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Formatação e estrutura do parágrafo

Da mesma maneira que a redação deve seguir um modelo, os


parágrafos, ainda sendo partes menores, também devem seguir uma
estrutura e ter uma forma adequada. A divisão mais comum de um
parágrafo consiste em três partes principais:

Frase-núcleo: traduz o objetivo do assunto escolhido. Costuma ser a


primeira frase do parágrafo e serve para informar o leitor sobre o tipo
de abordagem que será dada ao assunto escolhido;

Desenvolvimento: sua função é desenvolver a frase-núcleo;

Conclusão: se houve um assunto abordado em determinado


parágrafo, ele precisa ser concluído para que outro aspecto seja
tratado em um novo parágrafo.
Outro ponto que não podemos deixar de mencionar é a transição. As
frases dos parágrafos parecem estar bem escritas em uma análise
isolada, porém, se as unirmos, podem parecer desconectas. É preciso
que elas tenham conexão umas com as outras para que não pareçam
elementos isolados. Para isso, você deve fazer uso de conectivos,
como os pronomes, as conjunções e os advérbios, que veremos mais
adiante.

Objetividade e concisão

Ser conciso e objetivo consiste em passar o máximo de informações


de maneira articulada, com o menor número de palavras possível e,
ainda assim, conseguir transmitir a mensagem que se deseja. A
concisão é uma das qualidades fundamentais de um texto. Para um
texto ser objetivo, ele deve ser capaz de responder a quatro
questões básicas:
O que o receptor precisa saber?

É necessário delimitar os principais objetivos do texto, separar as ideias mais importantes e


selecionar os assuntos que merecem destaque.

Para que o receptor precisa destas informações?

Para poder elaborar estratégias capazes de levá-lo a compreender o que se quer informar.

Que tipo de conhecimento o leitor já tem sobre o assunto?

Deve-se evitar a presença de informações dispensáveis que só tendem a cansar o leitor, desviando
dos objetivos do trabalho e na certeza de não discorrer sobre o óbvio. Informações irrelevantes
desmotivam o leitor, seja por ele já estar afeiçoado aos detalhes relativos ao tema, ou por não
dispor de repertório técnico necessário à compreensão imediata do contexto em que o trabalho se
insere.

Qual a utilização e o alcance do texto?

É pertinente a escolha de uma linguagem compatível com as necessidades do leitor, que muitas
vezes se sente distante do texto por não entender a terminologia técnica nele empregada, por não
ter condições de alcançar aquilo o que o redator se propõe ou por não ter repertório suficiente
para entender o significado de algumas expressões formais utilizadas. Levando-se em
consideração todos estes elementos, é possível construir um texto claro e objetivo.
Coesão e coerência
A coesão e a coerência também são elementos indispensáveis para a construção de um bom
texto. Vejamos:

Coesão
A coesão se resume à ligação entre palavras e parágrafos de um texto e tem a ver com a
formulação e estruturação do texto. Como já dissemos, é imprescindível que o texto possua
começo, meio e fim. E mais do que isso, é preciso que as partes dos textos se relacionem
formando um todo consistente. É importante que as frases e parágrafos estejam bem
“amarrados” para que o texto não caia em descrédito. Dois importantes elementos gramaticais
para que se mantenha a coesão de um texto são: os pronomes e as conjunções.

Conjunções – As conjunções representam as transições do texto. Elas servem para ligar o texto,
continuar o mesmo assunto, contradizer ou, ainda, iniciar um novo assunto sem permitir que o
texto perca sua unidade. As conjunções podem ser:

Coordenativas: e, nem, mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como.

Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, antes, pelo
contrário, no entanto, não obstante, apesar disso, em todo caso.

Alternativas: ou, ou... ou, ora... ora, já...já, quer...quer etc.

Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois, por isso.

Explicativas: que, porque, porquanto, pois.

Observação: Procure não usar palavras repetidas em seu texto. Diversifique seu vocabulário. O
uso de repetições também representa um erro de coesão.

Os momentos que antecedem a produção textual

Antes de começarmos a escrever efetivamente um texto, existem momentos que são de extrema
importância para o resultado final, como veremos a seguir:
INSPIRAÇÃO

Este momento corresponde ao processo criativo do autor. Quando escrevemos um


texto, independente de que tipo ele seja, precisamos de criatividade para ter ideias
suficientes para a sua constituição. Devemos anotar, sem muitos critérios, tudo o
que vem à mente para não perder ou esquecer algo importante. Neste momento
específico não existem regras a serem seguidas, apenas deixemos a imaginação fluir.
Com certeza, tudo que vimos, ouvimos ou pensamos, sobre o assunto em questão,
será lembrado.

TRANSPIRAÇÃO

Aqui é o momento de organizarmos as ideias que surgiram, já que nem todas terão
espaço para aparecer no texto. Devemos selecionar as que se encaixam melhor com
a temática, considerando a qualidade de nossa argumentação, a ordem exata para
serem colocadas e pensar em como essas ideias serão trabalhadas. A fase posterior
diz respeito a colocar em prática a arte da escrita, o que veremos com mais cuidado
adiante.

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Como vimos anteriormente, um texto para ser bem escrito deve ter
uma estrutura que indique seu desenvolvimento. Isso implica em
sua composição com começo, meio e fim ou introdução,
desenvolvimento e a conclusão.

Introdução

Geralmente, sentimos bastante dificuldade para escrever a introdução, exatamente por ser a primeira parte
do texto. No entanto, quando uma introdução está bem escrita, o restante do texto flui com uma
naturalidade surpreendente. E por que isso acontece?

A resposta é simples. O desenvolvimento de uma dissertação é todo baseado na sua introdução. Se nela o
assunto não estiver explícito, ou estiver demasiadamente detalhado ou muito limitado, toda a estrutura e
desenvolvimento do texto será afetada. Uma introdução consiste em um parágrafo de aproximadamente 4
ou 5 linhas e deve apenas iniciar o assunto a ser tratado, indicando, na medida do possível, o rumo que o
texto seguirá.

Uma dica para driblar a dificuldade com a introdução é deixar para escrevê-la por último. Dessa forma, será
muito mais fácil escrevê-la, porque já sabemos tudo o que foi tratado na redação e faremos um resumo de
tudo que escrevemos. Deste modo, nós também nos livramos do risco de “fugir” do assunto que foi
iniciado na introdução. O primeiro parágrafo sempre corresponde à introdução da redação. Ele deve
apresentar o assunto a ser tratado no texto, ou seja, deve conter elementos básicos que apenas iniciem a
temática e passe a ideia principal da dissertação.
Desenvolvimento

Esta é a maior parte da redação e corresponde ao momento central, localizado entre o começo e o fim. Ao
desenvolver um texto, é necessário manter em mente o assunto que nele abordaremos, essa é a melhor
maneira de selecionar, isto é, de saber sobre o que achamos que podemos falar. Seria ótimo dominar
todos os assuntos, mas não sendo possível, nos limitemos a escrever sobre o que conhecemos para não
escrevermos errado.

O desenvolvimento de um texto também tem que ser coerente com a introdução e a conclusão. Nele serão
expostos os nossos argumentos, tais argumentos devem apresentar lados positivos e negativos sobre a
temática tratada, criando uma discussão acerca do assunto, após colocarmos os dois lados da questão em
defesa de nossa opinião (conforme o tipo de redação evite o uso da primeira pessoa, escreva na terceira
pessoa do plural, preferencialmente), através de argumentos coerentes e capazes de convencer o leitor.
Esse é o momento de aprofundar as questões colocadas na introdução. Em uma redação comum, o ideal é
a escrita de 2 a 3 parágrafos.

Conclusão

A conclusão sempre será o parágrafo final do texto e corresponde à possibilidade de conferir “amarração” à
redação. Devemos finalizar o assunto tratado retomando de forma breve o que foi anteriormente
discutido e, principalmente, oferecendo uma solução para o problema colocado pela temática dada. Não
podemos cometer o erro de iniciar outro assunto ou tópico neste momento, pois ele ficaria vago e pouco
desenvolvido. Temos que continuar a ser objetivos, coerentes e concisos.

Tema e título

Muitas pessoas confundem estas duas palavras na hora de escrever um texto. Quando escrevemos um
texto sobre um determinado assunto, muitas vezes, colocamos no lugar do título, o tema que está sendo
pedido. A seguir, vamos diferenciar o que é “tema” e “título” para melhor lidarmos com esta questão:

Principais diferenças entre tema e título

Tema é o assunto sobre o qual escreveremos, ou seja, a ideia que desenvolveremos ao longo da
composição. Título, por outro lado, é o nome que se dá ao texto, no qual será abordado o tema ou
assunto. O tema geralmente nos é dado quando devemos construir um texto e o título deve partir de nós. É
necessário que o título seja uma criação pessoal de acordo com o assunto abordado, e é positivo que se use
da criatividade na construção de um título, o que conta pontos na correção de uma redação. Para finalizar,
cabe ainda dizermos que o título é dependente do tema, já que ele não pode ser criado anteriormente. Em
algumas situações (quando o tema é curto, por exemplo) é possível usar o tema como título, porém esta
atitude não será bem-vista, indicando possível falta de criatividade da parte do autor da dissertação.

Desenvolvendo uma temática


Para desenvolvermos um tema, podemos começar seguindo os passos abaixo listados:
Interrogar o tema;

Responder com uma opinião formada;

Apresentar um argumento básico;

Apresentar argumentos auxiliares e complementares;

Apresentar fatos como exemplos;

Concluir.

Para compreendermos mais facilmente os passos anteriormente colocados, vamos pegar como exemplo a
seguinte proposta temática: “Nenhum homem é uma ilha”.

Primeiro, precisamos entender o termo “ilha” que, naturalmente, está em sentido figurado, significando
solidão, isolamento;

Transformemos o tema em uma pergunta: Nenhum homem é uma ilha?;

Procuremos responder a esta pergunta de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou,
ainda, concordando parcialmente e discordando parcialmente). Esta resposta é o ponto de vista de cada um;

Perguntemos a nós mesmos o porquê de nossa resposta, dando uma causa, um motivo, uma razão para
justificar a posição. Aí estará o argumento principal;

Agora, procuremos descobrir outros motivos que ajudem na defesa do nosso ponto de vista para
fundamentarmos a nossa posição. Esses serão argumentos auxiliares;

Em seguida, procuremos algum fato que sirva de exemplo para reforçar a nossa posição. Este fato-exemplo
pode vir de uma memória visual, das coisas que ouvimos, do que lemos, um fato da vida política, econômica
ou social, ou pode ainda ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o ponto
de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à argumentação, além de esclarecer a nossa
opinião e fortalecer os nossos argumentos. Além disso, personaliza o texto, diferenciando-o;

Procuremos agrupar esses elementos em um texto, considerando essa atividade como um rascunho da
redação. Por enquanto, pode-se agrupá-los na sequência que foi sugerida;

Para o desenvolvimento de uma temática precisamos também aprender a importância de um texto com
começo, meio e fim, assim como desenvolver cada uma dessas partes, o que veremos posteriormente.

Dissertação

As dissertações têm sido o tipo de redação mais pedido em processos seletivos como vestibulares e
concursos públicos. Este gênero permite que se desenvolva um tema sobre os mais variados aspectos. Ela é
baseada principalmente em uma análise e sempre expõe ideias, motivo principal pelo qual ela tem sido
utilizada de forma intensa nos processos seletivos. Afinal, que melhor maneira de saber se alguém domina
um assunto da atualidade do que colocando para escrever sobre ele?

No desenvolvimento da dissertação é necessário ter raciocínio lógico. Eis a importância de já estarmos


informados sobre os aspectos que podem ser abordados em determinados assuntos. Não podemos
esquecer que o tempo é curto e dificilmente teremos o tempo de parar para pensar em diversos aspectos de
um mesmo tema.

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O raciocínio pode ser de dois tipos: o indutivo ou o dedutivo.

Raciocínio indutivo: é quando se utiliza experiências e observações para se chegar a um princípio.

Exemplos

 Pessoas idosas que praticam exercícios físicos vivem mais e melhor. (experiência)

 93% dos idosos que praticam exercício físico têm 90% menos chances de um enfarte. (experiência)

 Os exercícios físicos proporcionam uma vida melhor e com menos chances de infarto. (princípio)
Raciocínio dedutivo: quando você parte de uma norma para um fato específico.

Exemplos

 Para passar no vestibular é necessário estudar muito. (norma)

 Luciana passou no vestibular. (fato específico)

 Luciana estudou muito e passou no vestibular. (fato específico)

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Este tipo de redação exige que se tenha opinião. Sejamos coerentes ao transmitir o nosso ponto de vista,
descartando expressões, como: em minha opinião, creio que, eu acho, acredito piamente, entre outras.
Estas expressões, certamente, darão um aspecto negativo ao texto. Vamos considerar como
terminantemente proibido usar a primeira pessoa (eu) nas dissertações. A menos que seja pedido, o uso do
“eu” só vai prejudicar a sua redação. Precisamos lembrar de aspectos que deixam a estética do texto
infinitamente melhor, como:

Dar um espaço na margem para os inícios dos parágrafos;

Uma dissertação tem no mínimo três parágrafos;

Não destacar as frases que considerar mais importante. Ao contrário do contexto de um trabalho escolar,
tal conduta não é bem vista em uma dissertação;

Nunca se esqueça do título, a menos que o enunciado o exija. Este é um erro muito comum que pode
fazer com que muitos candidatos passem à nossa frente;

Nunca começar o texto com a mesma frase do título;

O tempo verbal deve ser um só. Se começar a escrever no passado, não mude para o presente no
caminho, a não ser que isto seja imprescindível.

A melhor estrutura para se utilizar na construção de um texto dissertativo é a seguinte:

introdução + desenvolvimento (argumentação) + conclusão


Lide é o nome da primeira parte da notícia, que geralmente consiste no parágrafo inicial e
tem como objetivo resumir o fato que está sendo contado. O lide é composto por algumas
questões denominadas “questões fundamentais”

O quê: Explicação sobre a ocorrência em questão.

Ex: Acidente automotivo.

Quem: Pessoas envolvidas na ocorrência.

Ex: Grupo de jovens embriagados.

Quando: Explica as noções temporais do fato em questão.

Ex: Na noite de sábado, dia 23.

Onde: Conta o lugar onde se deu a notícia.

Ex: Na região central de São Paulo.

Como: Em que circunstâncias tal fato ocorreu?

Ex: Choque do veículo em um poste.

Por quê: Por que tal fato aconteceu?

Ex: Devido à alta velocidade com que dirigiam.

A partir das informações apuradas com as questões fundamentais, o lide de nossa notícia
fictícia ficaria da seguinte forma:

“Na noite deste sábado, dia 23, um grupo de jovens embriagados se envolveu em um
acidente automotivo na região central da cidade de São Paulo. O motorista chocou o
veículo contra um poste, devido à alta velocidade com que este era guiado.”

A resposta para todas as perguntas feitas em nossa apuração foi respondida no breve
parágrafo acima, sem necessariamente respeitar a ordem que utilizamos para realizá-las.
Tais perguntas devem ser usadas da melhor maneira possível para que o resultado final
seja informativo e fácil de ler.
“Assustados com o barulho causado pelo acidente, moradores da região prestaram os
primeiros socorros às vitimas e ligaram para o serviço público de emergência, que os
deslocou desacordados para o hospital mais próximo. Os jovens passam bem, porém o
motorista será indiciado e julgado pelo crime de embriaguez ao volante, que prevê pena
de dois a quatro anos de prisão.”
Corpo
O corpo representa o restante da notícia, sendo utilizado para conferir mais detalhes aos
fatos apresentados no lide e também concluindo o texto. Você pode ver um exemplo de
corpo no texto acima.
Observação: Caso a notícia seja curta, irrelevante ou não deva ocupar muito espaço na
diagramação do jornal ou revista, pode-se utilizar apenas o lide. Esse tipo de texto é
chamado de nota.
Ainda entre os principais tipos de texto jornalístico, temos a Reportagem e o Editorial.
Aprenda o que cada um desses termos significa abaixo:

Reportagem
A reportagem é um texto maior e mais detalhado, que não necessariamente trata de um
fato ou ocorrência recente, e vai além de um simples repasse de informações,
acrescentando opiniões e, frequentemente, diferentes pontos de vista. A estrutura de
uma reportagem pode utilizar recursos mais sofisticados, como trechos de entrevistas,
fotografias, estatísticas, boxes com informações à parte, gráficos, etc.

Editorial
O editorial é uma seção de jornais e revistas que geralmente ocupa as primeiras páginas
das publicações. Editoriais são textos opinativos, onde o autor mostra usa própria visão
dos fatos e abre mão da imparcialidade. Geralmente, os editoriais vêm acompanhados de
advertências, informando que tal texto não expressa a opinião da publicação ou da
editora, apenas a própria opinião do autor.
A estrutura do texto é livre, podendo ser composta de uma crônica, dissertação, resenha,
ou até mesmo narração seguida de opinião.
Fábulas

Nas fábulas, as histórias têm caráter instrutivo, ou seja, elas apresentam, em seu contexto, um
ensinamento moral.

Ela é uma narrativa em prosa (os personagens conversam entre si) ou poema épico (breve
história). Em uma fábula, o personagem nunca vai ser um humano. O protagonista é sempre um
animal, uma planta ou objetos inanimados. Eles, neste tipo de narração, se tornam exemplos para
os seres humanos, por darem lições de moral de maneira reflexiva.

Os personagens apresentam características humanas em suas falas, em seu modo de agir, nos seus
costumes etc. Cada animal pode ser a representação de uma qualidade ou simbolizar um atributo
humano, vejamos:

 Formiga = trabalhadora;

 Coruja = observadora;

 Cão = amigo.

Quando os personagens são seres inanimados ou objetos, a fábula recebe o nome de apólogo.

Carta
Este também pode ser um gênero de redação pedido em vestibulares. Embora não percebamos,
as cartas, muitas vezes, estão presentes em nosso dia a dia. Quando escrevemos um e-mail para
um amigo, por exemplo, contando sobre algum acontecimento, estamos redigindo uma carta. Ela
também é muito usada em locais de trabalho, contendo características mais formais para
atender às necessidades da empresa como os pedidos burocráticos.

Independente para que ela seja destinada, a carta deve seguir uma estrutura. Começaremos com
o local, a data, depois identificamos a pessoa a quem ela se destina (destinatário), seguido por
vírgula e iniciamos o texto. Após escrevermos o texto, finalizamos colocando o nosso nome
(remetente). Vejamos o exemplo a seguir:
Ofício
Ofício é o meio de comunicação utilizado entre dirigentes de órgãos e entidades, titulares de
unidades, autoridades e secretárias em geral. Usualmente, tem como objetivo solicitar ou
reivindicar algo a um superior. Podemos definir como uma “carta oficial”. Assim sendo, exige-se
uma linguagem estritamente formal, impessoal, clara, pontual e concisa. Podem ser endereçados
também a particulares e se caracterizam não só por obedecer à determinada estrutura, mas,
também, pelo formato do papel (formato ofício).

Estrutura

1
Designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;

2
Denominação do ato: Ofício;

3
Numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;

4
Vocativo Senhor(a) e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;

5
Texto: exposição do assunto;

6
Fechamento: Atenciosamente, seguido de vírgula;

7
Assinatura;

8
Nome;

9
Cargo;

10
Destinatário: tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/estado.

Observações

 Se o ofício tiver mais de uma folha, numere as subsequentes com algarismos arábicos, no
canto superior direito, a partir do número dois;
 O destinatário deve figurar sempre no canto superior esquerdo da primeira página.
Relatório

O relatório é um documento em que se relata ao superior imediato, a execução de trabalhos


referentes a determinados serviços ou a um período relativo ao exercício de um cargo, uma
função ou desempenho de atribuições. O relatório deve obedecer a uma linguagem concisa,
exata e clara.

Estrutura

1. Designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;

2. Denominação do ato: Relatório;

3. Numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;

4. Assunto;

5. Vocativo Senhor(a) e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;

6. Texto: exposição do assunto e consta de:

 Apresentação: refere-se à finalidade do documento;

 Desenvolvimento: explanação dos fatos de forma sequencial;

 Conclusão: resultado lógico das informações apresentadas.

7. Fechamento;

8. Assinatura;

9. Nome;

10. Cargo;

11. Destinatário, tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/estado.

Vejamos algumas observações:

 Se o relatório tiver mais de uma folha, numere-as em subsequência com os algarismos


arábicos (comuns);

 Há várias modalidades de relatório: roteiro, parcial, anual, eventual, de inquérito, de


prestação de contas ou contábil, de gestão e administrativo;

 O destinatário deve figurar no canto inferior esquerdo da primeira página, quando não
for encaminhado por um documento.
Ata

Ata é o documento que registra, com o máximo de fidelidade, o


que se passou em uma reunião, sessão pública ou privada,
congresso, encontro, convenção, assembleias e outros eventos.
Serve para comprovação, inclusive legal, das discussões e
resoluções tomadas.

Observações
A redação obedece sempre às mesmas normas, quer se trate de instituições oficiais ou entidades
particulares. Escreve-se seguidamente, sem rasuras e sem entrelinhas, evitando-se os parágrafos
ou espaços em branco;

A linguagem utilizada na redação é bastante sumária e quase sem oportunidade de inovações,


exatamente por sua característica de simples resumo de fatos. Também, em decorrência disso, os
verbos são empregados sempre no tempo passado e, tanto quanto possível, devem ser evitados
os adjetivos;

A redação deve ser fiel aos fatos ocorridos, sem que o relator emita opinião sobre eles;

Sintetiza clara e precisamente as ocorrências verificadas;

Registra-se, quando for o caso, na ata do dia, as retificações feitas anteriormente;

O texto é manuscrito, digitado ou se preenche um formulário existente, como é usual em


estabelecimentos de ensino, por exemplo;

Para os erros constatados no momento da redação, dependendo do tipo de ata, emprega-se a


partícula retificativa "digo";

Se forem notados erros após a redação, há o recurso da expressão "em tempo";

Os números fundamentais, datas e valores, de preferência são escritos por extenso.

Resumo
O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade ideias ou fatos essenciais contidos
em um texto. Sua elaboração é bastante complexa, já que envolve habilidades, como:
leitura competente, análise detalhada das ideias do autor, discriminação e
hierarquização dessas ideias, redação clara e objetiva do texto final.Em contrapartida,
dominar a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade
intelectual que envolva seleção e apresentação de fatos, processos, ideias etc.
Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados são indispensáveis: buscar a essência do
texto e manter-se fiel às ideias do autor. Copiar partes do texto e fazer uma "colagem", sob a
alegação de buscar fidelidade ao que se está escrito não é permitido, pois o resumo deve ser o
resultado de um processo de "filtragem", uma (re)elaboração.

Se for conveniente utilizar algo a mais do que o original (para reforçar


algum ponto de vista, por exemplo), esses devem ser breves. Uma
sequência de passos eficientes para fazer um bom resumo é:
1
Ler atentamente o texto a ser resumido, assinalando nele as ideias que forem parecendo
significativas na primeira leitura;
2
Definir o gênero a que pertence o texto (uma narrativa, um texto opinativo, uma receita,
um discurso político, um relato cômico, um diálogo etc);

3
Analisar a ideia principal;
4
Identificar a organização, as articulações e o movimento do texto (o modo como as ideias
secundárias se ligam logicamente à principal);
5
Reconhecer as ideias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por exemplo: segundo
sua ligação com a principal, quando houver diferentes níveis de importância; segundo
pontos em comum, quando se perceberem subtemas);
6
Mencionar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações e outras vozes que
ajudam a entender o texto, mas que não devem constar no resumo formal, apenas no
livre, quando necessário);
7
Esquematizar o resultado desse processamento;
8
Redigir o texto.
Evidentemente que alguns resumos são mais fáceis de fazer do que outros, dependendo
especialmente da organização e da extensão do texto original. Assim, um texto não muito longo
e cuja estrutura seja perceptível na primeira leitura, apresentará poucas dificuldades para quem
o resume. De todo modo, quem domina a técnica – e este domínio só se adquire na prática –
não encontrará obstáculos na tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de texto.

Resumos são ferramentas úteis ao estudo e à memorização de textos escritos. Além disso, textos
falados também são passíveis de resumir. Anotações de ideias significativas ouvidas no decorrer
de uma palestra, por exemplo, podem vir a constituir uma versão resumida de um texto oral.

Resenha

Podemos dizer que a resenha é um resumo crítico no qual é feita uma rápida análise. Neste

tipo de resumo, o autor além de resumir, irá assumir uma postura crítica diante daquilo que

está relatando. Por isso, na maioria das vezes, a resenha é escrita por um especialista no assunto

que está sendo tratado. As resenhas de livros, por exemplo, são escritas por quem entende de

literatura. O objetivo das resenhas em jornais e revistas, na grande parte das vezes, é o de

divulgar livros, filmes ou eventos. É também bastante utilizada no meio acadêmico.

Nela deve constar: o título, a referência da obra ou do evento do qual se fala, a síntese do

conteúdo e a crítica. Seu tamanho geralmente se restringe a uma ou, no máximo, duas páginas,

em caso de publicação em revistas e jornais pode ocupar até metade de uma página.

Quando escrevemos uma resenha, devemos ter em mente que o leitor não conhece a obra

ou o evento de que estamos falando, por isso o resumo é tão importante. Devemos observar

que a nossa opinião deve transparecer e que devemos tentar convencer o leitor sobre o que

estamos falando, entretanto, argumentos também são importantes, embora não precisamos buscar

muitas fontes para isso. A resenha pode fazer com que o leitor sinta vontade de ler o livro, ou

assistir o filme, a peça, sobre que estamos falando ou o/a despreze antes mesmo de conhecer. O

mais importante, geralmente, é despertar a curiosidade do leitor para aquilo que estamos

divulgando.
Importante
1. Embora tenhamos que deixar bem clara a nossa opinião e posição em relação ao que está sendo
abordado, é importante evitar o uso de termos como: “eu acho”, “eu penso”, “na minha opinião”, nem
qualquer outra marca de primeira pessoa, exceto se você for alguém muito reconhecido na área. Caso
contrário, o melhor a fazer é generalizar a opinião como se fosse uma verdade universal, isto também é
essencial para que se convença o leitor;

2. A crítica não deve aparecer no final da resenha após ser feito um resumo. Ela deve permear em todo o
texto.

Poema

O poeta ao produzir uma obra, normalmente, fundamenta-se em seus


sentimentos e na intenção de expressá-los para outras pessoas, e escolhe
uma forma que seja ideal. As poesias geralmente são escritas em versos,
passando assim a serem chamadas de “poemas”, podem ter rimas e podem se
apresentar com estruturas diferentes em relação à quantidade de versos.

É importante saber diferenciar a poesia do poema. Podemos dizer que poesia é


a arte, isto é, a capacidade de transformar sentimentos e emoções em
linguagem. Já o poema é uma estrutura, muitas vezes é a poesia colocada
em versos. A poesia é muito mais livre e pode ser encontrada em outros gêneros
literários, ela não se restringe a forma de um poema, podendo estar presente, por
exemplo, em uma música, ou ser escrita em prosa (frases completas, parágrafos,
capítulos etc).

Assim, também, nem sempre em um poema encontraremos temas emotivos.


Embora a poesia e o poema apareçam, muitas vezes, ligados um ao outro, e
considerados em muitos lugares como sinônimos, é importante saber que ambos
são conceitos diferentes e independentes. Podemos dizer que poesia é algo
abstrato, enquanto que poema é algo concreto, uma maneira da poesia
encontrar forma.
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Autorização
As autorizações são utilizadas em muitos momentos do cotidiano. Podendo exercer
funções mais complexas como a permissão que um chefe concede a um funcionário,
permitindo a ele determinado ato que influencia no processo de trabalho dentro de
uma empresa. Ou, ainda, pode ter uma função mais simples como a autorização que um
pai dá ao filho, menor de idade, para que ele possa fazer algo como sair mais cedo da
escola.
De qualquer forma, as autorizações também devem seguir algumas regras para que
pareçam realmente algo sério e tenham valor, podendo alcançar o objetivo a que foram
destinadas. Para tanto, uma autorização deve ter: o nome do destinatário, o texto, o que
o autor está autorizando, o nome do autor seguido de sua assinatura, local, data e
identidade.

Declaração
O próprio nome já diz, usamos uma declaração quando precisamos
declarar/afirmar/comprovar a existência de algo. Ela se parece com uma
autorização no que diz respeito à estrutura. Uma declaração também deve
conter: nome do destinatário; informação que está sendo declarada, dados
do autor; assinatura; data e local.
Redação empresarial e redação para processos seletivos
Como já citamos anteriormente, na hora de escrever um texto é sempre
necessário analisar o contexto em que ele será redigido, bem como suas
funcionalidades e propósitos. Textos utilizados para fins específicos terão
suas características peculiares, buscando sempre atender a função a que se
destina. Neste capítulo, vamos falar um pouco a respeito de textos escritos
em ambientes de empresas e, portanto, voltados para o trabalho e textos
escritos em provas de processos seletivos dirigido para noções mais gerais da
escrita.
Redação empresarial

Uma redação redigida no interior de uma empresa certamente tem objetivos definidos e um assunto
específico. Ela normalmente carece de um vocabulário que também seja específico e atenda às
necessidades da empresa. Uma empresa voltada para a administração usará termos desta área, um

local de trabalho ligado ao ramo da saúde, dependerá de palavras específicas deste meio e assim por
diante.

No entanto, apesar das peculiaridades de cada uma, todas as redações devem continuar
seguindo passos e características fundamentais de todo texto, como a uniformidade, a
objetividade, a coerência e a coesão.

Como obter uniformidade

Quando falamos em correspondência na empresa (principalmente nas grandes), falamos


automaticamente em uma quantidade gigantesca de papel, em uma enorme massa de
informações a serem produzidas diariamente, em uma diversidade respeitável de
destinatários: órgãos públicos, empresas coligadas, prestadoras de serviços, revendas e
público interno. Isso, naturalmente, ainda envolve peculiaridades regionais, formações
profissionais distintas, níveis de escolaridade (os mais diversos possíveis), afora o sempre
decantado estilo pessoal.
Não há, portanto, outro caminho que não o da busca da uniformidade, sem a qual os
textos produzidos se transformam em verdadeira “Torre de Babel”. Como então obtê-la?
Uniformidade quanto à seleção do vocabulário
Os textos gerados na empresa devem permitir uma única interpretação. Portanto, a
palavra a ser utilizada deve:
1
Ser de uso comum ao conjunto de usuários do idioma;
2
Ser simples e menos rebuscada possível;
3
Ser capaz de informar com o máximo de precisão e objetividade.
Sendo assim, faz-se necessário que evitemos os seguintes atos:
1. Neologismos (inventar palavras) – A linguagem oral, por sua natureza dinâmica,
incorpora automaticamente todos os tipos de transformações das quais passam a
sociedade. Já a linguagem escrita tem um compromisso de preservar hábitos culturais, que
permitam que os usuários se comuniquem por intermédio de um único idioma.
É natural, portanto, que a linguagem escrita incorpore as inovações e as transformações de
forma mais lenta, impedindo que a comunicação entre os falantes fique prejudicada. O
neologismo deve ser substituído por palavras dicionarizadas ou de uso consagrado.

2. Clichês e lugares comuns – Uma redação empresarial não deve incorporar


coloquialismos, cuja repetição transformou algumas expressões em frases feitas,
caricaturais e provincianas. Os clichês só contribuem para tornar o texto pesado, vicioso e,
consequentemente, pouco expressivo.
Nem por isso, as redações empresariais devem ser construídas com vocabulário de difícil
acesso ou entendimento. Como já dito, todo texto tem que ser claro e objetivo.

E-mail empresarial
Assim como na redação, um e-mail empresarial também deve seguir algumas
regras. A maioria das pessoas está habituada com a linguagem informal utilizada na
internet e, na hora de escrever um e-mail corporativo, acaba por pecar em alguns
aspectos, usando uma linguagem inadequada para o ambiente de trabalho. Pode
não parecer, mas escrever um e-mail também pode exigir cuidados.
Ao escrever um e-mail relacionado ao trabalho, devemos ficar atentos à
linguagem. Não podemos utilizar abreviações, gírias ou recursos da internet
como emoticons. Devemos finalizá-lo com uma saudação
(Atenciosamente/Cordialmente), colocando nosso nome e o setor do qual
trabalhamos na empresa.

Redação para processos seletivos


Quanto aos processos seletivos, vamos continuar utilizando a norma padrão da
língua portuguesa, porém com vocabulários mais gerais e menos específicos. Os
assuntos abordados para vestibulares e concursos públicos costumam estar na
mídia e sempre colocados através de uma linguagem mais universal, para que
todos os tipos de leitores possam compreendê-los. Em um processo seletivo,
também temos que partir do princípio de que não conhecemos o nosso leitor e,
portanto, torna-se necessário escrever um texto acessível aos mais diversos
públicos.
Sendo assim, o segredo é seguir as regras básicas expostas até o momento, ou
seja, ser claro, objetivo, conciso, coerente e coeso.

Linguagem da internet

A internet é um dos meios de comunicação de mais acesso mundialmente. Sabemos que


o uso da linguagem na internet passa por um processo de banalização, já que não há
muitos ou quase nenhum critério sobre o modo de escrita de nossa língua. Nem ao
menos existem regras estabelecidas para tal tipo de linguagem presente no Facebook,
Twitter, Instagram, Whatsapp, entre outros meios. O que podemos destacar é que esse
modo de escrever interfere na escrita de até um simples e-mail.
Muitas vezes, somos analisados pela maneira que escrevemos, seja em um e-mail, em
trabalhos escolares ou acadêmicos, no trabalho, em uma disputa por uma vaga de
emprego ou de vestibular, sendo nestas ocasiões em que se mora o problema.
O “internetês”, ou melhor, esta linguagem com abreviaturas, letras trocadas por
números, figuras, símbolos, palavras sem acentuações, frases sem as devidas
pontuações, estão saindo das redes sociais e sendo incorporadas, quando não se
deveria, no cotidiano das pessoas. Devemos estar cientes de que o “internetês” não pode
substituir a norma-padrão da língua quando apenas esta última couber.

Blog

Para ter e manter um blog é necessário ser o mais criativo possível e, é claro,
escrever muito bem! Tudo que é postado neste espaço deve atrair a atenção
do leitor, sendo que tanto o conteúdo quanto a parte escrita devem zelar
pela qualidade. Vejamos, abaixo, alguns pontos importantes para quem
deseja criar um blog:
 Planejar e pesquisar os conteúdos que serão inseridos na página, mas para isso
devemos ter em mente sobre qual assunto o nosso blog dará enfoque;

 Ter objetivos específicos do “por quê?” está se criando aquele blog;

 Usar imagens que correspondam com a parte escrita;

 Um post tem que ter um título criativo, assim como subtítulos, links internos ou
externos, imagens botões de compartilhamentos em redes sociais, entre outras
ferramentas;

 Focar no público-alvo, em seus interesses etc;

 Escrever sobre o gosta e conhece, já é um bom começo;

E-mails
Devemos estar conscientes que o e-mail é um documento e a boa comunicação no uso
desta ferramenta é fundamental: seja no ambiente corporativo, no qual devemos escrever
de maneira mais formal, ou quando enviamos uma mensagem a um amigo, escrevendo
informalmente.
Na elaboração de um e-mail, em primeiro lugar, temos que ser educados e gentis com a
pessoa que vai recebê-lo, para que quando nos reenvie ela retorne com a mesma
dedicação nossa. Cabe lembrarmos que e-mails profissionais são documentos formais e a
informalidade pode até existir, se formos muito próximos de quem irá receber a
mensagem, mas agir com bom senso, sem exageros, é fundamental. Vale destacarmos
que em hipótese nenhuma em e-mails formais devemos usar a linguagem da internet –
internetês –, comum das redes sociais, tal conduta denota falta de profissionalismo.

Um quesito importante é nos atentarmos ao que iremos escrever no e-mail. O e-mail, seja para qual for sua finalidade,
deve ser claro e objetivo. Somente em algumas eventualidades poderemos prolongar o assunto, isso dependerá muito
do assunto em questão. Escrever o texto todo com letras em caixa alta (letras maiúsculas) representa indelicadeza de
quem escreve, por isso faça o uso correto do teclado de seu computador.

No campo “assunto” o título deve ser objetivo e, caso haja a presença de anexos, é de bom tom informar sua
existência no corpo do e-mail. Ao final do e-mail, nós usaremos os termos “Atenciosamente” ou “Cordialmente” como
demonstração de respeito a pessoa que o recebe; logo abaixo coloque seu nome completo, seu cargo, sua empresa e
seu telefone (opcional).
Redes Sociais
Hoje em dia é muito comum que as empresas, em seus processos de recrutamento e
seleção, usem as redes sociais para saberem informações dos candidatos através de
seus perfis. Obviamente, o que acontece é um prejulgamento sobre a imagem do
candidato, sendo que tudo é analisado: desde as imagens postadas, sua visão política, o
que curte, e até o que escreve ou compartilha.
A dica é evitar excessos nas redes. Outra maneira de se defender é fazer uso das
ferramentas de bloqueio, evitando que todos saibam o que você posta.
_________________________________________________________________________
É quase igual, mas faz toda diferença

Agora, vamos esclarecer algumas dúvidas ortográficas que são muito comuns e que se cometidas podem
“sujar” seu texto, além de poder conferir um sentido diferente
do que desejamos àquilo que foi escrito. Erros desse tipo são muito malvistos por quem entende e analisa
redação.

Vejamos mais a seguir:

1. Por que x Porque/Por quê x Porquê/Porque x Porquê


Usa-se a forma por que:

a)Sempre que for possível acrescentar: motivo, causa, razão, coisa:

 Não sei por que (motivo)eles brigaram.

 Por que (razão)eles saíram?

 Por que (coisa) você se interessa no momento?

 Por que (causa) você luta?

b) Sempre que for possível substituir por uma das expressões: pelo qual, pela qual, pelos quais e pelas quais:

 Esta é a razão por que (pela qual) eu não saí ontem.

Usa-se a forma porque:

a) Geralmente introduzindo explicação ou causa:

 Não reclames, porque é pior.

 Faltou à aula porque estava doente.

b) Nas orações interrogativas em que a resposta já é sugerida:

 Você não veio porque estava doente?


Usa-se a forma por quê:

a) Quando se refere a uma dúvida ou pergunta e aparece antecedido de pontuação:

 Mário saiu e não disse por quê?

 Por quê? Você não acredita em mim?

 Não sei por quê, mas acho que fui enganado.

Usa-se a forma porquê:

a) Quando é substantivo, pode ser substituído por “motivo” ou “causa”:

 Ele não veio e ninguém sabe o porquê.

 O porquê de sua desistência ninguém ficou sabendo.

2. Senão/Se não:
Usa-se a forma “senão” equivalendo a:

a) Do contrário: Saia daí, senão vai se molhar.

b) A não ser: Não faz outra coisa senão reclamar.

c) Mas sim: Não teve a intenção de exigir, senão de pedir.

d) Defeito, falha: Houve um senão em sua exposição.

Usa-se a forma se não:

a) Igual a “caso não”:

 Esperarei mais um pouco; se não vier, irei embora.

b) Introduzindo oração com conjunção integrante:

 Perguntou se não era tarde.

3. Há/a /a /à
a) A forma há equivale ao verbo haver, indicando tempo decorrido, neste caso, não existe plural. Pode ser
substituída por “faz”.

 Não o vejo há (faz)15 dias.

 Há quatro anos ele foi eleito como prefeito.

Observação: Não use o advérbio atrás, seguido de há. Isto é redundante e é considerado um erro. A forma
há, também pode corresponder a “existe”, neste caso não se faz concordância:
 Há pelo menos cinco lojas de roupa nesta rua.

b) A forma a é preposição, indicando futuro ou distância geográfica:

 Sairei de casa daqui a duas horas.

 Moro a dois quilômetros da escola.

A forma a também corresponde ao artigo definido utilizado antes de palavras femininas no singular:

 A Maria não volta mais aqui.

c) Ah é uma interjeição. Esta forma é utilizada quando queremos expressar algum sentimento ou emoção:

 Ah, que alívio! Pensei que nunca fosse conseguir chegar até aqui.

4. Nenhum/Nem um
a) Nenhum é empregado como antônimo de “algum”, significa “nulo”, “inexistente”:

 Entrou na casa sem que nenhum morador o notasse.

b) Nem um equivale a “nem um sequer”, nem um único:

 Nem um morador do prédio apareceu para a reunião.

5. Afim/A fim
a) Afim significa “semelhante”, “relacionado”:

 Temos gostos afins.

 Vou à papelaria comprar caderno, lápis e afins.

b) A fim (de) equivale a “para”, “com o propósito (de)”, “com a intenção (de)”:

 Procurei-o a fim de conversar.

Observação: A fim (de) também tem sido usado com o propósito de dizer que se está “interessado” por
alguém ou com “vontade” de fazer alguma coisa:

 Jorge está a fim daquela garota que conhecemos semana passada no bar.

 Estou a fim de ir ao cinema.


6. À medida que/Na medida em que

a) À medida que = à proporção que:

 Alfredo construía a casa à medida que recebia as comissões.

b) Na medida em que = considerando que:

 Na medida em que não sou rico, não posso comprar um carro novo.

7. Ao encontro de/De encontro a


a) Ao encontro de indica conformidade, acordo:

 Os governantes deveriam ir ao encontro das necessidades do povo.

b) De encontro a indica oposição, conflito:

 Infelizmente seu pedido vai de encontro a nossas posses.

8. Aonde/Onde
a) Aonde deve ser usado com verbos que indicam movimento:

 Aonde (para onde)você vai?

b) Onde refere-se a lugar físico:

 A casa onde mora é bonita.

9. Ao invés de/Em vez de


a) Ao invés = ao contrário de:

 Ao invés de virar à esquerda, virou à direita.

b) Em vez de = no lugar de:

 Em vez de tomar leite, tomou chá.

10. Mal/Mau
a) Mal é antônimo de bem:

 Ele procedeu mal.

 Qual é a origem do mal?


Observação: Também pode ser conjunção temporal (= LOGO QUE):

 Mal deixou a casa, bateram à porta.

b) Mau é antônimo de bom:

 Sempre foi mau pagador.

 O mau tempo atrapalhou.

11. Tampouco/Tão pouco


a) Tampouco é advérbio. Significa também não:

 Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.

b) Em tão pouco temos o advérbio de intensidade tão modificando pouco, que pode ser advérbio ou
pronome indefinido:

 Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho!

12. Cessão/Sessão/Seção (Secção)


a) Cessão: ato de ceder:

 João fez a cessão dos seus direitos autorais.

b) Sessão: intervalo que dura uma reunião:

 Assistimos a uma sessão de cinema.

c) Seção ou secção: parte de um todo.

 Lemos à notícia na seção (ou secção) policial.

13. Mais bem/Melhor


a) Mais bem: usa-se antes de verbo no particípio:

 São os alunos mais bem preparados do colégio.

b) Melhor: usa-se antes de verbo que não esteja no particípio ou outras palavras:

 São bem melhores do que nós.


14. Demais/De mais
a) Demais é advérbio de intensidade e equivale a muito:

 Elas falam demais.

Também pode ser usado como substantivo, significando “os restantes”:

 Chegaram 11 jogadores para jogar; os demais ficaram no banco.

b) De mais é locução prepositiva e possui sentido oposto a de menos:

 Não haviam feito nada de mais.

15. Mas/Mais
a) Mas é usado para dar sentido de adversidade:

 O menino estava feliz, mas chorou ao se machucar.

b) Mais é usado para dar sentido de intensidade e, como contrário de menos, indica quantidade:

 O menino pediu que lhe dessem mais chocolate.

A escrita de números
Em diversas situações nos vemos obrigados a escrever números. Escrever “2” ou “dois”?
“2 milhões” ou “2.000.000”? Vejamos, na próxima tela, algumas regras simples que
padronizam a escrita de números e que facilitam a leitura.
De um a dez, escrevemos por extenso, de 11 em diante, em algarismos, com exceção em início
de frase. Esta regra se aplica também aos numerais ordinais:

 Duzentos estagiários serão demitidos.

 O décimo segundo da lista desistiu.

Cem, mil, milhão, bilhão, etc, devem vir por extenso:

 O efeito sobre o balanço foi um custo adicional de US$151 milhões.

 A Petrobras tem uma dívida de R$332 bilhões.


Escrevemos em algarismos quando números abaixo e acima de 11 estiverem lado a lado:

 Serão convidadas de 6 a 15 pessoas.

 A Petrobras tem uma dívida R$332 bilhões.

Com mil, milhão, bilhão, trilhão prefira a forma mista:

 Já consultamos 3 mil revendas.

 A arrecadação alcançou R$2.362 trilhões. A despesa estimada era de R$760 bilhões, mas o
pagamento dos atrasados onerou a folha.

Para evitar dúvida, especificar sempre a ordem de grandeza dos números:

 Este mês, as solicitações das revendas de Altamira giraram em torno de 200 mil a 500 mil
litros.

Com números quebrados usa-se algarismos:

 A média será de R$1 milhão para cada ex-servidor, contra R$133.333,00 dos aposentados
e pensionistas do setor privado.

Nas datas, número de páginas, horas, não utilizar ZERO antes do número:

Errado Certo

08 horas 8 horas

página 05 página 5

dia 03 dia 3
Usar sempre algarismos em:

Tabelas, relatórios que envolvem cifras e quadros estatísticos.

Horas, minutos e segundos, exceto quando a hora indica período de tempo:

 A reunião levou quatro horas.

Datas em geral, inclusive quando forem nomes de logradouros:

 12 de outubro de 1992.

 Avenida 9 de julho .

Porcentagem, pesos, dimensões, grandezas, medidas e proporções em geral:

 252, 200 ha, 500 kg...

Números que indiquem capítulos, folhas ou páginas:

 olhas 35 e 36, Capítulos 1 e 12.

Seriação de eventos:

 3° Simpósio de Revendas, 2° Congresso de Derivados de Petróleo.

Não existe hífen nos ordinais:

 Vigésimo terceiro.

Na numeração de cláusula de um acordo ou contrato, de artigos ou parágrafos de leis, use: de 1 a


9 numerais ordinais; de 10 em diante, numerais cardinais.

 Cláusula terceira.

 Cláusula vinte e nove.


Para escrever por extenso 1.000, o correto é “mil”. Alguns bancos exigem a escrita de
“um mil” ou até “hum mil” em cheques, sob a alegação de evitar fraudes, porém, este
modo de escrever não é considerado na norma padrão do português:

 Mil reais.
 Dois mil reais.

Faça as devidas referências


Quando falamos em texto escrito, existe um perigo muito grande em relação ao que
chamamos de plágio, que nada mais é que se apropriar de uma produção intelectual
alheia. Tomemos muito cuidado, pois isto é muito grave! Podemos inclusive ser punidos,
ou em caso de concursos ou provas, sermos desclassificados. Cabe não copiarmos textos
ou partes de textos de alguém sem citarmos o devido autor. Esta medida nos livrará de
possíveis acusações de plágio.
Citações são muito bem-vindas em relação a reforço de argumento, pois provamos que há
base para aquilo que estamos falando, basta utilizá-las corretamente.
No Brasil foi criada a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que regula e
padroniza as referências. Vejamos algumas dicas simples que devemos sempre seguir em
nossas redações:

Sublinhar, colocar entre aspas, ou se for digitado, colocar em itálico os títulos de obras;

Colocar entre aspas ou em itálico as falas de outras pessoas, seguidas do nome e sobrenome do
autor;

Em um trabalho acadêmico nunca se esquecer de colocar a bibliografia no fim do trabalho com


as devidas referências de todas as fontes que utilizar;

Mesmo que não copie literalmente as palavras de um autor, se fizer referência às ideias de outra
pessoa, deve-se citá-la. Toda vez que não se cita um autor fica subentendido de que aquelas
ideias são nossas. Tomemos cuidado;
5

Se copiar literalmente um texto publicado, use aspas indicando o nome do autor, fonte e ano de
publicação;

Ao utilizar as ideias de alguém, mas sem copiar exatamente as palavras, não usar aspas, mas
indicar o nome do autor, a fonte e o ano de publicação;

Em uma citação direta (quando se usa as exatas palavras do autor) com até três linhas, insira a
citação em seu próprio parágrafo, entre aspas. E, entre parêntesis coloque o sobrenome e nome
do autor, seguido do ano de publicação e página.

Perigos evitáveis em uma boa redação

É longo o caminho para se escrever bem, mas há um conjunto de regrinhas simples


que ajudam a errar menos nesta importante atividade. Vejamos algumas das coisas
que você pode evitar.
"Não sei bem o que dizer da especialização precoce dos jovens, mas a eliminação do
juvenil do Corinthians foi também muito precoce no campeonato!"
Está aí um bom exemplo de “bola fora”. Comece sua redação lendo com atenção todos os
elementos que o examinador apresentou para você utilizar. Procure ver se realmente
entendeu o que se pede. Pense em um caminho, faça um esquema se preferir e veja se
você não está forçando ou inventando algo fora do contexto.

"Esse tipo de gente merece ser exterminada".


Radical demais, não parece? É até grosseiro. Nas dissertações, como recomendação geral,
evite os riscos desnecessários de posições extremistas. Atente-se ao fato de que algumas
dessas posições podem até mesmo vir a configurar crime, como injúria ou racismo. Vale a
pena procurar desenvolver um texto equilibrado, mostrando as coisas de forma ampla e
assumindo posições sem partidarismos extremos.

"De uma perspectiva pedagógica e heuristicamente enviesada, o numerário foi ínfimo."


Veja aí que escrever com clareza é muito importante. Os outros devem entender o que
você escreveu (especialmente os examinadores). Não use palavras que você acha bonitas,
mas não entende o que significam. A frase acima não é apenas complexa, apesar de usar
termos que existem, ela é desprovida de sentido. Uma técnica que poderia ajudar seria
colocar-se no lugar do leitor. Ele entenderia seu argumento?

"Fazem muitos anos que eu queria isso/ Se ela quiser deixar isso para mim fazer/ A
muito tempo estou afins".
Evite erros básicos. Sugerimos que faça um exercício: corrija os erros que estão em
destaque vermelho nas frases entre aspas. Fuja de palavras de grafia duvidosa para você.
Use só termos conhecidos. Respeite a gramática e as regras de grafia. Isso é fundamental.

Evite erros comuns


Dentre as falhas mais comuns encontradas em textos dissertativos, podemos citar o uso
de coloquialismos, ausência de organização das ideias, ambiguidades, impropriedade
vocabular e conectores impróprios. Vejamos mais algumas falhas possíveis:
Período longo demais
A menos que tenha muita segurança no que estamos dizendo, ao escrever devemos
evitar períodos longos demais. Muitas informações em um só período quase sempre
resultam em falta de clareza e ambiguidade.

"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da
problemática urbana – sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país
de formação colonial – analisar os projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos
órgãos federais." (período mal construído).

Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais,
a partir de uma visão humanista da problemática urbana.

Problemas de significado e construção


"Era um belo sábado, uma noite muito agradável onde um lobo uiva no alto da colina dos
Andes, demonstrando estar solidário ou anunciando sua solidão..." (redação de aluno).
O trecho acima, extraído de uma redação de vestibular, apresenta alguns problemas de
significado e de construção:

a) uso inadequado da palavra onde;


b) imprecisão vocabular de solidário em lugar de solitário.

Dicas importantes:

1
Ler com atenção o tema proposto para não correr o risco de receber uma nota baixa por ter
se afastado do tema.

2
Planejar o texto ajuda a desenvolver o raciocínio, definindo a ideia central, o objetivo,
estabelecendo uma linha de argumentação e uma conclusão;

3
Evitar usar letra de forma, que dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa
grafia – legível e sem floreios – e limpeza são fundamentais. Não nos esquecendo dos
pingos nos "i’s": não vale usar bolinhas no lugar deles;
4
Não começar com períodos longos, temos que expor logo nossas ideias. Não usar
expressões, como"eu acho", "eu penso" ou "quem sabe", que mostram dúvidas nos
argumentos;

5
Sejamos claros: evitemos usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão do
texto. Tenhamos em mente que a redação deve se destacar pela unidade, clareza, coerência
e concisão;

Como melhorar seu desempenho em


processos seletivos
De nada adianta a “decoreba” que a memória pode deletar a qualquer instante. O lance
é encontrar um bom método de estudo, que valorize o raciocínio e a associação de ideias.
Só assim, as informações vão desembarcar em nosso cérebro para ficar
permanentemente.
Mas não existem fórmulas prontas. Cada pessoa tem seu estilo, cada um sabe de que
forma rende mais. Vejamos a seguir, algumas dicas que podem melhorar a sua vida:
Um pouco de ordem na bagunça não vai fazer mal a ninguém, ao contrário, mantendo o
local de estudo arrumado, nos sentiremos mais animados em estudar, e também
encontraremos mais facilmente a borracha, a régua e tudo mais que precisarmos;
Organizar as matérias em pastas, onde também poderemos colocar recortes de jornais e
outros materiais estratégicos, além de determinar quantas horas reservaremos
diariamente (o fim de semana entra na jogada) para estudar e fazer uma grade de
matérias de acordo com esse tempo, tentando cumprir este horário;
Descobrir em qual período nós estamos mais dispostos e reservar nesse horário para
estudarmos;
Relacionar pelo menos duas disciplinas diferentes para um mesmo dia e programar
intervalos entre elas. Assim, também, quando cansarmos ou não estivermos entendendo
uma podemos aproveitar a outra;
Reconhecer limites indo até onde render o nosso máximo. Quando precisarmos de uma
pausa, não deixemos que o intervalo ultrapasse 15 minutos, senão a preguiça aparece ou
a concentração vai para o espaço;
Quando retomarmos a jornada cabe recomeçar com uma matéria diferente, estudando as
matérias das quais temos mais dificuldade enquanto estivermos com a cabeça fria;
Depois de uma aula ou de ler um conteúdo, cabe revermos o que foi transmitido;
Façamos todos os exercícios propostos. Se vacilarmos em alguma questão, perguntemos.
Arrastar dúvidas pode atrapalhar a compreensão do próximo tópico;
Dicionário não é enfeite de estudante. Se não soubermos o significado de alguma palavra
ou tivermos dúvidas quanto sua grafia, usemos e abusemos;
Ao fazer cursinho, devemos estar atentos às datas do plantão de dúvidas e das aulas de
reforço.

Os dez mandamentos de um bom texto


Escrever requer imaginação e familiaridade com as palavras. Para isso, o melhor que
podemos fazer é praticarmos muito, adquirindo o hábito de escrever, desde bilhetes até
um diário, seguindo as dicas de Francisco Platão Savioli, coordenador de Gramática e
Redação, e Eduardo Calbucci, professor de Literatura do Anglo Vestibulares.
Não fuja do tema em questão

Toda redação propõe um tema de improviso para debater. Fugir dele é revelar que não compreendemos o
pedido ou arriscar a sorte, reproduzindo um texto decorado. Ambos os casos são motivos para anular a
redação. Por isso, devemos reservar uma parte do tempo para compreender a proposta. Toda redação
começa pela interpretação das ideias contidas no texto sugerido.

Respeite o tipo de texto proposto para abordagem do conteúdo

Escrever uma narração em lugar de uma dissertação ou produzir um poema em vez de um texto em prosa
também pode levar à anulação da prova. Como a maioria dos vestibulares exige uma dissertação em prosa,
é essencial conhecermos as características desejáveis em um texto dissertativo.

Opine com argumentos em vez de jurar sinceramente

Todo texto deve revelar a opinião do seu produtor. Mas, além de escrevermos o que pensamos, será preciso
encontrar argumentos para sustentar o nosso ponto de vista. Aí, sim, conseguiremos a adesão dos
interlocutores.

Leve em conta e comente as opiniões contrárias

Para defender um ponto de vista com eficiência, devemos ter conhecimentos sobre o tema e sobre as
diversas opiniões existentes a este respeito.
Não caia em contradição

Devemos evitar incoerências. Se o texto começa defendendo uma determinada opinião, espera-se que ele
continue fazendo esta defesa até o fim.

Não permita que as palavras não correspondam com a sua intenção

Em toda cultura existem lugares-comuns, ideias prontas, clichês e preconceitos que se insinuam no discurso
de quem fala ou escreve. Devemos nos policiar, sem jogar no papel aquilo que não tenha passado antes pelo
raciocínio crítico.

Respeite as normas da língua padrão

A não ser em casos muito específicos, em que se pode recorrer à variante informal, espera-se que a redação
do vestibular ou de qualquer outro processo seletivo obedeça aos preceitos da norma padrão escrita.

Nunca se esqueça de dar um título ao seu texto

A menos que a prova diga que não é necessário criar um título, sempre devemos fazê-lo. Uma redação sem
título é algo que o corretor percebe de imediato.

Tome cuidado com as repetições

Diversifiquemos o nosso vocabulário e a menos que não encontremos outra saída, não podemos utilizar
palavras repetidas. Isto representa um erro de coesão e pouco vocabulário, podendo dar uma visão negativa
à redação.

Leia constantemente

Não podemos nunca deixar de ler. Tenhamos sempre um livro em casa, uma história em quadrinhos,
revistas ou artigos de jornais. A leitura ajuda a enriquecer o vocabulário, aumentando cada vez mais a
familiaridade com a língua portuguesa em sua forma escrita.

Dicas de redação para o Enem


Para se sair bem na redação do Enem, é importante que o candidato tenha uma boa argumentação e que
suas informações sejam coerentes e coesas do início ao fim do texto.

O texto de redação do Enem segue o modelo dissertativo-argumentativo, que deverá ser elaborado em no
máximo 30 linhas. O texto dissertativo é aquele no qual redigimos sobre um assunto, ao mesmo tempo em
que explicamos e descrevemos os fatos. Junto com a argumentação iremos defender uma opinião e tentar
convencer o leitor através de argumentos, usando elementos concretos e contundentes.
Abaixo, seguem alguns pontos que podem prejudicar o candidato
desatento:
Fugir da proposta e do estilo de redação proposto pela banca organizadora;
Entregar a folha em branco;
Não respeitar a quantidade de linhas pedidas;
Desenhar, rasurar ou colocar conteúdos impróprios na folha;
Desrespeitar os direitos humanos (sempre proponha uma solução para os problemas
apresentados);
Não escreva em 1ª pessoa (eu), o correto é escrever na 3ª pessoa do singular ou plural
(ele,ela; eles,elas), ou seja, os verbos, pronomes etc. deverão aparecer desta maneira;
Não use termos, como: “nós achamos”, “em nossa opinião”, “não estamos certos
que...”, “nós duvidamos”, entre outros. Estes termos, entre outros parecidos, passam
insegurança e falta de domínio sobre o tema;
Coloque o título somente se o enunciado pedir, caso contrário comece a redigir o texto
direto.

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