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Qualidade em Serviços de Pavimentação Flexível Controle

Tecnológico- Considerações
Saul Birman1

Copyright 2010, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis - IBP


Este Trabalho Técnico foi preparado para apresentação no 20° Encontro de Asfalto, realizado no período de 18 a 20 de maio de 2010,
no Rio de Janeiro. Este Trabalho Técnico foi selecionado para apresentação pelo Comitê Organizador do Evento, seguindo as
informações contidas no trabalho completo submetidos pelo(s) autor(es). Os organizadores não irão traduzir ou corrigir os textos
recebidos. O material conforme, apresentado, não necessariamente reflete as opiniões do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Sócios e
Representantes. É de conhecimento e aprovação do(s) autor(es) que este Trabalho Técnico seja publicado nos Anais do 20° Encontro de
Asfalto.

Resumo
O trabalho pretende apresentar os elementos qualitativos e quantitativos para um eficiente controle tecnológico dos
diferentes serviços de pavimentação flexível. Apresenta ainda as indicações do que fazer no caso de não conformidade. Faz
comparações com as especificações vigentes do DNIT. Não contempla todas as camadas e/ou serviços em face da limitação
do número de páginas. Tais serviços estão a disposição com o Autor.

Abstract

The objective of this paper is to develop a more complete understanding of the qualitative and quantitative
elements for an efficient technological control of various services of flexible pavements for quality control/quality
assurance (QC/QA) purposes. In the performance warranty system, a specification defines a certain level of pavement
performance as the minimum requirement. This paper also presents indications how management the nonconformity and the
correlations of technical specifications used by the National Department of Infra-Structure of Transportation – DNIT. This
paper does not present all the services since there is limitation of the number of pages. All the information is available with
the Autor.

______________________________
1
Engenheiro civil.
20° Encontro de Asfalto

Artigo engenheiro do DNER – DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM – atual DNIT


– DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES, trabalhamos durante décadas na área
de pavimentação flexível, principalmente no aspecto concernente ao Controle Tecnológico. Este item, obviamente aplicado,
é que vai definir a qualidade da etapa de um serviço de pavimentação.
Todas as especificações de serviços contém o capítulo Controle Tecnológico, indicando como ele deve ser
efetuado.
Não podendo dedicar este trabalho a todos os organismos rodoviários: municipais, estaduais, federal e
internacionais, apresentamos considerações sobre as especificações vigentes no DNIT, nesta data
De acordo com: http://ipr.dnit.gov.br/normasmanuaisoutros/downloadcoletanea_es.html de 16//2009 há uma relação de
30(trinta) Normas Tipo Especificação de Serviço (ES).
Desde 1981 vimos apresentando contribuições à área rodoviária no tocante às especificações de serviços, assim
como considerações ao então DNER – desde 1990 – quando começaram a ser apresentadas ao meio rodoviário as
especificações de serviços de pavimentação. Todas elas devidamente encaminhadas, por escrito, datadas e assinadas.
Algumas dessas contribuições e considerações foram aceitas e introduzidas nas Normas. Outras não. Como
consideramos relevantes vários aspectos das sugestões por nós apresentadas resolvemos colocar neste trabalho
“comparativos” do que está vigindo no DNIT e o que consideramos importante ser modificado.
Como há exigência do IBP – de acordo com o “Programa de Envio de Trabalhos” para o 20º Encontro de Asfalto
– que o tamanho máximo do trabalho está limitado a oito páginas, incluindo tabelas, figuras e apêndices – estamos
apresentando somente as considerações sobre Tratamentos Superficiais: Simples, Duplo e Triplo; Concreto Asfáltico;
Micro-Revestimento a Frio com Polímero.
Todos os demais serviços relacionados a pavimentos flexíveis, desde Regularização do Sub-leito até camadas
betuminosas como SMA, Reciclagem, Lama Asfáltica, Camada Porosa de Atrito(CPA), etc, teriam análises semelhantes
e/ou correlatas com as apresentadas nos 3(três) serviços do presente trabalho.
Assim é que colocamos os serviços de pavimentação em folhas individuais divididas em 2 (duas) colunas: na
primeira constam os elementos de controle especificados pelo DNIT e na segunda aquilo que consideramos correto, visando
os aspectos: práticos e tecnológicos. Na parte superior das colunas estão as datas (anos) e a organização em que as
proposições foram colocadas.
A intenção básica deste trabalho é deixar consignadas nossas posições para, entre outros aspectos, serem
conhecidas, discutidas, criticadas, etc, visto que, infelizmente os controles de serviços de pavimentação deixam muito a
desejar e são, em nosso entendimento, uma das causas preponderantes da má qualidade destes serviços.

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20° Encontro de Asfalto

SIMPLES - TSS
Tabela 1 TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO – TSD
TRIPLO - TST

DNIT 308/97 DNIT 309/97 DNIT 310/97 (81-83) TSS-TSD DNER 1987 TST

- Vabs ou Penetração - Ponto de Fulgor P/ toda


- Vssf (135ºc) P/ toda - Espuma carreta
CAP - Relação Vssf x T carreta - Vssf (135ºc)
- Ponto de Fulgor
- Espuma - Relação Vssf xT – De 4 em 4, 5 em 5, etc
- Índice de Pfeifer - Penetração e De 4 em 4, 5
- Ponto de amolecimento em 5, etc
- Alcatrões – não considerar Fora do canteiro

- Relação Vssf xT - Asfaltos diluídos – Não considerar


- Resíduo p/ evaporação
RR.C - Peneiramento P/ toda - Vssf xT
- Carga da partícula carreta - Resíduo p/ evaporação P/ toda
- Desemulsibilidade p/ cada - Peneiramento carreta
100t EA - Carga da partícula
- Relação Vssf xT – De 4 em 4, 5 em 5 carretas
- Sedimentação – Somente se for estocado

- Análises (?) granulométricas p/ cada


AGREGADOS

- Só fazer quando houver duvida quanto a origem do(s) material (is).


jornada de trabalho
- Ensaios granulométricos antes de serem colocados no canteiro de
- 1 índice de forma, p/ cada 900m3
obras
- 1 adesividade, p/ toda carreta de ligante

- Temperatura de aplicação do ligante - Temperatura da aplicação do ligante


EXECUÇÃO

- Taxa do ligante. Pesagens antes - Taxa dos ligantes, pesadas antes da passagem do distribuidor e
e depois da passagem do distribuidor, sem depois (com peso constante para emulsões). A cada 500 m2.
freqüência Bandeja.
- Bandeja - Taxa dos agregados a cada 500 m2.
- Taxa dos agregados – sem freqüência - Bandeja
- Bandeja, com erro na RR-C
DE SUPERFICIE
ACABAMENTO

- Réguas de 3,00m e 1,20m


Não Tem
< 0,5cm

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20° Encontro de Asfalto

ESTATISTICA ESTATISTICA
x + 1,29 σ + 0,68 σ
MEDIÇÃO E ACEITAÇÃO

-
- x + ks N
com N variável e ≥5 com N ≥9
- Relatórios periódicos - O que fazer no caso de não conformidade
- Fiscal de pista para atender detalhes não numéricos
PAGAMENTO

- Anexação de relatório de controle


- “As Built” – Gráficos
-

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20° Encontro de Asfalto

Tabela 2. CONCRETO ASFÁLTICO


DNIT 031/2006 (81-83) DNER 1987

Penetração Ponto de Fulgor P/ toda


Ponto de Fulgor P/ toda Espuma carreta
CAP Espuma carreta Vssf (135ºc)
Vssf (135ºc)
Índice de Pfeifer P/ cada 100t Relação VssfxT – De 4 em 4, 5 em 5 carretas, etc
Relação VssfxT Penetração e De 4 em 4, 5
Ponto de amolecimento em 5 carretas, etc
Fora do canteiro
Somente quando houver duvidas ou variação quanto
à origem e natureza do material para ensaios
eventuais.
- Los Angeles
AGREGADOS

- Adesividade. Se houver uso de dope – rtfot ou eca –


- Só fazer quando houver dúvida quanto a origem do(s)
e – ASSHTO 283/89 DNER – 138-ME
material (is).
- Índice de forma p/ ensaios de rotina
- Ensaios antes de serem colocados no canteiro de obras
- 02 Granulometrias de cada silo quente (?), por
jornada de 8 horas de trabalho.
- 01 Equivalente de areia do AM, idem
- 01 Granulometria do filler, idem

P/ cada 700m2 (uma no mínimo); na pista


- % CAP
- Granulometria, após extração. P/ cada 700m2 (uma no mínimo); na pista
por jornada de trabalho: - % CAP
Medidas de temperatura - Granulometria, após extração
EXECUÇÃO

- Do agregado, no silo quente da usina (?) - Gc = dcp pista - ≥ 97%


- Do ligante, na usina (?) d projeto
- Da Mistura, no momento da saída do misturador - Medidas de temperatura p/ anotação:
- 3 c.p. para Marshall e para tração por compressão - Na usina
diametral a 25ºc. moldados na pista (?) - Na pista, antes da descarga
- temperaturas de espalhamento e imediatamente - Relação Vssf xT, para controle e fiscalização
antes de iniciar compactação - Não realizar corpo de prova.
- Gc = dcp pista - ≥ 97% e < 101%
d projeto
DE SUPERFICIE
ACABAMENTO

- Réguas de 3,00m e 1,20m (≤ 0,5cm)


- QI ≤ 35 cont / km (iri ≤ 2,7)
Não tem
- VDR (VRD) ≥ 45 (pêndulo)
- Altura de areia – 1,20mm ≥ Hs > 0,60mm

ESTATISTICA ESTATISTICA
- x + 1,29 σ + 0,68 σ
ACEITAÇÃO

- x + ks N
com N variável e ≥5 com N ≥9
- Relatório periódico – Norma DNIT 011/2004- - O que fazer no caso de não conformidade
PRO para tomadas de providências (?) - Fiscal de pista e de usina, para atender detalhes não
numéricos
PAGAMENTO
MEDIÇÃO E

- Anexação de relatório de controle


- Anexação de relatório de controle
- “As Built” – Gráficos

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20° Encontro de Asfalto

Tabela 3. MICRO REVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIO C/ POLÍMERO

DNIT – 035/2005 INSTRUÇÕES DE CONTROLE 2005 SAUL BIRMAN

-1 Vssf - 1 Vssf
EA(ru- -1 resíduo - 1 resíduo p/ toda
tura con- -1 peneiramento p/ toda EA - 1 peneiramento carreta
trolada -1 carga da partícula carreta + - 1 carga da partícula
catiônica) - 1 recuperação elástica - recuperação elástica a 25ºC
+ a 25ºC POLÍ -
POLÍ- MERO - relação VssfxT- de 4 em4,5em 5, etc
MERO - sedimentação só se for estocada

- ensaios de granulometria - só fazer quando houver dúvida quanto à origem do(s)


- ensaios de adesividade material(is)
- ensaio de equivalente de areia - ensaios antes de serem colocados no canteiro de obras
AGREGADOS

- a cada 700m² - na pista:


2
EXECUÇÃO - extrações de betume (% EA) – 700 m - % ligante
- granulometrias após extrações s/ - granulometria, após extração
freqüência

ESTATÍSTICA
ESTATÍSTICA _
_ X ± 1,29σ ± 0,68 σ
ACEITAÇÃO X ± ks √N
com N variável e ≥ 5 Com N ≥ 9
- relatório periódicos de acompa- - gráficos
nhamento - o que fazer no caso de não conformidade
- fiscal de pista e de usina para atender detalhes não
numéricos
PAGAMENTO
MEDIÇÃO E

- Anexação de relatório de controle


- Anexação de relatório de controle
- “As Built” – Gráficos

Referências
Normas do DNIT

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