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Objetividade e concisão
Para poder elaborar estratégias capazes de levá-lo a compreender o que se quer informar.
Deve-se evitar a presença de informações dispensáveis que só tendem a cansar o leitor, desviando
dos objetivos do trabalho e na certeza de não discorrer sobre o óbvio. Informações irrelevantes
desmotivam o leitor, seja por ele já estar afeiçoado aos detalhes relativos ao tema, ou por não
dispor de repertório técnico necessário à compreensão imediata do contexto em que o trabalho se
insere.
É pertinente a escolha de uma linguagem compatível com as necessidades do leitor, que muitas
vezes se sente distante do texto por não entender a terminologia técnica nele empregada, por não
ter condições de alcançar aquilo o que o redator se propõe ou por não ter repertório suficiente
para entender o significado de algumas expressões formais utilizadas. Levando-se em
consideração todos estes elementos, é possível construir um texto claro e objetivo.
Coesão e coerência
A coesão e a coerência também são elementos indispensáveis para a construção de um bom
texto. Vejamos:
Coesão
A coesão se resume à ligação entre palavras e parágrafos de um texto e tem a ver com a
formulação e estruturação do texto. Como já dissemos, é imprescindível que o texto possua
começo, meio e fim. E mais do que isso, é preciso que as partes dos textos se relacionem
formando um todo consistente. É importante que as frases e parágrafos estejam bem
“amarrados” para que o texto não caia em descrédito. Dois importantes elementos gramaticais
para que se mantenha a coesão de um texto são: os pronomes e as conjunções.
Conjunções – As conjunções representam as transições do texto. Elas servem para ligar o texto,
continuar o mesmo assunto, contradizer ou, ainda, iniciar um novo assunto sem permitir que o
texto perca sua unidade. As conjunções podem ser:
Coordenativas: e, nem, mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, antes, pelo
contrário, no entanto, não obstante, apesar disso, em todo caso.
Observação: Procure não usar palavras repetidas em seu texto. Diversifique seu vocabulário. O
uso de repetições também representa um erro de coesão.
Antes de começarmos a escrever efetivamente um texto, existem momentos que são de extrema
importância para o resultado final, como veremos a seguir:
INSPIRAÇÃO
TRANSPIRAÇÃO
Aqui é o momento de organizarmos as ideias que surgiram, já que nem todas terão
espaço para aparecer no texto. Devemos selecionar as que se encaixam melhor com
a temática, considerando a qualidade de nossa argumentação, a ordem exata para
serem colocadas e pensar em como essas ideias serão trabalhadas. A fase posterior
diz respeito a colocar em prática a arte da escrita, o que veremos com mais cuidado
adiante.
________________________________________________________________________________
Como vimos anteriormente, um texto para ser bem escrito deve ter
uma estrutura que indique seu desenvolvimento. Isso implica em
sua composição com começo, meio e fim ou introdução,
desenvolvimento e a conclusão.
Introdução
Geralmente, sentimos bastante dificuldade para escrever a introdução, exatamente por ser a primeira parte
do texto. No entanto, quando uma introdução está bem escrita, o restante do texto flui com uma
naturalidade surpreendente. E por que isso acontece?
A resposta é simples. O desenvolvimento de uma dissertação é todo baseado na sua introdução. Se nela o
assunto não estiver explícito, ou estiver demasiadamente detalhado ou muito limitado, toda a estrutura e
desenvolvimento do texto será afetada. Uma introdução consiste em um parágrafo de aproximadamente 4
ou 5 linhas e deve apenas iniciar o assunto a ser tratado, indicando, na medida do possível, o rumo que o
texto seguirá.
Uma dica para driblar a dificuldade com a introdução é deixar para escrevê-la por último. Dessa forma, será
muito mais fácil escrevê-la, porque já sabemos tudo o que foi tratado na redação e faremos um resumo de
tudo que escrevemos. Deste modo, nós também nos livramos do risco de “fugir” do assunto que foi
iniciado na introdução. O primeiro parágrafo sempre corresponde à introdução da redação. Ele deve
apresentar o assunto a ser tratado no texto, ou seja, deve conter elementos básicos que apenas iniciem a
temática e passe a ideia principal da dissertação.
Desenvolvimento
Esta é a maior parte da redação e corresponde ao momento central, localizado entre o começo e o fim. Ao
desenvolver um texto, é necessário manter em mente o assunto que nele abordaremos, essa é a melhor
maneira de selecionar, isto é, de saber sobre o que achamos que podemos falar. Seria ótimo dominar
todos os assuntos, mas não sendo possível, nos limitemos a escrever sobre o que conhecemos para não
escrevermos errado.
O desenvolvimento de um texto também tem que ser coerente com a introdução e a conclusão. Nele serão
expostos os nossos argumentos, tais argumentos devem apresentar lados positivos e negativos sobre a
temática tratada, criando uma discussão acerca do assunto, após colocarmos os dois lados da questão em
defesa de nossa opinião (conforme o tipo de redação evite o uso da primeira pessoa, escreva na terceira
pessoa do plural, preferencialmente), através de argumentos coerentes e capazes de convencer o leitor.
Esse é o momento de aprofundar as questões colocadas na introdução. Em uma redação comum, o ideal é
a escrita de 2 a 3 parágrafos.
Conclusão
A conclusão sempre será o parágrafo final do texto e corresponde à possibilidade de conferir “amarração” à
redação. Devemos finalizar o assunto tratado retomando de forma breve o que foi anteriormente
discutido e, principalmente, oferecendo uma solução para o problema colocado pela temática dada. Não
podemos cometer o erro de iniciar outro assunto ou tópico neste momento, pois ele ficaria vago e pouco
desenvolvido. Temos que continuar a ser objetivos, coerentes e concisos.
Tema e título
Muitas pessoas confundem estas duas palavras na hora de escrever um texto. Quando escrevemos um
texto sobre um determinado assunto, muitas vezes, colocamos no lugar do título, o tema que está sendo
pedido. A seguir, vamos diferenciar o que é “tema” e “título” para melhor lidarmos com esta questão:
Tema é o assunto sobre o qual escreveremos, ou seja, a ideia que desenvolveremos ao longo da
composição. Título, por outro lado, é o nome que se dá ao texto, no qual será abordado o tema ou
assunto. O tema geralmente nos é dado quando devemos construir um texto e o título deve partir de nós. É
necessário que o título seja uma criação pessoal de acordo com o assunto abordado, e é positivo que se use
da criatividade na construção de um título, o que conta pontos na correção de uma redação. Para finalizar,
cabe ainda dizermos que o título é dependente do tema, já que ele não pode ser criado anteriormente. Em
algumas situações (quando o tema é curto, por exemplo) é possível usar o tema como título, porém esta
atitude não será bem-vista, indicando possível falta de criatividade da parte do autor da dissertação.
Concluir.
Para compreendermos mais facilmente os passos anteriormente colocados, vamos pegar como exemplo a
seguinte proposta temática: “Nenhum homem é uma ilha”.
Primeiro, precisamos entender o termo “ilha” que, naturalmente, está em sentido figurado, significando
solidão, isolamento;
Procuremos responder a esta pergunta de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou,
ainda, concordando parcialmente e discordando parcialmente). Esta resposta é o ponto de vista de cada um;
Perguntemos a nós mesmos o porquê de nossa resposta, dando uma causa, um motivo, uma razão para
justificar a posição. Aí estará o argumento principal;
Agora, procuremos descobrir outros motivos que ajudem na defesa do nosso ponto de vista para
fundamentarmos a nossa posição. Esses serão argumentos auxiliares;
Em seguida, procuremos algum fato que sirva de exemplo para reforçar a nossa posição. Este fato-exemplo
pode vir de uma memória visual, das coisas que ouvimos, do que lemos, um fato da vida política, econômica
ou social, ou pode ainda ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o ponto
de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à argumentação, além de esclarecer a nossa
opinião e fortalecer os nossos argumentos. Além disso, personaliza o texto, diferenciando-o;
Procuremos agrupar esses elementos em um texto, considerando essa atividade como um rascunho da
redação. Por enquanto, pode-se agrupá-los na sequência que foi sugerida;
Para o desenvolvimento de uma temática precisamos também aprender a importância de um texto com
começo, meio e fim, assim como desenvolver cada uma dessas partes, o que veremos posteriormente.
Dissertação
As dissertações têm sido o tipo de redação mais pedido em processos seletivos como vestibulares e
concursos públicos. Este gênero permite que se desenvolva um tema sobre os mais variados aspectos. Ela é
baseada principalmente em uma análise e sempre expõe ideias, motivo principal pelo qual ela tem sido
utilizada de forma intensa nos processos seletivos. Afinal, que melhor maneira de saber se alguém domina
um assunto da atualidade do que colocando para escrever sobre ele?
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Exemplos
Pessoas idosas que praticam exercícios físicos vivem mais e melhor. (experiência)
93% dos idosos que praticam exercício físico têm 90% menos chances de um enfarte. (experiência)
Os exercícios físicos proporcionam uma vida melhor e com menos chances de infarto. (princípio)
Raciocínio dedutivo: quando você parte de uma norma para um fato específico.
Exemplos
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Este tipo de redação exige que se tenha opinião. Sejamos coerentes ao transmitir o nosso ponto de vista,
descartando expressões, como: em minha opinião, creio que, eu acho, acredito piamente, entre outras.
Estas expressões, certamente, darão um aspecto negativo ao texto. Vamos considerar como
terminantemente proibido usar a primeira pessoa (eu) nas dissertações. A menos que seja pedido, o uso do
“eu” só vai prejudicar a sua redação. Precisamos lembrar de aspectos que deixam a estética do texto
infinitamente melhor, como:
Não destacar as frases que considerar mais importante. Ao contrário do contexto de um trabalho escolar,
tal conduta não é bem vista em uma dissertação;
Nunca se esqueça do título, a menos que o enunciado o exija. Este é um erro muito comum que pode
fazer com que muitos candidatos passem à nossa frente;
O tempo verbal deve ser um só. Se começar a escrever no passado, não mude para o presente no
caminho, a não ser que isto seja imprescindível.
A partir das informações apuradas com as questões fundamentais, o lide de nossa notícia
fictícia ficaria da seguinte forma:
“Na noite deste sábado, dia 23, um grupo de jovens embriagados se envolveu em um
acidente automotivo na região central da cidade de São Paulo. O motorista chocou o
veículo contra um poste, devido à alta velocidade com que este era guiado.”
A resposta para todas as perguntas feitas em nossa apuração foi respondida no breve
parágrafo acima, sem necessariamente respeitar a ordem que utilizamos para realizá-las.
Tais perguntas devem ser usadas da melhor maneira possível para que o resultado final
seja informativo e fácil de ler.
“Assustados com o barulho causado pelo acidente, moradores da região prestaram os
primeiros socorros às vitimas e ligaram para o serviço público de emergência, que os
deslocou desacordados para o hospital mais próximo. Os jovens passam bem, porém o
motorista será indiciado e julgado pelo crime de embriaguez ao volante, que prevê pena
de dois a quatro anos de prisão.”
Corpo
O corpo representa o restante da notícia, sendo utilizado para conferir mais detalhes aos
fatos apresentados no lide e também concluindo o texto. Você pode ver um exemplo de
corpo no texto acima.
Observação: Caso a notícia seja curta, irrelevante ou não deva ocupar muito espaço na
diagramação do jornal ou revista, pode-se utilizar apenas o lide. Esse tipo de texto é
chamado de nota.
Ainda entre os principais tipos de texto jornalístico, temos a Reportagem e o Editorial.
Aprenda o que cada um desses termos significa abaixo:
Reportagem
A reportagem é um texto maior e mais detalhado, que não necessariamente trata de um
fato ou ocorrência recente, e vai além de um simples repasse de informações,
acrescentando opiniões e, frequentemente, diferentes pontos de vista. A estrutura de
uma reportagem pode utilizar recursos mais sofisticados, como trechos de entrevistas,
fotografias, estatísticas, boxes com informações à parte, gráficos, etc.
Editorial
O editorial é uma seção de jornais e revistas que geralmente ocupa as primeiras páginas
das publicações. Editoriais são textos opinativos, onde o autor mostra usa própria visão
dos fatos e abre mão da imparcialidade. Geralmente, os editoriais vêm acompanhados de
advertências, informando que tal texto não expressa a opinião da publicação ou da
editora, apenas a própria opinião do autor.
A estrutura do texto é livre, podendo ser composta de uma crônica, dissertação, resenha,
ou até mesmo narração seguida de opinião.
Fábulas
Nas fábulas, as histórias têm caráter instrutivo, ou seja, elas apresentam, em seu contexto, um
ensinamento moral.
Ela é uma narrativa em prosa (os personagens conversam entre si) ou poema épico (breve
história). Em uma fábula, o personagem nunca vai ser um humano. O protagonista é sempre um
animal, uma planta ou objetos inanimados. Eles, neste tipo de narração, se tornam exemplos para
os seres humanos, por darem lições de moral de maneira reflexiva.
Os personagens apresentam características humanas em suas falas, em seu modo de agir, nos seus
costumes etc. Cada animal pode ser a representação de uma qualidade ou simbolizar um atributo
humano, vejamos:
Formiga = trabalhadora;
Coruja = observadora;
Cão = amigo.
Quando os personagens são seres inanimados ou objetos, a fábula recebe o nome de apólogo.
Carta
Este também pode ser um gênero de redação pedido em vestibulares. Embora não percebamos,
as cartas, muitas vezes, estão presentes em nosso dia a dia. Quando escrevemos um e-mail para
um amigo, por exemplo, contando sobre algum acontecimento, estamos redigindo uma carta. Ela
também é muito usada em locais de trabalho, contendo características mais formais para
atender às necessidades da empresa como os pedidos burocráticos.
Independente para que ela seja destinada, a carta deve seguir uma estrutura. Começaremos com
o local, a data, depois identificamos a pessoa a quem ela se destina (destinatário), seguido por
vírgula e iniciamos o texto. Após escrevermos o texto, finalizamos colocando o nosso nome
(remetente). Vejamos o exemplo a seguir:
Ofício
Ofício é o meio de comunicação utilizado entre dirigentes de órgãos e entidades, titulares de
unidades, autoridades e secretárias em geral. Usualmente, tem como objetivo solicitar ou
reivindicar algo a um superior. Podemos definir como uma “carta oficial”. Assim sendo, exige-se
uma linguagem estritamente formal, impessoal, clara, pontual e concisa. Podem ser endereçados
também a particulares e se caracterizam não só por obedecer à determinada estrutura, mas,
também, pelo formato do papel (formato ofício).
Estrutura
1
Designação do órgão, dentro de sua respectiva ordem hierárquica;
2
Denominação do ato: Ofício;
3
Numeração/ano, sigla do órgão emissor, local e data na mesma direção do número;
4
Vocativo Senhor(a) e o cargo do destinatário, seguido de vírgula;
5
Texto: exposição do assunto;
6
Fechamento: Atenciosamente, seguido de vírgula;
7
Assinatura;
8
Nome;
9
Cargo;
10
Destinatário: tratamento, nome, cargo, instituição e cidade/estado.
Observações
Se o ofício tiver mais de uma folha, numere as subsequentes com algarismos arábicos, no
canto superior direito, a partir do número dois;
O destinatário deve figurar sempre no canto superior esquerdo da primeira página.
Relatório
Estrutura
4. Assunto;
7. Fechamento;
8. Assinatura;
9. Nome;
10. Cargo;
O destinatário deve figurar no canto inferior esquerdo da primeira página, quando não
for encaminhado por um documento.
Ata
Observações
A redação obedece sempre às mesmas normas, quer se trate de instituições oficiais ou entidades
particulares. Escreve-se seguidamente, sem rasuras e sem entrelinhas, evitando-se os parágrafos
ou espaços em branco;
A redação deve ser fiel aos fatos ocorridos, sem que o relator emita opinião sobre eles;
Resumo
O resumo tem por objetivo apresentar com fidelidade ideias ou fatos essenciais contidos
em um texto. Sua elaboração é bastante complexa, já que envolve habilidades, como:
leitura competente, análise detalhada das ideias do autor, discriminação e
hierarquização dessas ideias, redação clara e objetiva do texto final.Em contrapartida,
dominar a técnica de fazer resumos é de grande utilidade para qualquer atividade
intelectual que envolva seleção e apresentação de fatos, processos, ideias etc.
Em qualquer tipo de resumo, entretanto, dois cuidados são indispensáveis: buscar a essência do
texto e manter-se fiel às ideias do autor. Copiar partes do texto e fazer uma "colagem", sob a
alegação de buscar fidelidade ao que se está escrito não é permitido, pois o resumo deve ser o
resultado de um processo de "filtragem", uma (re)elaboração.
3
Analisar a ideia principal;
4
Identificar a organização, as articulações e o movimento do texto (o modo como as ideias
secundárias se ligam logicamente à principal);
5
Reconhecer as ideias secundárias e agrupá-las em subconjuntos (por exemplo: segundo
sua ligação com a principal, quando houver diferentes níveis de importância; segundo
pontos em comum, quando se perceberem subtemas);
6
Mencionar os principais recursos utilizados (exemplos, comparações e outras vozes que
ajudam a entender o texto, mas que não devem constar no resumo formal, apenas no
livre, quando necessário);
7
Esquematizar o resultado desse processamento;
8
Redigir o texto.
Evidentemente que alguns resumos são mais fáceis de fazer do que outros, dependendo
especialmente da organização e da extensão do texto original. Assim, um texto não muito longo
e cuja estrutura seja perceptível na primeira leitura, apresentará poucas dificuldades para quem
o resume. De todo modo, quem domina a técnica – e este domínio só se adquire na prática –
não encontrará obstáculos na tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de texto.
Resumos são ferramentas úteis ao estudo e à memorização de textos escritos. Além disso, textos
falados também são passíveis de resumir. Anotações de ideias significativas ouvidas no decorrer
de uma palestra, por exemplo, podem vir a constituir uma versão resumida de um texto oral.
Resenha
Podemos dizer que a resenha é um resumo crítico no qual é feita uma rápida análise. Neste
tipo de resumo, o autor além de resumir, irá assumir uma postura crítica diante daquilo que
está relatando. Por isso, na maioria das vezes, a resenha é escrita por um especialista no assunto
que está sendo tratado. As resenhas de livros, por exemplo, são escritas por quem entende de
literatura. O objetivo das resenhas em jornais e revistas, na grande parte das vezes, é o de
Nela deve constar: o título, a referência da obra ou do evento do qual se fala, a síntese do
conteúdo e a crítica. Seu tamanho geralmente se restringe a uma ou, no máximo, duas páginas,
em caso de publicação em revistas e jornais pode ocupar até metade de uma página.
Quando escrevemos uma resenha, devemos ter em mente que o leitor não conhece a obra
ou o evento de que estamos falando, por isso o resumo é tão importante. Devemos observar
que a nossa opinião deve transparecer e que devemos tentar convencer o leitor sobre o que
estamos falando, entretanto, argumentos também são importantes, embora não precisamos buscar
muitas fontes para isso. A resenha pode fazer com que o leitor sinta vontade de ler o livro, ou
assistir o filme, a peça, sobre que estamos falando ou o/a despreze antes mesmo de conhecer. O
mais importante, geralmente, é despertar a curiosidade do leitor para aquilo que estamos
divulgando.
Importante
1. Embora tenhamos que deixar bem clara a nossa opinião e posição em relação ao que está sendo
abordado, é importante evitar o uso de termos como: “eu acho”, “eu penso”, “na minha opinião”, nem
qualquer outra marca de primeira pessoa, exceto se você for alguém muito reconhecido na área. Caso
contrário, o melhor a fazer é generalizar a opinião como se fosse uma verdade universal, isto também é
essencial para que se convença o leitor;
2. A crítica não deve aparecer no final da resenha após ser feito um resumo. Ela deve permear em todo o
texto.
Poema
Declaração
O próprio nome já diz, usamos uma declaração quando precisamos
declarar/afirmar/comprovar a existência de algo. Ela se parece com uma
autorização no que diz respeito à estrutura. Uma declaração também deve
conter: nome do destinatário; informação que está sendo declarada, dados
do autor; assinatura; data e local.
Redação empresarial e redação para processos seletivos
Como já citamos anteriormente, na hora de escrever um texto é sempre
necessário analisar o contexto em que ele será redigido, bem como suas
funcionalidades e propósitos. Textos utilizados para fins específicos terão
suas características peculiares, buscando sempre atender a função a que se
destina. Neste capítulo, vamos falar um pouco a respeito de textos escritos
em ambientes de empresas e, portanto, voltados para o trabalho e textos
escritos em provas de processos seletivos dirigido para noções mais gerais da
escrita.
Redação empresarial
Uma redação redigida no interior de uma empresa certamente tem objetivos definidos e um assunto
específico. Ela normalmente carece de um vocabulário que também seja específico e atenda às
necessidades da empresa. Uma empresa voltada para a administração usará termos desta área, um
local de trabalho ligado ao ramo da saúde, dependerá de palavras específicas deste meio e assim por
diante.
No entanto, apesar das peculiaridades de cada uma, todas as redações devem continuar
seguindo passos e características fundamentais de todo texto, como a uniformidade, a
objetividade, a coerência e a coesão.
E-mail empresarial
Assim como na redação, um e-mail empresarial também deve seguir algumas
regras. A maioria das pessoas está habituada com a linguagem informal utilizada na
internet e, na hora de escrever um e-mail corporativo, acaba por pecar em alguns
aspectos, usando uma linguagem inadequada para o ambiente de trabalho. Pode
não parecer, mas escrever um e-mail também pode exigir cuidados.
Ao escrever um e-mail relacionado ao trabalho, devemos ficar atentos à
linguagem. Não podemos utilizar abreviações, gírias ou recursos da internet
como emoticons. Devemos finalizá-lo com uma saudação
(Atenciosamente/Cordialmente), colocando nosso nome e o setor do qual
trabalhamos na empresa.
Linguagem da internet
Blog
Para ter e manter um blog é necessário ser o mais criativo possível e, é claro,
escrever muito bem! Tudo que é postado neste espaço deve atrair a atenção
do leitor, sendo que tanto o conteúdo quanto a parte escrita devem zelar
pela qualidade. Vejamos, abaixo, alguns pontos importantes para quem
deseja criar um blog:
Planejar e pesquisar os conteúdos que serão inseridos na página, mas para isso
devemos ter em mente sobre qual assunto o nosso blog dará enfoque;
Um post tem que ter um título criativo, assim como subtítulos, links internos ou
externos, imagens botões de compartilhamentos em redes sociais, entre outras
ferramentas;
E-mails
Devemos estar conscientes que o e-mail é um documento e a boa comunicação no uso
desta ferramenta é fundamental: seja no ambiente corporativo, no qual devemos escrever
de maneira mais formal, ou quando enviamos uma mensagem a um amigo, escrevendo
informalmente.
Na elaboração de um e-mail, em primeiro lugar, temos que ser educados e gentis com a
pessoa que vai recebê-lo, para que quando nos reenvie ela retorne com a mesma
dedicação nossa. Cabe lembrarmos que e-mails profissionais são documentos formais e a
informalidade pode até existir, se formos muito próximos de quem irá receber a
mensagem, mas agir com bom senso, sem exageros, é fundamental. Vale destacarmos
que em hipótese nenhuma em e-mails formais devemos usar a linguagem da internet –
internetês –, comum das redes sociais, tal conduta denota falta de profissionalismo.
Um quesito importante é nos atentarmos ao que iremos escrever no e-mail. O e-mail, seja para qual for sua finalidade,
deve ser claro e objetivo. Somente em algumas eventualidades poderemos prolongar o assunto, isso dependerá muito
do assunto em questão. Escrever o texto todo com letras em caixa alta (letras maiúsculas) representa indelicadeza de
quem escreve, por isso faça o uso correto do teclado de seu computador.
No campo “assunto” o título deve ser objetivo e, caso haja a presença de anexos, é de bom tom informar sua
existência no corpo do e-mail. Ao final do e-mail, nós usaremos os termos “Atenciosamente” ou “Cordialmente” como
demonstração de respeito a pessoa que o recebe; logo abaixo coloque seu nome completo, seu cargo, sua empresa e
seu telefone (opcional).
Redes Sociais
Hoje em dia é muito comum que as empresas, em seus processos de recrutamento e
seleção, usem as redes sociais para saberem informações dos candidatos através de
seus perfis. Obviamente, o que acontece é um prejulgamento sobre a imagem do
candidato, sendo que tudo é analisado: desde as imagens postadas, sua visão política, o
que curte, e até o que escreve ou compartilha.
A dica é evitar excessos nas redes. Outra maneira de se defender é fazer uso das
ferramentas de bloqueio, evitando que todos saibam o que você posta.
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É quase igual, mas faz toda diferença
Agora, vamos esclarecer algumas dúvidas ortográficas que são muito comuns e que se cometidas podem
“sujar” seu texto, além de poder conferir um sentido diferente
do que desejamos àquilo que foi escrito. Erros desse tipo são muito malvistos por quem entende e analisa
redação.
b) Sempre que for possível substituir por uma das expressões: pelo qual, pela qual, pelos quais e pelas quais:
2. Senão/Se não:
Usa-se a forma “senão” equivalendo a:
3. Há/a /a /à
a) A forma há equivale ao verbo haver, indicando tempo decorrido, neste caso, não existe plural. Pode ser
substituída por “faz”.
Observação: Não use o advérbio atrás, seguido de há. Isto é redundante e é considerado um erro. A forma
há, também pode corresponder a “existe”, neste caso não se faz concordância:
Há pelo menos cinco lojas de roupa nesta rua.
A forma a também corresponde ao artigo definido utilizado antes de palavras femininas no singular:
c) Ah é uma interjeição. Esta forma é utilizada quando queremos expressar algum sentimento ou emoção:
Ah, que alívio! Pensei que nunca fosse conseguir chegar até aqui.
4. Nenhum/Nem um
a) Nenhum é empregado como antônimo de “algum”, significa “nulo”, “inexistente”:
5. Afim/A fim
a) Afim significa “semelhante”, “relacionado”:
b) A fim (de) equivale a “para”, “com o propósito (de)”, “com a intenção (de)”:
Observação: A fim (de) também tem sido usado com o propósito de dizer que se está “interessado” por
alguém ou com “vontade” de fazer alguma coisa:
Jorge está a fim daquela garota que conhecemos semana passada no bar.
Na medida em que não sou rico, não posso comprar um carro novo.
8. Aonde/Onde
a) Aonde deve ser usado com verbos que indicam movimento:
10. Mal/Mau
a) Mal é antônimo de bem:
b) Em tão pouco temos o advérbio de intensidade tão modificando pouco, que pode ser advérbio ou
pronome indefinido:
b) Melhor: usa-se antes de verbo que não esteja no particípio ou outras palavras:
15. Mas/Mais
a) Mas é usado para dar sentido de adversidade:
b) Mais é usado para dar sentido de intensidade e, como contrário de menos, indica quantidade:
A escrita de números
Em diversas situações nos vemos obrigados a escrever números. Escrever “2” ou “dois”?
“2 milhões” ou “2.000.000”? Vejamos, na próxima tela, algumas regras simples que
padronizam a escrita de números e que facilitam a leitura.
De um a dez, escrevemos por extenso, de 11 em diante, em algarismos, com exceção em início
de frase. Esta regra se aplica também aos numerais ordinais:
A arrecadação alcançou R$2.362 trilhões. A despesa estimada era de R$760 bilhões, mas o
pagamento dos atrasados onerou a folha.
Este mês, as solicitações das revendas de Altamira giraram em torno de 200 mil a 500 mil
litros.
A média será de R$1 milhão para cada ex-servidor, contra R$133.333,00 dos aposentados
e pensionistas do setor privado.
Nas datas, número de páginas, horas, não utilizar ZERO antes do número:
Errado Certo
08 horas 8 horas
página 05 página 5
dia 03 dia 3
Usar sempre algarismos em:
12 de outubro de 1992.
Avenida 9 de julho .
Seriação de eventos:
Vigésimo terceiro.
Cláusula terceira.
Mil reais.
Dois mil reais.
Sublinhar, colocar entre aspas, ou se for digitado, colocar em itálico os títulos de obras;
Colocar entre aspas ou em itálico as falas de outras pessoas, seguidas do nome e sobrenome do
autor;
Mesmo que não copie literalmente as palavras de um autor, se fizer referência às ideias de outra
pessoa, deve-se citá-la. Toda vez que não se cita um autor fica subentendido de que aquelas
ideias são nossas. Tomemos cuidado;
5
Se copiar literalmente um texto publicado, use aspas indicando o nome do autor, fonte e ano de
publicação;
Ao utilizar as ideias de alguém, mas sem copiar exatamente as palavras, não usar aspas, mas
indicar o nome do autor, a fonte e o ano de publicação;
Em uma citação direta (quando se usa as exatas palavras do autor) com até três linhas, insira a
citação em seu próprio parágrafo, entre aspas. E, entre parêntesis coloque o sobrenome e nome
do autor, seguido do ano de publicação e página.
"Fazem muitos anos que eu queria isso/ Se ela quiser deixar isso para mim fazer/ A
muito tempo estou afins".
Evite erros básicos. Sugerimos que faça um exercício: corrija os erros que estão em
destaque vermelho nas frases entre aspas. Fuja de palavras de grafia duvidosa para você.
Use só termos conhecidos. Respeite a gramática e as regras de grafia. Isso é fundamental.
"É segundo esta noção de projeto que vamos, a partir desta visão humanista da
problemática urbana – sem deixar de levar em consideração as nossas condições de país
de formação colonial – analisar os projetos de cidade expressos nos trabalhos de diversos
órgãos federais." (período mal construído).
Correção: Vamos analisar os projetos expressos nos trabalhos de diversos órgãos federais,
a partir de uma visão humanista da problemática urbana.
Dicas importantes:
1
Ler com atenção o tema proposto para não correr o risco de receber uma nota baixa por ter
se afastado do tema.
2
Planejar o texto ajuda a desenvolver o raciocínio, definindo a ideia central, o objetivo,
estabelecendo uma linha de argumentação e uma conclusão;
3
Evitar usar letra de forma, que dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa
grafia – legível e sem floreios – e limpeza são fundamentais. Não nos esquecendo dos
pingos nos "i’s": não vale usar bolinhas no lugar deles;
4
Não começar com períodos longos, temos que expor logo nossas ideias. Não usar
expressões, como"eu acho", "eu penso" ou "quem sabe", que mostram dúvidas nos
argumentos;
5
Sejamos claros: evitemos usar palavras difíceis que possam prejudicar a compreensão do
texto. Tenhamos em mente que a redação deve se destacar pela unidade, clareza, coerência
e concisão;
Toda redação propõe um tema de improviso para debater. Fugir dele é revelar que não compreendemos o
pedido ou arriscar a sorte, reproduzindo um texto decorado. Ambos os casos são motivos para anular a
redação. Por isso, devemos reservar uma parte do tempo para compreender a proposta. Toda redação
começa pela interpretação das ideias contidas no texto sugerido.
Escrever uma narração em lugar de uma dissertação ou produzir um poema em vez de um texto em prosa
também pode levar à anulação da prova. Como a maioria dos vestibulares exige uma dissertação em prosa,
é essencial conhecermos as características desejáveis em um texto dissertativo.
Todo texto deve revelar a opinião do seu produtor. Mas, além de escrevermos o que pensamos, será preciso
encontrar argumentos para sustentar o nosso ponto de vista. Aí, sim, conseguiremos a adesão dos
interlocutores.
Para defender um ponto de vista com eficiência, devemos ter conhecimentos sobre o tema e sobre as
diversas opiniões existentes a este respeito.
Não caia em contradição
Devemos evitar incoerências. Se o texto começa defendendo uma determinada opinião, espera-se que ele
continue fazendo esta defesa até o fim.
Em toda cultura existem lugares-comuns, ideias prontas, clichês e preconceitos que se insinuam no discurso
de quem fala ou escreve. Devemos nos policiar, sem jogar no papel aquilo que não tenha passado antes pelo
raciocínio crítico.
A não ser em casos muito específicos, em que se pode recorrer à variante informal, espera-se que a redação
do vestibular ou de qualquer outro processo seletivo obedeça aos preceitos da norma padrão escrita.
A menos que a prova diga que não é necessário criar um título, sempre devemos fazê-lo. Uma redação sem
título é algo que o corretor percebe de imediato.
Diversifiquemos o nosso vocabulário e a menos que não encontremos outra saída, não podemos utilizar
palavras repetidas. Isto representa um erro de coesão e pouco vocabulário, podendo dar uma visão negativa
à redação.
Leia constantemente
Não podemos nunca deixar de ler. Tenhamos sempre um livro em casa, uma história em quadrinhos,
revistas ou artigos de jornais. A leitura ajuda a enriquecer o vocabulário, aumentando cada vez mais a
familiaridade com a língua portuguesa em sua forma escrita.
O texto de redação do Enem segue o modelo dissertativo-argumentativo, que deverá ser elaborado em no
máximo 30 linhas. O texto dissertativo é aquele no qual redigimos sobre um assunto, ao mesmo tempo em
que explicamos e descrevemos os fatos. Junto com a argumentação iremos defender uma opinião e tentar
convencer o leitor através de argumentos, usando elementos concretos e contundentes.
Abaixo, seguem alguns pontos que podem prejudicar o candidato
desatento:
Fugir da proposta e do estilo de redação proposto pela banca organizadora;
Entregar a folha em branco;
Não respeitar a quantidade de linhas pedidas;
Desenhar, rasurar ou colocar conteúdos impróprios na folha;
Desrespeitar os direitos humanos (sempre proponha uma solução para os problemas
apresentados);
Não escreva em 1ª pessoa (eu), o correto é escrever na 3ª pessoa do singular ou plural
(ele,ela; eles,elas), ou seja, os verbos, pronomes etc. deverão aparecer desta maneira;
Não use termos, como: “nós achamos”, “em nossa opinião”, “não estamos certos
que...”, “nós duvidamos”, entre outros. Estes termos, entre outros parecidos, passam
insegurança e falta de domínio sobre o tema;
Coloque o título somente se o enunciado pedir, caso contrário comece a redigir o texto
direto.