37 Indo em direção à Confraria, Joshua pôde ver mais pessoas reforçando as janelas e portas de
suas casas e comentando: “ ... esta cidade nunca foi segura ...”, “ ... vou me mudar logo ...”, “ ... se não fosse
o senhor Ênyor, teríamos todos morrido!”
Joshua abriu a porta e viu Laucian folheando um tomo. Este sorriu ao vê-lo.
– Ah! Estou vendo que voltou! Ficou sabendo do quê aconteceu esta madrugada? Felizmente, a
porta mágica não permite que qualquer monstro entre aqui facilmente! É uma pena que todos não tenham
uma destas...
– Mesmo assim – começou Joshua, bem sério – algumas portas mágicas ainda podem ser violadas
por ladrões! A loja de Shamyr foi assaltada!
Laucian, por um momento, ficou bastante surpreso! Por fim, disse:
– Assaltada? E que ladrão de tanta sorte conseguiu este feito?
– OS ladrões! Ouvi dizer que um deles morreu na tentativa de fuga. Mas parece que, mesmo assim,
isso não ajuda em nada.
– Sim, ladrões não carregam identificações... pelo menos não todos! Você falou com Shamyr?
– Eu já falei com ele, ia comentar sobre um objeto que encontrei na loj...
– Uma pista?!? Você achou uma pista?
Joshua mostrou o canivete para Laucian.
– Mais ou menos. È uma ferramenta que o ladrão deixou cair, suponho. Veja você mesmo.

23
Aventura Solo

Laucian pegou o objeto e ficou observando-o por um longo tempo.


– Hmmm, estranho. Tive alguns amigos ladrões, mas nenhum deles jamais usou um objeto como
ESTE! Não deve ser um humano que o utiliza.
– Não?
– Não. Primeiro, porque um canivete usado por humanos é maior! Não vê? Este canivete cabe na
palma da mão, deve ter sido uma criatura de mãos pequenas que usou esta peça, um gonomo ou um anão
(não! Acho que anões têm as mãos do mesmo tamanho que as nossas...), talvez.
– Existe alguma magia que você poderia fazer para me ajudar?
– Bem... vejamos o que posso fazer.
Laucian entrou por uma porta. Voltou bem depressa com um livro nas mãos. O folheou durante
alguns instantes e, por fim, exclamou:
– Ah! Aqui está! Esta magia não revela a identidade do ladrão, é verdade. Mas serve para mostrar
onde ele estava antes do crime.
Pegando o canivete nas mãos, Laucian fez surgir uma esfera brilhante envolta da peça. Nesta esfera,
só se via escuridão ... até que surgiu a imagem de um chão de madeira...
– Madeira? – disse Laucian - Parece ser o chão do palco da Taverna do Meteoro. Pelo menos é o
único lugar em Phanthorys onde eu já vi um chão assim.
– Taverna do Meteoro?!? – exclamou Joshua – Deuses! Eu recebi ontem de noite um jantar exata-
mente ... céus! Eu poderia até ter pegado o ladrão!
– Calma! É só um palpite. – a esfera luminosa desapareceu – Talvez devesse dar uma olhada lá, hoje
à noite. A única pista de maior confiança que você tem é o canivete.
– Um anão ou gnomo utilizou esta peça, sei ... ou um indivíduo de mãos pequeninas ...Vou ver o quê
posso fazer. Obrigado, Laucian, você ajudou demais!
– Eu é que lhe agradeço! Parece que não fiquei tão inútil quanto eu pensava, até seu sucesso!
Joshua iria hoje mesmo para a Taverna! Mal podia esperar que escurecesse e o lugar abrisse.
Vá para 42.

38 Parecia que o fim do mundo havia chegado à Phanthorys. Mortos-vivos estavam atacando a
cidade!!! Por todo lado, haviam pessoas desesperadas e os guardas pouco podiam fazer. Aramil gastou todo
o seu estoque de punhais, Lou disse que lhe arrumaria outra arma.
Chegaram até uma estreita rua com uma discreta casa espremida entre outras duas. A casa de Jebbo.
Gary bateu em código na porta e logo o gnomo apareceu.
– Entrem! Entrem depressa!
Os cinco ladrões se encontravam na apertada casa de Jebbo.
– Desculpe por ter fugido, mas eu...
– Tudo bem, Jebbo. Você não poderia enfrentar aquelas criaturas mesmo! – disse Lia, co consolan-
do.
– Mas eu fugi covardemente! Deuses, meu pai morreria de vergonha...
– ... se ele ainda estiver vivo. – disse Lou, secamente.
O comentário enfureceu Jebbo. Aramil tentou evitar uma briga.
– Parem! Somos todos camaradas, certo? Não briguem! Olha... eu não sei muito bem o que vocês
pretendiam invadindo a loja de magias... seja como for, poderiam me explicar agora?
Jebbo olhou para Aramil. Baixou a cabeça e começou:
– Meu pai sumiu. Isso já faz alguns meses...
– Quase dez semanas, para ser exato – disse Lou.
–... ele era um curandeiro, além de ladrão. Saiu de Phanthorys e foi ajudar algumas pessoas doentes
em vilas próximas da cidade, como sempre fazia, mas... desapareceu! Sumiu no ar!
– Nós tentamos procura-lo. Vagamos pelo bosque, enfrentamos gnolls, garyttes e outros bichos.
Não encontramos o pai de Jebbo em lugar algum. – disse Lia
– Alguns dizem para mim desistir, pois meu pai deve ter morrido, mas... Eu só queria ter certeza!
Você entende isso? E a única pessoas que poderia descobrir alguma coisa é uma feiticeira chamada Oráculo,

24
Graso: A capital

mas ela só presta serviços à magos... A não ser que se ofereça à ela um objeto mágico.
– E você já o pegou? – perguntou Aramil
– Não! Na confusão não consegui pegar objeto mágico algum... Droga!
– Um momento! – disse Lou – Nem tudo está perdido. Aramil é um elfo, não é? Talvez Oráculo nos
atenda por causa dele, afinal, ela também simpatiza com elfos!
– Eu... não tinha pensado nisso! – disse Jebbo – aramil! Meu camarada! Poderia vir conosco até a
vila onde mora a Oráculo? Tente, hã, convence-la a nos ajudar.
Aramil não pensou muito para responder.
– Claro!
– Muito bem, vamos até a vila da Oráculo ao amanhecer... Pode dormir aqui na minha casa, Aramil.
– Obrigado, eu realmente não tinha lugar para ficar.
– Espere um pouco, Jebbo – disse Lia – Nós podemos ficar aqui, também? Aquelas criaturas... ainda
estão lá fora!
– Oh! É mesmo! Os mortos-vivos... Mas da onde eles saíram? Bom, você todos podem dormir aqui,
sim. Só me ajudem a improvisar tantas camas.
Não levou muito tempo até todos se acomodarem. Aramil não conseguia dormir direito depois do
que havia ocorrido... E nem queria! Pois tinha certeza que teria pesadelos!
Mas não... Quando finalmente pegou no sono, não sonhou com os monstros.
No dia seguinte, antes de irem até oráculo, Aramil decidiu dar uma volta pela cidade. Nessa hora é
que o pai de Jebbo fazia falta! Haviam poucos curandeiros para dar conta de tantos feridos.
As pessoas que não estavam arrumando suas coisas para fugirem da cidade reforçavam as janelas e
as portas das casas. Os ataques dos mortos-vivos haviam sido terríveis!
Aramil conseguiu conversar com um guarda que estava sendo tratado de um ferimento. Ele havia
dito que os monstros começaram a atacar a cidade sem mais nem menos, não poupando ninguém. Chegou a
comentar que havia visto ladrões na noite passada na Loja de Magias, mas não pôde fazer nada.
– Hã... Que pena! – disse Aramil – Mas, como foi que vocês repeliram os monstros?
– Na verdade, não fomos nós, foi o chefe dos Membros do Conselho de Beril, o senhor Ênyor.
– Ênyor? Quem é este cavalheiro?
– Estrangeiros não o conhecem... Ele veio à cidade há poucos meses, e já se tornou o chefe do
Conselho. É um bom samaritano... Ouviu a confusão e saiu do palácio para ajudar a população. Ele é um
mago poderoso e os monstros acabaram fugindo dele.
– Então ele é um herói! Onde ele está?
– Deve ter voltado ao palácio... Hphf! Enquanto o bom senhor Ênyor cuida da cidade os outros
Membros do Conselho saem de férias e o monarca não faz nada! A cidade foi abandonada por eles! Ênyor é
quem deveria cuidar da cidade e do reino!
Se ficasse ali, o homem iria se estender por horas, e Aramil deveria encontrar os seus amigos do
lado de fora da cidade. Era melhor ir embora.
Indo para fora, Aramil se encontrou com Gary.
– Estamos atrasados, vamos!
Logo, os dois se encontraram com Lou, Lia e Jebbo.
– Espero que dê certo! Oráculo é a única que pode localizar uma pessoa onde quer que ela esteja,
vamos ver...
– Antes, porém, aqui está sua nova arma, Aramil! – Lou estendeu um arco e uma aljava de flechas.
– Então vamos! Antes que algum gnoll nos ataque! – disse Lia.
E o grupo seguiu viagem.
Depois de andar por algum tempo, eles decidiram parar para descansar.
– Alguém aí quer beber água? – disse Aramil
– Não trouxemos nenhum cantil, mas acho que há uma pequena queda d’água ali adiante. Pode ir,
vou ficar aqui, descansando – Jebbo encostou numa árvore.
Hmm, Lia disse que havia gnolls por aqui... Seria sensato se embrenhar no mato sozinho?
Chamar alguém para ir junto. Vá para 50

25
Aventura Solo

Ir sozinho, mesmo. Vá para 54


Continuar ali. Vá para 59

39 Aramil disparou três flechas ao mesmo tempo e todas elas atingiram a mão, que soltou o pé de
Lou. Este deu mais uma olhada no chão antes de destruir a criatura.
– É um morto-vivo!!! Cuidado, Aramil, podem haver mais!!!
Dito e feito. Os pés de Aramil também foram agarrados! Mas Lou cortou as mãos monstruosas com
sua espada, três mortos-vivos saíram de dentro da terra!!!
– Maldição! Pensei que estes monstros só atacassem de noite! O quê...? – Lou estava assustado, mas
lutava com bravura. Aramil pouco fez.
Finalmente os monstros foram devolvidos à morte. Lou se encostou numa árvore para descansar.
– Eu ... não acredito! Temos que achar minha irmã e os outros, eles correm perigo!!!
– Mas como vamos acha-los? O bosuqe é enorme!
Mas não foi preciso, logo Gary apareceu na frente dos dois.
– Vocês estão bem? Fomos atacados e...
– Já sabemos! Onde estão Lia e Jebbo?
– Estão bem, só um pouco feridos, mas estão bem. Vamos!
Logo o grupo se uniu novamente. Lia amarrava uma bandagem no braço e Jebbo esfregava um
grande hematoma que recebeu na cabeça. Mas estavam todos salvos.
– Mas que susto! – disse Jebbo – Não sei como conseguimos escapar... nem como estes monstros
nos atacaram de dia! Mesmo assim, só estaremos seguros quando chegarmos na vila de Oráculo.
E era verdade, o bosque estava bastante hostil nestes últimos tempos. Os cincos se puseram nova-
mente a caminhar.
A noite já estava chegando, mas logo eles alcançaram a vila. Na verdade era apenas uma amontoado
de casas rústicas em volta de um lago. Um sentinela os recebeu.
– O que querem?
– Conversei com a dama Oráculo a alguns dias – disse Jebbo – Ela disse que só nos atenderia se
trouxéssemos um objeto mágico em oferenda. Não conseguimos, mas talvez ela atenda este jovem elfo.
O sentinela olhou para Aramil. Nunca tinha visto um elfo na vida e ficou desconfiado.
– Hmm, não sei. Oráculo não falou nada sobre elfos, mas podem ir falar com ela. Mas se forem
expulsos, não me culpem.
Aramil foi na frente para a tenda onde Oráculo se encontrava. E lá estava ela, sentada com as pernas
cruzadas. O ar estava impregnado de aromas almiscarados.
Era uma bela mulher. Tinha os cabelos negros compridos e um rosto belo, quase tão belo quanto de
uma elfa. Ela olhou para Aramil e fez sinal para que apenas ele ficasse na tenda. Jebbo e os outros se
retiraram.
– Não costumo receber visitas de elfos com freqüência, mas é uma agradável surpresa. O que o traz
aqui, jovem elfo?
– Meu amigo está com o pai desaparecido a semanas! Ele não conseguiu o objeto mágico que seria
sua oferenda mas estou disposto a fazer o que desejar para receber qualquer informação sobre o pai de
Jebbo.
– Não sei... Não costumo atender não-magos de graça, mas em consideração a você, belo ser, eu
posso dar esta informação. Mas ela será vaga.
Oráculo retirou um punhado de pó colorido de uma algibeira e o despejou numa tina cheia de água.
A água ferveu e mudou de cor várias vezes.
O vapor subiu e adquiriu forma.
A forma de uma caverna.
– Ele está vivo! – disse Oráculo, num tom quase sinistro – Está numa caverna numa região estéril,
não muito longe daqui, não é difícil chegar lá.
– É mesmo? Então ele está mesmo vivo...
O vapor mudou de forma e ficou negro.

26
Graso: A capital

– Oh! – exclamou Oráculo – Eu vejo uma grande mal adormecido... Há pessoas chorando abaixo
deste mal... Eu vejo estranhas engrenagens e... Mais nada!
O vapor se dissipou e o cheiro almiscarado voltou a impregnar o ar.
– Receio que mesmo se eu quisesse, não poderia lhe contar mais do que isso. Eu espero que seja o
suficiente. Tome cuidado... Muito cuidado!
– Mas... Oh! Está bem, obrigado, Oráculo.
– Não foi nada. Ah! Devo avisa-lo de mais uma coisa... Cuidado com o guardião de pedra!
– Com quem? – Aramil já estava se retirando da tenda quando ouviu o último conselho de Oráculo.
Quando se virou, ela baixou a cabeça e ficou quase sonâmbula, não poderia conseguir mais nada dela.
Aramil saiu da tenda e foi falar com Jebbo.
– Até que foi rápido, Aramil! E então? Ela finalmente disse alguma coisa sobre meu pai?
– Foi curta e grossa, mas confirmou que ele está vivo.
Jebbo sentiu uma imensa alegria dentro de si e começou a pular e a gritar de alegria, mas Aramil
interrompeu-o.
– Espere! Ela falou de um perigo muito grande na caverna...
– Caverna? – disse Gary – Um momento... Está se referindo a uma espécie de masmorra que fica
numa região estéril não muito longe daqui? Eu conheço aquele lugar! Era uma antiga mina de mineração
mas foi abandonada há anos!
– Acho que sim, estamos falando da mesma masmorra. Mas Oráculo disse que havia...
– Ora, QUEM SE IMPORTA?!?!?! – Jebbo ainda estava explodindo de alegria – Meu pai está
VIVO! Eu disse a vocês! Agora, vamos! Amanhã mesmo eu o quero de volta!
E os cinco se puseram em direção à masmorra. Aramil ficava apenas pensando no que os aguardava,
seria algo terrível?
“Guardião de pedra, Hmm...”
Vá para 71

40 CRASHHHHH!!!!!
Houve uma explosão violentíssima! Aramil e Jebbo caíram quase mortos no chão e os outros três
acabaram inconscientes. Os guardas ouviram a explosão e logo chegaram até o local. Todos foram presos...
fim da aventura.

41 Joshua se dirigiu ao posto da milícia mais próximo. No caminho, o mago pôde ver mais pessoas
reforçando as janelas e portas de suas casas e comentando: “ ... esta cidade nunca foi segura ...”, “ ... vou me
mudar logo ...”, “ ... se não fosse o senhor Ênyor, teríamos todos morrido!”
Chegou até o que parecia ser o posto mais importante.
O chefe da milícia era um homem de estatura mediana, mas carregava uma espada Montante que
impunha respeito, e era o único que usava cota de malha.
Joshua se dirigiu para a mesa onde ele estava sentado e se apresentou:
– Bom dia. Estou aqui para ajuda-los a pegar os ladrões que roubaram a Loja de Magias.
– Hm? Bem, este não é o nosso caso mais urgente, você sabe! Tenho que colocar os meus melhores
homens para patrulhar as fronteiras da cidade e evitar outro ataque dos monstros! Diga ao senhor Shamyr
para nos desculpar, mas não temos tempo para...
– Tudo bem! Não precisa nem se levantar da cadeira, senhor. Apenas me diga o quê você acha disto
aqui – Joshua mostrou o canivete que havia encontrado.
O homem ficou observando com certo interesse, mas parecia intrigado:
– Curioso... isso, sem dúvida, é a ferramenta do ladrão, mas em tamanho menor!
– Tamanho menor?
– Alguns ladrões usam isso para furtar bolsos e até para desarmar armadilhas, mas este canivete é
meio pequeno, veja, mal tem o tamanho da palma da minha mão.
– E quem poderia ter usado isso?

27
Aventura Solo

– Não sei... talvez um gnomo ou outra criatura que tenha mãos pequenas...
O homem parecia estar ficando interessado.
– Existem gnomos por aqui?
– Bem – continuou – o único rumor que eu conheço sobre gnomos por aqui é sobre um tal de Giggo
(será este o nome?) que vive numa casinha solitária numa rua sem saída da área residencial da cidade
juntamente com seu filho, Jebbo. Posso te indicar onde é, mas não podemos fazer nada sem provas.
– Obrigado, senhor. Vamos ver se esses dois são inocentes!
Joshua se dirigiu para o local indicado. Não demorou muito para chegar.
Bateu na porta, mas ninguém atendeu.
Por fim, ficou esperando do lado de fora até que algum gnomo aparecesse.
Bem, não foi um gnomo que apareceu...
Vá para 44

42 Naquela noite, assim que as portas da taverna se abriram, Joshua entrou no lugar. Olhou em
volta e viu que o lugar estava vazio ainda. Um atendente serviu uma mesa, mas o mago não tinha vindo para
jantar.
– Vai ter algum espetáculo no palco hoje? – ele perguntou para o garçom
– Não, senhor. Na verdade, nós não usamos este palco há muito tempo.
Era inútil tentar conversar com os funcionários, parecia que ninguém sabia nada ... Será possível
que aquela era uma pista falsa?
Joshua olhou o palco com atenção. Piso de madeira, exatamente como na esfera mágica de Laucian.
O mago abriu as cortinas e deu num camarim empoeirado, que parecia não ter sido limpo há anos!
Conjurando uma magia de luz tênue, ele observou algo no chão. Pegadas... e não eram as suas.
– Aha! Alguém tem andado neste lugar!
Observando as pegadas, Joshua pôde concluir que um par de pés grandes, dois pares de pés médios,
e um par de pés pequenos têm andado pelo camarim recentemente... Tentou procurar alguma coisa no
entulho, mas não encontrou nada. Estranho... seria ali a base de operações dos ladrões?
Eis que o mago escuta um barulho ... mais que depressa, ele apaga a luz conjurada e usa uma magia
de Ocultação para ficar invisível nas sombras. Uma magia de invisibilidade seria melhor... pena que Joshua
ainda era um mago novato e não sabia realizar uma magia destas...
Ele procura ficar imóvel, e escuta um barulho...
... de dentro da parede!
– Não, não! – diz uma voz bem baixa – Não seja burro, Lou! Gary está morto por causa daquelas
criaturas, você quer sair de noite de novo?!? Já não basta perdermos nosso amigo?
– Lamento, Jebbo – disse outra voz – Mas eu e minha irmã temos que sobreviver de alguma forma!
E o saque na Loja de Magias não rendeu nada! Afinal, se pessoas simples vendem objetos mágicos, as
pessoas podem desconfiar ...
– Você precisa entender, Jebbo – disse uma voz feminina – Temos que conseguir algum dinheiro
ainda hoje!
– Oh, está bem! Mas vamos planejar as coisas com calma. Afinal, depois do ataque dos mortos-
vivos, a guarda está ainda mais atenta!
Gotcha! Joshua ouviu tudo o que queria! Agora, era pegar os ladrões... Como faria isso?
Melhor chamar reforços! Vá para 49
Meter logo uma magia destruidora na parede! Vá para 45

43 Não foi desta vez, e o morto-vivo foi mais rápido, rasgando o peito do anão num corte fundo
com suas garras. Agora ele via a utilidade de uma armadura! Pena que não tinha uma, e nunca mais teria...
fim da aventura.

28
Graso: A capital

44 Quando a noite já se aproximava, duas pessoas se aproximaram da casa dos gnomos. Uma
jovem de cabelos cor de mel e um rapaz de cavanhaque e de cabelos castanhos. Eles estavam entrando na rua
sem saída... Seria uma outra pista? Joshua conjurou uma magia para poder ficar oculto nas sombras.
Os dois jovens olharam para os lados, olharam na direção do mago, mas não o viram. Por fim,
bateram na porta do gnomo... mas de um jeito diferente, bateram em código!
Minutos depois, um gnomo de cabelos alaranjados, e que mal ultrapassava a altura da cintura de um
humano, apareceu.
– Bom ver vocês, camaradas! Hoje de manhã apareceu uma pessoa estranha na minha porta...
Ora essa! Com certeza ele devia estar falando de Joshua!
– Será que era um militante?
– Não, não... era um jovem diferente! Espero que ele não esteja por aqui... você e Lia observaram
tudo muito bem?
– Claro, não há ninguém aqui...
Joshua prendeu a respiração. O efeito da magia ia passar logo, por que eles não vão embora de uma
vez?!
Os desejos de Joshua foram atendidos quando os três começaram a caminhar juntos. O mago os
seguiu com toda a cautela... eles estavam indo... em direção à Taverna do Meteoro!
No entanto, eles não entraram pela porta da frente, deram a volta. Joshua os seguiu. E assim pôde
ver... quando eles entraram por uma passagem encoberta por entulho!
– Isso é muito suspeito... – pensou Joshua, já tendo quase plena certeza de que eram eles os la-
drões... mas até aí, nenhuma prova!
Joshua evitou o máximo possível fazer barulho. A entrada era baixa e escura, ele teve que se arrastar
na escuridão. Por fim, ele viu uma tênue luz adiante e o som de vozes... era hora de parar.
– Podíamos ter entrado pela porta da Taverna – comentou a moça.
– Não! Com certeza os proprietários devem estar meio desconfiados – comentou o rapaz –... afinal,
a outra maneira de entrar aqui é pelo palco! E que freguês trivial ficaria entrando pelo camarim? É melhor
nem voltamos mais a entrar pela porta da frente.
– Fiquem quietos! Eu preciso pensar no que vou fazer agora... já perdemos um companheiro nas
garras de um monstro, não vamos para o vilarejo de noite.
– Então vamos assaltar algumas casas...
Gotcha! Era o que Joshua queria ouvir!!!
– Ficou louca, Lia? E a milícia? Com os ataques dos monstros agora eles estão bem mais atentos!
– Lamento discordar, Jebbo, mas minha irmã tem razão! Precisamos de dinheiro e o saque à Loja de
magias na rendeu nada...
Pronto! Já era o bastante! Joshua poderia atacar, agora!
Estava de posse de seu bastão e conjurou uma magia destruidora sobre ele. Bateu com a ponta numa
parte do túnel que fez a parede desabar!
Uma nuvem de poeira entrou na garganta dos ladrões, que estavam surpresos demais para reagirem.
– O quê ...foi isso?!?
– Foi apenas uma amostra do meu poder – Joshua surgiu entre a poeira – Colaborem e posso ser
mais gentil da próxima vez.
O gnomo arregalou os olhos.
– É ele!!! O sujeito que bateu na minha porta de manhã!
O rapaz sacou a espada e a moça empunhou um lança-dardos. A situação de Joshua não era fácil,
mas ele podia perceber que os ladrões estavam com medo.
– Não tentem nada! – disse ele, com voz autoritária – Derrubar a parede não foi nenhum esforço,
acha que o efeito será menor em seus ossos?
– Você... é um mago? – disse o rapaz, tentando parecer calmo – pensei que todos vocês usassem
chapeis pontudos e tivessem barbas longas e brancas.
– Bem, eu não sou um mago assim... Somente os mais bonzinhos são! – Joshua quase riu perante o
absurdo que havia acabado de dizer!

29
Aventura Solo

– ...mas todos vocês são iguais! Superconfiantes e egocêntricos! – bradou o gnomo. Deuses! Joshua
havia se esquecido dele!
Este deu uma porretada na mão de Joshua, que o fez largar o bastão. O gnomo também bateu com o
porrete no bastão para quebra-lo.
– E agora, senhor-mago-fodão? – disse o rapaz, sarcasticamente.
Os poderes de Joshua não dependiam do bastão ... mas a situação era bem difícil! Como ele sairia
desta?
Usando magia de Ofuscamento? Vá para 53
Usando magia de Medo? Vá para 56

45 Mesmo sabendo que havia três pessoas – ou mais – lá dentro, Joshua conjurou uma magia em
seu bastão pseudo-mágico para que fosse possível derrubar a parede. Não deveria ser muito grossa, pois era
possível ouvir quase claramente as vozes.
E assim ele fez!
A parede caiu com um baque e os três se assustaram com a entrada do mago.
Havia uma jovem de cabelos cor de mel presos num rabo de cavalo, um rapaz de cavanhaque de
olhos claros e cabelos castanhos e ... um gnomo! Um gnomo de cabelos alaranjados, que mal ultrapassava a
altura da cintura de Joshua.
O rapaz sacou uma espada
– Quem é você, meu chapa? Por que está invadindo a casa de um desabrigado! – o nervosismo em
sua voz era total.
– Digamos que eu sou aquele que ouviu umas coisinhas beeeem comprometedoras que vocês disse-
ram.
A moça também sacou um atirador de dardos.
– Não pense que pode levar vantagem , seja lá o que você for!
– Você fala como se eu não fosse NADA, garota! – Joshua começava a se divertir com sua fala com
jeito de superioridade – Eu sou um MAGO e posso poupar a vida de três ladrões insolentes se devolverem
tudo o que roubaram e se entregarem para a milícia.
– Um mago! – zombou o rapaz – Você não tem cara de mago! Onde está o seu chapéu pontudo e a
sua longa barba branca? Um jovem mago não mete medo em ninguém!
Joshua ficou ofendido com aquilo! Inconscientemente ergueu o bastão, mas sentiu que alguma coisa
pesada bateu nas costas de sua mão, os dedos abriram instantaneamente. O gnomo bateu na mão dele com
um porrete e depois partiu o bastão, ainda brilhante, com o pé. Sorriu triunfante:
– Vamos ver se o senhor mago vai conseguir se virar sem seu bastão mágico!
Os três se colocaram em posição de ataque. Embora os poderes de Joshua não viessem do bastão,
ainda assim ele não era um mago tão experiente à ponto de lutar contra três ladrões ao mesmo tempo! O que
faria, agora?
Iria conjurar uma magia de Ofuscamento. Vá para 53
Iria conjurar uma magia de Medo. Vá para 56

46 Dando seu grito de guerra, Ulfgar cortou a criatura ao meio! O corpo ainda se mexia e apresen-
tava pequenos espasmos e Ulfgar tratou de terminar de retalha-lo quando não apresentava mais perigo.
– Mas como pode? Eu pensei que...
Ulfgar realmente não entendia como um morto-vivo podia ataca-lo à luz do dia. Isso era algo estra-
nho, afinal, seu pai foi aventureiro por cem anos e ele nunca viu uma destas criaturas de dia... muito menos
num dia em que o sol estava tão brilhante!
Mas não havia tempo para pensar nisso, não agora! Tinha que pegar o chifre do Garytte.
A caminhada continuou durante muito tempo, o sol já ia se pondo e Ulfgar já estava muito afastado da
cidade. Era melhor voltar, antes que se perdesse.
No entanto, justamente no caminho de volta que Ulfgar ouviu outro barulho. Na verdade, eram seme-

30
Graso: A capital

lhantes à rugidos.
Com muita, muita cautela, ele se aproximou. Havia um bicho semelhante à um rinoceronte mais à
frente, e com um chifre tão, ou mais, mortal. Seu couro era esverdeado e sua cabeça era redonda e pequena
em relação ao corpo, mas tinha duas presas salientes na boca. Tinha uma cauda curta e rígida.
– Só pode ser! O Lagarto-Empalador. – murmurou Ulfgar.
Ele se aproximou mais ainda, com bastante silêncio... pegou seu machado e quando acreditou já estar
numa distância adequada, correu na direção do bicho com um ataque de carga.
A lâmina afundou no couro do animal, que soltou um enorme rugido, e uma enxurrada se sangue
pegajoso banhou os braços do anão.
A criatura se virou e deu uma marrada. Por muito pouco, Ulfgar não foi transpassado pelo chifre do
animal, mesmo assim ficou ferido.
Um novo ataque com o machado foi, desta vez, contra a cabeça e chifre. Mas o machado apenas
deixou um leve arranhão no chifre, embora tenha partido a cabeça da criatura literalmente ao meio. A luta
tinha terminado.
Exausto, Ulfgar pegou o chifre. Este tinha mais de um metro de comprimento e era feito de uma
substância mais resistente que o próprio crânio do bicho.
Sua missão havia sido concluída! Era hora de voltar, as duas luas de Othrya já aparecem no alto-céu.
Vá para 52

47 Dando seu grito de guerra, Ulfgar cortou a criatura ao meio! O corpo ainda se mexia e apresen-
tava pequenos espasmos e Ulfgar tratou de terminar de retalha-lo quando não apresentava mais perigo.
– Que todas as cavernas do mundo jamais desabem! Devo agradecer aos deuses pela minha sorte!
E, de fato, ele havia tido sorte.
A caminhada continuou e o anão agora estava mais atento- quase paranóico –, mas quem não ficaria?
Depois de mais algum tempo, Ulfgar observou um grande buraco mais à frente. Seria a toca de um
Garytte? Parecia que sim.
O anão aproveitou a luz das luas que batia contra o buraco e observou que algum tipo de criatura
grande se encontrava lá. Era MESMO um buraco grande e Ulfgar resolveu entrar nele. “Qualquer coisa é
melhor do que mortos-vivos!” pensou.
Entrando no buraco – que era uma toca úmida e cheia de raízes – o anão chegou a escutar rugidos...
Preparou seu machado e escutou o rugido ficar ainda mais alto... atacou na escuridão.
Um grito horrendo de uma fera bestial quase estourou os tímpanos de Ulfgar, que dez minutos depois
ainda estava zonzo por causa do grito, ele caiu no chão e sentiu alguma coisa pegajosa espirrar no seu corpo
e na sua face, entrar pelo seu nariz.
Era o sangue do Garytte.
A criatura saltou sobre Ulfgar e mesmo sem vê-la ele podia imaginar o quanto devia ser grande, pelo
peso que tinha.
A criatura feriu Ulfgar várias vezes, mas desde o início da briga já tinha cravado o próprio corpo no
machado do anão por ter pulado em cima dele. Ulfgar teve apenas o trabalho – “apenas” eu digo! – de
afundar o machado ainda mais no corpo da fera. Uma enxurrada de líquido quente e pegajoso caiu sobre o
corpo do guerreiro, relaxou os músculos pois sabia que a luta já tinha terminado.
Depois de alguns minutos, Ulfgar se arrastou para fora do buraco com um chifre nas mãos e as roupas
empapadas de sangue. Felizmente, havia um pequeno córrego na qual ele pôde se lavar.
Observou mais uma vez o chifre. Era feito de uma substância bastante resistente, mais do que simples osso,
e tinha pouco mais de um metro. O seu machado havia feito apenas um levíssimo arranhão de poucos
centímetros em sua extensão. Ulfgar ficou pensando no que poderia ter acontecido se a criatura resolvesse
usar o chifre contra ele.
Bem, ele havia conseguido o chifre! Estava na hora de voltar.
Vá para 52

31
Aventura Solo

48 – Consegui!!! – disse Aramil triunfante. Jebbo estava feliz, mas pediu silêncio.
Os dois entraram na loja.
Usando uma laterna de óleo, os dois começaram a ver os objetos mágicos que ali estavam. Aramil
pensou em procurar por algum punhal mágico ou coisa parecida, mas não achou. Todos os objetos mágicos
que estavam lá eram coisas que ele nem imaginava o que fosse e para quê servia. Tirando isso, só havia
alguns tomos de magia na estante.
Jebbo observava os objetos mágicos que haviam lá, mas não se contentava com nenhum. “O que
será que Oráculo vai preferir?”.
Nisso, os dois ouvem o som de um apito que imita o som de um merlo. O aviso de perigo!!!
Jebbo e Aramil saem da loja, não encontram os três amigos.
– Onde?! Onde eles estão...? – murmurou Jebbo, já se desesperando.
– AQUI!!!!!
Jebbo e Aramil se viraram para o grito. Gary estava sendo atacado...
– Gary! Um guarda o pegou!
Não, antes fosse um guarda...
Aramil não esperou mais nada, sacou dois punhais e os jogou contra o vulto que conseguia prender
aquele homem enorme firmemente. Não adiantou.
– Como?! O guarda nem gritou...
Gary se soltou. A criatura tinha a carne putrefata e cheirava mal. Não tinha pele nem olhos, no lugar
dos olhos havia apenas dois pontos luminosos e temerários. Não fazia nenhum som.
Era um morto-vivo!
Jebbo gritou e saiu correndo, Gary sacou uma espada e cortou a criatura ao meio.
– Uf... uf... Precisamos ajudar Lou e Lia! Estas criaturas... estas criaturas!
De uma lado, vinha Lia, com um atirados de dardos na mão.
– Lou precisa de ajuda!!!
Os quatro chegaram até a parte da fonte. Haviam guardas... Sim! Haviam guardas! Mas eles estavam
ocupados demais para prender ladrões. Lou havia acabado de decapitar uma das criaturas e foi ao encontro
dos amigos.
– Onde está Jebbo?
– Saiu correndo!
– Não importa! Ele deve estar bem. Vamos para a casa dele!
Vá para 38.

49 Ele era um mago só, e devia haver três – ou mais – ladrões naquele lugar! Joshua decidiu
chamar a milícia. Esta chegou até a Taverna bem depressa.
– Onde você disse que estavam os suspeitos? – perguntou o guarda.
– Ali! – Joshua apontou para o palco.
A milícia se dirigiu ao palco, mas estavam fazendo muito barulho! Não conseguiam entender como
três ou mais pessoas podiam estar naquele lugar.
Por fim, irritado, Joshua quebrou o bastão que havia trazido consigo para derrubar a parede de madei-
ra que havia no camarim. Ao fazer isso, revelou uma sala secreta mal iluminada atrás da parede; mas vazia.
Sumiram!!! Os ladrões escaparam!!!
Joshua correu para fora, a milícia o seguiu. Do outro lado da taverna, era possível ver uma entrada
semi-aberta ... e ALGUÉM SAINDO DE LÁ!!!
Joshua lançou uma magia de Ofuscamento contra a pessoa. Não, haviam três pessoas! Duas delas
fugiram mas uma não conseguiu dar nem um passo mais.
Era um gnomo.
Um gnomo de cabelos alaranjados.
– ESTE é o ladrão! – disse Joshua, correndo até ele – E eu tenho provas!
– Provas?!? – zombou o gnomo, já recuperado da magia de ofuscamento – Que provas? Eu não

32
Graso: A capital

roubei nada! Você não vai encontrar nenhuma mercadoria roubada no meu ...
– Tenho este canivete que você deixou cair!- o mago decidiu fazer um blefe - Podem leva-lo até
Laucian, ele tem uma magia apropriada para ladrões mentirosos!
O gnomo sentiu um frio na espinha! Detestaria desafiar um mago tão notório em Phanthorys como
Laucian, decidiu se entregar.
Este confessou o roubo e mostrou o baú onde havia escondido os produtos roubados.
Passou a noite na cadeia.
Vá para 60

50 – Hã... não conheço bem os arredores, alguém pode vir comigo?


– Eu vou, também estou com sede. – disse Lou, se levantando.
Os dois caminharam até a queda d’agua. Depois de matarem a sede, iriam se preparar para voltar.
Mas eis que Aramil escuta um ruído.
– O quê foi isso?
– Ouviu alguma coisa, elfo?
Os dois pararam por um momento e ficaram prestando atenção. Parecia que tinham ouvido passos
ou coisa parecida, mas não havia nada por ali... Pelo menos nada que pudesse ser visto.
– Suba numa árvore – sussurrou Lou – Você está com um arco e pode abater inimigos mais facil-
mente do alto.
Foi o que Aramil fez. Subiu num tronco e se equilibrou em dois galhos. Do alto, podia enxergar
melhor o bosque, mesmo assim, não viu ninguém.
Lou andava sorrateiramente de um lado para o outro, havia uma terrível tensão no ar. Foi quando
Aramil viu algo se mexer.
– Lou, a sua direita!!! – gritou, arrumando o arco.
A espada sibilou no ar e atingiu em cheio um gnoll. Sim, eles estavam cercados! Aramil começou a
disparar flechas para todos os lados, mas temia em acertar Gary, Jebbo e Lia, que talvez aparecessem de
repente naquela bagunça. Lou já havia decapitado três criaturas e os gnolls não conseguiam acertas suas
lanças em Aramil, que estava muito no alto.
Finalmente as criaturas desistiram e saíram correndo. Aramil desceu da árvore.
– Tudo bem com você?
– Estou bem, Aramil. Agora vamos voltar! Lia e os outros devem estar com problemas!
Os dois correram até onde os amigos haviam parado, não os encontraram.
– Maldição! Será que aq... – Lou parou de falar de repente. Alguma coisa o agarrou.
Na verdade, agarrou seu pé... Mas o quê era aquilo?!?!
– AAAHHH!!!
– Lou!!! Espere aí, eu vou...!!!
Vá para 39 ou 55.

51 Bem que ele tentou, mas não foi desta vez. Uma flecha de pedra atravessou o corpo de Aramil
e depois o de Jebbo. Se partiu no chão.
Hein? O que era o guardião de pedra? Ah! Agora você não vai mais saber! ... fim da aventura.

52 Não havia ninguém nas ruas, com exceção dos guardas. Estavam todos com medo de um novo
ataque. Mas na área comercial da cidade, a barraca do ferreiro ainda estava ativa. Na verdade, havia muitos
guardas nela.
– Calma, calma! – dizia o ferreiro – Há armas para todos! Vou fabricar mais em pouco...
Ulfgar aparece no meio deles com o chifre do Lagarto-Empalador nas mãos.
– Ah! – fez o ferreiro – Maravilha! O chifre chegou bem mais cedo do que eu previa! Obrigado,
mestre anão!

33
Aventura Solo

– Economize saliva, senhor! – disse Ulfgar, um pouco mal-humorado - Foi um trabalho difícil e não
isento de surpresas desagradáveis. O quê eu ganho com isso?
– Claro! Aqui está sua recompensa, espero que seja suficiente.
E era!
Lá estava Ele... um escudo circular, dourado. Com um símbolo de um leão esculpido em sua face...
um lindo e majestoso escudo que dava a impressão de resistir até à uma baforada de Dragão! Os guardas
estavam impressionados com aquilo – e também um tanto indignados.
– Vai dar um escudo destes para um estranho?! – disse um deles.
– Bem, este anão É um estranho, mas ele cumpriu a sua parte na missão e eu devo cumprir a minha.
Este escudo fica com você, espero que seja útil!
– E será! – disse Ulfgar, maravilhado – Obrigado, senhores!
E se afastou do lugar.
No caminho para a estalagem do Elmo Dourado, Ulfgar viu uma figura se aproximar a toda velocida-
de dele. Ainda um tanto assustado com a questão do ataque dos mortos-vivos ele se preparou para atacar o
vulto. Mas este vulto era Fabos.
– Fabos! Mas que susto! Pensei que...
O rosto do homem estava branco, ele parecia bastante assustado. Mas esboçou um sorriso quando viu
o anão.
– Hi-dily-ho! É ótimo encontrá-lo, Ulfgar! Precisamos conversar sobre o que eu descobrir na floresta!
Os dois se dirigiram para a Confraria.
– Desculpe, Ulfgar, se eu o assustei! Mas já faz quase duas horas que eu estava te procurando e
preciso muito falar com você. Quer tomar algo?
– O quê você tiver, não se preocupe comigo, mas... o quê...?
– Estou vendo que está machucado – Fabos serviu uma taça de uma bebida estranha, mas revigorante
– Teve problemas com o Garytte?
– Não tanto quanto tive com um... um... morto-vivo que encontrei no caminho.
Ulfgar estava esperando uma expressão de surpresa em Fabos, mas ele apenas assentiu.
– Sim, exatamente! Também tive problemas com esses monstros... que me atacaram na floresta em
pleno dia!
– ...??? – Ulfgar não disse nada, mas estava surpreso.
– Eles não são mortos-vivos comuns! São monstros diferentes! Imagine você que eu conversei com
uma mulher que vive numa vila no meio do bosque, se chama Oráculo.
– Oráculo?
– Tive que dar a ela um bracelete mágico para que ela me ajudasse a desvendar o mistério destas
criaturas. Ela não gosta de atender “não-magos”! Acha que qualquer um que não saiba fazer magia não é
digno de conversar com ela! Fui obrigado a dar meu bracelete...
– Essa parte você já disse! Mas, o quê foi que essa tal de Oráculo lhe disse?
Fabos baixou a cabeça.
– Ela disse que estas criaturas são CENTENAS! E me contou algumas coisas meio vagas... enigmas,
talvez, de um tal mal adormecido e pessoas girando uma roda... não entendi direito, mas o que tudo indica é
que estas criaturas estão saíndo de dentro de uma masmorra que fica num terreno estéril, fora da cidade.
– Uma masmorra? – Ulfgar foi atingido subtamente por uma dose de adrenalina – Quer dizer, uma
masmorra com monstros, armadilhas, perigos ocultos e... Ah!
– Vou descer nesta masmorra amanhã, espero que possa vir comigo!
– É claro que eu vou! – Ulfgar se levantou da cadeira onde estava sentado – Era tudo que eu
SEMPRE quis!
Fabos ficou impressionado com a tamanha boa vontade de Ulfgar, mas isso era bom. Pelo menos
não iria descer sozinho até a masmorra... na verdade, sentia medo...
Vá para 57

34
Graso: A capital

53 Joshua fechou os olhos e conjurou uma magia de Ofuscamento.


Os dois jovens tombaram para trás e o gnomo bateu contra a parede.
Até o mago havia ficado meio atordoado, mas quando se recuperou, conjurou uma corda mágica para
amarrar o gnomo. Imprudente! Os outros dois ladrões aproveitaram e escaparam!
– Não faz mal! – pensou Joshua – Já tenho o meu pequeno criminoso!
Joshua encaminhou o gnomo até um posto da milícia.
– ESTE é o ladrão! – disse Joshua – E eu tenho provas!
– Provas?!? – zombou o gnomo, já recuperado – Que provas? Eu não roubei nada! Você não vai
encontrar nenhuma mercadoria roubada no meu ...
– Tenho este canivete que você deixou cair! - o mago decidiu fazer um blefe – Podem leva-lo até
Laucian, ele tem uma magia apropriada para ladrões mentirosos!
O gnomo sentiu um frio na espinha! Detestaria desafiar um mago tão notório em Phanthorys como
Laucian, decidiu se entregar.
Ele confessou o roubo e mostrou o baú onde havia escondido os produtos roubados.
Passou a noite na cadeia.
Vá para 60

54 Aramil seguiu as indicações e foi até a queda d’água.


Chegou bem depressa e logo matou a sede. Estava voltando quando ouviu alguma coisa...
– O quê foi isso?
Pareciam sons de passos, pés esmagando folhas secas, alguém se aproximava. Amigo ou inimigo?
De qualquer modo, Aramil preparou o arco. Não era um grande guerreiro mas se houvesse algum
inimigo por perto ele não se entregaria tão fácil.
Mas o problema é que eram VÁRIOS inimigos!!!
Uma tribo de gnolls atacou Aramil com lanças e de uma vez só. O arco disparou algumas flechas,
mas eram inimigos demais! Aramil não pôde combate-los sozinhos!
No meio da briga, ele acabou matando três gnolls, os outros, enfurecidos, atacaram com ainda mais
violência. Aramil não pôde resistir... Que pena! Era um ótimo ladrão... fim da aventura.

55 Aramil disparou duas flechas ao mesmo tempo, mas elas não acertaram o alvo... Acertaram
Lou! A dor fez com que ele perdesse a firmeza nas pernas e caísse. As mão s o puxaram para dentro da terra.
Aramil tentou fazer mais alguma coisa, mas foi puxado também. Não tinha como escapar daquilo
sozinho! Os dois foram arrastados para dentro da terra... fim da aventura.

56 Joshua estava mais amedrontado do que os seus inimigos, mas conhecia uma magia simples,
que serve para os magos imporem respeito. Uma magia cujo efeito visual é fazer os olhos (do próprio mago)
brilharem numa luz avermelhada e fazer um pouco de “poeira mágica” voar envolta do corpo. Uma magia
barata que também atinge os adversários mentalmente, fazendo-os ficar com medo do mago.
Será que funcionaria?
Joshua conjurou a magia e o efeito foi demonstrado.
O rapaz não ficou com tanto medo daquela representação, mas o gnomo e a menina correram em
disparada! Imprudentes, saíram pela passagem do palco!!!
Joshua correu em direção ao gnomo. Tinha as pernas maiores e era mais ágil. Não precisou de muito
esforço para erguer o gnomo do chão usando apenas seus braços.
A milícia já tinha sido chamada quando Joshua causou uma barulhada para derrubar a parede, e já
tinha chegado!
– ESTE é o ladrão! – disse Joshua – E eu tenho provas!
– Provas?!? – zombou o gnomo, já recuperado da magia de medo – Que provas? Eu não roubei
nada! Você não vai encontrar nenhuma mercadoria roubada no meu ...

35
Aventura Solo

– Tenho este canivete que você deixou cair! - o mago decidiu fazer um blefe - Podem leva-lo até
Laucian, ele tem uma magia apropriada para ladrões mentirosos!
O gnomo sentiu um frio na espinha! Detestaria desafiar um mago tão notório em Phanthorys como
Laucian, decidiu se entregar. Os dois amigos deles conseguiram fugir.
O gnomo confessou o roubo e mostrou o baú onde havia escondido os produtos roubados.
Passou a noite na cadeia.
Vá para 60

57 Antes mesmo que o sol nascesse, Ulfgar já estava de pé, com seu machado e seu escudo novo,
pronto para a viagem. Estava muito animado!
Fabos estava de posse de sua Espada Montante e uma cota de malha. Os dois fizeram um rápido
desjejum e rumaram até a masmorra. A caminhada seria longa.
Já no coração do bosque, os dois pararam um pouco. Ulfgar treinava alguns golpes numa árvore e
Fabos ficava olhando com um tênue ar de cobiça para seu escudo.
– Muito bonito esse seu escudo, Ulfgar! Se eu soubesse que ESTA seria a recompensa...
– Sim, espero que não haja muitos inimigos para arranhar este escudo. Detestaria leva-lo para meu
pai todo arranhado e com marcas de...
– Mas isso seria uma prova de que você esteve em aventuras! E do jeito que você fala do seu pai, ele
deve ter sido um grande aventureir... – Fabos pára por um momento, Ulfgar não percebeu.
– Sim, exatamente! Na verdade, o clã anão dos Rumnahein sempre foi fam....
– Silêncio! – disse Fabos, num sussurro.
Ulfgar fechou a boca, mas não escutava nada, apenas olhava para Fabos, que se levantou e tentava
escutar algum ruído. Por fim, ele levou o ouvido à terra e ficou escutando.
– Gnolls! Só pode ser! Esses “cara-de-cachorro” estão nos rondando! Eu cheguei a ver um deles por
aqui ontem...
– Gnolls?
– Droga! E agora? Devem ser muitos! – Fabos desembainhava sua espada.
Ulfgar ficou pensando na palavra. Gnoll... sim! Seu pai já havia lhe contado sobre estes humanóides
com cara de cachorro que roubam coisas e agem em bando. Ulfgar olhou para seu maravilhoso escudo e o
agarrou com força. O quê seu pai faria numa hora destas?
Subiria nas espessas copas de árvores para se esconder? Vá para 64
Enfrentaria as criaturas, não importando quantas fossem? Vá para 61

58 Mesmo cansados e machucados, Fabos e Ulfgar rumaram para a masmorra. A medida que iam
se aproximando do local, a terra ficava cada vez mais inóspita e com pouca vegetação. Uma região desolada
até muitos quilômetros. Mas bem aos pés de uma grande rocha era possível ver um buraco escuro...
– Então esta é a masmorra? – perguntou Ulfgar.
– Ela mesma! – disse Fabos.
– Acho que eu trouxe uma lanterna de óleo aqui...
– Não! Já tive experiências muito desagradáveis com lanternas à óleo! Uma vez, o óleo quente caiu
em cima de mim, por sorte eu estava com roupas grossas... vou acender uma tocha que eu trouxe.
Usando duas pedras de faísca, Fabos acendeu a tocha.
Quando estava se dirigindo, na frente, para a masmorra escutou um ruído estranho...
– O quê foi, Fabos?
– Não sei... parece que ouvi um ruído de pedra rangendo...
Ulfgar se aproximou. Também escutou um barulho similar...
– Olhe!!! – ele gritou.
Bem acima da entrada, havia uma estátua rústica, mas muito bem disfarçada de um guerreiro apon-
tando um arco e uma flecha. Os braços de pedra se moviam, sempre apontando para o primeiro que se
aproximava...

36
Graso: A capital

– Vou tentar destruir a estátua... – disse Fabos.


– Não! Bater sua espada na pedra apenas vai quebrá-la! Vou usar meu escudo...
Ulfgar se aproximou, os braços da estátua começaram a se mover... Segurando o escudo com firme-
za, o anão passou...
VUP!
A flecha foi disparada com tanto vigor que os braços de pedra se estraçalharam. A flecha de pedra
cravou no escudo de Ulfgar, a ponta por muito pouco não saiu do outro lado...
– Hi-dily-ho! Seu escudo é mesmo resiste...
Eis que Ulfgar vê que seu escudo rachou do ponto de impacto até as extremidades... a flecha partiu
o escudo ao meio... INCRÍVEL!!!
– Droga! Perdi meu escudo... mas fico pensando no que aconteceria se esta flecha me atingisse...
Os dois entraram na masmorra.
Por um caminho sinuoso, eis que eles chegam até uma trifurcação. Para a esquerda, para a direita e
para frente.
– Qual caminho, Fabos?
– Hmmm, espere um minuto... deixe-me pensar...
Ir para a direita? Vá para 69
Ir para a esquerda? Vá para 81
Ir em frente? Vá para 92

59 Não é muito seguro o grupo ficar separado, era melhor ficar por ali. A sede que esperasse.
O vento morno e o farfalhar calmo das folhas tranmitia muita tranqüilidade. Todos estavam cansados,
poderiam ter dormido ali mesmo, sem nenhum remorso.
Forças maiores impediram isso.
Gemidos.
– Ouviram isso?! – Lia se levantou num salto – O que há?
– Parece ser... Não sei, alguém está passando mal? – Lou desembainhou a espada por precaução.
Todos estavam atentos... Alguma coisa não estava certa.
Quando foram atacados... por mortos-vivos!!!!
– O QUÊ?!?!?! ESTES MONSTROS NÃO APARECEM SÓ DE NOITE?!?!?! – Jebbo levou um
susto ainda maior do que na noite anterior. Não tinha armas como os outros, o quê faria?!?
Lia se colocou na frente dele para protege-lo. Gary e Lou sacaram as espadas, mas estavam tão
assustados quanto Jebbo. Aramil disparou algumas flechas, mas poucas se mostravam efetivas... Que loucu-
ra era aquela?! Mortos-vivos sob a luz do sol???
Mas eram poucos, e o grupo conseguiu repelir a ameaça.
– Que... que absurdo!!! – disse Jebbo, encostado numa árvore – Eu pensei que...!
– Uf... Todos nós pensamos! – disse Lou, se apoiando na espada – Não pensei que sríamos ataca-
dos... No máximo por gnolls, mas não...
– Temos que prosseguir! – disse Lia, se recuperando do susto – A noite não tarda e em breve haverá
mais mortos-vivos por aqui!
Todos concordaram e continuaram a viagem.
A noite já estava chegando, mas logo eles alcançaram a vila. Na verdade era apenas uma amontoado
de casas rústicas em volta de um lago. Um sentinela os recebeu.
– O que querem?
– Conversei com a dama Oráculo a alguns dias – disse Jebbo – Ela disse que só nos atenderia se
trouxéssemos um objeto mágico em oferenda. Não conseguimos, mas talvez ela atenda este jovem elfo.
O sentinela olhou para Aramil. Nunca tinha visto um elfo na vida e ficou desconfiado.
– Hmm, não sei. Oráculo não falou nada sobre elfos, mas podem ir falar com ela. Mas se forem
expulsos, não me culpem.
Aramil foi na frente para a tenda onde Oráculo se encontrava. E lá estava ela, sentada com as pernas
cruzadas. O ar estava impregnado de aromas almiscarados.

37
Aventura Solo

Era uma bela mulher. Tinha os cabelos negros compridos e um rosto belo, quase tão belo quanto de
uma elfa. Ela olhou para Aramil e fez sinal para que apenas ele ficasse na tenda. Jebbo e os outros se
retiraram.
– Não costumo receber visitas de elfos com freqüência, mas é uma agradável surpresa. O que o traz
aqui, jovem elfo?
– Meu amigo está com o pai desaparecido a semanas! Ele não conseguiu o objeto mágico que seria
sua oferenda mas estou disposto a fazer o que desejar para receber qualquer informação sobre o pai de
Jebbo.
– Não sei... Não costumo atender não-magos de graça, mas em consideração a você, belo ser, eu
posso dar esta informação. Mas ela será vaga.
Oráculo retirou um punhado de pó colorido de uma algibeira e o despejou numa tina cheia de água.
A água ferveu e mudou de cor várias vezes.
O vapor subiu e adquiriu forma.
A forma de uma caverna.
– Ele está vivo! – disse Oráculo, num tom quase sinistro – Está numa caverna numa região estéril,
não muito longe daqui, não é difícil chegar lá.
– É mesmo? Então ele está mesmo vivo...
O vapor mudou de forma e ficou negro.
– Oh! – exclamou Oráculo – Eu vejo uma grande mal adormecido... Há pessoas chorando abaixo
deste mal... Eu vejo estranhas engrenagens e... Mais nada!
O vapor se dissipou e o cheiro almiscarado voltou a impregnar o ar.
– Receio que mesmo se eu quisesse, não poderia lhe contar mais do que isso. Eu espero que seja o
suficiente. Tome cuidado... Muito cuidado!
– Mas... Oh! Está bem, obrigado, Oráculo.
– Não foi nada. Ah! Devo avisa-lo de mais uma coisa... Cuidado com o guardião de pedra!
– Com quem? – Aramil já estava se retirando da tenda quando ouviu o último conselho de Oráculo.
Quando se virou, ela baixou a cabeça e ficou quase sonâmbula, não poderia conseguir mais nada dela.
Aramil saiu da tenda e foi falar com Jebbo.
– Até que foi rápido, Aramil! E então? Ela finalmente disse alguma coisa sobre meu pai?
– Foi curta e grossa, mas confirmou que ele está vivo.
Jebbo sentiu uma imensa alegria dentro de si e começou a pular e a gritar de alegria, mas Aramil
interrompeu-o.
– Espere! Ela falou de um perigo muito grande na caverna...
– Caverna? – disse Gary – Um momento... Está se referindo a uma espécie de masmorra que fica
numa região estéril não muito longe daqui? Eu conheço aquele lugar! Era uma antiga mina de mineração
mas foi abandonada há anos!
– Acho que sim, estamos falando da mesma masmorra. Mas Oráculo disse que havia...
– Ora, QUEM SE IMPORTA?!?!?! – Jebbo ainda estava explodindo de alegria – Meu pai está
VIVO! Eu disse a vocês! Agora, vamos! Amanhã mesmo eu o quero de volta!
E os cinco se puseram em direção à masmorra. Aramil ficava apenas pensando no que os aguardava,
seria algo terrível?
“Guardião de pedra, Hmm...”
Vá para 71

60 No dia seguinte, Shamyr recebeu toda a sua mercadoria roubada, estava muito feliz!
– Vida longa e próspera para você, meu bom Joshua! Pensei que nunca mais ia ter meus objetos de
volta! Oh! Como posso demonstrar minha gratidão?
Joshua já havia pensado nisso!
– Bem, eu... (posso mesmo escolher?) perdi meu bastão e... se não for abusar de sua gentileza...
– Eu compreendo! É o cajado mágico que você quer, não é?
Shamyr pegou o cajado. Lá estava ele! O cajado feito de metal azulado, com ornamentos de prata

38
Graso: A capital

em uma das extremidades e uma grande pérola incrustada na outra.


– Pode ficar com ele! – disse Shamyr – Pensei que poderia vende-lo para um mago poderoso, que
fosse bem conhecido. Assim, quando lhe perguntassem onde havia arranjado um cajado mágico tão bonito
ele diria o meu nome ... Ah! Mas tenho certeza que você brevemente vai se tornar um mago poderoso e
notório em toda Graso! Só não se esqueça de dizer que fui eu que fiz este cajado...
– Muitíssimo obrigado, Shamyr. Nem sei se mereço tão belo presente, obrigado!
Joshua se sentia muito bem. Nem precisaria mais continuar com suas “pequenas aventuras” em
Phanthorys, poderia até mesmo ir embora ... mas mudou de idéia – pelo menos por enquanto – quando
passou na frente de um posto da milícia que servia como cadeia. Será que o gnomo estava lá?
O mago pediu permissão para entrar e olhou as celas. E lá estava o gnomo! Numa solitária!
– Olá!- começou Joshua, encostado nas grades - Todos os gnomos têm cabelos assim, é?
Joshua sorria, mas o gnomo o olhou com desaprovação.
– Veio aqui me gozar?!? Me pegou de jeito!
– Desculpe, mas... o quê te levou a assaltar uma Loja de Magias? Nunca ouviu falar na frase que diz:
“Não se meta nas coisas dos magos! Pois eles são sensíveis e se enfurecem com facilidade”?
– Já! Mas eu tive motivos maiores... motivos que duvido que você entenda...
Joshua olhou para o gnomo com certa pena.
– Mas se você não tentar, não vou mesmo entender!
O gnomo olhou para o mago.
– Em primeiro lugar, meu nome é Jebbediohathyophantylastoyastol, mas todos me chamam de
Jebbo... meu pai desapareceu há alguns meses...
– Seu pai?
– Sim... alguns dizem para eu esquecer tudo, que ele deve ter morrido em algum lugar, só que... eu
só queria ter certeza! Por isso tentei roubar alguma coisa na Loja de Magias para oferecer à Oráculo, para
que ela pudesse me dar uma pista para dizer onde está meu pai!
– Quem é Oráculo?
– É uma ... feiticeira. Ela não atende pedidos de não-magos, por isso seria preciso fazer uma oferenda
á ela. Pensei que assim...
– Onde ela vive?
– Num pequeno vilarejo na divisa de Phanthorys. Ah! Se eu pudesse...
Joshua ficou pensando por alguns instantes. Seria melhor voltar para casa AGORA e perder essa?
Afinal, a missão que teve foi fácil demais!
– Meu caro Jebbo – disse ele – Se você quiser, posso tomar esta missão como minha! Posso procurar
informações sobre seu pai, se você quiser.
Jebbo ergueu os olhos.
– Se eu quero? SE EU QUERO?!?! Oh! Muito obrigado, senhor mago!!! Se você descobrir o que
aconteceu com meu pai ... nem que seja só para falar que ele está mesmo morto... eu ficaria muito grato!
– Então está certo! Até outro dia!
Joshua se despediu do gnomo e correu para onde havia deixado sua bagagem. Não havia muita coisa
útil para ele levar, apenas o cajado. A aventura REAL ainda nem começou...
Vamos procurar por esta feiticeira de Dia? Vá para 65
Ou melhor de Noite? Vá para 67

61 Por mais numerosos que fossem, Ulfgar não se permitiria esconder, seria um ato covarde!
Pegou no seu machado e ficou de costas para Fabos, ambos esperando o combate inevitável...
Uma lança voou pelos ares e caiu próximo ao pé de Fabos, este brandiu sua espada e foi na direção
de um vulto. Ulfgar se viu sozinho num círculo de gnolls, todos portando lanças.
O anão baixou a guarda e foi atacar diretamente as criaturas. Conseguiu ferir algumas e fez outras
correrem de medo, mas três gnolls maiores e mais fortes que os outros atacaram com as lanças. Ulfgar se
escondeu atrás do escudo, que foi sua salvação.
Fabos já tinha decapitado dois deles e ferido vários, mas já estava exausto. Uma lança atingiu seu

39
Aventura Solo

braço e ele deixou a espada cair. Foi capturado e imobilizado com cordas.
Ulfgar também já estava ficando cansado do combate. E ainda tinha deixado seu escudo cair. Enfim,
foi novamente cercado.
Um uivo veio de dentro da mata e os gnolls restantes pegaram a espada e a cota de malha de Fabos
– que estava inconsciente devido aos ataques – e o escudo de Ulfgar. Carregaram como podiam os compa-
nheiros mortos e feridos e foram embora.
– Mas... o quê? Eles não continuaram?
Não, gnolls não lutam para matar aventureiros e sim para roubar suas coisas. Perceberam que teriam
muito trabalho para derrotar Ulfgar, por isso decidiram fugir, levando os “objetos-metálicos” que eles tanto
apreciavam. Era uma quadrilha de ladrões.
Ulfgar ajudou Fabos a se levantar, ele estava bem machucado, embora dissesse que podia andar.
– Estou bem, não se preocupe comigo eu só... estava meio enferrujado, sabe?
– Aqueles animais levaram nossas coisas! Não podemos deixar assim! Temos que pega-los!
– Concordo, mas... me deixe descansar uns cinco minutos...
Ulfgar não queria perder mais nem um segundo! Eles roubaram o escudo e os outros recursos de
Fabos, não! Não deixaria barato! Seguindo sozinho como podia os rastros deixados por eles, Ulfgar decidiu
tomar suas coisas de volta.
Caminhou com dificuldade, tentando não ligar para as dores que sentia por todo o corpo. Que
situação! Eis que conseguiu chegar próximo de uma clareira onde casinhas rústicas de madeira estavam
espalhadas pelo lugar. Os esconderijos dos gnolls, é claro! Mas agora tinha que tomar muito cuidado...
Dois grandes gnolls apareceram repentinamente pelas costas de Ulfgar, felizmente não o viram,
mesmo assim, Ulfgar procurou ficar escondido. Mas eis que um deles o farejou.
– “Droga! Mas que droga! – pensou ele – Como vou fazer para escapar?”.
Atacar os gnolls? Vá para 63
Tentar fugir sorrateiramente? Vá para 66

62 Quase!!!
Aramil salta sobre jebbo e consegue evitar que uma flecha de pedra o transpassasse. A flecha se
estilhaça no chão, por pouco!
– Deuses, Jebbo! Seja mais cuidadoso! Se não fosse o elfo...
– Desculpe, desculpe, eu... Mas da onde veio esta flecha?
Olhando para cima, puderam ver um estátua de pedra estilizada de um homem segurando um arco.
A estátua estava muito bem disfarçada na pedra e se não fosse a luz da lua, não a teriam visto.
– Abençoados são seus olhos, Aramil! – disse Gary – Agora devemos prosseguir!
Os cinco entraram na masmorra.
Jebbo ia na frente carregando uma lanterna de óleo, Lou ia atrás com uma tocha comum. Não levou
muito tempo até chegarem diante de uma trifurcação.
– Bem... – disse Jebbo – para onde?
À direita? Vá para 68
À esqueda? Vá para 73
Em frente? Vá para 76

63...depois de tomar tanta porrada Ulfgar decidiu atacar os dois gnolls? Cara, na boa, mas essa
idéia não foi inteligente... Ulfgar estava tão cansado que mal podia erguer o machado, os dois grandes gnolls
não tiveram dificuldade em desmembra-lo... fim da aventura.

64 Ulfgar sugeriu que eles subissem nas árvores e se escondessem. Morreria de vergonha se con-
tasse ao pai que se escondeu covardemente de um bando de gnolls, mas ainda não era um guerreiro experi-
ente o bastante para combater vários inimigos de uma vez só!
Fabos concordou, meio relutante, e subiu numa árvore. Os dois se esconderam e ficaram atentos ao

40
Graso: A capital

que acontecia...
Mas eis que Ulfgar se esqueceu de uma coisa... seu escudo!!! Era difícil subir numa árvore o carre-
gando e ele havia se esquecido do escudo!
Logo, três gnoll apareceram. Eles logo encontraram o escudo de Ulfgar, que estava atrás de uma
pedra. O pegaram, farejaram um pouco, e depois sumiram.
– Não! Eles levaram meu escudo!!! – gritou Ulfgar, quando as criaturas se afastaram – Droga! Eu
pensei que eram muitos! Mas só haviam três...
– Não ouse me culpar! Eu escutei SIM vários gnolls se aproximando! Os outros deviam estar escon-
didos ou esperando, esses bichos são assim!
– Mas, e agora?! Essas pragas levaram meu escudo!
– Calma! Nós podemos seguir a trilha deles e ir em seu encalço, gnolls geralmente guardam muitas
coisas valiosas em seus esconderijos. Podemos até ter algum lucro.
Ulfgar e Fabos desceram da árvore e seguiram a trilha dos gnolls.
Depois de alguns minutos, os dois se viram próximos à uma clareira com casinhas rústicas feitas de
madeira. Era a vila onde os gnolls moravam.
– Onde será que eles guardam os objetos roubados? – sussurrou Fabos.
– Não sei...e é tão estranho, parece que está tudo vazio.
No entanto, haviam gnolls lá, só que bem escondidos. Dói deles – dois GRANDES gnolls – estavam
fazendo uma patrulha e começaram a fareja-los...
– “Deuses! E agora? Vão nos encontrar!” – Ulfgar estava um tanto apavorado, pois aqueles gnolls
eram bem maiores que os outros três que viu.
O quê fazer?
Lutar com os gnolls? Vá para 70
Tentar se esconder? Vá para 75

65 Com essa praga de mortos-vivos espreitando a cidade, será melhor ir de dia...


Joshua saiu da cidade e foi em direção ao vilarejo, que ficava no meio de um bosque.
O sol estava quente, mas um agradável vento frio sibilava e fazia algumas folhas farfalharem. O dia
estava muito bonito...
Já era de tarde, quando Joshua decidiu parar um pouco para descansar. Sentou numa pedra e encos-
tou numa árvore.
A sombra estava agradável e agora a lufada de ar vinha quente. Efeito: Joshua acabou dormindo!
Quando acordou, já era noite.
O mago tomou um susto quando acordou na escuridão.
– Céus! Por quanto tempo fiquei aqui?!
Joshua apressou o passo. Já estava bem perto da vila, pois tinha andado quase todo o percurso.
O vento, agora, sibilava como uma serpente e cortava a face como uma faca gelada. Pior, de noite,
algumas criaturas terríveis ficam à espreita...
Porém, Joshua não estava com medo de encarar qualquer criatura de frente, o problema é se ela
resolvesse ataca-lo pelas costas...
Bem, não foi isso que aconteceu.
Alguma coisa o atacou pelo lugar que ele menos esperava: o chão!
Duas mãos com garras prenderam os pés do mago e começaram a puxa-lo para dentro da terra. O
susto foi tão grande que, por alguns momentos, Joshua ficou sem ação.
– Que criatura é ESTA?!?
Não havia tempo para isso! Tinha que agir naquele momento! O que faria... ?
O cajado! Ainda nem tinha experimentado lançar uma magia com ele e as chances de que fosse bem
sucedido não eram grandes. Mas não conseguia pensar em outra solução...
Escolha um destes caminhos, e boa sorte! Vá para 72 ou 77

41
Aventura Solo

66 Ulfgar estava muito ferido e cansado, não poderia lutar contra dois. Decidiu tentar se esconder,
mas era difícil. Embora se esforçasse para não fazer ruído os gnolls farejavam o sangue. A situação estava
péssima! “Não vou conseguir fugir! Não vou conseguir lutar!” – o anão pensava.
Um deles já estava com sua lança empunhada, à poucos passos de distância de Ulfgar – que estava
escondido atrás de uma árvore. Sem opção, Ulfgar preparou seu machado.
A criatura o encontrou.
Mas quando ia ataca-lo, levou uma paulada na cabeça. Era Fabos!
– Hi-dily-ho! Desculpe a demora! Agora, vamos acabar com estes bichos!
Só restava um, e Fabos e Ulfgar conseguiram derrota-lo. Mas isso atiçou a matilha inteira e logo
vários gnolls estavam os rodeando novamente. Um deles usava a espada de Fabos, outro a cota de malha e
outro empunhava o escudo de Ulfgar.
– Ladrões! – bradou Ulfgar, o que fez alguns gnolls recuarem – Devolvam meu escudo!!! – o anão
se atirou contra o gnoll que estava usando seu escudo. Conseguiu derrota-lo num único gope, pois ele não
sabia usar o escudo direito. Fabos, armado com um pedaço de pau, derrubou um gnoll que usava uma
espada. A pegou e foi contra o gnoll que estava usando a SUA espada montante!
Vendo a superioridade de apenas dois inimigos – levando em conta que os maiores gnolls já estavam
caídos - a matilha fugiu, deixando para trás suas armas. Bem na hora, pois Ulfgar e Fabos não agüentavam
dar nem mais um golpe!
– Hi-dily-ho! Foi por pouco, amigo Ulfgar!
– Poderia ter sido pior! Bem, mas os gnolls deixaram muitos “presentes” para nós...
– Hmm, a maioria das armas estão enferrujadas! Mas há algumas moedas de ouro nas algibeiras que
eles deixaram cair... alguns punhais em bom estado, mas só isso pode ser aproveitado!
– Não temos tempo para isso! Precisamos ir até a masmorra!
– Nós iremos!
Vá para 58

67 Naquela noite, Joshua saiu da cidade. Assustou alguns guardas que estavam na vigia, mas não
podia se revelar. Pouparia constrangimentos.
O vilarejo onde a tal Oráculo vivia ficava bem no meio do bosque. Não era bom andar de noite por
aqui, muitos diziam, pois estranhas criaturas ficam à espreita.
O vento sibilava como uma serpente e qualquer barulho que não fosse o farfalhar das folhas embaixo
de seus pés o fazia parar e ficar de prontidão. Não estava com medo de encarar qualquer criatura de frente,
o problema é se ela resolvesse ataca-lo pelas costas...
Bem, não foi isso que aconteceu.
Alguma coisa atacou Joshua no lugar que ele menos esperava: o chão!
Duas mãos com garras prenderam os pés do mago e começaram a puxa-lo para dentro da terra. O
susto foi tão grande que, por alguns momentos, Joshua ficou sem ação.
– Que criatura é ESTA?!?
Não havia tempo para isso! Tinha que agir naquele momento! O que faria... ?
O cajado! Ainda nem tinha experimentado lançar uma magia com ele e as chances de que fosse bem
sucedido não eram grandes. Mas não conseguia pensar em outra solução...
Escolha um destes caminhos, e boa sorte! Vá para 72 ou 77.

68 Seguindo pela direita, os ladrões avançaram mais alguns metros. A masmorra ia ficando cada
vez mais sufocante.
Finalmente, chegaram diante de uma bifurcação.
– De novo! Para onde, agora? – disse Jebbo.
À esquerda? Vá para 74
Em frente? Vá para 79

42
Graso: A capital

69 –Vamos pela direita – disse Fabos.


Seguindo pelo longo caminho sinuoso, dando algumas voltas, os dois se encontram num beco sem
saída... “Que ótimo!” – pensou Ulfgar, decidido a escolher ele mesmo o caminho da próxima vez... mas
quando estavam voltando, uma armadilha de alçapão se abre!!!
– PULE, ULFGAR!!!! – Grita Fabos.
O susto foi muito grande! Espero que Ulfgar consiga...
Vá para 84 ou 87

70 Eram grandes... mas eram apenas dois! Ulfgar bradou e se lançou contra os gnolls.
Eles não foram pegos de surpresa, pois já esperavam que alguma coisa estivesse se escondendo ali.
Mas foram pegos de surpresa por Fabos, que os atacou por trás.
A luta foi rápida, mas logo a matilha inteira estava rodeando os dois. Ulfgar e Fabos ficaram de
costas um para o outro e começaram a luta.
Um dos gnolls estava usando, justamente, o escudo de Ulfgar.
– Ladrão! Devolva meu escudo!!! – o brado de Ulfgar fez alguns inimigos recuarem, o qeu estava
usando o escudo foi derrotado logo no primeiro golpe, pois não sabia usar o escudo direito.
Fabos fazia sua Montante silvar no ar, alguns gnolls se intimidavam e fugiam, outros tentavam lutar,
mas era inútil! Fabos era um guerreiro muito bom!
Por fim, a maioria dos gnolls fugiu, deixando algumas armas para trás. Mas estavam todas gastas ou
enferrujadas, pouca coisa seria aproveitada.
– Hi-dily-ho! – disse Fabos – Como eu lutei! A quanto tempo não tinha um desafio como este!
Ambos estavam cansados e machucados, mas não tinha terminado.
– Precisamos ir até a masmorra! Não se esqueça disso!
– É claro que não! Só me deixe descansar um pouco...
Vá para 58

71 A luz das duas luas brilhava com tal intensidade que a noite parecia dia. Jebbo estava com um
sorriso que custava a tirar do rosto, Lou parecia preocupado, Lia e Gary estavam indiferentes. Apenas
Aramil estava pensativo... O que seria o tal guardião?
Logo, eles chegaram até a masmorra. Um buraco negro aos pés de uma rocha.
– É aqui – disse Gary.
– O que estamos esperando? Vamos logo! – disse Jebbo.
No entanto, quando Jebbo estava se aproximando da entrada, Aramil escutou um ruído de rocha se
esfregando...
– Uh! Pare, Jebbo! Ouvi alguma coisa! - disse Aramil.
– Ora essa! – Jebbo se virou e continuou a caminhar.
Aramil descobriu o que era o guardião de pedra!
– Jebbo, ESPERE!!! – Aramil saltou em direção à Jebbo.
Vá para 51 ou 62

72 A energia do cajado fluiu para o braço direito de Joshua e este disparou uma magia explosiva
contra a terra. Soltou seus pés e ficou, por um momento, olhando as camadas de carne putrefata pulsante que
estavam espalhadas pelo chão.
Era um MORTO-VIVO! E daqueles ruins! Que pegam no seu pé quando você anda em cemitérios
ou lugares amaldiçoados...
Não querendo mais perder tempo, Joshua disparou em direção à vila onde vivia a Oráculo.
Quando chegou, viu que a vila era pouco mais que um amontoado de casas rústicas envolta de um
pequeno lago. Um sentinela se assustou com a presença do mago.
– Fique calmo, eu só vim ver Oráculo.

43
Aventura Solo

– Madame Oráculo não atende estranhos! Volte de dia...


– Não seja um mau anfitrião, Gygax! Este jovem mago pode falar comigo.
Joshua se virou e viu que havia uma mulher bem atrás dele... Como não a notou? A mulher tinha os
cabelos negros bastante compridos e usava roupas longas e claras. Tinha um rosto belo, quase tão belo
quanto o de uma elfa.
Ela caminhou quase como uma sonâmbula. Passou pelos dois e se dirigiu para uma tenda.
– O quê está esperando? – perguntou o sentinela – Não queria falar com ela?
Joshua a seguiu.
Assim que entrou na tenda, um cheiro almiscarado se impregnou em seu nariz. O mago deu um leve
espirro. Luzes púrpuras muito fracas iluminavam aquele ambiente. Oráculo estava sentada num tapete com
as pernas cruzadas. Olhou para o mago e sorriu:
– O quê deseja saber, jovem mago?
Joshua se sentou, também.
– Vim aqui pedir uma informação. É sobre um gnomo desaparecido há alguns meses. O filho dele
me pediu para vir aqui e perguntar sobre...
– É mesmo esta a pergunta que você deseja fazer? Seria este “filho de gnomo” o mesmo que veio até
aqui algumas semanas atrás e eu o despachei?
– Acho que sim...
– Bem, está certo. Responderei a sua pergunta...
Oráculo pegou uma algibeira. Havia um pó colorido nela e ela o despejou num pote de água. A água
evaporou quase instantaneamente. O vapor colorido tomou forma e fez um desenho no ar do que parecia ser
uma entrada escura.
– Oh! – exclamou ela – Posso ver o lugar onde se encontra este velho gnomo... Um lugar muito,
muito perigoso!
– Perigoso? E que lugar é este?
– Uma masmorra! Uma masmorra cheia de perigos ocultos... e um deles está dormindo... mas se
acordar, causará muitas mortes!
O vapor mudou de forma. Agora, aparentava ser um círculo se movendo.
– Eu vejo pessoas chorando embaixo deste mal adormecido... Vejo uma estranha engrenagem e
também... Não, não posso ver mais nada!
O vapor sumiu no ar.
– O lugar para onde você deve ir é perigoso! Por favor, aceite esta pequena proteção.
Oráculo estendeu até Joshua um medalhão.
– É o Medalhão da Proteção. Deve usa-lo quando for enfrentar o guardião de pedra.
– Como?! – exclamou Joshua – Guardião de pedra?
– Você saberá quem ele é quando chegar ao lugar. Deve seguir caminho reto para sair do bosque. Vai
chegar numa região desolada e lá... vai encontrar uma entrada escura.
– Eu compreendo. Obrigado, Oráculo!
Joshua saiu da tenda, mas antes disso, disse:
– Mas... há mortos-vivos por aqui!
– Não se preocupe! – disse Oráculo, docemente – O Medalhão o protegerá das criaturas que tenta-
rem fazer mal a você! Pelo menos, enquanto estiver com ele...
Vá para 80

73 Foram para a esquerda.


O caminho era mesmo longo. A medida que adentravam na masmorra, parecia que o ar ficava mais
pesado, mas nenhum deles sequer pensou em recuar. Mas parecia que estavam dando uma enorme volta.
Chegaram diante de mais uma escolha. Uma bifurcação.
– Devemos seguir por qual caminho? – disse Lia.
Em frente? Vá para 78
À direita? Vá para 89

44
Graso: A capital

74 Foram pela esquerda. Continuaram seguindo até se verem diante de uma nova bifurcação.
– Isso já está me cansando! – disse Jebbo, mal-humorado
Para frente? Vá para 99
À esquerda? Vá para 93

75 Era difícil! O faro dos gnolls era muito apurado e Ulfgar e Fabos não conseguiam passar
despercebidos. Os dois começaram a se dirigir para onde eles estavam, Fabos foi para um lado e deixou
Ulfgar sozinho.
– “Não tem jeito! Vou ter que lutar...”
Mas o gnoll que estava mais próximo dele foi morto com um ataque pelas costas da espada montante
de Fabos.
– Vamos lá, Ulfgar!!! Eu cuido deles e você pega seu escudo!!!
O anão guardou seu machado e se esgueirou para as casinhas. Mas eis que ele percebeu que haviam
MUITOS gnolls por ali.
– Céus! Fabos não vai conseguir derrotar todos eles!!
Um dos gnolls estava usando o escudo de Ulfgar. O anão se encheu de ódio. Atacou a criatura pelas
costas, não dando nem tempo dela gritar.
De posse de seu escudo, Ulfgar começou a luta.
Eram muitos! De fato eram muitos gnolls! Mas a maioria usava armas gastas ou enferrujadas e não
tinham muita técnica de combate. É claro que eles lutavam ferozmente, obrigando Ulfgar a recuar algumas
vezes... mas nada que o experiente Fabos não conseguisse dominar! Logo, sua espada montante estava
empapada de sangue e os gnolls que ainda conseguiam ficar de pé, fugiram apavorados! Os dois eram fortes
demais para eles!
Fabos se apoiou na sua espada, estava exausto.
– Hi-dily-ho! Foi por pouco! Espero que esteja satisfeito, amigo Ulfgar!
– E estou! Obrigado pela ajuda. Mas, agora levante-se! Ainda temos que ir até a masmorra!
– Já estou indo... estou indo...
Vá para 58

76 Então, eles seguiram em frente.


Levou pouco tempo até estarem diante de nova bifurcação.
– Bem, para onde, agora? – perguntou Lou.
À esquerda? Vá para 96
À direita? Vá para 107

77 Bem que ele tentou...


A energia do cajado era imensa! Mas sem prática, ela pouco ajuda. Joshua foi arrastado para a terra
e nem ficou sabendo que criatura era aquela... antes de morrer! Fim da aventura.

78 Foram para frente. Mas acabaram num beco sem saída.


– Vamos voltar! Isso está me deixando nervoso! – disse Jebbo.
Voltaram e tomaram o outro caminho.
Vá para 89.

79 Eles seguiram em frente.


Por um momento, Lou pediu para que parassem.
– Escutem! – disse ele.
O ruído era muito baixo, mas Aramil podia ouvir. Parecia o som de...

45
Aventura Solo

– Engrenagens! – disse Lou – logo á frente há alguma coisa de... Engrenagens!


Eles apertaram o passo e logo chegaram próximos à uma câmara mal iluminada, mas era dali que
vinha o som, o que será...?
– O que estão esperando?! Vamos! – Jebbo correu em direção à câmara.
– Jebbo, não corra! – gritou Lou, mas era tarde...
Houve um estalido... uma armadilha foi acionada!!! O teto se abriu e uma pedra estava prestes a
esmagar Jebbo, que estava bem na frente.
– NÃO!!!
Vá para 108 ou 111

80 Seguindo as indicações de Oráculo, Joshua chegou até a região desolada. A terra estava seca e
nada crescia ali. As poucas pedras que estavam no local davam a impressão da área ser uma reta irregular,
indo para o infinito. Muito ao longe, podia se ver alguns montes, provavelmente onde começava as outras
cidades.
Lá estava a entrada escura.
Quando estava se aproximando do lugar, Joshua recuou sem entender por quê. Não era apenas medo
do lugar, era como se sua intuição quisessem lhe dizer algo.
– Não entendo... o quê está havendo comigo?
Joshua tentou se aproximar de novo... desta vez, ouviu um ruído de pedra.
Olhando mais atentamente, Joshua finalmente entendeu o quê era o guardião de pedra!
Uma estátua muito bem disfarçada na rocha apontava um arco bem acima da cabeça de Joshua. O
mago sabia que se tentasse entrar, o “guardião” iria alveja-lo.
– O Medalhão! Oráculo disse que o Medalhão me protegerá... mas como?
Joshua sabia que tinha chegado num ponto onde não podia voltar atrás. Se aproximou mais da entra-
da, e podia ver dois braços estilizados na pedra se movendo e empunhando um arco e uma flecha, também
de pedra.
Um primeiro pensamento do mago foi lançar uma magia para destruir a estátua, mas ele achou que, se
tentasse, a flecha poderia ser disparada antes de ser destruída pela magia.
Não havia outra solução, ele TINHA que passar...
SLASH!!!!
A flecha de pedra foi disparada com vigor, fazendo os braços da estátua se quebrarem. A flecha
atingiu em cheio o peito de Joshua, que deu três passos para trás com o impacto.
O mago olhou para o ferimento, esperando encontrar sangue. Não, não havia nada... O Medalhão que
foi atingido!
– Que os deuses te ajudem, Oráculo! Muito obrigado!
O medalhão estava em pedaços e não faria mais efeito. Tudo bem, agora Joshua podia entrar.
A masmorra estava escura, mas Joshua conjurou uma esfera de Luz para segui-lo pelo percurso.
Depois de alguns momentos de caminhada, ele chegou numa bifurcação. O caminho prosseguia para frente
e para a esquerda. Para onde iria?
Em frente. Vá para 88
Para a esquerda. Vá para 83

81 Decidiram seguir em frente. No caminho, começaram a escutar um ruído semelhante a uma


roda de moinho girando...
– Da onde vem este barulho? – pergunta Fabos.
– Não sei... mas parece que vem do lado esquerdo...
– Vamos prosseguir!
Mas os dois acabam num beco sem saída.
– O caminho da esquerda! – diz Fabos – O caminho da esquerda é o certo!
Mas quando estava correndo de volta à trifurcação acionou uma armadilha de alçapão...

46
Graso: A capital

– Cuidado!!! – gritou, Ulfgar, que correu na tentativa de agarra-lo.


Escolhe! Vá para 85 ou 91

82 Joshua continuou seguindo em frente. Chegou até um ponto em que começou a ouvir ruídos de
engrenagem... e vozes! Estava ouvindo vozes!
Havia uma tênue luz numa câmara mais adiante.
No entanto, quando Joshua estava prestes a entrar na câmara, ouviu um estalido...
O teto se abriu.
Uma pedra imensa estava caindo!!! Joshua precisava ser rápido!!!
Lançar magia Explosão. Vá para 94
Lançar magia de Proteção. Vá para 100

83 Joshua prosseguiu por todo o caminho, mas quando chegou até o fim do corredor, só encontrou
uma área sem saída. Era melhor voltar e tomar o caminho da frente. Vá para 88

84 Por muito pouco, Ulfgar não caiu no alçapão cheio de lanças. Em parte, devia isso ao aviso de
Fabos. Este o ajudou a se levantar.
– Hi-dily-ho! Por pouco, hein? Agora, vamos tomar outro caminho...
Voltando à trifurcação, havia ainda mais duas opções.
Em frente. Vá para 92
Á esquerda. Vá para 81

85 Não foi desta vez... Ulfgar conseguiu agarrar Fabos, mas não se firmou na beirada. Os dois
caíram para a morte no alçapão profundo... fim da aventura

86 Seguindo pela esquerda, Joshua continuou sua caminhada. O caminho era longo e o mago teve
que dar várias voltas por um certo tempo. Até que começou a escutar ruídos... Ruídos de engrenagem, ao
que parecia, e vozes! Vozes que vinham de uma câmara mal iluminada logo em frente...
No entanto, quando estava se aproximando, ele sentiu que pisou em alguma coisa saliente. Houve um
ligeiro estalido.
O teto se abriu.
Uma pedra gigante começou a cair!!!
Joshua precisava ser rápido! Precisava fazer alguma coisa RÁPIDA!!!
Lançar magia de Explosão na bola? Vá para 94
Se proteger com uma magia de Proteção? Vá para 100

87 Tsk! Com pernas tão atarracadinhas, Ulfgar não conseguiu pular a tempo e cai num buraco
fundo e repleto de lanças! ... fim da aventura.

88 Seguindo em frente, Joshua não demorou muito para chegar até um ponto com três opções.
– Agora são três – murmurou – Á esquerda, em frente e á direita... Para onde eu vou, agora?
Esquerda. Vá para 86
Direita. Vá para 90
Em frente. Vá para 82

47
Aventura Solo

89 A tensão era bem clara no quinteto.


Estavam todos preocupados em ficar dando voltas naquela masmorra durante muito tempo, mas não
havia outro modo. Jebbo andava cada vez mais rápido e com menos cautela, o que poderia ser fatal para ele.
Lou procurava escutar tudo com máxima atenção, Gary estava com sua espada desembainhada e Lia com
seu atirador de dardos engatilhado. Só Aramil não parecia tão tenso, confiava em si mesmo; talvez porque
esta fosse a primeira masmorra em que ele se aventurava...
– Vamos! – tentava incentivar Jebbo – Devemos continuar, sempre em frente, semp... oooh!
Por muita sorte, Jebbo conseguiu se esquivar de um dardo envenenado que saltou da parede. Por
pouco! Lou tratou de tomar à frente e tomar mais cuidado com possíveis armadilhas.
Continuaram em frente.
Mas eis que escutaram ruídos estranhos...
– Parecem engrenagens... – disse Lou – Vamos!
Assim, todo o grupo apertou o passo. A poucos metros era possível ver uma câmara mal iluminada.
Era de lá que vinha os ruídos.
– Ali!!! Achamos!!! – Jebbo estava tão feliz que correu em disparada.
– Não, Jebbo! Eu ainda não verifiquei se há mais armad...!!!
Mas ele não escutou. Tarde! Houve um estalido e o teto se abriu. Uma imensa pedra estava prestes
a cair sobre Jebbo!
– NÃO!!!!
Vá para 108 ou 111

90 Seguindo pela direita, Joshua percorreu um longuíssimo corredor, até chegar numa nova bifur-
cação. Em frente e á esquerda. Onde devia ir?
Em frente.Vá para 101
Pela esquerda. Vá para 98

91– PEGUEI!!! – gritou Ulfgar.


Fabos conseguiu firmar um braço no ombro do anão e o outro braço na beirada. Conseguiu escapar
do alçapão.
– Não! Não tenho palavras por ter salvo a minha vida, amigo Ulfgar!
– Não diga nada!
– Bem... agora devemos ir para o lado esquerdo, que é o certo!
Seguindo pelo lado esquerdo, onde escutaram barulho de engrenagens, os dois continuaram até
encontrarem outra bifurcação. Ficaram confusos.
– Estranho... podia jurar que este era o caminho certo...
– E é, amigo Ulfgar! Só não podemos errar agora...
Qual caminho tomar?
Á frente? Vá para 102
À direita? Vá para 106

92 –Vamos por este caminho! – sugeriu Fabos


Os dois continuaram andando, o caminho era longo e sinuoso. Ulfgar ficou pensando se não esta-
vam errados.
Aparentemente não.
Chegaram até uma nova bifurcação.
– Mais uma escolha! Que caminho, agora? – perguntou Fabos.
– Eu devo escolher, agora?
Havia um caminho para frente e para a direita.
Vamos em frente? Vá para 102
Vamos à direita? Vá para 106
48
Graso: A capital

93 Assim que seguiram por este caminho, viram uma nova trifurcação. Mas no caminho da frente,
havia uma luz e eles decidiram seguir.
Saíram para fora da masmorra.
– Andamos em círculos!!! – gritou Jebbo – Droga!
– Calma! Já sei o que fazer – disse Lou, o acalmando – Vamos seguir pelo mesmo caminho que
estávamos indo até chegarmos naquela primeira bifurcação. Vamos, desta vez, tomar o caminho da frente!
– Tem certeza? – disse Lia – E se nós fossemos por outro caminho?
– Não sei... Eu acho que... Ouvi ruídos de engrenagens naquela bifurcação.
– Engrenagens? – disse Gary.
– Sim! Vamos retomar até aquele caminho!
E assim, ele seguiram até chegarem novamente na bifurcação. Desta vez era Lou que estava na
frente e ele conduziu o grupo.
Vá para 79

94 Joshua, num reflexo condicionado, ergueu o cajado mágico e mais que depressa conjurou a
magia de Explosão. A pedra ficou em pedacinhos que só arranharam de leve o rosto do mago.
Levou um tempo até que Joshua se recuperasse do susto, mas finalmente conseguiu se erguer.
Entrou na câmara.
Lá, ele tomou o maior susto que já tinha tido até agora... um ...!!!... DRAGÃO! Um Dragão adorme-
cido estava... deitado numa roda (?) numa espécie de engrenagem (??) girada por várias pessoas (???).
– Ei! – sussurrou Joshua – O quê estão fazendo?! Vão acordar o Dragão!
As pessoas se assustaram com a repentina entrada do mago, e piscaram quando viram a luz forte que
vinha da esfera flutuante. Um deles, bem velho, respondeu:
– Se pararmos de girar a roda, o Dragão acorda!
– E ninguém pode fugir, por causa das armadilhas – disse outro homem.
Joshua olhou para o imenso corpanzil da criatura. O Dragão tinha escamas negras e dormia sem
produzir muito som. Algumas pessoas estavam descansando e bebendo água de cantis sujos. As outras
giravam a roda.
– Da onde vocês são?
Houve uma enxurrada de nomes de vilas e pequenas cidades – que se encontram nos arredores de
Phanthorys. Estava claro que aquelas pessoas não estavam lá porque queriam...
– Mas... – disse Joshua – quem os prendeu aqui?
– Uma criatura pérfida! – gritou um –Um homem sujo que nos raptou e nos prendeu aqui! Somos
obrigados a girar isto para que o Dragão não acorde e não nos mate! E a energia estranha e faiscante que a
engrenagem produz vai para o laboratório do famigerado!
– Laboratório?
– Sim – respondeu uma jovem que também estava empurrando a engrenagem – O laboratório onde
um velho gnomo é obrigado a tomar conta...
– Velho GNOMO?!? – Joshua se lembrou das palavras de Jebbo. Então, o pai dele estava mesmo
aqui! E preso num laboratório!
– Onde está este velho gnomo?
– É só seguir por este caminho, filho – um velho indicou uma entrada – Aproveite para ver enquanto
o “chefe” não chega!
Joshua seguiu pelo caminho, e viu que outras engrenagens percorriam toda a extensão do corredor.
Chegou até uma enorme área onde havia várias camas. Estas estavam cobertas por lençóis e pareciam estar
cobrindo o que parecia ser um corpo humanóide...
O mago, impulsionado por uma curiosidade (embora já tivesse idéia do que estava ali) levantou um
lençol... Deitado na cama, estava um cadáver desfigurado!!!
Joshua deu um berro e começou a ouvir passos vindo na sua direção.
Era um velho gnomo. Cabelos grisalhos e barba rala.

49
Aventura Solo

– Quem é você?! – perguntou ele – Como chegou até aqui?


– E sou, eu...! Sou Joshua! Vim aqui a pedido de um gnomo chamado... Jebbo.
O velho deixou a expressão de espanto para ser tomado por uma imensa alegria.
– Jebbo?!? Meu pequeno Jebbediohathyophantylastoyastol o mandou aqui?!? Como ele descobriu
que eu estava aqui?
– Na verdade, ele não sabia. Descobri onde o senhor estava conversando com a Oráculo e vim até
aqui... salva-lo... eu espero!
– Oh! Bem... não posso sair daqui, meu caro! Ênyor...
– Quem é Ênyor?
– É um dos Membros do Conselho de Beril. Um homem muito ruim! Ele criou um séqüito de
mortos-vivos com a energia das engrenagens e iria usar para atacar a cidade!
– Ele JÁ o fez! A cidade foi atacada anteontem!
– Então... houve o ataque! Deuses, como ele pôde ser tão louco...
– Mas QUEM é este cara? Ele é um mago?
– Se fosse um mago verdadeiro, não precisaria gerar essa energia esquisita para criar estas criaturas
terríveis! Na verdade, todo o poder dele vem de um anel que ele usa. Um anel com uma pedra vermelha,
enorme!
Este comentário fez Joshua ter um estalido na cabeça... um anel com uma pedra vermelha??? Por
um momento, ele se lembrou de uma desagradável figura de costas, com cabelos castanhos e voz ríspida;
uma pessoa pela qual ele nutriu uma antipatia logo na primeira vez que o viu...
– AQUELE HOMEM!!!! Aquele homem da Loja.... É ELE!!!
Vá para 110

95 Não foi desta vez! Aramil não conseguiu ser rápido o suficiente para agarrar Jebbo e ambos
caíram no alçapão. Lamentável... fim da aventura.

96 Viraram, mas não havia saída.


– Beco sem saída! – disse Jebbo
– Então vamos pelo outro caminho – disse Lou.
– Estamos andando em círculos! Eu dete... – Jebbo parou por um momento quando ouviu um esta-
lido. Como sendo bom ladrão... Sabia o que era... UMA ARMADILHA!!!
Felizmente ele estava atento e conseguiu saltar antes que caísse num alçapão cheios de lanças afia-
das. Mas acabou derrubando a lamparina a óleo e se queimando.
– Jebbo! – gritou Lou – Tudo bem?
– Urgh! Não, não está! Estaria se você quase tivesse caído numa armadilha e ainda se queima com
óleo quente... Aaai!
– Já chega, Jebbo! – disse Lia – Chega de reclamar! Se esqueceu que temos uma coisa muito impor-
tante para fazer hoje?
– Eu... eu sei. Então vamos pelo outro caminho.
Continuaram andando. Mais uma vez, uma bifurcação.
– Esperem! – disse Lou – acho que ouvi alguma coisa...
Aramil podia ouvir, mas os outros não.
– Parece o som de uma engrenagem... Venham! É por aqui!
E todos seguiram pelo caminho da esquerda.
Andando um pouco mais, o ruído de engrenagens agora era audível para todos. Havia uma câmara
logo em frente e um pouco de luz.
– Vem dali! – disse Jebbo – Vamos!
E saiu correndo na frente.
– Ah! Espere, Jebbo, é perigoso! – disse Lou, mas era meio tarde.
Houve um estalido ... de novo! Mas desta vez Jebbo não estava preparado para escapar DAQUELA

50
Graso: A capital

armadilha! O teto se abriu e uma pedra caiu.


– JEBBO!!!
Vá para 108 ou 111

97 Depois do susto, Giggo prosseguiu:


– Eu não agüento mais servia aquele crápula! Tenho pena das pessoas que estão há semanas empur-
rando aquela roda, destas pessoas que foram arrancadas de seus túmulos para virarem monstros – se é que
não foram assassinadas – mas não posso fazer nada!
– Temos que fazer algo! – disse Aramil – O poder do anel dele é muito grande?
– Sim, MUITO grande! Eu já tentei uma vez surrupiar o anel e trocar por um sem poder... Mas nunca
consegui!
– Você tem um anel como o dele, pai?
– Ah, sim! Fiz esta réplica a alguns dias – Giggo mostrou o anel. Um anel de pedra vermelha.
– Mas isso não elimina todo o perigo – continuou – Mesmo sem anel, Ênyor é um bom espadachim!
– Ênyor?! – perguntou Lou – Mas eu já ouvi este nome... Não é de um dos Membros do Conselho...
O chefe, eu presumo?
– Exato! – disse Giggo – O próprio me contou isso, aquele rato! Não sei qual é a vastidão dos planos
dele mas isso não pode continuar...! Oh! O que estou dizendo? Como vamos fazer?
– Não se preocupe, pai! Vamos dar um jeito!
Os seis foram até a câmara onde estava o Dragão e as pessoas.
– E se déssemos um “jeito” nas engrenagens? – prepôs Lia – O que vocês acham?
– Mas é perigoso! – disse Gary – Eu não tenho muito talento com isso, vocês sabem!
– Então vamos tentar eu, Jebbo, Giggo, Aramil e Lia. – disse Lou
– Giggo? – perguntou Aramil.
– Ora, meu jovem! – disse Giggo, arregaçando as mangas – QUEM você acha que ensinou essa
molecada a ser bons ladrões?
E assim, sem a roda parar de girar, os cinco tentaram fazer alguma modificação nas engrenagens, de
modo que ela continuasse girando indefinidamente... ou pelo menos até todos escaparem de lá.
Perigoso, não?
Vá para 112, 129 ou 133. Tsk! Você vai precisar MESMO de sorte!

98 Seguindo pela esquerda, Joshua chegou até uma câmara sem saída... no entanto, ele sentiu
alguma coisa se movendo abaixo de seus pés...
O chão se abriu e Joshua caiu num poço repleto de lanças!!!
A esfera de luz que o acompanhava se apagou, e tudo ficou escuro... fim da aventura.

99 Seguiram em frente... Mas deram num caminho sem saída.


– Droga! – disse Jebbo – Vamos voltar e seguir pelo outro caminho.
Mas nem bem deu alguns passos e alguma coisa estalou. Jebbo conhecia muito bem ruídos como
aquele... Ele tinha acionado uma armadilha!!!
Um alçapão de abriu sobre seus pés e lanças afiadas brilharam sob a luz da lanterna.
– JEBBO!!! – Aramil correu para salva-lo.
Vá para 95 ou 103.

100 Pô! Eu falei grego? Eu disse RÁPIDO!!! Magias de proteção levam TEMPO para serem
conjuradas, e mesmo assim, dificilmente, uma pequena proteção serviria para aquela pedra enorme...
Fim da aventura.

51
Aventura Solo

101 Joshua prosseguiu, até que chegou numa área sem saída! Agora, o jeito era voltar...
Pelo último caminho da esquerda? Vá para 98
Voltar para a trifurcação e tomar ou à direita (90) ou em frente (82).

102 Eles seguiram em frente.


Aos poucos, perceberam que havia uma tênue luz no que parecia ser um salão.
– O que tem lá?
– Já vamos descobrir! De qualquer modo, firme bem a tocha na sua mão, Ulfgar!
Os dois estavam chegando cada vez mais perto, até que começaram a ouvir... vozes! Várias vozes
fracas e cansadas, não conseguiam entender o que estavam dizendo, mas com certeza eram vozes de pesso-
as, nada de monstros ou coisa assim...
Mas assim que estavam se aproximando, ouviram um estalido alto.
– E isso? O quê foi? – perguntou Ulfgar
Fabos não respondeu e apenas olhou para cima.
O teto se abriu e uma enorme pedra estava prestes a cair sobre eles!!! Ulfgar tinha que se esquivar
rápido, MUITO RÁPIDO!!!
Dar um passo para trás. Vá para 104
Saltar para frente. Vá para 109

103 Foi por pouco! Mas mais uma vez Aramil salvou Jebbo de uma armadilha!
– Tenha cuidado! – disse Lia – Você tem que ser mais calmo, Jebbo! Quase morreu!
– Como calma?! Eu não agüento mais! Eu quero...!
– Já chega! Este não é o caminho correto, vamos pelo outro.
E assim, seguiram pelo outro caminho.
Depois de algum tempo viram uma nova trifurcação. Mas no caminho da frente, havia uma luz e eles
decidiram seguir.
Saíram para fora da masmorra.
– Andamos em círculos!!! – gritou Jebbo – Não!!! Droga, droga e...!!!
– Calma! Já sei o que fazer – disse Lou, o acalmando – Vamos seguir pelo mesmo caminho que
estávamos indo até chegarmos naquela primeira bifurcação. Vamos, desta vez, tomar o caminho da frente!
– Tem certeza? – disse Lia – E se nós fossemos por outro caminho?
– Não sei... Eu acho que... Ouvi ruídos de engrenagens naquela bifurcação.
– Engrenagens? – disse Gary.
– Sim! Vamos retomar até aquele caminho!
E assim, ele seguiram até chegarem novamente na bifurcação. Desta vez era Lou que estava na
frente e ele conduziu o grupo.
Vá para 79

104 Foi eficaz! Ulfgar dá um passo para trás e a pedra apenas arranha a ponta do seu nariz. Fabos
já esperava algo do tipo e também conseguiu escapar.
– Hi-dily-ho! Por pouco! Essa pedra amassaria até minha consciência!
– Esqueça, Fabos! Agora vamos... !!!
De todos os sustos que Ulfgar tinha levado na vida até agora, com certeza este foi o MAIOR!
Literalmente!!!
Havia um Dragão de escamas negras na câmara (!), adormecido em cima de uma roda (!!) que era
girada por várias pessoas (!!!).
As pessoas se assustaram ao ver a chegada dos dois estranhos.
– O que estão fazendo?!?! – sussurrou Ulfgar – Vão acordar o Dragão se continuarem mexendo na
roda!

52
Graso: A capital

Uma das várias pessoas que estavam girando a roda falou com desprezo:
– Está enganado, anão! Se nós pararmos de girar a roda o Dragão acorda e nos mata!
Olhando em volta, Ulfgar e Fabos puderam ver que havia mais pessoas que estavam descansando
nas paredes da câmara mal iluminada. Muitas, muitas pessoas, principalmente velhos e pessoas frágeis – ou
que aparentavam isso, depois de tanto esforço para girar a roda. O Dragão parecia num sono eterno, sem se
perturbar com qualquer ruído.
– Quem os prendeu aqui com o monstro? – disse Ulfgar.
– Um homem sujo! – gritou um dos que estavam descansando – Um mago miserável que nos se-
qüestrou e agora nos obriga a girar esta roda para gerar aquela energia estranha e faiscante!
Ulfgar olhou para uma parte das engrenagens que ainda não tinha visto, pareciam ser cabos e coisas
afins, todas ligadas em máquinas estranhas. “O quê é isso?” pensava ele. Os cabos seguiam por um caminho
sinuoso e sem fim.
– O que tem por aqui? – perguntou Fabos, apontando para o caminho onde os misteriosos cabos
corriam.
– É o laboratório do mago. Um velho gnomo está sempre lá, fazendo a “manutenção”. Pobre coita-
do! Também foi seqüestrado! Você nem imagina o que tem lá dentro...
Fabos e Ulfgar decidiram ir até o laboratório.
Chegaram até uma enorme área onde havia várias camas. Estas estavam cobertas por lençóis e
pareciam estar cobrindo o que parecia ser um corpo humanóide...
O anão ficou curioso e decidiu levantar o lençol. Ficava imaginando o que havia ali... no entanto, o
repentino mal cheiro já dizia tudo...
Era um cadáver! Um cadáver desfigurado!
Ulfgar deu um berro que fez Fabos desembainhar a espada num reflexo condicionado. Logo os dois
começaram a ouvir passos em sua direção.
Era um velho gnomo. Um pouco menor do que Ulfgar, com cabelos grisalhos e barba rala.
– Quem são vocês?! – perguntou ele – Como chegaram até aqui?
Vá para o próximo capítulo (105)

105 Fabos se dirigiu ao gnomo com uma voz autoritária.


– Nós é que fazemos as perguntas! Quem são estas pessoas mortas? O quê você faz aqui e quem
prendeu os pobres coitados da câmara anterior junto com um Dragão?
– Uma destas perguntas já tem resposta, Fabos – disse Ulfgar – Foi um mago que prendeu as pessoas
lá, pelo menos é o que eles disseram.
– ... isso é o que eles acham! – disse o gnomo.
Ulfgar olhou para o gnomo com curiosidade.
– Qual é seu nome? – disse ele, finalmente.
– Meu nome é Gioniolanthynnyegigoole, mas as pessoas me chamam de Giggo. Estou preso aqui
como aquelas outras pessoas. Minha função é fazer a manutenção da máquina que “dá vida” aos cadáveres
e também fazer certos “ajustes” nos corpos. Acreditem! Não estou aqui porque quero!
– Mas para quê tudo isso? – perguntou Fabos – Sempre pensei que magos malignos criavam mortos-
vivos com magia, não com máquinas e energias estranhas. O quê significa tudo isso?
– Aí é que está... a pessoas que nos prendeu aqui NÃO É um mago!
Silêncio.
– De fato, ele faz magia – continuou Giggo – mas seus poderes vêm todos de um anel mágico de
pedra vermelha que ele usa. Ele não é um mago, mas faz parecer. Seu nome é Ênyor.
– Ênyor?! Mas... como? – pergunta Ulfgar – Eu ouvi falar deste homem! Dizem que ele é um
Membro do Conselho e que ajudou a cidade a se livrar dos mortos-vi...
– Isso é MENTIRA!!! – gritou Giggo – Este é o plano dele! Conseguir o apoio da população para
derrubar o monarca! Ele até deu “férias coletivas” para os outros Membros do Conselho! Por favos, acredi-
tem em mim, ele...
– Espere um pouco... – disse Fabos – Como você sabe destas coisas?

53
Aventura Solo

– Como estou cuidando do laboratório, eu tenho um pouco mais de acesso às coisas dele! Já o vi
escrevendo cartas para a população, com seu jeito todo filantropo... e recentemente descobri que ele não é
um mago. Afinal... se ele fosse, por que precisaria seqüestrar todas aquelas pessoas dos arredores para fazer
esta energia? Ele não é um mago verdadeiro! Seus poderes vem do anel com pedra vermelha que ele usa!
– Mas por que você foi escolhido para cuidar da máquina e dos cadáveres? – perguntou Ulfgar.
– Phanthorys não tem muitos curandeiros, e eu era um dos poucos. Tenho certo conhecimento sobre
anatomia e coisas afins, sei usar aquela estranha energia e armazena-la nos cadáveres para que eles se
movam... Não tenho orgulho do que estou fazendo, mas não tenho como fugir! A masmorra está cheia de
armadilhas mortais e o maldito pode chegar a qualquer momento!
– Quanto às armadilhas não precisa se preocupar! Estão desarmadas com nossa passagem. – disse
Fabos – Mas... me diga outra coisa... Se isso é verdade, então temos que fazer alguma coisa à respeito!
– Bem... eu já tentei. Fiz uma réplica do anel de Ênyor. É idêntico, só não tem poder algum. Se
doparem com ele, tentem trocar o anel. Isso já elimina parte do problema.
– Mas ainda temos que libertar aquelas pessoas! – disse Ulfgar – Vamos MATAR o Dragão!
Fabos se espantou.
– Como?!? Como vamos matar aquele...?
– Ele está dormindo, Fabos! Se conseguirmos rasgar a garganta dele, podemos mata-lo (acredito
eu). As coisas não podem continuar como estão!
– Deuses! Tomem cuidado! – disse Giggo – Aquelas pessoas não têm culpa de nada... se eles fica-
rem feridas...
– Se Fabos me ajudar, podemos matar o Dragão antes mesmo dele acordar!
– Hã... está certo... Vou tentar! – disse Fabos, meio relutante.
Os três se dirigiram à câmara onde estava o Dragão adormecido.
Ulfgar fez sinal para que ficassem o mínimo de pessoas próximas, apenas o suficiente para girar a
roda.
– Quando atacarmos, você fogem! – disse Ulfgar.
E assim foi feito.
O anão subiu no pescoço do monstro, enquanto Fabos estava encima da cabeça. O Dragão não
acordou, mesmo assim. Ele deu o sinal...
Ulfgar cravou o machado na garganta do Dragão, enquanto Fabos fez o mesmo, cravando a espada
bem fundo na cabeça. O Dragão acordou com um uivo de dor que fez estremecer o teto da masmorra.
As pessoas se desesperaram e correram para fora da câmara, saindo da masmorra. O uivo de dor se
transformou em rugido de ódio. Ulfgar ainda estava pendurado no pescoço do Dragão, tentando forçar o
machado cada vez mais para dentro da carne. O sangue pegajoso caia como numa cachoeira encima dele.
Fabos estava no alto da cabeça e se firmava na espada, que estava cravada no crânio do Dragão. Mas este
girou a cabeça e Fabos caiu de uma altura considerável.
Ulfgar se desesperou ao ver o amigo caído no chão e fez o machado penetrar ainda mais fundo....
O Dragão rugia e se sacudia, até que Ulfgar também caiu – mas de uma altura um pouco mais baixa.
Por fim, o Dragão caiu morto no chão.
A masmorra estremeceu e tudo ficou escuro....
Vá para 114

106 Foram à direita, mas deram numa caminho sem saída.


– Estamos andando em círculos! – protestou Fabos, que já estava começando a perder a paciência.
– Ei! Faz minutos que entramos aqui! Relaxa!
– Vou tentar...
O jeito é voltar e ir no caminho de frente.
Vá para 102

107 E eles continuaram. Jebbo tinha a desagradável impressão de que estavam andando em círcu-
los. Principalmente quando chegaram diante de outra bifurcação.
54
Graso: A capital

– Ta! Para onde, agora? – disse ele, um pouco mal humorado.


– Escutem! – disse Lou.
Aramil podia ouvir, mas os outros não.
– Parece o som de uma engrenagem... Venham! É por aqui!
E todos seguiram pelo caminho da esquerda.
Andando um pouco mais, o ruído de engrenagens agora era audível para todos. Havia uma câmara
logo em frente e um pouco de luz.
– Vem dali! – disse Jebbo – Vamos!
E saiu correndo na frente.
– Ah! Espere, Jebbo, é perigoso! – disse Lou, mas era meio tarde.
Houve um estalido ... ARMADILHA!!! O teto se abriu e uma pedra caiu.
– JEBBO!!!
Vá para 108 ou 111

108 Ah! Aramil adora isso! Para ele poucas coisas são tão boas quanto uma aventura, foi por isso
que continuou seguindo o caminho de ladrão.
Infelizmente, aquela seria sua primeira e última grande aventura... A pedra esmagou tanto Jebbo
quanto ele! Fim da aventura.

109 Acho que você não entendeu... Anões tem pernas meio curtas para dar saltos ligeiros. Ulfgar
não conseguiu se esquivar da pedra e é amassado por ela... Fim da aventura

110 O gnomo tomou um susto, Joshua se recompôs. Deu a descrição do homem que tinha visto na
loja e recebeu a resposta.
– É esse mesmo! Como sabe?!
– Foi um golpe de sorte, agora me diga... qual é o seu nome?
– Meu nome é Gioniolanthynnyegigoole, mas as pessoas me chamam de Giggo. É um prazer conhe-
ce-lo, senhor mago Joshua!
O gnomo chegou a se ajoelhar no chão.
– Isso não pode continuar! – disse Joshua – Você tem que para de ajudar esse cara a fazer estes
mortos-vivos!
– Não posso! Não enquanto ele tiver poder... e eu me refiro ao anel! Cheguei até a fazer uma réplica
dele para tentar engana-lo. Eu e meu filho somos bons ladrões! Mas nunca tive sorte...
– Mas como você foi pego?
– Eu tinha uma certa fama em Phanthorys como curandeiro. Não tenho poderes mágicos, mas sei
sobre anatomia e o funcionamento do corpo. Quando eu estava saindo para ir nas vilas visinhas cuidar de
doentes, ele me atacou! Não pude fazer nada! E NÃO POSSO fazer nada! Agora ele me obriga a preparar
estes corpos e transforma-los em monstros!
O gnomo se atirou numa cadeira.
– Tenho pena daquelas pessoas – continuou – E destes cadáveres que foram retirados de seus túmulos
– se é que ele próprio não os matou! – Se eu pudesse, se eu pudesse...!
– Um momento! Você ainda tem esta réplica?
– Claro! Está aqui – o gnomo estendeu a mão e entregou um anel praticamente idêntico ao de Ênyor
para Joshua. Não havia poder nenhum nele, mas era uma réplica perfeita!
– Você sabe como posso fazer para entrar no castelo?
Giggo ficou surpreso, mas disse:
– Bem, meu filho já invadiu o castelo o ano passado por uma passagem secreta que, acredito eu,
deve estar ou obstruída ou sendo vigiada. Fica na parte do jardim, é um bloco solto que você puxa e passa
por um curto corredor, não é difícil encontra-lo.
– Ótimo! – exclamou Joshua – Agora, preciso dar um jeito de ajudar aquelas pessoas...

55
Aventura Solo

Juntamente com Giggo, o mago voltou até a câmara onde havia o Dragão.
As pessoas continuavam a empurrar a engrenagem sem descanso. Joshua olhou bem para aquelas
engrenagem que geravam aquela energia estranha e faiscante. Não conseguia pensar em como poderia dar
um jeito naquilo sem acordar o Dragão. Mas uma alternativa desesperada lhe veio á mente.
– Eu vou MATAR o Dragão!
As pessoas se espantaram e, por muito pouco, não pararam de girar a engrenagem. Joshua sabia que,
se pretendia livrar aquelas pessoas, era preciso matar o Dragão.
Não entendia muita coisa sobre eles, mas imaginou que se cravasse o cajado mágico no olho, teria
boas chances de atingir o cérebro. E com essa idéia, ele se preparou...
Conjurando uma magia, fez surgir uma lâmina mágica encima da extremidade onde havia a pérola
brilhante. Agora, o cajado tinha mais de dois metros de comprimento.
As pessoas estavam apreensivas, algumas pediam para ele não tentar nada, outras o encorajavam a
fazer aquilo... A engrenagem estava girando, e a cabeça do Dragão estava bem na frente de Joshua...
Com um salto, ele fez! Cravou o cajado no olho direito do Dragão, que uivou de dor! Seu uivo fez
estremecer toda a masmorra; e de uivo, virou um rugido! O Dragão não morreu só com aquilo!!!
As pessoas começaram a correr, desesperadas, para fora da masmorra, e vale salientar que Joshua
AINDA estava segurando o cajado! O Dragão sacudiu a cabeça violentamente e por muito pouco não fez
Joshua cair. O que seria a morte! Pois o Dragão estava quase totalmente aprumado, seriam quase vinte
metros de queda!
Joshua conjurou uma magia no punho esquerdo e o enterrou na cabeça do Dragão. Na posição que
ele estava, era difícil para a fera pega-lo. O Dragão ergueu a garra e enterrou-a contra o próprio rosto, na
região onde Joshua estava. Mas, felizmente, o mago conseguiu deslizar pelas escamas das costas e chegar
no chão em segurança.
As suas roupas estavam empapadas de sangue e ele estava atordoado... A fera, no entanto, não teve
tempo de tentar outro ataque. A própria garra fez o cajado se enterrar ainda mais na cabeça e o Dragão caiu
morto! Parte da masmorra começou a desabar... e ficou tudo escuro...
Vá para 116

111 Verdade! Os boatos de que elfos são ágeis são verdadeiros... para a felicidade de Aramil e
Jebbo! Eles conseguem escapar da rocha, que se estraçalha no chão.
Antes o chão que suas cabeças!
– Mais uma vez o elfo salva sua vida, Jebbo! – diz Lou, os ajudando a levantar – Agora, pelo amor
de todas as divindades de Greyhawk, Forgotten Realms e Arton... SEJA MAIS CUIDADOSO!!!!!
O grito de Lou ecoa durante alguns instantes, e o ruído de engrenagem volta aos ouvidos de todos.
Eles começam a ouvir outro tipo de ruído vindos da câmara... Vozes!
Eles entram na câmara mal iluminada. Jebbo gritaria se tivesse fôlego...
Um DRAGÃO! Um Dragão de escamas negras está bem diante deles!!!
... mas abaixo do Dragão, está uma roda onde ele se encontra adormecido, e esta roda está... sendo
girada por várias pessoas, o quê é isto?!
As pessoas se assustaram por um momento com a chegada de estranhos, mais só por um momento,
não tinham tempo para lidar com eles.
– O que estão fazendo?! – disse Lia – Se continuarem mexendo aí vão acordar o Dragão!
Uma das muitas pessoas que estava girando a roda disse com desgosto.
– Está enganada, jovem! Se nós pararmos de girar a roda o Dragão nos matará!
O Dragão dormia um sono silencioso. As pessoas podiam falar na altura que quisessem, o Dragão
não acordava... A menos...
– ... a menos que vocês parem de girar a roda, o Dragão acordará? – perguntou Lou – Mas quem os
prendeu aqui?! Ou estão por livre vontade?
– Não! Um mago nos prendeu aqui!!! Ele nos obriga a girar a roda para o Dragão não acordar . assim
fazemos aquela energia estranha que sai das engrenagens!
Olhando para uma das partes das engrenagens, era possível ver que o movimento fazia gerar uma

56
Graso: A capital

misteriosa energia que fluía para cabos. Havia um outro caminho pela qual os cabos iam.
– Para onde vão os cabos? – perguntou Jebbo, procurando seu pai em meio aquelas pessoas.
– Vai para uma espécie de laboratório. – indicou um velho – Existe um outro escravo lá que toma
conta de tudo. Um gnomo, creio eu.
Nem bem Aramil e os outros ouviram aquelas palavras e Jebbo já corria em direção ao caminho
indicado pelo velho.
– Jebbo!!! Cuidado, droga! – gritava Lou.
Mas tudo bem, não havia mais armadilhas.
Quando finalmente chegaram até o misterioso laboratório, tudo que viram foi um grande número de
camas com lençóis cobrindo alguma coisa que parecia ser humana. No fundo do laboratório havia um velho
gnomo, grisalho de barba rala. Aramil não o conhecia mas os outros já.
Era Gioniolanthynnyegigoole, mas as pessoas o chamavam de Giggo. O pai de Jebbo.
– Eu sabia, EU SABIA! – dizia Giggo – Eu sabia que você ia vir, mais cedo ou mais tarde! – os dois
gnomos estavam abraçados.
– Que maravilha, Giggo! – disse Lia – Então você está bem?
– Ah! Eu poderia estar melhor! Mas, quem é este cavalheiro?
– Este é Aramil, um elfo! – disse Jebbo – Se não fosse por ele, não teríamos chegado até aqui.
– Meus mais sinceros agradecimentos, Aramil – Giggo fez uma reverência – É maravilhoso ver
vocês aqui, mas os problemas ainda não terminaram! Eu fui...
– Acho que sei o que houve – disse Lou – Você foi raptado por uma mago, assim como aquelas
pessoas. Mas o que ele quer com vocês.
– Em primeiro lugar, jovem Lou, o homem que nos raptou NÃO É um mago! Ele finge ser! Posa de
grande e poderoso mas todo o poder dele vem de um anel com uma pedra vermelha ornamentada. Segundo,
se ele realmente fosse um mago, não precisaria de alguém como eu, com conhecimentos sobre anatomia
humanóide, e aquela energia faiscante esquisita para criar ESTAS criaturas!
Giggo ergueu um dos lençóis e revelou o que estava na cama.
Um morto-vivo!!!
Vá para 97.

112 – Não, não! Não vai dar certo ... – dizia Lou.
– Quieto! – disse Jebbo – Não me deixe ainda mais nervoso...
Estava difícil resolver aquelas engrenagens, elas eram complexas. Poucas pessoas estavam girando
a roda, devido ao medo; mas Giggo implorava para que não parassem.
Aramil e Lia usaram suas caixas de ferramentas como pesos e amarraram com cordas. Era uma
engrenagem ruim de manter funcionando sozinha... Muito ruim.
Mas parece que deu certo!
– Ótimo! Agora a engrenagem vai continuar girando sozinha durante algum tempo – disse Giggo –
Vamos fugir!
Mas nem bem deram alguns passos e a engrenagem parou.
O Dragão abriu os olhos lentamente e o sussurrar de sua respiração se transformou num urro de ira.
Ele se levantou e seu movimento brusco fez a masmorra estremecer e assim a passagem para fora ficar
bloqueada.
Estavam presos! Presos com um Dragão!!!
A torpe criatura não levou muito tempo para matar todo mundo... e nem uma agilidade de elfo foi
suficiente para escapar... fim da aventura.

113 Que pena! Aramil acordou muito dolorido em uma casa desconhecida. Apalpou a cabeça e
notou que tinha ficado com um pequeno corte na orelha esquerda. Lamentável!
Mas isso não era o problema maior... onde estava?
Olhou para os lados e notou que... Era a casa de Jebbo!

57
Aventura Solo

– Você está bem, Aramil? Ficou com um hematoma grave na cabeça, tudo bem?
– Jebbo! Estou na sua casa... Mas o quê aconteceu?
– He, he! Matamos o Dragão! Você acredita?! Matamos o Dragão!!! Os outrso estão bem, e todas as
pessoas saíram de lá quase ilesas, o pior foi você. Sente-se mesmo bem?
– Claro, estou ótimo, mas... o que vamos fazer agora?
– Pensei que você soubesse! – Jebbo sentou-se ao lado do elfo e ficou pensativo. Lia apareceu na
porta do quarto.
– Ah, maravilha! Estou vendo que está recuperado, Aramil! Foi por pouco... mas escapamos!
Lou apareceu atrás dela.
– Ouvi dizer que todos os Membros do Conselho saíram do palácio. Dizem que estão saindo de
férias, ou indo para um lugar mais seguro. São muitos os boatos, mas provavelmente
Ênyor que a casa limpa!
– Não repita este nome! Não na minha presença! – Giggo havia acabado de chegar, Gary estava
junto com ele.
– Também não podemos ficar parados, filho! Lembre-se de tudo o que o maldito fez! Acho que o
nosso monarca corre perigo, temos que entrar no castelo!
– Mas como, pai? Pela entrada secreta? Nós a utilizamos o ano passado, mas agora ela deve estar
obstruída!
– Eu não ensinei você a desistir tão fácil! – disse Giggo, num tom severo mas paternal – Aquele
palácio tem MUITAS passagens secretas! Pode encontrar outra!
– Então, vamos invadir o palácio... – disse Aramil, de repente – Quando?
– Assim que anoitecer! As duas luas logo vão banhar o alto-céu de luz e vocês podem sair – disse
Giggo.
– “Vocês”? Não vai vir conosco, pai?
– Não, estou muito enferrujado para isso... além do mais, se eu vir Ênyor é capaz de eu ataca-lo num
momento impróprio, pondo tudo a perder.
Todos se prepararam para a noite.
Dois guardas sonolentos faziam a vigia. Estavam mais preocupados com quem tentasse passar por
eles do que pelos muros. Sim!
– “A passagem secreta”. – disse Jebbo, em sinais de ladrão.
– “Verifique” fez Lou, também em sinais. Queria dizer para averiguar se não havia nenhuma arma-
dilha ou algum guarda logo atrás.
Não havia nada. Jebbo puxou um bloco da parede e os cinco entraram no jardim.
Jebbo foi até o local onde ele e seu pai haviam entrado no palácio o ano passado, mas o bloco que
antes era solto estava bem grudado.
– “Vamos subir” gesticulou Jebbo, apontando para uma gárgula – “A passagem secreta” e “mais
perigosa” ele também gesticulou.
Aramil usou uma flecha de corda e a disparou. A flecha cravou firmemente na gárgula e eles pude-
ram subir. Um por um.
Jebbo empurrou um outro bloco, uma pequena passagem lateral se abriu. É, aquele palácio tinha
muitas passagens secretas!
– “Está seguro” gesticulou Jebbo.
E eles entraram pela passagem.
Vá para 145

114 Ulfgar acordou com uma terrível dor de cabeça. O sol entrava pela janela diretamente até
seus olhos. Janela?
Ele abriu os olhos bem devagar. Primeiro viu formas coloridas por toda a extensão do teto de telha
cozida. Teto?
Ele se levantou. Na verdade, se sentou na cama. Cama? Ora essa! Afinal, onde estava?
– Que bom que já está melhor, Mestre Ulfgar! Eu temia por você e por seu amigo.

58
Graso: A capital

Ulfgar olhou para a direção da onde veio a voz. Era Giggo. Estava encostado na porta, sorrindo
muito.
– Creio que você esteja melhor que Fabos. Ele quase ficou paralítico, caindo de costas no chão.
Felizmente a cota de malha aparou um pouco a queda, mas creio que ele não poderá levantar uma espada
durante algumas semanas.
– Mas ... O que aconteceu? Minha cabeça está péssima! O que houve na masmorra?
– Os senhores mataram o Dragão! A fera caiu inerte e fez toda a masmorra estremecer. Felizmente
alguns dos prisioneiros ficaram por lá e carregaram os senhores para fora. O laboratório está soterrado e
aquele energia estranha subiu pelas paredes. Quando Ênyor tentar voltar lá terá uma grande surpresa!
– Ênyor... Ainda não acabou! Preciso dar um jeito neste... onde está meu machado?
– Lamento muito, mas seu machado não foi salvo. E mesmo assim estaria inutilizado depois de ter
entrado tão fundo na garganta do monstro e depois de ser banhado pelo sangue asqueroso. Mas posso
remediar isso, posso lhe arranjar uma espada.
Ulfgar não sabia manejar espadas com tanta precisão quanto um machado, mas não disse nada.
Depois de fazer um desjejum se preparou para voltar à cidade.
– Phanthorys está muito longe?
– Não, não! O carroceiro o levará para lá em poucos minutos. Mas, o que pretende fazer quando
chegar lá, se me permite perguntar.
– Vou falar com o povo!
– Acho que não seria sensato... Ouvi dizer que o povo de Phanthorys está muito feliz com Ênyor,
feliz demais... e se um estrangeiro como você e eu dissermos as coisas que sabemos podemos ser mal
interpretados. Além disso, a vida do monarca está correndo perigo!
– Perigo?
– Tenho certeza que Ênyor tentará matar o monarca de Beril... Ele precisa estar em um lugar seguro
antes de fazermos as afrontas.
– Então... vou apenas fazer uma visita afável.
– Você pode tentar... Desejo boa sorte!
Ulfgar mal podia acreditar ainda... tinha matado um DRAGÃO!!! Como seu pai ficaria orgulhoso!
Logo, o carroceiro já tinha chegado. Ulfgar já estava indo embora quando Giggo o deteve.
– Ah! Eu quase me esqueci! Tome... pegue a réplica do anel de Ênyor, talvez seja útil.
Uma hora depois, Ulfgar já estava de volta à Phanthorys. Ele atravessou as ruas e via que as pessoas
ainda estavam seriamente amedrontadas com os ocorridos. Às vezes algumas comentavam coisas sobre
Ênyor e o elogiavam. Isso deixava Ulfgar bastante furioso.
E lá estava ele, de frente para o palácio de Phanthorys e na frente de dois guardas sonolentos.
– O que deseja, anão? – disse o primeiro guarda.
– Gostaria de saber como faço para... hã... marcar uma... visita! Sim, uma visita no castelo.
– Uma AUDIÊNCIA você quer dizer. – disse o segundo guarda.
– Exato! Ficaria muito grato com os senhores se perm...
– O rei está com problemas! Não está com tempo para visitas! E os Membros do Conselho estão
todos saindo da cidade para suas férias, exceto o senhor Ênyor. Nenhum dos dois têm tempo para visitas
diplomáticas. De que Reino ou ilha você representa? – disse o primeiro guarda.
– Na verdade... Sou apenas um peregrino anão que gostaria de...
– COMO?!? – brada o segundo guarda – Não sabe dos problemas que Phanthorys está passando,
idiota?! O monarca não tem tempo nem para visitas ilustres, quanto mais para anões maltrapilhos que acham
que podem incomodar desse modo os guardas do palácio! Vá embora!
Ulfgar se irritou com a rudeza do guarda. Adoraria descer a espada neles... Hmmm, o castelo fica
encima do monte... não há pessoas à vista. Se houvesse um combate agora, ninguém saberia de nada... será?
Atacar os guardas? Vá para 118
Tentar entrar no castelo de outro modo? Vá para 120

59
Aventura Solo

115 Seguindo pelo caminho da direita, Ulfgar atravessou uma saleta sustentada por pilares. Ne-
nhum guarda a vista... por que será?
Seguindo em frente, viu apenas um longo e escuro corredor com uma porta no fundo. Havia uma
fechadura boa o suficiente para investigar. Parece que o anão escutou vozes lá dentro...
Dois homens. Um vestindo roupas finas e com uma singela coroa... O monarca! Era ele, estava
aqui!!!
Conversando com ele, havia um homem de cabelos castanhos, muito alto. Estava com uma espada
no cinto. Quem seria ele?
– ... entendo que suas ações foram importantes, Ênyor.
Como?!?! Foi o monarca que disse aquilo... então era Ênyor em pessoa!!!
– Senhor, pense bem...Acho que está na hora de mudarmos o modo de governo daqui. Digamos que
você poderia dar um pouco mais de crédito ao Conselho.
– Mais crédito?! Nenhuma ordem minha pode ser dada sem o apoio unânime de vocês! O que mais
vocês querem?
– Acho que ... Bem! Não vou mentir! – Ênyor parecia bem perigoso – Acho que deveria dar mais
crédito a mim! Afinal, salvei a cidade do ataque dos mortos-vivos, como bem sabe! Toda a população está a
meu favor e pouquíssimos Membros do Conselho estão contra mim... e é só uma questão de tempo até eles
se acostumarem com as mudanças. Posso governar com mais qualidade Beril e todo o reino de Graso. Pense
bem! Se passarmos por um bom período, será você quem será lembrado como um bom monarca, o quê acha
disso?
O monarca parecia em dúvida. O discurso de Ênyor soava bem em seus ouvidos, mas ele se mante-
ve.
– Não! Devo ganhar crédito pelo que mereço!
Ênyor não perecia feliz com a resposta.
– Pois muito bem... acho que vou ter que resolver isso de uma maneira DIFERENTE! – Ele se
dirigiu até uma mesa onde havia uma pequena arca. A abriu e retirou dela... um anel de pedra vermelha!!!
Ulfgar entrou derrubando a porta. Os dois homens levaram um susto.
– Cuidado, majestade!!! Ele vai machuca-lo!
Ulfgar fez o monarca cair no chão, Ênyor estava tão supreso que ficou sem ação por um momento,
até que disse:
– O que diabos é você e o que faz dentro do castelo?! Não! Não precisa responder, mesmo porque
mortos não falam!!!
Ênyor direcionou a pedra vermelha para Ulfgar e deu um sorriso... que logo se desmanchou.
– Mas o quê...? O que aconteceu com meu anel?!?!
Ulfgar deu um sorriso e preparou o machado.
– Isso não importa! Agora, pague por todos os seus crimes!!!
Ulfgar atacou com o machado, mas o homem foi mais rápido e se desviou. Ele sacou a espada e se
preparou para atacar Ulfgar. O monarca ainda estava no chão, entendendo pouca coisa.
Por fim, Ênyor fugiu do quarto, Ulfgar o perseguiu. Chegou até uns guardas e disse:
– Intruso!!! Matem-no! Ele tentou matar o rei!!!
Ulfgar viu vários guardas vindo em sua direção. Não poderia lutar contra todos... o que faria..?
– ESPEREM!!! – grita alguém.
Era Ottho!
– Esperem! – continuou – Fui até o quarto de Ênyor agora pouco e encontrei (finalmente!) as provas
que eu precisava! O tolo estava escrevendo ma carta e a deixou bem à vista em cima da mesa, leiam! E
podem ver que a letra é do punho dele!
Todo grande plano para conquistar reinos precisa de recursos de fora, e o plano de Ênyor não era
exceção. A carta se dirigia ao irmão dele, que morava no reino de Dreslom. Falava coisas como “tudo está
indo conforme meu plano”e “Obrigado pelos seus votos de confiança”. Oh! Era praticamente uma carta de
confissão! Mas Ulfgar não tinha tempo de lê-la.
– Não o perca de vista, senhor Ulfgar! – disse Ottho – Lá foi ele!

60
Graso: A capital

Ulfgar correu na direção do fujão.


Vá para 134

116 Joshua acordou com a cabeça dolorida. Estava deitado numa confortável cama num lugar
desconhecido. Giggo estava sentado ao lado dele.
– Você é um herói, um herói!!! Matou o Dragão e ainda livrou todos nós de um destino terrível! Se
bem que aquele Ênyor ainda pode nos encontrar aqui... temos que dar um jeito nele antes que nos descu-
bram!
– Mas... o quê aconteceu? Estão todos bem?
– Sim, todos escaparam com vida e quase ilesos. Ênyor não vai descobrir o que houve com sua
masmorra enquanto não voltar par lá, e isso será hoje de noite, segundo ele havia me dito quando nos
encontramos pela última vez.
Joshua se levantou da cama.
– Vou dar um “jeito” nele ainda hoje! Estamos muito longe de Phanthorys?
– Não, não é nem um quilômetro daqui até a cidade. Um amigo pode leva-lo de carroça até lá.
As roupas de Joshua estavam rasgadas e manchadas de sangue, mas Giggo conseguiu roupas limpas
para o mago. Ele estava sem o cajado, mas pelo menos tinha conservado a vida, e... matou um Dragão!
Sozinho!!! Ninguém iria acreditar quando ele voltasse para Eucla e contasse esta história!
Mas não voltaria ainda, não enquanto não resolvesse este assunto pendente!
Um carroceiro tratou de levar Joshua até a cidade. Não havia nenhum guarda vigiando a divisa.
– Boa sorte! Vou ver o meu menino logo.
– Obrigado, Giggo e... desculpe por ter prendido o seu filho...
– Não! Eu é que lhe devo muitos “obrigados”, mylord Joshua!
Chegou a hora!
Joshua andou pela cidade e estranhou como havia poucas pessoas na rua... Até a área comercial
parecia vazia. Ele pensou em falar com Shamyr ou com Laucian antes de prosseguir na sua missão, mas
mudou de idéia quando escutou uma conversa trivial:
– O senhor Ênyor nos salvou! Se ele não tivesse saído do palácio naquela noite e enfrentado os
monstros, teríamos todos morrido!
– É verdade! Ele é um herói!
Joshua ficou enfurecido ao ouvir aquilo, mas não ia discutir... ia resolver aquele assunto logo!
No caminho para o palácio, viu uma carruagem saindo. Ficou observando tudo e concluiu que
pessoas importantes deviam estar lá dentro, será que Ênyor estava lá? Ele olhou entre as janelas da carrua-
gem com cuidado e viu que nenhum de seus três ocupantes era o famigerado assassino. Hmmm, por que
estavam saindo do palácio?
Os guardas estavam sonolentos, deviam ter feito o turno da noite e ainda esperavam os companhei-
ros que trocariam de lugar com eles. Joshua aproveitou isso para pular o muro, que não era muito alto, e
entrar no jardim.
“Onde Giggo disse mesmo que havia uma entrada?”
Depois de dar uma olhada nas paredes do castelo, Joshua viu um conjunto de blocos que haviam sido
recentemente cimentados na parede.
Usando um pouco de magia, ele conseguiu fazer os blocos cederem, mas notou que havia algum
dispositivo estranho naquela pequena entrada...
– Vou ter que arriscar!
Joshua passou pela entrada.
Escolhe! Vá para 119 ou 121

117 Saindo da passagem, o mago chegou até um quartinho cheio de armas. Possivelmente, o
quarto do arsenal da guarda.
Um mago tem poder de combate corporal quase nulo, mas uma arma é sempre bem vinda! Infeliz-

61
Aventura Solo

mente não havia adagas ou outra arma pequena e simples, mais apropriada para magos. Joshua decidiu
pegar uma lança, pois se assemelhava mais ao bastão que costumava carregar.
Eis que o mago escuta sons de passos muito próximos. Usando uma magia para se ocultar nas
sombras, ele vê um guarda entrando no quartinho. Mais que depressa, Joshua bate com a parte sem ponta da
lança na cabeça dele, fazendo-o desmaiar.
Ele fecha a porta com o guarda desmaiado lá dentro. Está num corredor bem iluminado, agora.
Seguindo apenas sua intuição, ele chega até uma ala onde ouve vozes... Uma delas é a do inconfun-
dível... Ênyor!
– Não é preciso que as coisas terminem da pior maneira, majestade!
Ênyor está falando com um homem muito bem vestido.
– Eu... não posso! – ele diz – Compreendo que você salvou a cidade do ataque dos mortos-vivos, três
dias atrás... mas eu não posso dar mais poder ao Conselho.. a você!
Joshua observa o vilão. Ele está sem o anel! Mas está com uma espada presa no cinto...
– Acho que não compreendeu... a cidade, o reino passa por um momento difícil!
– Eu sei, Ênyor. Estou dando o máximo de mim, você sabe! O Conselho já tem poder político
suficinete.
Havia uma tênue tensão no ar.
– Vamos para meu quarto, majestade. Poderemos conversar melhor.
O mago estava escondido e viu tudo! Mas que monarca idiota!!! Não sabe o perigo que está corren-
do! Possivelmente Ênyor vai... !
Mas não havia outra solução, senão seguir os dois pelos corredores.
Infelizmente, Joshua foi obrigado a parar num certo ponto. Ênyor e o monarca entraram por um
corredor que era pesadamente vigiado pelos guardas! Não podia entrar ali... nem combater todos aqueles
guardas com sua escassa magia e com apenas uma lança! Tinha que pensar de outro modo...
Havia algumas pilastras pelo local, os únicos lugares onde Joshua poderia tentar se esconder. Como
faria aquilo?
Se esconder de pilastra em pilastra até chegar na porta? Vá para 124
Fazer aquele truque manjado de jogar um objeto do outro lado para fazer barulho e passar pelos
guardas? Vá para 127 Tentar usar magia de Ocultação para passar pelos guardas. Vá para 130

118 Uma frase muito popular diz que anões têm tanta paciência quanto altura. Um ditado um
tanto furado, pois alguns anões têm muita paciência.
Não era o caso de Ulfgar.
Desbainhando a espada, ele ataca os dois guardas que se assustam com o ataque repentino. Atraves-
saram a noite na vigia e ainda estavam esperando a troca de posto. Estavam ambos cansados demais para
lutar.
Ulfgar derrotou ambos rapidamente antes que tivessem tempo de dar o alarme. Nenhum estava
morto, mas era melhor esconde-los.
Pegando a chave no bolso de um deles, Ulfgar abriu os portões e chegou até o jardim. Tomava
bastante cautela. Finalmente, chegou até os portões que davam diretamente para o castelo, mas era possível
ouvir o som de guardas andando do outro lado.
– “Não posso entrar ai! Seria suicídio, tenho que pensar em outra maneira”
Dando umas voltas pelo jardim, Ulfgar notou que havia um bloco um pouco mais saliente na parede
do castelo. Seria uma passagem?
Movendo o bloco, ele ouviu um adorável “clique”, como se uma passagem secreta tivesse sido
aberta. Ele entrou no castelo!
Saindo da passagem, Ulfgar entrou numa área ampla. Havia apenas duas portas, uma do seu lado
direito e outra no esquerdo, e uma escada no centro que subia.
O anão examinou a porta da direita. Havia uma placa nela que dizia: Quarto dos guardas...! Droga!
Subindo as escadas, havia uma terceira porta. Ulfgar olhou pela fechadura e viu que dava para o
salão principal do palácio... mas estava repleto de guardas!

62
Graso: A capital

Desceu as escadas e examinou a outra porta. Não havia qualquer indicação do que ela tinha, nem
havia uma fechadura para examina-la.
Eis que a porta do quarto dos Guardas começa a se mexer...
– “Maldição... O que eu faço?!” – pensou Ulfgar, desesperado, vendo apenas duas opções.
Entrar pela porta que não tinha examinado. Vá para 122
Lutar com os guardas, sejam quantos forem. Vá para 128

119 SLACHHHH!!!
Se Joshua não tivesse sido rápido, uma armadilha que consistia numa lança que saltava da parede o
teria atingido. Foi por pouco!
Saindo da pequena passagem, o mago entrou numa área ampla. Havia apenas duas portas, uma do
seu lado direito e outra no esquerdo, e uma escada no centro que subia.
Joshua examinou a porta da direita. Havia uma placa nela que dizia: Quarto dos guardas... Oh,oh!
Subindo as escadas, havia uma terceira porta. Joshua olhou pela fechadura e viu que dava para o
salão principal do palácio... mas estava repleto de guardas!
Desceu as escadas e examinou a outra porta. Não havia qualquer indicação do que ela tinha, nem
havia uma fechadura para examina-la.
Eis que a porta do quarto dos Guardas começa a se mexer...
E agora?!
Vai enfrentar os guardas? Vá para 123 Se for melhor entrar por esta porta e se esconder, vá para
126

120 Ulfgar não tinha muita habilidade com a espada, era melhor tentar entrar de outra forma.
Dando a volta, ele percorreu os muros do castelo. “Deve haver uma falha, em algum lugar”
Num ponto do muro, onde crescia uma viçosa cerca viva, havia um buraco. Um humano não passa-
ria por ele, mas um anão sim.
– Aha! Achei!
Ulfgar se arrastou pelo buraco e deu no jardim do castelo. Felizmente não havia guardas vigiando a
parte de dentro.
No entanto, ele ainda tinha que arrumar um modo de entrar DENTRO do castelo. Como faria isso?
Dando umas voltas pelo jardim, Ulfgar notou que havia um bloco um pouco mais saliente na parede
do castelo. Seria uma passagem?
Movendo o bloco, ele ouviu um adorável “clique”, como se uma passagem secreta tivesse sido
aberta. Ele entrou no castelo!
Saindo da passagem, Ulfgar entrou numa área ampla. Havia apenas duas portas, uma do seu lado
direito e outra no esquerdo, e uma escada no centro que subia.
O anão examinou a porta da direita. Havia uma placa nela que dizia: Quarto dos guardas...! Droga!
Subindo as escadas, havia uma terceira porta. Ulfgar olhou pela fechadura e viu que dava para o
salão principal do palácio... mas estava repleto de guardas!
Desceu as escadas e examinou a outra porta. Não havia qualquer indicação do que ela tinha, nem
havia uma fechadura para examina-la.
Eis que a porta do quarto dos Guardas começa a se mexer...
– “Maldição... O que eu faço?!” – pensou Ulfgar, desesperado, vendo apenas duas opções.
Entrar pela porta que não tinha examinado. Vá para 122
Lutar com os guardas, sejam quantos forem. Vá para 128

121 SLACHHHH!!!
Uma armadilha foi acionada!
Um lança pulou de uma extremidade da parede e transpassou Joshua! Não havia como remover a
lança, e o mago teve uma morte rápida e muito triste... fim da aventura.

63
Aventura Solo

122 Oh, droga! Ulfgar não ia lutar sozinho e com uma espada! Muito provavelmente os guardas
que estariam saindo estavam mais acordados e ativos que os guardas da entrada do palácio.
Ulfgar abriu a porta e entrou no quarto. Ficou ouvindo o som dos passos dos guardas se distancia-
rem. Quando não escutou mais nada, se virou e viu que estava num quarto de paredes bem coloridas... e um
homenzinho enfeitado encolhido num canto.
– Qu... quem é você? – disse o homenzinho.
– Ops! Eu... Olhe aqui! – Ulfgar falava num tom ameaçador – Você não precisa ficar sabendo o que
faço aqui, apenas fique quieto! Eu tenho que ter uma conversinha com um certo humano chamado Ênyor!
– Ênyor? – o homenzinho ficou branco – E... eu já sei! Eu SABIA demais! Mas não pense que vai
me matar sem luta! – o homenzinho agarrou uma tora de madeira da lareira, ameaçando. Mas ele tremia
tanto que mal conseguia segurar a tora direito.
– Ei! Espere um pouco! – disse Ulfgar – Não é o que está pensando... O que você quis dizer com
“sabia demais”? Não sou aliado de Ênyor!
O homenzinho ficou mais calmo.
– Não?! Pensei que aquele crápula tinha mandado você para me matar! Eu sei de certas coisas sobre
ele... pensei que ele estivesse ficando desconfiado.
– Sabe? Sabe que Ênyor é quem conduziu os mortos-vivos para a cidade, que foi ele quem está por
trás de...
– Ah! – o homenzinho estava radiante – Então você sabe! Sabe de tudo! Eu também descobri coisas
sobre este estrangeirinho! Ele veio há poucos meses aqui em Phanthorys e já se tornou chefe do Conselho!
Coisa boa ele não devia estar tramando... quem sobe depressa de posto tem sempre alguma má intenção, é o
que sei por experiência! Que bom que agora compartilho este segredo com mais alguém!
– Mesmo? E qual é seu nome?
– Meu nome é Ottho. Sou o bobo da corte. Estou feliz que tenha vindo aqui para combater aquele
sujeitinho, mas como ficou sabendo das tramóias dele sem ser um morador do palácio?
– Tenho meus recursos! Alias, meu nome é Ulfgar.
– Ulfgar! Oh, senhor Ulfgar! Você é bem vindo, mas corre um sério risco!
– Sei disso, mas eu tenho que fazer algo!
– Com certeza, mas deve ser cauteloso! Ênyor tem o apoio do próprio monarca... Aquele tolo! Mas
tem bom coração! Eu prefiro mil vezes ele no poder do que Ênyor. Não tente nenhuma afronta direta contra
ele, devo avisar! Ele se posa de mago e tem um anel mágico muito poderoso!
– Anel mágico?! Você VIU este anel?
– Sim, até onde eu sei, todo o poder mágico que ele finge ter vem do anel. Se ele não o tivesse mais,
metade do perigo seria eliminado!
Ulfgar olhou para Ottho. Tirou do bolso a réplica do anel que tinha, seria igual ao original?
– E se você tentasse rouba-lo? E trocar por um falso?
– Eu já pensei nisso! Mas onde eu conseguiria uma réplica... uma EXATA réplica do anel dele?
– Este serve? – Ulfgar estendeu a mão.
– Ora... ele... SIM! É EXATAMENTE IGUAL!!! Como adivinhou?
– Intuição! – disse Ulfgar, com um sorriso cínico.
– Hmm, não sei se é o momento apropriado para fazer a troca... mas eu vou tentar! E o senhor, cuide-
se! Se quer chegar até Ênyor, use uma passagem secreta ao lado do quarto dos guardas. Puxe a tocha e entre
por um corredor.
– Certo! Se fizer sua parte, farei a minha, obrigado, Ottho!
Ottho abriu a porta com cautela.
– Está livre! Pode ir!
Ottho subiu as escadas e Ulfgar foi até a tocha.
A puxou e uma parede lateral se abriu. Ele entrou pelo caminho escuro.
Vá para 131

64
Graso: A capital

123 Joshua, pelo menos, iria se arriscar com um perigo CONHECIDO! Se preparou para enfren-
tar o guardas. Mas saíram oito deles! Sendo que um era o capitão da guarda!
– Mas, hein? Quem é você?! Como entrou aqui?
Os guardas sacaram suas espadas e apontaram seus arcos. Joshua bem que tentou lutar e matou dois
deles na investida... mas não foi o suficiente e ele acabou sendo executado sumariamente... fim da aventura.

124 Bem... ele tentou! Mas os guardas o viram...


– Quem é você?! PARE!!!
Pelo menos seis guardas estavam de frente para Joshua e outros seis estavam vindo... Eram muitos
para um mago, apenas, derrubar! Joshua acabou sendo executado ali mesmo... fim da aventura.

125 Seguindo pelo corredor direito, Ulfgar chega até uma ala que parece ser uma cozinha. Oh,
droga! E tinha que ser justo a hora de almoço da guarda?!?!
– Ei! Quem é aquele anão? Você! Pare!!! – grita um dos guardas.
Logo, um grande grupo deles corre atrás de Ulfgar, o alarme é dado e ele acaba sendo pego. Como
tentou dar explicações usando o machado, foi executado sumariamente... fim da aventura.

126 Sem querer nem pensar no que havia atrás da porta, Joshua a abriu e entrou rapidamente.
Escutou a conversa dos guardas do lado de fora e ouviu eles se distanciando. Quando se virou, aliviado, viu
um homem magro empunhando um pedaço de madeira e encostado na parede, com muito medo!
– V...! Vá em.... bora! Ou eu... eu chamo os guardas!!
– Fique calmo! Não desejo lhe fazer mal, muito pelo contrário! Posso ajudar você e toda esta cidade.
O homenzinho não botou muita confiança nas palavras de Joshua. Não costumava ser gentil com
aqueles que invadiam seu quarto. Mas mesmo assim, ficou mais calmo.
– Olha... – continuou o mago, na esperança se tranqüiliza-lo (se ele chamasse os guardas, seria o seu
fim!) – Eu não vou me aproximar de você, se não quiser. Por que você não me diz seu nome e assim não
somos mais estranhos? Meu nome é Joshua.
Agora, o homenzinho estava bem mais calmo. Largou o pedaço de madeira e o colocou numa larei-
ra.
– Meu nome é Ottho, e sou o bobo da corte. Desculpe... mas pensei que era algum assassino enviado
pela sua pomposidade Ênyor para me matar, ou coisa assim... sei de coisas que não deveria, sabe?
– Como? – Joshua logo percebeu que Ottho não nutria muita compaixão por Ênyor – Eu estou
procurando este homem. Ele matou muitas pessoas, e vai matar mais ainda se eu não fizer...
– Ah! – exclamou o bobo, triunfante – O senhor caiu do céu! Então veio aqui para combater este
sujeitinho?
– Bem, eu vou tentar, mas...
– Ei! Antes de mais nada, como você entrou aqui? E como descobriu sobre o plano maléfico de
Ênyor NÃO sendo um morador do palácio?
– Bem, eu... É uma longa história!
– Entendo! Mas você corre um grande risco! Deve tomar cuidado, o palácio está cheio de guardas.
E eu temo que você seja, justamente, a última esperança para esta cidade... e tente alguma coisa perigosa!
– Eu TENHO que acabar com aquele miserável!
– Precisa ter cautela! Ênyor é uma víbora! Imagine que ele se tornou líder do Conselho há poucas
semanas, e já deu “férias coletivas” para todos os outros Membros! Ele quer deixar o caminho livre, e eu
temo que a vida do nosso monarca corra perigo.
– Parece que o monarca de Beril não tem sido muito bom...
– Ah! Sempre foi um tolo! Esse tempo todo, quem regeu a cidade foi o Conselho. Mas duvido que
Ênyor tenha boas intenções para com ele! Nosso monarca pode não ser o melhor, mas tem bom coração!
– Então, devo salvar o monarca também... Puxa! Não me faltaram pessoas para salvar nestes tem-

65
Aventura Solo

pos!
– Oh! Não tente nada impensável! Ênyor possui um artefato mágico muito poderoso! Um anel
vermelho que tem muita potência!
– Você já VIU o anel!? Já tentou rouba-lo?
– Bem... eu admito, eu tentei pegar o anel. Meus pés são nuvens e tenho as mãos muito leves! Além
disso, quando está dentro do palácio, Ênyor guarda o anel numa pequena arca do quarto dele. Eu até poderia
roubar, mas o roubo seria rapidamente descoberto!
– E já tentou disfarçar?
– Exato! Eu pensei nisso! Se eu tivesse uma réplica do anel... uma EXATA réplica...Bah! mas onde
eu arranjaria isto? Ah! Sonhos! Bem, mas isso não adiantaria completamente, pois Ênyor é um excelente
espadachim e creia! Ele vai adorar cortar sua garganta pessoalmente se isso propor a ele mais diversão do
que vê-lo sendo dilacerado pelas espadas dos guardas! <sigh>
A situação não está fácil... Joshua põe a mão no bolso quase inconscientemente, e pensa alto...
– O que tenho no bolso?
– Hein? Isto é uma adivinha? Ah! Já sei! Você tem as mãos!
Joshua sorriu para Ottho e retirou a réplica do anel.
– Ora, o quê... SIM! É exatamente igual!!! Este anel é... como conseguiu? Você só pode ser um
mago, não é?
– Sim, mas não foram meus poderes que fizeram este anel. E agora?
– Hmm, não sei se é o momento adequado de se fazer a troca... mas eu vou tentar despistar os
guardas! Sim... Não tenha medo, serei bem sucedido!
– E o que eu faço? Como posso chegar até Ênyor e o monarca?
– Ah! Esqueci! Há uma passagem secreta! Nem mesmo os guardas conhecem... Deve puxar uma
tocha que fica ao lado da porta do Quarto dos Guardas e uma passagem se abrirá na parede!
– ... mas este lugar está cheio de passagens secretas!
– Hehehe! Sim! Este lugar tem MUITAS!
Ottho sai do quarto.
– O caminho está livre, mago! Pode ir! Eu irei pela escada!
Ottho subiu as escadas e sumiu. Joshua viu a tal tocha ao lado da porta. A puxou e... a parede se
abriu! Ele entrou pela passagem escura...
Vá para 117.

127 O truquezinho mais fajuto do universo dos ladrões e espiões... mas que deu certo! Joshua
apaga uma tocha e joga no lado das sombras do salão. Os guardas se assustam e empunham suas armas. Um
deles fica perto da porta, por precaução... Tudo bem!
Indo de pilastra em pilastra, com todo o cuidado, Joshua lança uma magia de Ofuscamento nos
olhos do guarda, que nem teve tempo de ver o inimigo. Quando os outros guardas se deram conta do que
havia ocorrido, Joshua já disparou pelo corredor.
No fundo, havia apenas uma porta. Chegou até ela e escutou por alguns momentos...
– ... negando mais poder ao Conselho, você está pondo em risco o bem estar de toda Beril... de toda
Graso! Reflita sobre isso, todos os outros membros estão a meu favor!
– Como ousa?! Eu AINDA sou o rei! Venho de uma linhagem nobre e não vou me desfazer de tudo
com tanta facilidade. Se quiser a coroa, terá que levar minha cabeça junto!
– Ah! Isso é bem mais adequado...
Joshua derrubou a porta. Ênyor e o monarca se espantaram com aquilo.
– Qu... quem é você?! – bradou Ênyor.
– Apenas um estrangeiro que resolveu se meter nos problemas dos “altos” de Beril. Eu sei tudo
sobre os mortos-vivos que VOCÊ mandou para a cidade e tudo sobre os seus planos de conseguir o poder...
à força!
O monarca estava tão espantado que não teve reação.
– O quê VOCÊ sabe, bastardo? Mortos NÃO CONTAM HISTÓRIAS!!!

66
Graso: A capital

Ênyor abriu uma pequena arca que estava encima de uma mesa e colocou o anel no dedo. Sorriu
para Joshua e mostrou o punho... mas nada aconteceu.
– Mas... o que foi que aconteceu!?!
– Não importa! Hora de enfrentar um mago DE VERDADE!!!
Joshua lançou um ataque mágico contra Ênyor, este se desviou e agarrou o rei. Tirou a espada da
bainha e tocou a garganta do monarca. Os guardas chegaram naquele momento e ficaram sem ação.
– NINGUÉM SE MEXE!!! Ou este porco pomposo vai morrer! Se quer me enfrentar, mago, não
recusarei o desafio! Mas nossa batalha não será travada aqui!
Ênyor empurrou um tijolo da lareira e uma passagem se abriu. Ouch! Este lugar está REALMENTE
cheio de passagens secretas! Antes que ela se fechasse, Joshua conseguiu passar por ela, os guardas não
conseguiram reabri-la.
Vá para 135.

128 Talvez conseguisse dar sorte, e os guardas não esperassem um ataque repentino.
Mas Ulfgar deu azar.
Oito guardas bem armados saíram pela porta e deram de cara com o anão.
– Ei! Quem é você?! – gritaram eles, sacando as armas.
Ulfgar conseguiu derrotar dois eles no curto combate, mas isso não impediu que ele fosse executado
sumariamente... fim da aventura.

129 – Calma, caaalma! – dizia Giggo.


– Não me deixe nervoso, pai! Eu não vou me concentrar...
– Cuidado! – dizia Lia.
A tensão era imensa... Eles não estavam conseguindo dar um jeito para que as engrenagens continu-
assem funcionando indefinidamente... nem por alguns minutos!
Gary, que até agora estava só olhando, teve uma idéia.
– Acho que seria melhor matar o Dragão! Um dia a engrenagem vai parar, ele acordará e...
– E como você PRETENDE fazer esse feito? – disse Lia, aborrecida – Só Bowen, o matador de
dragões, poderia dar um jeito no bicho! (pena que ele é só uma lenda)
– Nós podíamos tentar usar essa... como se chama? ... energia para matar o bicho. Isso parece ser
muito quente! E tão perigoso quanto um raio.
– Não havia pensado nisso! – Giggo se levantou – Uso esta energia no laboratório para movimentar
os mortos-vivos de forma “artificial”. Se posso “dar vida” à uma criatura com esta energia, talvez eu tam-
bém possa tirar...
Giggo começou a mexer nas engrenagens e nas partes dos cabos. As pessoas que estavam girando a
roda estavam ficando assustadas. Com a ajuda de todos – de Gary também – Giggo conseguiu fazer toda a
energia fluir para um cabo específico.
Com muito, muuuuito cuidado, colocaram a ponta do rabo do Dragão encima do cabo.
– Se não estou equivocado... O Dragão vai ser fritado com essa energia! – disse Giggo, bastante
esperançoso – Fiquem poucas pessoas... Isso! Preparem-se para sair daí! Aramil, venha cá.
– Sim? O que devo fazer?
– Por favor, tenha a bondade de disparar uma flecha contra o cabo para parti-lo.
Foi o que ele fez.
O cabo se partiu e a energia fluiu do cabo para o corpo do Dragão, que deu um urro de dor! As
pessoas começaram a fugir amedrontadas por todos os lados! Gary, Giggo, Jebbo, Lia, Lou e Aramil tam-
bém correram em direção à saída. Mas na correria e no estardalhaço que houve na masmorra, muitas pedras
se desprenderam do teto e uma delas atingiu Aramil na cabeça!
Ele caiu no chão e desmaiou. A masmorra desmoronou e o Dragão uivou de dor pela última vez...
Vá para 113

67
Aventura Solo

130 As sombras mais abundantes não estavam naquele pedaço da sala. E a magia de Ocultação só
funciona em sombras! Ah! Mas um dia Joshua ia aprender a fazer magia de invisibilidade! O jeito era tentar
de outro modo...
Jogar a pedra para distrair a atenção? Vá para 127
Ir de pilastra em pilastra? Vá para 124

131 Depois de um certo tempo andando pela passagem, Ulfgar acabou saindo dentro de um
quarto cheio de armas penduradas por toda a parte. Onde os guardas deviam guardar o arsenal, provavel-
mente.
Entre as armas, Ulfgar achou um grande machado de guerra.
– Ah! Agora eu vou fazer miséria! – murmurou ele, testando o fio da arma.
Ouvindo um ruído de alguém se aproximando, ele logo se escondeu entre dois armários. Era um
guarda, que não notou sua presença.
Ulfgar bateu com o cabo do machado na cabeça do guarda, que desmaiou. Saindo da salinha de
armas, Ulfgar viu que estava num amplo corredor. Era muito perigoso ficar ali!
Seguindo sua intuição, Ulfgar vai por um dos caminhos e chega numa área onde há uma bifurcação.
Ambos são corredores bem iluminados, para onde eles levam?
Ir pelo corredor direito. Vá para 125 Ir pelo corredor esquerdo. Vá para 115

132 “Ladrão prevenido vive mais tempo!” era o que o pai de Aramil dizia.
Havia um mecanismo que iria acionar uma armadilha qualquer, o que era, Aramil nem quis saber e
tratou de desarmar a armadilha de uma vez com sua caixa de ferramentas.
Os cinco entram pela passagem secreta.
Acabaram saindo num grande salão.
– Êpa! – fez Jebbo – Não era bem aqui que eu previ que a gente saísse! E agora...?
– “Fique quieto!” gesticulou Lou, em sinais de ladrão. Guardas estavam se aproximando!!!
Todos se esconderam nas sombras ou atrás de móveis. Dois guardas passaram pelo local, estavam
conversando qualquer coisa sobre...
– ... e aí eu os deixei a sós! – disse um deles.
– Hmm, não sei... O que você acha desse tal Ênyor? Quer dizer, é um homem inteligente, mas
sempre desconfio de pessoas que sobem de posto muito depressa! – disse o outro.
– Tem razão! O homem chegou aqui faz poucos meses e já se tornou chefe dos conselheiros! Ouvi
dizer que alguns deles não gostaram nada disso e foram embora.
– Mas TODOS foram embora!
– Não, não pelos mesmos motivos! A maioria foi embora de férias, a pedido do próprio Ênyor,
vejam só! A cidade foi atacada há poucos dias por mortos-vivos e os conselheiros vão embora!
– Nesse ponto, até que gosto da liderança de Ênyor. Ele saiu no meio da noite para socorrer a cidade!
Se bem que daqui do alto não dava para ouvir o estardalhaço na cidade, estranho, não?
Os guardas se afastaram e os cinco ladrões puderam sair com cautela de seus esconderijos.
Estavam decidindo para onde ir, quando Gary gesticulou para Jebbo.
– “Vou furtar este objeto” e apontou para um candelabro de ouro.
– “Não é seguro!” gesticulou Jebbo de volta.
– “Não enche” gesticulou Gary mais uma vez.
Quando ele foi pegar o candelabro, notou que ele estava grudado na mesa. Puxou com mais força,
mas ele não saiu. Estranhou.
– “Não mexa em mais nada” gesticulou Jebbo, aflito... Mais guardas estavam chegando!!!
Gary, entretanto, fez diferente. Ao invés de puxar o candelabro para cima, empurrou para o lado.
Pronto! Uma nova passagem secreta se abriu no salão! A lareira!
– “Feche! Feche!” gesticulou Lou.

68
Graso: A capital

Mas era meio complicado! Lia não sabia o que fazer e pensou em entrar na passagem secreta, Jebbo
se escondia nas sombras de novo. O que fazer?!?
Se esconder nas sombras? Vá para 144 Ir pela passagem secreta? Vá para 142

133 – Não... Não está dando certo, não está...!


– Quieto, Lou! Quieto!
– Tenham calma, nós vamos...
Um pequeno descuido e a engrenagem parou. O Dragão acordou!
Não havia mais jeito, as pessoas começaram a correr desorientadas para todos os lados. O urro do
Dragão fez a masmorra tremer... E desmoronar!
Quem não morreu soterrado, morreu nas garras do Dragão... fim da aventura.

134 Vendo apenas a sombra cada vez mais distante de Ênyor, Ulfgar o seguiu pelos corredores do
palácio. Até que chegou num lugar amplo, com arquibancadas... era uma arena! E lá estava Ênyor, no centro
e segurando uma espada Bastarda.
– Então você quer ser um herói, não? Pois bem! Heróis geralmente derrotam o vilão e sobrevivem
no final! Meu plano está acabado! Mas creio que você também não se sairá bem dessa, seu... seu... anãozinho
miserável!!! – Ênyor expressava grande fúria em seus olhos insanos! Partiu para cima de Ulfgar.
Agora era o momento decisivo! Ulfgar se lembrou que seu pai vivia lhe contando histórias assim...
sobre combates decisivos contra o vilão final, puxa! Parece um livro!
Ulfgar lançava o machado em ataques de carga, poderoso, mas um tanto lentos. Ênyor era um ótimo
guerreiro e se esquivava da maioria dos ataques, mas também tinha dificuldades em enfrentar o anão.
Os dois rodeavam pela arena, os estalidos das armas de batendo ecoavam por toda a parte. Ulfgar já
demonstrava sinais de cansaço, Ênyor se preparou para desferir o golpe final!
– Hahahaha!! Agora é o seu FIM!!!
Mas Ulfgar conseguiu se esquivar deste ataque. A espada cravou no chão e não se soltou mais.
Aproveitando isso, Ulfgar fez um corte nas costas de Ênyor, que caiu aos gritos no chão.
– Seu... MALDITO!!! SEU MALDITO!!!
Foi neste instante que os guardas chegaram, juntamente com Ottho.
– Senhor Ulfgar! Está ferido? Contei tudo aos guardas e o nosso monarca está bem!
– Não foi nada, Ottho. Agora eu posso....
– Oh... CUIDADO!!!
Ênyor havia se levantado mais uma vez e sacou um punhal. Iria matar Ulfgar traiçoeiramente pelas
costas, mas Ottho deu o aviso... SERIA TARDE DEMAIS?!?!
NÃO!! ISSO NÃO!!!!
Vá para 136 ou 139

135 Passando pela passagem, Joshua chegou num lugar bastante diferente... Parecia ser uma
arena! Tinha chão arenoso, arquibancadas e tudo. Olhou para um lado e viu o monarca sendo amarrado e
pendurado encima de um poço. Ênyor sorriu triunfante.
– Veja, meu caro mago! Um poço! Ele costumava ficar vazio, mas hoje está cheio de PONTAS
METÁLICAS AFIADAS!!! Todas elas preparadas para esburacar a carne deste idiota! E se você, no desejo
de salvar à tudo e à todos, quer evitar este final trágico ... – Ênyor desbainha a espada e esta corta algumas
fibras da corda – ...terá que me enfrentar!
– Em nome de todos os Deuses ... – clama o monarca – ..me AJUDE!!!
Joshua já ia se preparar para lançar uma magia, quando percebeu que não podia! Não conseguia!!!
– Aposto que está tão frustrado quanto eu fiquei, não foi? Não sei o que deu no meu anel, mas eu
posso explicar o quê está havendo com suas magias. Esta sala está PROTEGIDA contra magias! Nenhum
mago, não importa qual seja o poder dele, pode lançar magias aqui! Agora...
Ênyor se aproximou com a espada desbainhada

69
Aventura Solo

– ... o quê pretende fazer a respeito, senhor mago-dependente-de-truques-mágicos?


Joshua responde empunhando a lança.
– O quê? – exclamou Ênyor – O rato vai lutar?
– É verdade que não tenho muitas técnicas de combate... mas este rato DEVE lutar, como você pode
ver! Ou acha que estou brincando?
Joshua fez um rápido movimento com a lança, como se fosse lançar magia de um cajado. Ênyor se
esquivou do ataque e devolveu com um golpe vertical de cima para baixo. Joshua conseguiu se defender.
– Hahahaha! Você até que luta bem... para um mago! Mas não vai ter tanta sorte por muito tempo, eu
garanto que o matarei!
– Por muito tempo, não... só o suficiente!
– IMBECIL!!!
Os dois começaram a lutar. Ênyor era um guerreiro experiente e Joshua tinha problemas para en-
frenta-lo. E ele ainda pretendia se “divertir” na luta...
Primeiro fez um corte de leve em um dos ombros do mago, depois pulou para o lado e fez uma linha
de sangue nas costas dele! Joshua não tinha como derrotar aquele guerreiro daquele modo! Só havia um
jeito... um ataque frontal... com TUDO!
– Hah! A vitória é minha, mago!!! – Ênyor ergueu a espada acima da cabeça.
AGORA!!!
Vá para 137 ou 140

136 O rápido movimento de Ulfgar não foi suficiente! Ênyor conseguiu fazer uma linha de san-
gue nas costas dele, mas só isso, felizmente.
– Seu demônio! – gritou um dos guardas – Vai ficar na masmorra para sempre!!!
– O senhor está bem, Ulfgar? – érguntou Ottho, preocupado.
Mas Ulfgar estava bem. Não foi um ferimento profundo e nem ficaria cicatriz.
A batalha estava ganha!
NO DIA SEGUINTE
Já fazia muitos anos que o monarca mandou abrir os portões do palácio para o povo da cidade pela
última vez. Esta seria a nova e talvez a mais longa abertura do palácio para o povo... Graças à um herói!
Toda a população estava de pé, vendo o pequeno herói Ulfgar. Anões sempre foram um tanto desa-
creditados em Phanthorys, mas agora isso ia mudar!
– Meu grande Sir Ulfgar! – disse o monarca, na frente de todo o seu povo – Como posso agradece-
lo por ter salvo todo o reino de Graso, sobretudo esta cidade, e a minha pessoa? Posso lhe oferecer o cargo
que quiser no meu palácio, você será recebido com muitas honras!
Ulfgar nunca esteve numa posição como aquela. Estava feliz mais muito ruborizado. Não pensou
que logo na sua primeira missão iria ser glorificado daquela maneira. Ainda tinha muito o que aprender!
– Estou feliz com vossa majestade e com todo o seu povo, mas não posso aceitar. Ainda há muitos
lugares para este anão ir!
– Está certo disso? Você não teria mais que se arriscar em aventuras suicidas para conseguir seu
prestígio, terá tudo o que quiser aqui!
– Tudo... menos aventuras! Eu lhe agradeço, Majestade.
– Você é quem sabe, mas acho muito nobre de sua parte ter um espírito tão aventureiro. Saiba que
aqui você sempre será bem vindo!
Houve uma chuva de aplausos.
Horas depois, Ulfgar tinha embarcado num nau que só carregava passageiros ilustres. Ele era o
primeiro anão a entrar nele. Antes de ir embora, se despediu de seus dois amigos:
– Adeus, Giggo! Até qualquer dia, Fabos!
– Hi-dily-ho! Espero que você volte logo, Ulfgar! – gritou Fabos.
– Até! Veja se você aparece! – gritou Giggo.
Ulfgar correu até a proa do navio. Ficou observando aquele mar... sim, a viagem seria maravilhosa,
agora. Mas para onde ele podia ir?

70
Graso: A capital

Voltar para casa? Heh! Adoraria contar ao seu pai de tudo o que aconteceu... principalmente sobre o
Dragão! Ele mal iria acreditar!
Mas talvez ainda fosse cedo para isso... Ulfgar poderia ir para a ilha Yutk, ou ainda para a Cordilhei-
ra de Tamasgal... Havia muitos lugares onde ele poderia ir. Muitas aventuras apenas à começar! FIM!
Parabéns! Você concluiu a aventura do guerreiro! Se ainda não “jogou” com o mago ou com o
ladrão, que tal experimentar agora?

137 Um ataque frontal direto... A lança partiu as camadas de ar e se aproximou do peite de Ênyor.
Este, no entanto, conseguiu se esquivar do ataque, ficando apenas com um leve corte no peito...
– Terminou tudo! Para mim e para você!!!
Ênyor desce a lâmina na cabeça de Joshua...
... mas ele CONSEGUE evitar o ataque! A espada de Ênyor fica presa no chão e Joshua pôde
terminar a luta acertando o braço esquerdo de Ênyor com a ponta da lança. Ele grita de dor... por muitos
meses não poderá usar o braço...
– Seu mago MISERÁVEL!!!! Maldito seja!!! Mas isso não vai impedir que o rei seja morto!!!
O rei!!! Joshua olhou para o poço e viu que a corda estava prestes a partir! Correu da melhor
maneira que pôde, mas era tarde... a corda partiu e o rei CAIU!!!
Joshua perdeu as forças e caiu de joelhos. Havia vencido Ênyor, mas não conseguiu salvar o rei...
Havia falhado neste ponto! Não seria uma vitória completa...
Quando levantou a cabeça, escutou uma voz...
– Calma! Não se mexa!
Não... mas...? Vinha do poço! Joshua correu e olhou para baixo. A lateral do poço estava aberta e
uma placa de pedra havia esmagado as pontas metálicas. Lá embaixo, estava o rei e Ottho.
– Ei, mago! Eu DISSE que este palácio era cheio de passagens secretas, não disse?
Joshua respirou aliviado, e apesar do tombo, o rei também estava feliz. Joshua ajudou os dois a
saírem do poço. Os guardas chegaram no local.
– Ah! Que bom que chegaram! – disse o rei – Levem Ênyor daqui! Permitam que ele seja levado aos
curandeiros, depois o exile de Beril para todo o sempre!
– Sim, majestade! – disse um dos guardas.
Os guardas carregaram Ênyor para fora. Era um novo começo para Phanthorys e para toda Beril!
ALGUMAS HORAS DEPOIS
Depois que todos se recuperaram do susto, o monarca abriu os portões do palácio para o povo. Algo
que não fazia há muitos anos! Recebeu o povo e informou-os de todos os acontecimentos. Giggo e Jebbo
(que havia sido solto) estavam lá para provarem os feitos daquele jovem mago. O mago que salvou toda
Phanthorys!
– Não há adjetivo digno de classificar você ou seus feitos, Sir Joshua! – disse o monarca, na frente
da multidão de pessoas – Como eu poderia agradecer você por ter salvado meu povo e minha pessoa?
Joshua não sabia o que dizer. Estava contente em ver a cidade fervilhada de vida e em ver rostos
agradecidos por toda a parte. Tinha medo de parecer demagogo, mas disse o que realmente sentia.
– Apenas cuide bem de Beril e Phanthorys, majestade. Não haverá presente maior para mim do que
saber que, pelo menos aqui, eu sempre terei grandes amigos; e que minhas ações valeram alguma coisa.
Estarei ansioso para voltar à Phanthorys!
Houve uma chuva de aplausos.
– Voltar? Você não ficará aqui? Posso lhe arrumar um excelente cargo na corte, você não vai preci-
sar arriscar seu pescoço por aí para viver, poderá ter luxo e conforto em meu palácio.
– Eu lhe agradeço, mas se eu não tivesse arriscado meu pescoço para salvar esta cidade, hoje não
seria merecedor de tal título.
– Você está certo, Grande herói de Phanthorys! Estaremos aguardando sua volta!
Houve mais aplausos.
No dia seguinte, Joshua foi para o porto seguido por várias pessoas, incluindo uma comitiva do rei.
Embarcou no barco real e se despediu da população.

71
Aventura Solo

– Jebbo, Shamyr, Laucian, Giggo! Prometo voltar assim que puder! – gritou o mago.
– Adeus, Joshua! – gritou Shamyr – Volte logo!
– Até qualquer dia, jovem! – gritou Laucian – Vou por uma placa dourada com seu nome na Confra-
ria dos Magos!
O barco deixou o porto e Joshua se dirigiu para a proa. O capitão falou com ele:
– Para qualquer lugar que você quiser, Mylord.
O mago olhou para o mar infinito. Poderia ir para onde quisesse, pois o barco tinha um bom estoque
de mantimentos. Joshua pensou em voltar para casa, ou ainda prosseguir com suas aventuras antes de voltar.
Talvez ele fosse para Ameth. Dizem que o Grande Lago contém segredos ocultos esperando para serem
desvendados... ou ainda poderia sair de Graso e ir para um outro reino... Nunca tinha ido tão longe assim de
casa, mas o mundo era enorme, e ele se negava a ficar em um só território.
Era óbvio que sua vida de aventureiro estava só começando... FIM!
Parabéns! Você chegou até o desfecho do Mago! Se ainda não “jogou” com o ladrão ou o guerrei-
ro, que tal experimentar agora?

138 Aramil correu para se esconder nas sombras com Jebbo.


Lia desapareceu na lareira e eles puderam ver Gary e Lou serem presos pelos guardas.
– Temos que aju... – Jebbo se calou.
– Psssiiu!
Os guardas prenderam Gary e Lou, que não ofereceram nenhuma resistência, seria melhor assim
para todos. Um deles o encarou.
– Que barulho foi aquele?! Escutamos alguma coisa!
– Empurramos a mesinha, mas a colocamos de volta! Bem, vocês nos pegaram, somos ladrões!
Podem nos prender!
Os guardas olharam em volta. Não notaram nada de diferente na lareira e não conseguiram enxergar
Jebbo e Aramil escondidos nas sombras.
– Muito bem! Ladrões, não? Nem imagino como entraram aqui, mas vocês VÃO contar! Ah, vão
sim!Vamos leva-los a presença do senhor Ênyor!
Os guardas conduziram Gary e Lou pelos corredores. Bem silenciosamente, Aramil e Jebbo os
seguiram. Os guardas seguiram por uma saleta e mais um corredor. No fim do corredor uma única porta, os
guardas pararam e bateram.
– Senhor Ênyor? Perdoe-me por incomodá-lo em seu quarto, mas temos alguns ladrões aqui!
A porta abriu logo em seguida.
Um homem de estatura mediana, cabelos castanhos e uma expressão desagradável no rosto abriu a
porta.
– Hmmm... Entrem! – disse ele.
A porta se fechou, Jebbo e Aramil ficaram escutando do lado de fora. Aramil se abaixou para ver
pela fechadura.
Havia mais uma pessoa lá, um homem elegantemente vestido com uma discreta coroa. Era o monar-
ca, com certeza! Mas o que ele estava fazendo ali?
– Aqui está mais uma prova de que o reino precisa de novas medidas de segurança! – disse Ênyor ao
monarca – veja! Ladrões invadem o próprio palácio real! As mudanças devem começar imediatamente!
– Eu vejo – disse o monarca – Mas acho isso meio precipitado, quero dizer... Você já tem conside-
rável poder político, Ênyor! Se eu lhe der mais será o mesmo que lhe passar a coroa!
Aramil e Jebbo podiam sentir que a tensão era grande...
– Majestade... – disse Ênyor, num tom frio - ... nada será resolvido com esta sua posição.
– Ei! – disse um dos guardas – Não fale assim com o monarca!
Aquele comentário foi o suficinete para a pouca paciência de Ênyor se esgotar. Já estava se seguran-
do por muito tempo, não suportaria se segurar mais... Deu dois passos até a cômoda e abriu uma arca. Aramil
que estava vendo tudo pela fechadura levou um susto! Ele tirou da arca um anel ornamentado com uma
pedra vermelha!

72
Graso: A capital

Jebbo e Aramil derrubaram a porta. Foi um grande susto, o que deixou Ênyor sem ação por um
momento.
– Qu... Quem são vocês?! – perguntou o monarca.
– Somos os seus salvadores, majestade! Ele ia...
– Ora! O que estão dizendo?! – disse Ênyor, bem furioso – Eu só ia usar meu poder para punir estes
dois ladrões... E VOU APROVEITAR E FAZER ISSO COM VOCÊS!!!
Ele mostrou o punho e sorriu maldosamente. Mas se pretendia lançar alguma magia, se decepcionou!
O anel era o falso!
– Mas... o quê...? – Ênyor custava a acreditar.
– Solte meus amigos! Majestade! – gritou Jebbo – Viemos ajuda-lo!
Vendo que estava tudo perdido, Ênyor sacou uma espada e ameaçou o rei.
– NINGUÉM SE MEXE!!! – gritou ele – Ou ... nem preciso dizer o quê... vai acontecer! Me deixem
sair daqui IMEDIATAMENTE!
Mas neste instantes, o guarda-roupa se abriu. Lia saltou dele e se interpôz entre Ênyor e o monarca.
Este último caiu. Os guardas estavam sem ação.
Desesperado, Ênyor abriu uma passagem secreta no seu quarto... mais uma!
Aramil se adiantou e saltou pela passagem antes que ela se fechasse. Ninguém foi com eles.
Vá para 146

139 Ulfgar pulou para o lado e se esquivou. Ênyor ainda tentou mais um ataque, mas o anão foi
mais rápido e o desarmou, cortando sua mão com o machado.
– Víbora! – gritou um dos guardas – Apodreça na masmorra!!!
Ênyor foi carregado pelos guardas, Ottho se aproximou de Ulfgar.
– O senhor está bem?
– Vou ficar, amigo. Vou ficar!
NO DIA SEGUINTE
Já fazia muitos anos que o monarca mandou abrir os portões do palácio para o povo da cidade pela
última vez. Esta seria a nova e talvez a mais longa abertura do palácio para o povo... Graças à um herói!
Toda a população estava de pé, vendo o pequeno herói Ulfgar. Anões sempre foram um tanto desa-
creditados em Phanthorys, mas agora isso ia mudar!
– Meu grande Sir Ulfgar! – disse o monarca, na frente de todo o seu povo – Como posso agradece-
lo por ter salvo todo o reino de Graso, sobretudo esta cidade, e a minha pessoa? Posso lhe oferecer o cargo
que quiser no meu palácio, você será recebido com muitas honras!
Ulfgar nunca esteve numa posição como aquela. Estava feliz mais muito ruborizado. Não pensou
que logo na sua primeira missão iria ser glorificado daquela maneira. Ainda tinha muito o que aprender!
– Estou feliz com vossa majestade e com todo o seu povo, mas não posso aceitar. Ainda há muitos
lugares para este anão ir!
– Está certo disso? Você não teria mais que se arriscar em aventuras suicidas para conseguir seu
prestígio, terá tudo o que quiser aqui!
– Tudo... menos aventuras! Eu lhe agradeço, Majestade.
– Você é quem sabe, mas acho muito nobre de sua parte ter um espírito tão aventureiro. Saiba que
aqui você sempre será bem vindo!
Houve uma chuva de aplausos.
Horas depois, Ulfgar tinha embarcado num nau que só carregava passageiros ilustres. Ele era o
primeiro anão a entrar nele. Antes de ir embora, se despediu de seus dois amigos:
– Adeus, Giggo! Até qualquer dia, Fabos!
– Hi-dily-ho! Espero que você volte logo, Ulfgar! – gritou Fabos.
– Até! Veja se você aparece! – gritou Giggo.
Ulfgar correu até a proa do navio. Ficou observando aquele mar... sim, a viagem seria maravilhosa,
agora. Mas para onde ele podia ir?
Voltar para casa? Heh! Adoraria contar ao seu pai de tudo o que aconteceu... principalmente sobre o

73
Aventura Solo

Dragão! Ele mal iria acreditar!


Mas talvez ainda fosse cedo para isso... Ulfgar poderia ir para a ilha Yutk, ou ainda para a Cordilhei-
ra de Tamasgal... Havia muitos lugares onde ele poderia ir. Muitas aventuras apenas à começar! FIM!
Parabéns! Você concluiu a aventura do guerreiro! Se ainda não “jogou” com o mago ou com o
ladrão, que tal experimentar agora?

140 Um ataque frontal direto... A lança partiu as camadas de ar e foi de encontro ao peito de
Ênyor, que só teve oportunidade de se esquivar da perfuração direta. Mas a ponta da lança rasgou seu peito
e várias gotas de sangue pingaram no chão. Ênyor escorregou e caiu na poça do próprio sangue.
– Seu mago MISERÁVEL!!!! Maldito seja!!! Mas isso não vai impedir que o rei seja morto!!!
O rei!!! Joshua olhou para o poço e viu que a corda estava prestes a partir! Correu da melhor
maneira que pôde, mas era tarde... a corda partiu e o rei CAIU!!!
Joshua perdeu as forças e caiu de joelhos. Havia vencido Ênyor,mas não conseguiu salvar o rei...
Havia falhado neste ponto! Não seria uma vitória completa...
Quando levantou a cabeça, escutou uma voz...
– Calma! Não se mexa!
Não... mas...? Vinha do poço! Joshua correu e olhou para baixo. A lateral do poço estava aberta e
uma placa de pedra havia esmagado as pontas metálicas. Lá embaixo, estava o rei e Ottho.
– Ei, mago! Eu DISSE que este palácio era cheio de passagens secretas, não disse?
Joshua respirou aliviado; e apesar do tombo, o rei também estava feliz. Joshua ajudou os dois a
saírem do poço. Os guardas chegaram no local.
– Ah! Que bom que chegaram! – disse o rei – Levem Ênyor daqui! Permitam que ele seja levado aos
curandeiros, depois o exile de Beril para todo o sempre!
– Sim, majestade!
Os guardas carregaram Ênyor para fora. Era um novo começo para Phanthorys e para toda Beril!
ALGUMAS HORAS DEPOIS
Depois que todos se recuperaram do susto, o monarca abriu os portões do palácio para o povo. Algo
que não fazia há muitos anos! Recebeu o povo e informou-os de todos os acontecimentos. Giggo e Jebbo
(que havia sido solto) estavam lá para provarem os feitos daquele jovem mago. O mago que salvou toda
Phanthorys!
– Não há adjetivo digno de classificar você ou seus feitos, Sir Joshua! – disse o monarca, na frente
da multidão de pessoas – Como eu poderia agradecer você por ter salvado meu povo e minha pessoa?
Joshua não sabia o que dizer. Estava contente em ver a cidade fervilhada de vida e em ver rostos
agradecidos por toda a parte. Tinha medo de parecer demagogo, mas disse o que realmente sentia.
– Apenas cuide bem de Beril e Phanthorys, majestade. Não haverá presente maior para mim do que
saber que, pelo menos aqui, eu sempre terei grandes amigos; e que minhas ações valeram alguma coisa.
Estarei ansioso para voltar à Phanthorys!
Houve uma chuva de aplausos.
– Voltar? Você não ficará aqui? Posso lhe arrumar um excelente cargo na corte, você não vai preci-
sar arriscar seu pescoço por aí para viver, poderá ter luxo e conforto em meu palácio.
– Eu lhe agradeço, mas se eu não tivesse arriscado meu pescoço para salvar esta cidade, hoje não
seria merecedor de tal título.
– Você está certo, Grande herói de Phanthorys! Estaremos aguardando sua volta!
Houve mais aplausos.
No dia seguinte, Joshua foi para o porto seguido por várias pessoas, incluindo uma comitiva do rei.
Embarcou no barco real e se despediu da população.
– Jebbo, Shamyr, Laucian, Giggo! Prometo voltar assim que puder!
– Adeus, Joshua! – gritou Shamyr – Volte logo!
– Até qualquer dia, jovem! – gritou Laucian – Vou por uma placa dourada com seu nome na Confra-
ria dos Magos!
O barco deixou o porto e Joshua se dirigiu para a proa. O capitão falou com ele:

74
Graso: A capital

– Para qualquer lugar que você quiser, Mylord.


O mago olhou para o mar infinito. Poderia ir para onde quisesse, pois o barco tinha um bom estoque
de mantimentos. Joshua pensou em voltar para casa, ou ainda prosseguir com suas aventuras antes de voltar.
Talvez ele fosse para Ameth. Dizem que o Grande Lago contém segredos ocultos esperando para serem
desvendados... ou ainda poderia sair de Graso e ir para um outro reino... Nunca tinha ido tão longe assim de
casa, mas o mundo era enorme, e ele se negava a ficar em um só território.
Era óbvio que sua vida de aventureiro estava só começando... FIM!
Parabéns! Você chegou até o desfecho do Mago! Se ainda não “jogou” com o ladrão ou o guerrei-
ro, que tal experimentar agora?

141 Ah! Um ladrão devia ser mais cauteloso! Havia sim uma armadilha na passagem, seja lá o que
era, matou todos vocês! ... fim da aventura.

142 Aramil saltou para a passagem secreta juntamente com Lia. A passagem se fechou e tudo
voltou a ser uma lareira. Mas era possível ouvir a briga entre Lou, Gary e os guardas.
– Pegaram meu irmão! Pegaram meu irmão, malditos!!!
– Por favor, silêncio! – disse Aramil, num sussurro.
– Não temos escolha! Vamos sair daq...
– Espere!
Era possível ouvir uma conversa entre Gary, Lou e os guardas. Não havia sons de luta e nem nada.
Parecia que estavam bem, apenas seriam...
– ... apresentados ao senhor Ênyor!
Deuses!
Mas seria difícil, quase impossível sair daquela passagem secreta. Só poderiam sair por uma abertu-
ra que estava exatamente ao lado deles. A saída!
Aramil e Lia se espremeram pelo local, andaram por um túnel sinuoso que parecia não ter fim... Até
saírem no que parecia ser um guarda-roupa.
– Vamos sair? – sugeriu Lia.
Mas quando iam fazer isso, ouviram sons de passos. E vozes!
– ... no meu quarto poderemos falar sem sermos interrompidos, majestade.
A voz soava um tanto maldosa, seja lá de quem fosse... Mas, majaestade? O monarca estava aqui?
– Bem – continuou a voz – Agora podemos decidir de uma vez por todas o destino de Beril e toda
Graso. Para o bem de todos!
– Certo – disse outra voz, muito provavelmente a do monarca – Mas eu creio que sua idéia de ..
ahãn... dar mais crédito ao Conselho é um tanto inapropriada. Entendo que as suas idéias são boas e que
você fez uma boa ação salvando a cidade daquele ataque de monstros, Ênyor...
Ênyor!!! Ênyor também estava lá! A voz maldosa devia ser dele!
Aramil se mexeu o máximo que conseguia sem fazer barulho. Viu que o guarda-roupa tinha uma
fechadura, conseguiu espiar por ela dois homens. Um elegantemente vestido, provavelmente o monarca e
um outro homem de cabelos castanhos, estatura mediana... e com um sorriso cínico que não inspirava
nenhuma confiança.
– Vossa majestade deve saber que todos – hmm, quase todos – os outros Membros do Conselho
estão apoiando minhas idéias! E agora que eles saíram para seu descanso anual, creio que seria melhor que
o senhor talvez fizesse isso.
– Não, Ênyor. A cidade passa por momentos difíceis e eu...
“Mas que idiota!” pensou Aramil, dentro do armário. Não podia acreditar que Ênyor estava conse-
guindo ludibriar o monarca com aquela conversa!
Mas parece que ela já estava no fim, era possível notar que Ênyor estava impaciente demais para
continuar com diplomacia... E eis que a porta se abre. Dois guardas, juntamente com Gary e Lou entraram!
– Perdoe a intromissão, Senhor Ênyor, majestade... Mas devemos informa-los que pegamos estes

75
Aventura Solo

dois ladrões dentro do palácio! O que devemos fazer com eles?


– Ah! Está vendo, majestade? – disse Ênyor – O que me diz? Não devemos modificar muitas coisas
neste lugar? Veja! Dois ladrões dentro do palácio!
– Então você é Ênyor? – disse Lou – Se RATO! Guardas! Majestade! Cuidado com este homem, ele
é um assassino!!!
– O quê??!! Como ousa falar isto de mim?! Ladrãozinho ... Mas vou dar um jeito em vocês!
Ênyor abra uma arca encima da cômoda. Nela, está o anel! O anel de pedra vermelha!!! Aramil e Lia
saltam do armário e se interpõem entre seus amigos.
– Tomem cuidado!!! – grita Lia – Ele não vai se importar em matar todos nós, incluindo os guardas
e o monarca!
Ênyor se assustou com aquela entrada repentina, mas empunha o anel e... Nada acontece!
– Mas o quê...? O que aconteceu?!
– Não importa! – diz Aramil – Seu jogo acabou!
Tomado por uma fúria tamanha, Ênyor acaba perdendo o controle. Desembainha a espada, agarra o
monarca e o ameaça.
– NINGUÉM SE MOVA!!! – grita – Ou esse reizinho vai morrer! Me deixem sair daqui! – quando
ele estava se dirigindo para a porta para fugir, Jebbo aparece subitamente, abrindo a porta e atingindo Ênyor.
Ele larga o monarca.
– Cheguei tarde? Hein? Hein? – diz ele, que já estava a par de tudo, ouvindo atrás da porta.
Mas este susto apenas confundiu os guardas e atrasou a ação dos ladrões. Ênyor aproveitou isso
para fugir por outra passagem secreta... Aramil entrou na passagem antes que ela se fechasse.
Vá para 146

143 Aramil atirou a flecha.


Ela sibilou no ar, mas não partiu a corda!!! Ênyor percebeu o que o elfo estava tramando e tratou de
ficar longe do lugar onde o estandarte podia cair.
– O que você estava diznedo mesmo, elfo? – disse ele, com um sorriso maldoso e se aproximando de
Aramil... era o fim...
Não! Ainda não era! Ottho apareceu do nada e atingiu Ênyor com o punhal que Aramil havia deixa-
do cair! Este largou a espada e se contorceu de dor. Ottho se dirigiu a Aramil.
– Elfo! Você está bem?! Ah! Maravilha! Os guardas estão chegando!
Vindos juntamente com Lou, Gary, Lia , Jebbo e o monarca, os guardas prenderam Ênyor, que saiu
praguejando contra todos. Estava acabado!
ALGUMAS HORAS DEPOIS
Era difícil se lembrar da última vez em que o monarca havia aberto as portas para o povo. A história
sobre ênyor foi posta á público, e haviam os ex-escravos da masmorra para confirmá-la. Os heróis... Quem
diria! Eram ladrões!
– O verdadeiro malvado foi posto ao público. Estes heróis salvaram minha vida e impediram que o
plano de Ênyor tivesse êxito. Eles são os heróis de Phanthorys!
Houve uma chuva de aplausos. Jebbo se dirigiu ao público.
– Não teríamos conseguido se não tivéssemos agido juntos... Mas, principalmente, se não tivésse-
mos a ajuda de um elfo muito especial... Aramil! Apla... Hein? Onde ele está?
Aramil havia sumido! Onde teria ido parar? Bem, isso não interrompeu os festejos e toda a cidade
aplaudiu Aramil em sua ausência.
Este, no entanto, estava se dirigindo ao porto. Havia furtado uma bolsa no caminho e agora estava
num barco, pronto para abandonar a cidade.
– Adeus, amigos! – disse Aramil, olhando para o porto que ficava mais distante – Terei saudades!
Mas não posso ficar, não! Ser um ladrão conhecido não é bom...
E de fato não era. Mas talvez ele voltasse vez ou outra para phanthorys. Agora, iria voltar para casa,
ou ainda ir em outros portos. Talvez até a ilha Zora ou então na cidade de Ysmo, na ilha de Andalusi.
Havia um mundo inteiro para ele descobrir... E muitas bolsas para furtar! FIM.

76
Graso: A capital

Parabéns! Você chegou até o desfecho do Ladrão! Se ainda não “jogou” com o Mago ou com o
Gueereiro que tal fazer isso agora?

144 Aramil atirou a flecha.


Ela sibilou no ar e cortou a corda que segurava o estandarte. Ênyor tentou se esquivar, mas sua perna
foi atingida. Não poderia move-la por um bom tempo!
Neste instante, Ottho apareceu.
– Elfo! Você está bem?! Ah! Maravilha! Os guardas estão chegando!
Vindos juntamente com Lou, Gary, Lia , Jebbo e o monarca, os guardas prenderam Ênyor, que saiu
praguejando contra todos. Estava acabado!
ALGUMAS HORAS DEPOIS
Era difícil se lembrar da última vez em que o monarca havia aberto as portas para o povo. A história
sobre ênyor foi posta á público, e haviam os ex-escravos da masmorra para confirmá-la. Os heróis... Quem
diria! Eram ladrões!
– O verdadeiro malvado foi posto ao público. Estes heróis salvaram minha vida e impediram que o
plano de Ênyor tivesse êxito. Eles são os heróis de Phanthorys!
Houve uma chuva de aplausos. Jebbo se dirigiu ao público.
– Não teríamos conseguido se não tivéssemos agido juntos... Mas, principalmente, se não tivésse-
mos a ajuda de um elfo muito especial... Aramil! Apla... Hein? Onde ele está?
Aramil havia sumido! Onde teria ido parar? Bem, isso não interrompeu os festejos e toda a cidade
aplaudiu Aramil em sua ausência.
Este, no entanto, estava se dirigindo ao porto. Havia furtado uma bolsa no caminho e agora estava
num barco, pronto para abandonar a cidade.
– Adeus, amigos! – disse Aramil, olhando para o porto que ficava mais distante – Terei saudades!
Mas não posso ficar, não! Ser um ladrão conhecido não é bom...
E de fato não era. Mas talvez ele voltasse vez ou outra para phanthorys. Agora, iria voltar para casa,
ou ainda ir em outros portos. Talvez até a ilha Zora ou então na cidade de Ysmo, na ilha de Andalusi.
Havia um mundo inteiro para ele descobrir... E muitas bolsas para furtar! FIM.
Parabéns! Você chegou até o desfecho do Ladrão! Se ainda não “jogou” com o Mago ou com o
Gueereiro que tal fazer isso agora?

145 Aramil foi o último a entrar pela passagem secreta. No entanto, se assustou quando viu que a
passagem era a saída de uma lareira para... um quarto! E um quarto com uma pessoa dentro!
Havia um homenzinho no quarto, ele se assustou com o barulho que a passagem fez e pegou quase
instintivamente um objeto qualquer para atirar no invasor. Mas Jebbo apareceu diante dele com um grande
sorriso.
– Feliz em me ver?
Aramil não esperava aquela pergunta, nem aquela resposta.
– Muito! – disse o homenzinho – Ah, Jebbo! Como é bom ver você... E veio acompanhado! Gary,
como vai, grandalhão? Lia, bonita como sempre! Ah, Lou! Como vai, chapa? E este elfo? Quem é ele?
– Chegou na cidade há poucos dias. É Aramil, um grande ladrão!
– Que bom! Eu sou Ottho, o bobo da corte. SEU bobo da corte, encantado!
– Obrigado – disse Aramil – Não pensei que já fosse conhecido...
– Ah, claro! Eu já fui um ladrão, como meus amigos, mas larguei essa vida quando arrumei um
emprego aqui no palácio...
– ...desertor, hein? – disse Lou, com uma piscadela.
– Ah! Eram bons tempos! Mas é muito bom trabalhar no palácio, fazer os outros rirem... Ou pelo
menos era! Faz alguns meses que um tal de Ênyor chegou aqui e em poucos dias já se tornou chefe do
Conselho!
– Nós sabemos! – disse Jebbo – temos certeza que foi ele quem soltou os mortos-vivos...

77
Aventura Solo

– Ooooh! Já sabem? Incrível! E vocês nem moram no palácio... Sim! Aquela criatura pérfida tem
algum plano muito pior em mente, mas eu não pude fazer nada até agora por falta de provas! Além disso, ele
é perigoso! Tem um anel mágico que...
– Era sobre o anel mágico que queríamos falar, Ottho! – disse Jebbo – Você pode dar um jeito se
sumir com este anel para pelo menos termos uma chance de enfrenta-lo?
– Eu realmente não sei... Já tentei roubar o anel, mas qualuqer um logo veria que se eu o fizesse o
roubo seria rapidamente descoberto!
– Hmm, e se nós conseguíssemos uma cópia do anel?
– Você quer dizer uma réplica? Oh, talvez desse certo, mas ...<sigh> Não sei!
– Olhe! – Jebbo estendeu a mão e mostrou a réplica do anel feita por seu pai – É igual ao original?
– Mas... mas... SIM! É exatamente igual! Fantástico! Você é mesmo grande Jebbo (apesar da altura,
hehehe!) Bem... Não sei se é o momento adequando para fazer a troca, embora ele não costume usar o anel
quando está dentro do palácio, Hmmm... Vou tentar! Vou sair pela porta da frente, vocês devem ir pela
passagem secreta do...
– Não, Ottho, obrigado! – disse Jebbo – Vamos tentar uma outra passagem secreta, se não se impor-
ta.
– Hein? Bom... Tudo bem, mas tomem cuidado! Algumas está com armadilhas embutidas!
Ottho saiu pela porta do quarto, tudo ficou silencioso.
Enquanto isso, Jebbo encontrou uma passagem secreta na parede do quarto de Ottho.
– Será que tem armadilha? – disse ele.
Verificar se há armadilha? Vá para 132
Passar pela passagem de uma vez? Vá para 141

146 Foi um caminho bem longo até a saída daquela passagem. Finalmente, Aramil saiu dela e viu
que estava numa... Arena! Com arquibancadas e tudo, mas estava vazia.
– Um ladrão élfico, não é? Muito interessante! – a voz era de Ênyor, ele estava num dos extremos da
arena sacando uma espada ainda maior que a que estava usando.
– Melhor um ladrão do que um verme como você! – Aramil sacou um punhal.
– Imbecil! Vocês conseguiram me atrapalhar, mas não pense que vai sair em pune! Antes de fugir
vou arrancar sua cabeça!!!
Ênyor fez vários golpes no ar com a espada e avançou. Aramil só tinha um punhal e não poderia
enfrentar alguém que estivesse usando uma espada!
Conseguiu se esquivar de um golpe, mas Ênyor atacou de novo, tirando o punhal das mãos de
Aramil. Não havia muito o que fazer, a não ser tentar se afastar... Quando estivesse bem longe, usaria o arco.
– Vai fugir, covarde?? Ah! Não vou permitir isso! VOCÊ NÃO VAI FUGIR, ELFO!!!
Mas Aramil era mais ágil e conseguiu se afastar da lâmina da espada. Enquanto corria, o elfo pôde
ver que havia um estandarte bem no centro da arena. O símbolo do reino de Graso. Se conseguisse fazer
Ênyor ficar exatamente embaixo dele...
– Hahahaha!!! É o seu fim, elfo!!! – bradou Ênyor, quando Aramil fingiu ter tropeçado e caído para
trás... apenas para mirar na corda que segurava o estandarte.
– Acho que não...! – disse Aramil, puxando o arco.
Agora! Vá para 144 ou 143.

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