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Asfalto de Qualidade: Tratamento Superficial e Micropavimento

Tecnologias, equipamentos, técnicas e boas prá cas de Pavimentação. Informações sobre construção, manutenção
e recuperação de rodovias.

sábado, 24 de novembro de 2018

Tratamento Superficial e Micropavimento


As técnicas de aplicação de tratamento superficial e de micropavimento
(chamado também de microrreves mento) são ó mas alterna vas para a
manutenção preven va de pavimentos asfál cos. Mas muitas vezes são usadas
de forma inadequada, em condições onde a u lização não é recomendada. Em
função disto ambas as técnicas sofrem crí cas, por apresentarem falhas
prematuras quando aplicadas sobre estruturas degradadas de pavimentos
cujas condições necessitam de algum outro po de intervenção.
Ambas as técnicas são u lizadas em todo o mundo, apresentando
ó mos resultados quando executadas da maneira correta. Tanto o tratamento
superficial quanto o micropavimento não apresentam funções estruturais,
então um projeto que contemple o uso delas precisa checar se a camada
abaixo está em condições de promover o devido suporte estrutural.
A super,cie de um pavimento asfál co sofre um desgaste natural com o
tempo, devido às variações climá cas e ao tráfego de veículos. Este desgaste
pode provocar um alisamento da super,cie. Os agregados e o ligante asfál co desde R$ 81
da capa de rolamento muitas vezes também são arrancados em algumas
partes, e assim surgem muitas pequenas rachaduras superficiais. Há perda de
aderência e a camada asfál ca tem diminuída a sua caracterís ca impermeável.
Para remediar este desgaste natural o tratamento superficial e o
micropavimento são alterna vas de ó mo custo-bene,cio. Estas técnicas
agregam uma proteção impermeabilizante, protegendo a camada abaixo.
Também aumentam a fricção superficial, melhorando a resistência à
derrapagem. E preenchem pequenas trincas existentes, evitando o aumento da
degradação da camada abaixo.

TRATAMENTO SUPERFICIAL: denominação para a aplicação de um


ligante asfál co que posteriormente é coberto por agregados e compactado. O
procedimento técnico é denominado também como “penetração inver da”
Postagem em destaque
pelo fato do ligante ser aplicado primeiro e depois os agregados, com o ligante
penetrando de baixo para cima.
Falha comum: segregação asfál ca

Diversos elementos estão envolvidos na


construção de pavimentos resistentes e
duráveis, tais como profissionais
qualificados, materiais de ...

Equipamentos e aplicação de tratamento superficial

Há diversas formas de aplicação do tratamento superficial, que é


dividido em três pos: Translate

1. Tratamento Superficial Simples (TSS): aplicação do ligante asfál co Selecionar idioma


com cobertura de uma camada de agregados miúdos.
2. Tratamento Superficial Duplo (TSD): aplicação do ligante asfál co em Tecnologia do Tradutor
duas etapas, cobertas cada uma por agregado graúdo e miúdo.
3. Tratamento Superficial Triplo (TST): aplicação do ligante asfál co em Pesquisar este blog
três etapas, cobertas cada uma por agregados graúdo, médio e miúdo.
Asfalto de Qualidade: Tratamento Superficial e Micropavimento

Nas três aplicações a compactação deve ser realizada posteriormente, Arquivo do blog

com a u lização de rolo pneumá co. A quan dade de emulsão asfál ca e 2019 (1)
agregado mineral a ser aplicado devem ser determinados em laboratório, de
2018 (4)
acordo com as caracterís cas dos materiais e da própria obra. A faixa
Novembro (1)
granulométrica u lizada em cada po de tratamento superficial é determinada
Tratamento Superficial e
por normas técnicas do DNIT. É muito importante que haja distribuição Micropavimento
uniforme e precisão quanto à granulometria. Erros de aplicação podem
ocasionar falhas na cobertura dos agregados e assim comprometer a adesão Outubro (1)
das parBculas. Maio (1)
O tratamento superficial é uma solução de ó mo custo-bene,cio, usado Fevereiro (1)
em muitos países em estradas rurais e também em rodovias pavimentadas,
u lizando ligantes asfál cos modificados por polímeros para melhorar suas 2017 (4)
propriedades. Para que tenha boa qualidade é necessário que haja um 2016 (4)
processo de aplicação e espalhamento preciso e acurado, u lizando 2015 (6)
equipamentos adequados. É preciso também verificar a compa bilidade do
2014 (6)
po de agregado (quanto à sua origem, por exemplo, basalto, granito, calcário
ou gnaisse) e o po de ligante asfál co u lizado, verificando assim se haverá 2013 (17)

uma boa adesividade. 2012 (6)


As vantagens do tratamento superficial são:
Quem sou eu
- Garan r uma camada de rolamento com alta resistência ao desgaste;
- Proteger e impermeabilizar o pavimento existente; Julia no Gewehr
- Proporcionar um reves mento com ó ma rugosidade superficial, Porto Alegre, RS, Brazil
garan ndo propriedades an derrapantes; Engenheiro Civil com
- U lização em pra camente todas as categorias de tráfego, porém sem mais de 10 anos de
função estrutural; experiência como
- Aplicação em vias sem pavimentação ou sobre uma camada de base engenheiro de aplicação e especialista
de produtos em fabricantes
granular, melhorando as condições de trafegabilidade (desde que a super,cie a
internacionais de equipamentos de
ser reves da tenha boas condições); pavimentação (Wirtgen Group e Bomag).
- Estender a vida ú l de um pavimento desgastado (desde que não haja Contatos: julianogw@gmail.com e
problemas estruturais); 51-98186-6960 (Celular/WhatsApp)
- Aplicação simples, com emulsão asfál ca a temperatura ambiente, sem Visualizar meu perfil completo
emi r vapores ou gases.
Twitter

Tweets por
@Eng_julianogw

Juliano Gewehr
@Eng_julianogw

execução de uma rodovia de


concreto na Alemanha

Distribuição de agregados sobre o ligante asfál co (TSS)

5 de jul de 2019

Juliano Gewehr
@Eng_julianogw

Execução de um novo
loteamento na Alemanha. Não é
apenas em obras de rodovias
Autobahn que é alto o capricho e
a qualidade.

Espargidor aplicando emulsão sobre a primeira camada de agregados (TSD)

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Asfalto de Qualidade: Tratamento Superficial e Micropavimento

Tratamento superficial u lizado dentro de área urbana

Há opções de equipamentos que aplicam ligante asfál co e agregados de forma


simultânea, com maior precisão e qualidade

MICROPAVIMENTO: também chamado de MRAF (micro reves mento


asfál co a frio) é uma fina película de emulsão asfál ca modificada com
pequenos agregados misturados. É u lizada a frio, ou seja, em temperatura
ambiente. O micropavimento é produzido e aplicado na pista pelo mesmo
equipamento, a usina de micropavimento. Neste caso não há necessidade de
compactação posterior. O procedimento é realizado com baixo consumo de
energia, de forma rápida e com precisão. Por ser uma mistura delgada e
impermeável, não apresenta função estrutural.

Equipamentos e aplicação do micropavimento

Alguns pos de defeitos são normais na pavimentação asfál ca.


Problemas como as trincas por fadiga, ou fissuras originadas da parte superior
para baixo, ou pequenas deformações e sulcos causados por grandes mudanças
de temperatura. Para restaurar as propriedades funcionais da super,cie do
pavimento pode ser aplicado o micropavimento. Também são alterna vas a
colocação de uma pequena camada asfál ca sobreposta, ou o processo
convencional de fresagem e recapeamento. A escolha do procedimento
depende do orçamento disponível, das condições da rodovia e a
disponibilidade de equipamentos de execução.
Os bene,cios do uso do micropavimento são:

- Protege o pavimento asfál co existente;


- Corrige pequenas deformações superficiais, até mesmo trilha de
rodas;
- Preenche vazios e pequenas rachaduras superficiais com a emulsão;
- Proporciona uma impermeabilização das camadas abaixo, evitando a
entrada de água e o surgimento dos buracos;
- Aumenta a segurança e a qualidade na locomoção dos veículos
devido à melhor aderência;
- Prolonga a vida ú l do pavimento, garan ndo em média mais quatro
anos de durabilidade;
Asfalto de Qualidade: Tratamento Superficial e Micropavimento

- Gera ganhos financeiros na manutenção, o custo pode chegar a menos


da metade do valor de um CBUQ (geralmente custa 30%, variando entre uma
região e outra do Brasil);
- Rapidez de execução, exigindo menor mobilização e menor número de
equipamentos necessários (CBUQ exige uma usina de asfalto para produzir o
concreto asfál co, o transporte até a obra, a aplicação com pavimentadora e
compactação com rolos compactadores).

O micropavimento é uma ó ma técnica, porém precisa ter alguns


cuidados para evitar o aparecimento de falhas precoces. Um dos principais
pos de defeitos que acontecem é o descolamento em placas da camada
aplicada. Isto ocorre em função quando o microrreves mento é aplicado sobre
uma super,cie asfál ca muito lisa ou polida. Nestes casos é recomendado a
u lização da pintura de ligação.
O equipamento que faz a aplicação, a usina móvel de micropavimento,
possui silos para armazenar os agregados miúdos u lizados na mistura, tanque
de emulsão asfál ca e de água, um misturador do po pug-mill e o conjunto da
mesa distribuidora sobre o pavimento. Assim como no uso do concreto
betuminoso usinado à quente (CBUQ), o trabalho de laboratório é
fundamental para verificar as caracterís cas dos materiais u lizados, definindo
granulometria e teor ó mo de ligante. O excesso de ligante resulta em
exsudação e a falta gera desagregação da mistura.
Pelos seus bene,cios técnicos e baixo custo poderia ser u lizado em
maior escala mesmo dentro de cidades, em manutenções preven vas de
pavimentos asfál cos. Outra grande vantagem do micropavimento na
pavimentação urbana é a sua fina espessura, de no máximo 15 mm, evitando
problemas de desnivelamento com calçadas, sarjetas, bueiros, acesso a
garagens, etc. Já no CBUQ a espessura mínima recomendada de aplicação é de
30 mm. Em espessuras menores o CBUQ pode ter os agregados esmagados pelo
peso da mesa compactadora da vibroacabadora de asfalto, sendo necessário a
u lização de uma mistura asfál ca sem a presença de agregados graúdos.

Aplicação do micropavimento em uma estrada

Faixa rodoviária após a aplicação do micropavimento


Asfalto de Qualidade: Tratamento Superficial e Micropavimento

O micro reves mento a frio corrige pequenas imperfeições superficiais de um pavimento


asfál co

Outra opção também é o uso da lama asfál ca. Porém esta aplicação é
mais simples, u lizando uma emulsão asfál ca e finos, geralmente uma
composição com consistência bem mais fluída para garan r propriedades
selantes. A aplicação é similar ao micropavimento, porém com custos e
qualidade inferiores, uma vez que o micropavimento apresenta em sua
composição emulsões modificadas que rompem rapidamente e agregados mais
bem selecionados.

Aplicação de lama asfál ca

Obs: Importante também é esclarecer algumas traduções técnicas do


inglês para o português, que causam confusão quando literaturas técnicas do
exterior são consultadas. O tratamento superficial é “chip and seal”, enquanto
que a micropavimento é “microsurfacing” e a lama asfál ca é “slurry seal”.

Po d erá tamb ém go star d e:

Usinas de Asfalto CBUQ x PMF Equipamentos A importância do


corretos = maior treinamento para
produção com operadores
menor custo ...

Linkwithin

Postado por Juliano Gewehr às 09:10

Um comentário:

Anô nimo 15 de janeiro de 2019 04:30

Ó mo conteúdo.

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