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Faculdade de Direito
Rio de Janeiro/RJ
2018
ANTONIO CARLOS DUTRA RAMOS
Rio de Janeiro/RJ
2018
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17
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justificaria a posse de vultosa soma em dinheiro. Deste modo, havendo dúvida, por
menor que seja, em relação à prática de atividade de mercancia de entorpecentes, é
peremptório o afastamento da aplicação da figura penal típica prevista no art. 33 da
Lei nº 11.343/2006, como corretamente concluiu o Des. Siro Darlan, in verbis:
circunstância agravante prevista no art. 61, inciso II, alínea “g”, do Código Penal,
concernente à violação do dever de profissão. Deveras, a violação do dever de guarda,
próprio à profissão de cuidadora, já integra o tipo penal de tortura-castigo, de sorte
que sopesá-la negativamente na apuração do quantum penal relativamente a esta fase
caracterizaria evidente bis in idem.
Quanto às causas de aumento concernentes à continuidade delitiva (art. 71 do
Código Penal), ante o protraimento da conduta no tempo, com sucessivos atos de
tortura, e à previsão do art. 1º, § 4º, inciso II, da Lei de Tortura, em face do
cometimento do crime contra idosa e portadora de deficiência, ambas se mostram
corretamente aplicadas, de modo que decidiram corretamente os eminentes
desembargadores ao manterem inalterada a sentença de primeiro grau na terceira fase
da dosimetria penal.
Finalmente, diante da redução da pena aplicada para o quantum definitivo de
04 (quatro) anos, 01 (um) mês e 23 (vinte e três) dias de reclusão, irreparável se
afigura o abrandamento do regime prisional para o semiaberto.
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REFERÊNCIAS
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Especial. Vol. 2. Rio de
Janeiro, Forense, 1989.
GRECO FILHO, Vicente; RASSI, João Daniel. Lei de Drogas Anotada. 3. ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 2009.
HABIB, Gabriel. Leis penais especiais. 8. ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2016.