Você está na página 1de 4

Juntar esse material com

concursos públicos, uma Carreiras Jurídicas Intensivo I


aula continuação da outra
Direito Administrativo

Professora Fernanda Marinela


27/06/16

AGENTE PÚBLICO

É todos aquele que exercer função pública, temporária ou permanente


com ou sem remuneração, independentemente do tipo de vínculo.

Conceito mais amplo para designar genérica e indistintamente os


sujeitos que servem ao poder público como instrumentos de sua vontade ou
ação, ainda quando o façam apenas ocasional ou episodicamente.

Agente político

Aquele que representa a vontade do Estado e está no comando de cada


um dos poderes. Ocupam cargos públicos, regime legal é um regime jurídico
administrativo. São eles:

 Chefes do poder executivo e vices


 Auxiliares imediatos do poder executivo
 Parlamentares (senadores, deputados federais e estaduais e os
vereadores).
 Magistrados e Membros do MP – Divergência doutrinária. Posição no
STF é que são agentes políticos (RE 228977)
 Agentes diplomáticos.
 Ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas.
29/06/2016

2 Servidores estatais

2.1 Servidores públicos

Atuam em pessoa jurídica de direito público (Adm. Direta, autarquias,


fundações pública de direito público)
O regime jurídico é o único – estatutário.

Histórico do regime jurídico

Em 1988, no texto original da CF valia o regime jurídico único (pode ter


só um regime), existia uma preferência para o regime estatutário, mas não era
obrigatório. Partia-se da ideia de que o regime estatuário tinha mais direitos
para os servidores, desse modo teria servidores mais “felizes”.

Em 1998, veio a EC/19, conhecida como reforma administrativa, a qual


alterou o regime único e acolheu o regime múltiplo (possível ter mais de um
regime ao mesmo tempo), dependendo da lei de criação, se essa criasse cargo
o regime seria o estatutário, se criasse emprego o regime seria o celetista.

Essa EC/19 no seu art. 39 foi levada ao supremo e foi objeto da ADI
2135. Em sede de cautelar, no art. 39 foi reconhecida pelo STF uma
inconstitucionalidade formal (vício de procedimento), assim por regra geral
essa cautelar teve efeitos ex nunc, ou seja, dali para frente não poderia
misturar mais o regime.

Então o que predominou no Brasil é o estatutário.

Garantia de manutenção de refiem

O regime mais seguro em relação aos direitos é o celetista, pois o


contrato é bilateral não pode haver uma mudança sem a concordância de umas
das partes.

Obs. Não há direito adquirido ao regime jurídico legal. Nesse regime as


alterações podem ser feitas a qualquer momento.

2.2 Servidores de entes governamentais de direito privado

Atua em pessoa jurídica de direito (Empresa Pública e Sociedade de


Economia Mista, Fundação Pública de Direito Privado).

O regime é celetista o servidor é titular de emprego (empregado).

Equiparam-se aos servidores públicos:


 Sujeitos ao concurso públicos;
 Não acumulação de cargos, apenas nos casos previstos em lei (art.
37, CF).
 Teto remuneratório nos casos em que a pessoa jurídica dependam
de repasse para custeio, se não receber esta liberado do teto.
 Sujeito a lei de improbidade administrativa (Lei 8429/92);
 São considerados funcionários públicos para a lei penal (art. 327,
CP);
 Sujeitos aos remédios constitucionais.

Servidores de entes governamentais se equiparam a servidores públicos


em alguns aspectos, mas diferente deles quanto à dispensa e estabilidade.

Esses empregados NÃO têm a estabilidade do art. 41, CF.

Prevalecia a orientação que nesse caso a dispensa era imotivada já que


não tinha estabilidade, segundo súmula 390 do TST e a OJ 247. A dispensa vai
ser imotivada, salvo a ECT (empresa de correios e telégrafos) que tem
tratamento de empresa pública.

A matéria foi levada ao STF e foi objeto de discussão em sede de


repercussão geral (tema 131 RE 589.998). Segundo o STF, esses empregados
NÃO tem estabilidade do art. 41, CF, no entanto como essas empresa tem um
regime híbrido e quando elas prestam um serviço público o regime é mais
público do que privado a dispensa TEM que ser motivada, se a empresa tiver
atividade econômica não precisa motivar as suas decisões.

3 Particulares em colaboração

Aquele que colabora com o poder público, mas não perde a qualidade
de particular.

a) Particular requisitado – aquele convocado a participar. Ex. mesário,


jurado, serviço militar obrigatório;
b) Particular voluntário/sponte prória ou agentes honoríficos - em um
dado momento colabora com o poder público por espontânea
vontade;
c) Contratados por locação civil de serviço;
d) Trabalhadores de concessionárias e permissionárias;
e) Praticam atos de força jurídica oficial;
f) Delegados de função – art. 236, CF (serviços notariais), resolução 80
e 81 do CNJ. Não é delegação de serviço, é uma situação “ímpar”,
com o concurso o serviço notarial é privatizado, ocorre a delegação
desse serviço.

Você também pode gostar