FAMÍLIA CRISTÃ E AS COSVISÕES SECULARES
Então há algo entre o fato
Ef. 5:18-22; 6:4
INTRODUÇÃO
COSMOVISÃO – Não é um conceito Teológico. Tem se
tornado comum no meio Cristão, mas nasceu na Filosofia
Alemã Iluminista do Sec. XVIII.
Originalmente esse conceito nasce com o objetivo de
afirmar que o homem é um sujeito ativo no Processo de
conhecimento. Durante muito tempo se pensou que o
homem tinha uma mente como uma tábula rasa e quando
ele experimentava a realidade, os seus sentidos imprimiam
os significados dessa realidade em sua mente.
Mas uma pergunta ficava sem resposta: Por que que
indivíduos diferentes observavam as mesmas coisas e
chagavam a conclusões diferentes?
Ex.: Como pessoas diferentes em uma mesma família ou
grupo lhe dão diante do fato da morte?
Como pessoas diferentes lhe dão com o sofrimento; com
a pobreza; com a riqueza; com sexo; com o trabalho, etc.?
Então se nós estamos diante de um mesmo fato e se são os
sentidos que imprimem a verdade na nossa mente, e, se
ela é uma tábula rasa nós deveríamos chegar a mesmas
conclusões e apresentar um mesmo comportamento. E na
prática não é isso que acontece.
e o sentido que nos faz enxergar a realidade das coisas. A
nossa aproximação não é IMEDIATA. Há algo entre nós e a
realidade em nossa volta que conduz os nossos sentidos e
nos faz enxergar o mundo da forma como enxergamos: Isso
é COSMOVISÃO.
DESENVOLVIMENTO
IMPORTÂNCIA ENTRE COSMOVISÕES
Diante dessa ideia, posemos afirma que a COSMOVISÃO é
o conjunto de crenças fundamentais ou um conjunto de
crenças básicas.
Tem algumas coisas que nós acreditamos sobre a vida que
são determinantes para compreendermos a vida de forma
geral.
É importante dizer que nem toda a crença tem importância
na maneira como a pessoa enxerga a vida.
Ex.: Você pode gostar de café ou xá, porém essa
preferência tem pouca relevância na forma como você
toma as decisões mais críticas de sua vida.
Agora a crença quanto sua origem tem fundamental
importância na maneira como você vive e encara a vida.
Acreditar que você é fruto da criação de um Deus todo
poderoso que se revela e se relaciona com sua criação é
diferente de crer que somos frutos de um coacervado de
moléculas que evoluíram.
Então a nossa cosmovisão é formada por um conjunto de
crenças básicas as quais utilizamos para interpretar o
mundo.
Pensamentos que constituem a nossa cosmovisão:
Deus existe? Se Ele existe, quem é Deus? Como o mundo
veio a existir? Por que estamos aqui e qual a razão da nossa
existência? O que acontece após o final da vida? O que
acontece depois da morte?
Essas são perguntas fundamentais para definir a nossa
cosmovisão.
Exemplo dos Óculos (João Calvino)
BLOCO 2
VALIDADE DAS COSMOVISÕES
Com o desenvolvimento do conceito de Cosmovisão no
ambiente não cristão chegou-se ao pensamento de que
“não existe uma cosmovisão absoluta, exclusivamente
verdadeira e exclusivamente válida. Ou seja, todas as
cosmovisões são válidas.
As cores que os seus olhos atribuem ao mundo são as cores
que o mundo possui.
Esse pensamento não é admitido por uma Cosmovisão
Cristã. Pois nós temos a revelação de Deus em sua palavra
que é “o ponto de vista de Deus”, ou seja, nós temos qual
a Cosmovisão de Deus. A nossa cosmovisão é mais ou
menos perfeita dependendo do quanto ela se aproxima da
cosmovisão de Deus.
Dizer que existem várias cosmovisões não anula o fato de
que haja uma única e exclusiva cosmovisão verdadeira: A
Cosmovisão de Deus.
BLOCO 3
A Cosmovisão cristã é única e tem implicações diferentes
para várias áreas da vida: trabalho, ética, sexualidade,
casamento, política e família. A cosmovisão Cristã é uma só
e pode ser articulada de formas diferentes a mais comum
é a articulação da história da humanidade em uma grande
narrativa ou grande história dividida em 4 áreas: Criação,
Queda, Redenção e Consumação.
BLOCO 3
A Carta aos Efésios e as Cosmovisões de Mundo
No inicio do Cristianismo surgiram visões extremadas da
espiritualidade da igreja que formavam cosmovisões
equivocadas da forma de como agia no meio do seu povo.
Entre essas cosmovisões as que estavam presentes desde
o primeiro século era a visão materialista dos Judaizantes
e a Visão Espiritualista dos Gnósticos.
Os judaizantes, foram combatidos de forma mais ostensiva
pelo apóstolo Paulo em Gálatas, são um grupo de Judeus
que se converteram nominalmente ao Cristianismo mas
queriam fazer do cristianismo apenas uma seita Judaica.
Uma ramificação ou “puxadinho”.
O Judaísmo valorizava muito a corporeidade, a parte
exterior de nossa vida através dos ritos e celebrações da lei
Mosaica. A Corporeidade era tanta a ponto de surgir uma
ramificação do Judaísmo como os saduceus: eram judeus
que guardavam todos os ritos da lei mas não acreditavam
na imortalidade da alma, em anjos, ressureição. Havia uma
ênfase na alimentação, comidas puras e impuras, na
higiene, lavar as mãos antes das refeições. Até mesmo
muitas coisas que não estavam prescritas mas por força da
tradição devido ao caráter higiênico foram incorporadas ao
modo de vida como lavar as mãos antes de comer.
Eles não haviam entendido a razão de tantos rituais e
cerimoniais contidos na lei. Esses preceitos eram para
prefigurar a obra consumada de Jesus Cristo. Os sacrifícios
oferecidos eram para prefigurar o sacrifício único e eterno
que Jesus fez na Cruz do calvário.
Os judaizantes achavam que jesus veio adicionar mais
alguns pontos a lei e não fazê-la cumprida. Eles reduziam a
santificação ao legalismo.
BLOCO 4
Os Gnósticos por sua vez eram um outro extremo. Eles não
eram judeus que se tinham convertido ao Cristianismo,
eram gregos. Estavam imbuídas da visão filosófica grega.
Os gregos ao contrário dos Judeus desprezavam a
corporeidade. Desprezavam as coisas da vida presente, do
cotidiano, dos relacionamentos. Valorizavam apenas uma
vida espiritual ou espiritualista divorciada de qualquer
coisa material. Para os filósofos gregos o nosso corpo era
um túmulo, uma prisão, um cativeiro para alma. Eles
supunham que os nossos espíritos haviam preexistido à
vida no corpo e que nossos espíritos foram colocados
dentro do corpo como uma espécie de castigo. Nossos
espíritos haviam se afeiçoado as coisas materiais e como
castigo foram aprisionados a matéria. O grande desejo era
livrar-se da matéria. A vida ideal era a vida divorciada da
carne. A aspiração maior não era a ressureição da carne.
Os gregos estranhavam a idéia de ressureição. Quando
Paulo prega no areópago de Athenas diante de Estoicos e
Epicureus disseram que Paulo pregava coisas estranhas
porque falava sobre a ressureição. Não havia a ideia de
uma vida feliz e bem aventurada no corpo. Isso só era
possível fora do corpo.
Então os Gnósticos acreditavam numa espécie de
iluminação espiritual através de Gurus, ou líderes que
detinham um conhecimento a eles revelados
exclusivamente.
Haviam duas vertentes entre os Gnósticos:
Ascética - Já que o corpo não é a nossa realidade então
vamos flagela-lo e privá-lo de todos os prazeres desta vida.
São precursores do monasticismo.
Promíscua – Se o nosso corpo não nos representa, se nós
somos espírito e a matéria é má, então tudo que eu fizer
no corpo não interfere no meu espírito. Posso beber e me
embriagar a vontade, me prostituir, fazer sexo de qualquer
maneira, me relacionar com as pessoas de qualquer
maneira, que na verdade não somos nós que estamos
fazendo e sim a matéria.
Por terem uma visão negativa da matéria os gnósticos não
acreditavam que jesus havia se feito carne como nós. Havia
duas teorias: 1) Ou o corpo de Jesus era irreal, fictício,
aparente; (1 Jo 4:1); 2) Jesus assumiu o corpo de um
homem mas na hora que foi levado a cruz e subiu ao céu o
Espírito havia saído dele. Apenas o espírito subiu ao céu.
BLOCO 5
O Cristianismo não é um meio termo
Paulo combate os Judaizantes mais precisamente na carta
aos Gálatas e aos Romanos e também combate os
gnósticos na carta ao Colossenses. Então poderíamos
pensar que a vida cristã é um meio termo entre vida
espiritual e carnal. E esse é um erro GRAVE.
Na verdade, a mensagem cristã são os dois extremos ao
mesmo tempo. O Cristianismo não é um pouquinho daqui
e um pouquinho dali.
O cristianismo acredita em um Deus que é uma só
substância e três pessoas distintas; nós acreditamos que
jesus era uma única pessoa com duas naturezas distintas,
ele era 100% homem e 100% Deus. A Bíblia pra nós tem
duas naturezas Humana, porque se utilizou de homens
dotados de suas faculdades intelectuais e envolvidos em
seu contexto histórico e cultural, mas também é divina
porque sua produção se deu sobre a supervisão do Espírito
Santo através da inspiração.
BLOCO 6
A Carta aos Efésios
A carta aos efésios é apontada por muitos como a carta
mais mística de todas as cartas paulinas. Mística seria uma
expressão para designar uma preocupação com o mundo
espiritual. De ceta forma parece que Paulo tem a mesma
preocupação com os Gnósticos. Porque ele fala do que
Cristo fez por nós em uma dimensão espiritual.
Ef. 1:3 – Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais em Cristo,
Diferentemente dos Judeus que eram abençoados em sua
terra com chuva, colheita, fartura, vitória sobre os
inimigos, etc...
Ef 2:1 a 6
1 - Ele vos deu vida, bestando vós mortos nos vossos delitos
e pecados,
2 - nos quais andastes outrora, segundo o curso deste
mundo, segundo do príncipe da potestade do ar, do espírito
que agora atua nos filhos da desobediência;
3 - entre os quais também todos nós andamos outrora,
segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos; éramos, por natureza, filhos
da ira, como também os demais.
4 - Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou,
5 - estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar
nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
Aos olhos de Deus nós estamos assentados em tronos
celestiais juntamente com Cristo. Parece que Paulo está
assumindo o pensamento Gnóstico.
BLOCO 7
A Carta aos Efésios
Então nosso texto está situado na parte final da certa aos
efésios.
Na primeira parte capítulos 1, 2 e 3 Paulo faz uma
exposição do que é a igreja, como Deus na eternidade
planejou sua igreja, enviou seu filho Jesus Cristo para que
morresse por ela e depois o seu Espírito Santo para reunir
essa igreja através da história. Essa igreja é composta por
Judeus e Gentios que são chamados pelo mesmo
evangelho e são aceitos pelo mesmo sacrifício de Cristo.
Deus levantou os apóstolos para lançar os fundamentos da
igreja. E Paulo é um deles levantado para fazer isso.
A partir do Cap. 4 Paulo começa explicar de que maneira
aqueles que foram chamados por Deus para fazer parte de
sua igreja devem viver. Ele fala no cap. 4 da necessidade de
manter unidade da igreja; fala dos dons espirituais no meio
da Igreja e por fim fala da necessidade de santificação na
vida dos cristãos.
Ele usa uma metáfora na metade do Cap. 4 de que nós
devemos nos despir do velho homem e nos Revestir do
novo homem criados em verdadeira justiça e santidade. O
velho homem é a velha natureza em adão e o novo homem
é a nova natureza em Cristo.
Se despir de adão e se vestir de cristo significa todo dia
dizer não para o pecado e sim para Jesus Cristo. Paulo dá
exemplos de como isso deve acontecer:
Ef. 4: 25-32
Por isso deixem a mentira e falem a verdade cada um para
o seu próximo;
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre vossa ira,
nem deis lugar ao diabo;
Aquele que furtava, não furte mais
Continua com o desenvolvimento do pensamento no Cap.
5 e chega ao versículo 18.
Verso18 – enchei-vos do espírito é uma ordem. Não é um
pedido, não é uma opinião. É um imperativo bíblico. Quem
não cumpre peca;
A ordem está no imperativo presente que significa para ser
cumprida sempre.
A igreja de Éfeso é fruto de um grande derramamento do
espírito santo a ponto dos feiticeiros, bruxos, praticantes
de magia vieram a público queimar os livros de feitiçaria.
Em Atos diz que o apóstolo Paulo fazia Milagres
extraordinários. É a única vez que essa expressão surge no
NT. Há 5 anos a igreja de Éfeso havia nascido de um
avivamento espiritual de um derramar do Espírito.
Mesmo assim Paulo os manda se encherem do Espírito.
Contrariedade entre estar embriagado e ser cheio do
Espírito.
Viver sob a influencia do Espírito do Espírito Santo.
Quanto mais ser cheio do Espírito mais domínio próprio se
terá.
O Espírito Santo não provoca dissolução.
Santidade é consequência de quem está cheio do ES. Ele
nos transmite seu caráter. Não é cura, prosperidade, falar
línguas, etc...
É necessário abandonar a embriaguez, a mágoa, o dinheiro,
a avareza, o materialismo, etc...
Verso 19
Falando entre vós com Salmos – Salmos representa a
escritura do AT. Juntos com irmãos falar sobre a palavra de
Deus.
Entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e
cânticos espirituais;
Hinos e cânticos que revelam a verdade da escritura. É
louvor como fruto da TEOLOGIA. É Anúncio da verdade
através do louvor.
Verso 20
dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo
Vida de contentação com marido, esposa, filhos, igreja,
trabalho, etc.
Verso 21
Sujeitando-se uns aos outros no temor de Cristo
Reconhecer a posição do próximo;
Reconhecer que Deus pode ministrar ao meu coração
através do próximo;
Sermos Humildes para sermos abençoados por outras
pessoas;
 Cap. 6: 1-4
Verso 22, 23 e 24
Verso 1 - Obediência a Pai e mãe. No senhor. Faz parte da
Parece que Paulo passa a tratar de outro assunto, mas o
vida devocional.
contexto aqui é de enchimento do Espírito Santo vida em
santidade. Então a sujeição da mulher ao marido é prova
Por que?
de se estar cheio do Espírito Santo.
1) É Justo; primeiro objetivo da justiça social é a
Razão Devocional – como ao senhor
relação familiar.
Razão Teológica – salvador do corpo
Verso 2,3
E quando o marido não é crente?
Argumento Teológico.

Verso 4
Verso 25-32
Não provocar a ira dos filhos é uma forma de se sujeitar
O que vai mostrar se você é ou não um homem cheio do
aos filhos. A forma como eu crio meus filhos refletem se
Espírito é a forma como sua esposa é tratada.
sou um homem cheio do Espírito.
Sacrificialmente;
Verso 4 palavra grega significa que é só Pais (Homens). A
Voluntariamente;
responsabilidade de criar os filhos no caminho e na
Para santificar.
admoestação do Senhor é do Pai. A Esposa é só uma
ajudadora.
É fácil se sujeitar a alguém que te ama. É fácil amar a
quem lhe submete. O círculo se fecha.