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Administração Pública TJ PE TJAA

Aula 01
Prof. Marcelo Camacho

AULA 01

Administração Pública
Organização da administração Brasileira
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Olá, pessoal!

Vamos à nossa primeira aula!

Aula Conteúdo Programático Data


1 Legislação administrativa. 1.1 Administração direta,
01 21/07
indireta e fundacional..

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Sumário

1. Administração pública ................................................................................................................................ 4


1.1 Formas de Organização do Estado: Público e privado ............................................................................. 6
1.2. O papel do Estado e as parcerias na realização de políticas públicas : Consórcio Público ................... 17
1.3. Parcerias Público-Privado ...................................................................................................................... 21
1.4. Convênios .............................................................................................................................................. 34
1.5. Contratos de Gestão ............................................................................................................................. 41
1.6. Centralização e descentralização ........................................................................................................... 42
1.7. Concentração e desconcentração ......................................................................................................... 47
1.8. Administração direta, indireta, e fundacional ....................................................................................... 53
1.8.1. Autarquias .......................................................................................................................................... 53
1.8.2. Fundações governamentais ............................................................................................................... 57
1.8.3. Sociedades de economia mista .......................................................................................................... 58
1.8.4. Empresas públicas .............................................................................................................................. 59
1.8.5. Semelhanças e distinções entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista ............. 61
1.8.6 Agências Executivas ............................................................................................................................ 61
1.8.7. Agências reguladoras ......................................................................................................................... 63
1.8.8. Controle administrativo sobre as entidades da administração indireta ............................................ 68
1.9. Entidades Paraestatais .......................................................................................................................... 68
2. Lista de Questões ..................................................................................................................................... 77
3. Gabarito ................................................................................................................................................... 92

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1. Administração pública

Vamos começar conceituando administração pública!

Di Pietro admite que a expressão Administração Pública pode ser compreendida


em sentido subjetivo, formal ou orgânico e em sentido objetivo,
material ou funcional:

a) em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela designa os entes que


exercem a atividade administrativa; compreende pessoas jurídicas, órgãos e
agentes públicos incumbidos de exercer uma das funções em que se triparte a
atividade estatal: a função administrativa;

b) em sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza da


atividade exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública
é a própria função administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder
Executivo”.

Segundo a doutrinadora citada), a Administração Pública também pode ser


compreendia em sentido amplo ou em sentido restrito:

a) em sentido amplo, a Administração Pública, subjetivamente considerada,


compreende tanto os órgãos governamentais, supremos, constitucionais
(Governo), aos quais incumbe traçar os planos de ação, dirigir, comandar,
como também os órgãos administrativos, subordinados, dependentes
(Administração Pública, em sentido estrito), aos quais incumbe executar os
planos governamentais; ainda em sentido amplo, porém objetivamente

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considerada, a Administração Pública compreende a função política, que traça


as diretrizes governamentais e a função administrativa, que as executa;

b) em sentido estrito, a Administração Pública compreende, sob o aspecto


subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais
e, no segundo, a função política.

ITEM 1 (VUNESP/ 2013 / MPE-ES/ AGENTE TÉCNICO – ADMINISTRADOR)

No sentido objetivo, material ou funcional, a expressão Administração Pública compreende

a) os entes que exercem a atividade administrativa.

b) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer a atividade


administrativa.

c) os órgãos administrativos e os órgãos governamentais.

d) em sentido estrito, apenas os órgãos administrativos.

e) a natureza da atividade exercida pelos entes que realizam a atividade administrativa.

Pessoal, uma dica para resolver estas questões acerca do conceito subjetivo e
objetivo da administração pública:

SUBJETIVO: SU SU -- É o SUjeito que pratica a atividade administrativa.

OBJETIVO: O O --- É O que se faz;a atividade administrativa em si.

Portanto, em sentido objetivo, falamos das atividades exercidas. Sendo assim,


o gabarito é a alternativa E.

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1.1 Formas de Organização do Estado: Público e privado


A grande diferença entre a gestão pública e privada é que as organizações da


Administração Pública se regem por regulamentos e normas dispostos de forma
exaustiva, uma vez que “só podem fazer o que a regra permite”. Já as
organizações do setor privado podem “fazer tudo, exceto o que as regras
coíbem”.

Hely Lopes Meirelles lança luz sobre a fundamentação para essa questão no
seguinte trecho: " [...] Na Administração Pública, não há espaço para
liberdades e vontades particulares, deve, o agente público, sempre agir com a
finalidade de atingir o bem comum, os interesses públicos, e sempre segundo
àquilo que a lei lhe impõe, só podendo agir secundum legem. Enquanto no
campo das relações entre particulares é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe
(princípio da autonomia da vontade), na Administração Pública só é permitido
fazer o que a lei autoriza. A lei, define até onde o administrador público poderá
atuar de forma lícita, sem cometer ilegalidades, define como ele deve agir [...]".

É o chamado Princípio Administrativo da Legalidade, decorrente do art. 5º da


Carta Magna, aplicada ao setor público, que significa que o agente público
deverá agir em conformidade com a Lei, fazendo estritamente o que esta
determina. É o que alguns autores chamam de legalidade estrita.

Diferentemente do particular, a quem é lícito fazer tudo o que a Lei não proíbe
(por exclusão, portanto), o servidor pode e deve agir exatamente conforme
previsto, limitando-se, assim, sua autonomia. A título de exemplo, pode-se citar
a conduta de um auditor-fiscal ao visitar determinado estabelecimento
mercantil e constatar a existência de recursos não contabilizados.

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Independentemente da peculiaridade do contribuinte (rico, pobre, amigo,


inimigo), deverá ser lavrado o auto de infração.

Gestão Pública Gestão Privada

Só pode fazer o que a lei permite Pode fazer tudo o que a lei não
proíbe

ITEM 2. (FCC/ TRF_1a REGIÃO/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

As organizações do setor público

(A) agem segundo normas genéricas e flexíveis, uma vez que são reguladas pelos princípios da
impessoalidade e do interesse público; as do setor privado seguem regulamentos exaustivos,
exigidos pelos princípios da economicidade e efetividade que seus gestores são obrigados a
seguir.

(B) são regidas pelos princípios da competitividade e da responsabilidade social, exigindo dos
seus gestores criatividade e flexibilidade; as do setor privado só precisam seguir as regras
informais do mercado acionário.

(C) são regidas pelos princípios da publicidade e da responsabilidade social; as do setor privado
agem segundo os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

(D) agem segundo regulamentos e normas exaustivos, uma vez que só podem fazer o que as
leis autorizam; as do setor privado podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem.

(E) podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem, segundo o princípio da legalidade; as do
setor privado agem segundo regulamentos e normas exaustivos, uma vez que só podem fazer o
que as leis autorizam.

Pessoal, é fácil ver nas alternativas a resposta. Vamos analisar as alternativas.

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Alternativa A: Inverteram as características: as organizações do setor público


é que são regidas por normas rígidas e as do setor privado por normas
flexíveis. ERRADO!

Alternativa B: Característica do setor privado: competitividade. ERRADO!

Alternativa C: Até poderíamos admitir que o setor público seja regido pelo
princípio da responsabilidade social, embora esta seja uma categoria imprecisa
e típica do setor privado. No entanto as organizações privadas não são regidas
pelos princípios citados. São princípios da administração pública. ERRADO!

Alternativa D: Perfeito, foi exatamente o que vimos na aula acima: as


organizações do setor público agem segundo regulamentos e normas
exaustivos, uma vez que só podem fazer o que as leis autorizam; as do setor
privado podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem. CERTO!

Alternativa E: Inverteram a assertiva da alternativa D. ERRADO!

O gabarito é a alternativa D

Vejamos as principais divergências entre a gestão pública e a gestão privada:

Quanto ao interesse: a gestão pública procurará satisfazer o interesse e bem-


estar geral (voltada para o bem público), enquanto a gestão privada procura
satisfazer os interesses de determinados indivíduos ou grupos (voltada para o
bem privado). Como o governo detém a autoridade suprema, espera-se que
resolva todos os conflitos dos particulares, garantindo, assim, o bem estar
comum.

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A gestão privada não tem princípios tão bem definidos como os que regem a
administração pública. A direção das empresas privadas tem liberdade e
flexibilidade para criar sua própria filosofia e seguí-la.

Quanto aos recursos: A gestão privada lida com recursos próprios ou de


investidores, e a pública com recursos gerados pelos contribuintes.

Quanto ao controle: A teoria das proteções especiais; segundo Weber, como


os servidores públicos agem em nome do poder público, dispõem, em virtude
disso, de um certo poder de coação, independentemente de seu nível
hierárquico; essa autoridade, para que não se torne abusiva, necessita de
controles, não só de seu chefe, mas também dos colegas, dos subordinados, do
povo e do próprio servidor. A esse controle, Weber denominou Teoria de
proteções especiais.

Quanto aos objetivos: A gestão pública visa a consecução de seus


objetivos em prol do interesse coletivo, sem contudo, buscar lucro em suas
atividades.

A gestão privada visa o lucro. Vale ressaltar que as organizações públicas que
oferecem serviços não exclusivos ao Estado (como as empresas públicas, por
exemplo), podem auferir lucro. Assim, os empresários são motivados pela
busca do lucro, as autoridades governamentais se orientam pelo desejo de
serem reeleitas.

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As empresas normalmente trabalham em regime de competição; os governos


usam habitualmente o sistema de monopólio. No governo, todos os incentivos
apontam no sentido de não se cometerem erros. O governo é democrático e
aberto; por isso seus movimentos são mais lentos comparados aos das
empresas, cujos administradores podem tomar decisões rapidamente, a portas
fechadas.

ITEM 3. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)

O objetivo da Administração Pública é

(A) o bem comum da coletividade administrada.

(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.

(C) a obtenção de superávit primário.

(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.

(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

Pessoal, vimos isto acima na aula: O objetivo da administração pública é o bem


comum da coletividade. Portanto, a alternativa A está CERTA. A alternativa B
apresenta o objetivo da administração privada. As alternativas C, D e E
apresentam objetivos que podem ser perseguidos pelo gestor pública, mas o
alcance destes visa um objetivo maior , que é o apresentado na alternativa A.

O gabarito é a alternativa A.

Continuemos com outras diferenças entre a administração pública e a privada:

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Quanto à privacidade: As empresas privadas podem desejar não fornecer

determinadas informações que julgar necessário, por questões de competição,


por exemplo. Na gestão pública, salvo em áreas de segurança do Estado, não
pode haver segredos.

Quanto às carreiras e promoções: As carreiras e promoções são mais


flexíveis no setor privado, podendo ser revista e reestruturada a qualquer
momento de acordo com as necessidades da gestão visando maior satisfação e
consequentemente maior rentabilidade de seus funcionários, na gestão pública
as regras estipuladas para cada órgão devem ser seguidas estritamente.

Quanto à contratação: A gestão privada pode contratar pessoal conforme

seu interesse, sendo por escolaridade, por experiência, por capacidade


profissional, até pelo famoso “QI” (quem indicou!). A gestão pública deve
contratar através de concursos (salvo situações especiais de cargos de
confiança).

Quanto à estrutura: A administração pública tem sua estrutura mais


verticalizada e burocratizada, enquanto a gestão privada tende a ser mais
horizontalizada e flexível.

Adaptações: enquanto na gestão privada o conceito de custo-benefício orienta


o processo produtivo, na gestão pública tal conceito não pode ser utilizado em
toda sua plenitude, tendo em vista as funções sociais do Estado

(alocativa, distributiva, etc.). Assim, nem sempre o mais barato será o melhor
para o ente público. Há de se considerar o papel social do Estado.

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Embora as gestões pública e privada possuam muitas diferenças, algumas


convergências podem ser percebidas, tais como a necessidade de
planejamento, foco no sucesso do cliente e uso de ferramentas de qualidade

total, dentre outras.

Segundo Abrucio, a atividade governamental é entendida como algo com uma


natureza específica, que não pode ser reduzida ao padrão de atuação do setor
privado. Entre as grandes diferenças, a motivação principal dos comandantes
do setor público é a reeleição, enquanto os empresários têm como fim último a
busca do lucro; os recursos do governo provêm do contribuinte — que exigem a
realização de determinados gastos —, e na iniciativa privada os recursos são
originados das compras efetuadas pelos clientes; as decisões governamentais
são tomadas democraticamente e o empresário decide sozinho ou no máximo
com os acionistas da empresa — a portas fechadas; por fim, o objetivo de
ambos é diverso, isto é, o governo procura fazer “o bem” e a empresa
“fazer dinheiro” .

ITEM 4.(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)

Considerando-se os modelos de gestão na Administração Pública e na Administração Privada é


correto afirmar:

(A) Na Administração Pública, ao contrário da Administração Privada, há autonomia decisória e


baixos impactos de ingerências políticas no processo de gestão.

(B) Na Administração Pública um bom ou mau funcionamento não tem impacto político maior
que na Administração Privada.

(C) Enquanto que a Administração Pública é orientada para o lucro, a Administração Privada é
orientada para o bem-estar social e serviços ao cidadão.

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(D) Na Administração Privada há autonomia decisória, enquanto que no aspecto organizacional


a Administração Pública é afetada por forças externas.

(E) A rentabilidade é vital para a Administração Pública, enquanto para a Administração Privada
a rentabilidade dos produtos e serviços não é vital para o seu crescimento.

Fácil, também não é pessoal? Vejamos as alternativas

Alternativa A: Limitaram-se a inverter as característica citadas: Elas são


típicas da administração privada e não da pública. ERRADO!

Alternativa B: Pelo contrário, o mau funcionamento tem grande impacto na


administração pública. Também tem na administração privada, mas com
consequências diferentes. Na administração pública tem impactos políticos, na
administração privada traz prejuízos aos acionistas. ERRADO!

Alternativa C: Pessoal, é o contrário. A administração pública visa o bem estar


do cidadão e a privada o lucro. ERRADO!

Alternativa D: Perfeito, foi exatamente o que vimos na aula acima: as


organizações do setor público s Assim um governante ao decidir cortar custos
pode sofrer a pressão de grupos organizados da sociedade que pressionam por
maiores benefícios para a população ou parte dela. Por exemplo, o aumento do
salário mínimo. CERTO!

Alternativa E: Inverteram as características. ERRADO!

O gabarito é a alternativa D

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ITEM 5. (FCC/TRT-RS/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA)

Com relação às convergências entre a gestão pública e a gestão privada, considere as


afirmativas abaixo.

I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra uma empresa, isto é, buscando
compatibilizar custos e resultados, atuar com os olhos no cliente consumidor e tomar decisões
rápidas para aproveitar oportunidades de mercado.

II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o que a
impede de focar necessidades especiais dos cidadãos.

III. Os órgãos públicos existem para servir a todos igualmente, independentemente da


capacidade de pagar pelo serviço prestado, o que pode dificultar alcançar a agilidade e a
eficiência das empresas privadas.

IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta princípios típicos da gestão privada,
como a economicidade e a eficiência.

V. Os servidores públicos estão submetidos a normas jurídicas e a condições de trabalho que


impedem sua responsabilização diante das possíveis falhas no atendimento aos cidadãos.

Estão corretas SOMENTE

(A) I, II, III e IV.

(B) II, III e V.

(C) I e III.

(D) III e IV.

(E) I, III e V.

Analisemos as alternativas:

I. CERTO. Perfeito o dinheiro público também deve ser cuidado com respeito,
primando pelo menor custo e o melhor resultado para o cidadão

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II. ERRADO. A gestão pública funciona também em modelo gerencial,


buscando atender às necessidades do cidadão.

III. CERTO. Todos os cidadãos têm direito igualmente aos serviços do Estado.

IV. ERRADO. A administração pública também deve buscar a economicidade e


a eficiência.

V. ERRADO. Os servidores públicos podem e devem ser responsabilizados por


falhas no atendimento aos cidadãos.

Portanto, o gabarito é a alternativa C.

ITEM 6 (FCC/2012/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)

Ao tratar de divergências e convergências entre a administração pública e a administração


privada, é correto afirmar:

a) Na administração pública, faz-se diferenciação entre pessoas, o que é regra na gestão


privada, a exemplo da segmentação de públicos e mercados.

b) O conceito de partes interessadas é semelhante para ambos, visto que suas decisões, focam
interesses de grupos mais diretamente afetados por uma questão.

c) A administração pública só pode fazer o que a lei permite, enquanto a iniciativa privada pode
fazer tudo o que não estiver proibido por lei.

d) A administração possui maior agilidade na área privada, dado que os servidores públicos
possuem menor interesse na gestão e recursos menos competitivos.

e) A administração pública empenha o mínimo de recursos para o desenvolvimento sustentável,


enquanto que na gestão privada, o investimento em sustentabilidade é diferencial competitivo

Vamos à análise das alternativas:

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A) ERRADO. Na administração pública a regra é a impessoalidade, a não


diferenciação de pessoas, a não segmentação.
B) ERRADO. A ideia de partes interessadas também diverge da
administração pública para a administração privada. Na administração
pública a sociedade em geral é a interessada, enquanto na administração
privada os interessados são os acionistas.
C) CERTO. É o que vimos na aula.
D) ERRADO. Não se pode atribuir a maior agilidade ao acesso aos recursos
de gestão, pois a administração pública tem acesso aos mesmos recursos.
E) ERRADO. É o contrário pessoal. Os incentivos para sustentabilidade são
maiores na administração pública, que é o agente que estimula e regula a
administração pública neste sentido.

Portanto, o gabarito é a alternativa C.

ITEM 7. (FCC/2012/ - TRE-CE - Analista Judiciário - Contabilidade

As organizações humanas formais, sejam privadas ou públicas, representam uma espécie de


arranjo entre os variáveis objetivos, atividades e recursos, num processo de gestão conhecido
como planejamento, organização, direção e controle, em que os paradigmas ou modelos de
gestão são decididos e implantados para fazer funcionar a organização. A obtenção de recursos
para sustentar o funcionamento da organização pública difere da organização privada devido

a) à transformação de desejos em necessidades pela organização pública.

b) ao poder de barganha dos fornecedores de serviços públicos.

c) ao poder de barganha dos Clientes-cidadãos.

d) ao poder extroverso.

e) à liderança em custos dos entes públicos

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Pessoal, poder de barganha de fornecedores, poder de barganha de clientes e


liderança em custos são variáveis próprias de ambientes competitivos
empresariais. Portanto, estão erradas as alternativas B, C e E. A alternativa A
também está ERRADA pois quem transforma desejos em necessidades é a
administração privada, através de campanhas publicitárias. O que realmente
difere a administração pública da administração provada, dentre as alternativas
elencadas, é o poder extroverso do Estado. O Estado ao contratar com a
administração privada tem prerrogativas excepcionais. A relação não é de
equilíbrio, pois o Estado pode determinar clausulas a seu favor. É o poder do
Estado de gerar obrigações unilateralmente.

Portanto, o gabarito é a alternativa D.

1.2. O papel do Estado e as parcerias na realização de políticas públicas :


Consórcio Público

A Lei n° 11.107, de 06.04.2005, introduziu em nosso ordenamento uma pessoa


jurídica denominada consórcio público.

Os consórcios públicos podem ser constituídos como pessoas juridicas de direito


privado ou como pessoas jurídicas de direito público; neste último caso, a lei
explicitamente afirma integrarem eles a Administração Pública Indireta.

O art. 241 da Constituição, com redação inteiramente dada pela EC n° 19/1998,


estabelece que "a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de
serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,
serviços, pessoal e bens essenciais á continuidade dos serviços transferidos".

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Percebe-se que o preceito constitucional acima atribui a cada ente federado a


competência para disciplinar, por meio de lei própria, os consórcios públicos, os
convênios de cooperação e a gestão associada de serviços públicos.

Entretanto, a Lei n° 11.107/2005 é uma lei de normas gerais, ou seja, aplica-se


a todos os entes da Federação; seu art. 1°, caput, informa que ela "dispõe
sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios
contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse
comum e dá outras providências".

Com o intuito de compatibilizar com a Constituição essa edição, pela União, de


normas gerais sobre consórcios públicos, a Lei n° 11.107/2005 atribui a eles
natureza contratual. Assim, a competência da União estaria sendo exercida com
base no art. 22, inciso XXVII, e não no art. 241 da Constituição.

Os consórcios públicos são constituídos por meio de contratos públicos. Os


consórcios poderão:

a) firmar convênios, contratos e acordos;

b) receber auxílio, contribuição ou subvenção;

c) ser contratados pela administração direta ou indireta, sem necessidade de


licitação;

d) celebrar concessões, permissões e autorizações de serviços públicos;

e) cobrar tarifas e preços públicos.

Espécies de contratos:

a) Contrato de constituição de consórcio – para sua constituição é necessário o


protocolo de intenção e ratificação por lei de cada ente consorciado;

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b) Contrato de rateio – é celebrado por cada entes federados com o consórcio


constituído.

c) Contrato de programa – operacionaliza as obrigações assumidas pelos


consorciados.

A Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8429/92) sofreu alteração da Lei dos


Consórcios Públicos ( Lei 11107/05) para configurar as seguintes condutas
como improbidade administrativa:

a) a celebração de qualquer ajuste para gestão associada sem observar a lei


dos consórcios públicos;

b) a celebração de contrato de rateio de consórcio sem prévia e suficiente


dotação orçamentária ou sem observância das exigências impostas por lei.

ITEM 8. (FGV/SEFAZ/2008)

Em relação à estrutura e ao funcionamento da Administração Pública no Brasil, é correto


afirmar que:

(A) o modelo de agências reguladoras no Brasil foi desenvolvido a partir da construção da infra-
estrutura pública pelo setor privado em situação de quase monopólio, sendo necessária a
estruturação dessas agências para a proteção

do consumidor.

(B) os consórcios públicos, constituídos conforme a Lei 11.107/05, são organizados para a
realização de objetivos de interesse comum entre os entes participantes e são um importante
instrumento a ser utilizado para equacionar formas de atuação conjunta dos entes federados.

(C) a instituição do concurso público garante a isonomia, incentiva a meritocracia e produz, na


Administração Pública, a certeza de obtenção de pessoal com atitudes, motivação e habilidades
compatíveis com o exercício do cargo.

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(D) as modalidades de licitação pregão e concorrência são exemplos de processos de


modernização na legislação de compras da Administração Pública.

(E) a Administração Pública deve pautar seu horizonte pelos critérios de descontinuidade.

Pessoal vamos analisar as alternativas:

A. ERRADO. O modelo de agências reguladoras no Brasil foi elaborado a


partir da quebra de monopólios estatais, principalmente, exigindo que o Estado
passasse a fiscalizar a execução de serviços, que antes eram estatais. Objetiva
garantir que os serviços sejam realizados dentro das regras estabelecidas.
B. CERTO. Perfeito. Consórcios são instrumentos para a consecução de
objetivos comuns entre dois entes federativos distintos.

As afirmativas C e D estão ERRADAS. A banca utiliza os argumentos de


Bresser Pereira no Plano Diretor da Reforma do Estado. Este plano traçou os
caminhos para a implementação da Administração Pública Gerencial no Brasil.
Dentre outros elementos levantados no diagnóstico que antecede as
proposições realizadas pelo Plano, identifica-se a dificuldade de selecionar os
melhores profissionais e pagar bons salários aos melhores profissionais
(princípio da meritocracia). Segundo Bresser, a legislação referente à
contratação e remuneração dos servidores públicos age como um fator
restritivo ao melhor desempenho das atividades públicas. Ainda segundo o
autor, as fortes restrições impostas ao processo de contratação de bens e
serviços pela administração pública é outro fator limitador.

E. ERRADO. A administração pública, como vimos, deve pautar-se pelo


critério de continuidade.

Sendo assim, o gabarito é a alternativa B.

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1.3. Parcerias Público-Privado

Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na


modalidade patrocinada ou administrativa.

Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras


públicas quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a


Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a


concessão de serviços públicos ou de obras públicas quando não envolver
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de


reais);

II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o


fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes


diretrizes:

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I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos


recursos da sociedade;

II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes
privados incumbidos da sua execução;

III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do

poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;

IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;

V – transparência dos procedimentos e das decisões;

VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;

VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de


parceria.

As cláusulas dos contratos de parceria público-privada devem também prever:

I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos


investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e
cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;

II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em


caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à
gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas;

III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso


fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;

IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais;

V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos


serviços;

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VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público,


os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de
acionamento da garantia;

VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;

VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes


e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos.

IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos


efetivos do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos
financiamentos utilizados pelo parceiro privado;

X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público


reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as
irregularidades eventualmente detectadas.

As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em


índices e fórmulas matemáticas, quando houver, serão aplicadas sem
necessidade de homologação pela Administração Pública, exceto se esta
publicar, na imprensa oficial, onde houver, até o prazo de 15 (quinze) dias após
apresentação da fatura, razões fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a
rejeição da atualização.

Os contratos poderão prever adicionalmente:

I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a


transferência do controle da sociedade de propósito específico para os seus
financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e
assegurar a continuidade da prestação dos serviços;

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II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do


projeto em relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública;

III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por


extinção antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos
e empresas estatais garantidores de parcerias público-privadas.

A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-


privada poderá ser feita por:

I – ordem bancária;

II – cessão de créditos não tributários;

III – outorga de direitos em face da Administração Pública;

IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;

V – outros meios admitidos em lei.

O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração


variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade
e disponibilidade definidos no contrato.

A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da


disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.

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É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o


pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do
contrato de parceria público-privada.

As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de


parceria público-privada poderão ser garantidas mediante:

I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da


Constituição Federal;

II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;

III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não


sejam controladas pelo Poder Público;

IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras


que não sejam controladas pelo Poder Público;

V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para


essa finalidade;

VI – outros mecanismos admitidos em lei.

A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na


modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório
condicionada a:

I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico


que demonstre:

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a) a conveniência e a oportunidade da contratação, mediante identificação das


razões que justifiquem a opção pela forma de parceria público-privada;

b) que as despesas criadas ou aumentadas não afetarão as metas de resultados


fiscais previstas no Anexo referido no § 1o do art. 4o da Lei Complementar no
101, de 4 de maio de 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos
seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela
redução permanente de despesa; e

c) quando for o caso, conforme as normas editadas na forma do art. 25 desta


Lei, a observância dos limites e condições decorrentes da aplicação dos arts.
29, 30 e 32 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, pelas
obrigações contraídas pela Administração Pública relativas ao objeto do
contrato;

II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios


em que deva vigorar o contrato de parceria público-privada;

III – declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela


Administração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de
diretrizes orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual;

IV – estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento,


durante a vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações
contraídas pela Administração Pública;

V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde o


contrato será celebrado;

VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante


publicação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio
eletrônico, que deverá informar a justificativa para a contratação, a
identificação do objeto, o prazo de duração do contrato, seu valor estimado,
fixando-se prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões,

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cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data prevista para a
publicação do edital; e

VII – licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o licenciamento


ambiental do empreendimento, na forma do regulamento, sempre que o objeto
do contrato exigir.

O instrumento convocatório conterá minuta do contrato, indicará


expressamente a submissão da licitação às normas da lei, podendo ainda
prever:

I – exigência de garantia de proposta do licitante;

II – o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a


arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, para dirimir
conflitos decorrentes ou relacionados ao contrato.

O edital deverá especificar, quando houver, as garantias da contraprestação do


parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado.

O certame para a contratação de parcerias público-privadas obedecerá ao

procedimento previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos


administrativos e também ao seguinte:

I – o julgamento poderá ser precedido de etapa de qualificação de propostas


técnicas, desclassificando-se os licitantes que não alcançarem a pontuação
mínima, os quais não participarão das etapas seguintes;

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II – o julgamento poderá adotar como critérios, além dos previstos, os


seguintes:

a) menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública;

b) melhor proposta em razão da combinação do critério da alínea a com o de


melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital;

III – o edital definirá a forma de apresentação das propostas econômicas,


admitindo-se:

a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou

b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz;

IV – o edital poderá prever a possibilidade de saneamento de falhas, de


complementação de insuficiências ou ainda de correções de caráter formal no
curso do procedimento, desde que o licitante possa satisfazer as exigências
dentro do prazo fixado no instrumento convocatório.

O exame de propostas técnicas, para fins de qualificação ou julgamento, será


feito por ato motivado, com base em exigências, parâmetros e indicadores de
resultado pertinentes ao objeto, definidos com clareza e objetividade no edital.

O edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e


julgamento, hipótese em que:

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I – encerrada a fase de classificação das propostas ou o oferecimento de lances,


será aberto o invólucro com os documentos de habilitação do licitante mais bem
classificado, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;

II – verificado o atendimento das exigências do edital, o licitante será declarado


vencedor;

III – inabilitado o licitante melhor classificado, serão analisados os documentos


habilitatórios do licitante com a proposta classificada em 2o (segundo) lugar, e
assim, sucessivamente, até que um licitante classificado atenda às condições
fixadas no edital;

IV – proclamado o resultado final do certame, o objeto será adjudicado ao


vencedor nas condições técnicas e econômicas por ele ofertadas.

ITEM 9. (FUNIVERSA/2011/EMBRATUR/ADMINISTRADOR)

A Prof.ª Maria Sylvia Zanella di Pietro define o termo “parceria” como uma associação que, sem
formar uma nova pessoa jurídica, organiza-se entre o setor público e o privado, para a
consecução de fins de interesse público. Com relação ao assunto, assinale a alternativa correta.

a) O objetivo precípuo do particular é o lucro, em virtude de tal tipo de associação envolver


entidades que atuam exclusivamente na área econômica.

b) A parceria pode ser utilizada como forma de delegação da execução de serviços públicos,
por meio de concessões e permissões.

c) A delegação ao setor privado de atividades antes desempenhadas pela Administração é


incompatível com o propósito de redução do tamanho do aparelho do Estado.

d) A expressão “gestão associada”, citada na Constituição da República, tem sentido similar ao


da parceria, e caracteriza-se pela atuação conjugada de entes diversos em assuntos de suas
competências privativas.

e) A terceirização é uma forma de cooperação prestada pela administração pública a


particulares, pela execução, por intermédio da Administração, de atividades próprias do setor
privado.

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Analisemos as alternativas:

A) ERRADO. A administração pública é um dos entes a exercer a associação


em uma PPP e não tem como objetivo o lucro.
B) CERTO. A PPP é a delegação de um serviço público por meio de
concessão ou permissão.
C) ERRADO. É justamente para reduzir o tamanho do Estado que se fazem
as delegações ao setor privado.
D) ERRADO. A expressão “gestão associada” da Constituição Federal refere-
se à consórcios públicos e não às PPP´s.
E) ERRADO. A terceirização é forma de contratação de serviços de apoio
pela administração pública à iniciativa privada de atividades que não
sejam próprias do estado, como limpeza e segurança patrimonial.

Portanto, o gabarito é a alternativa B.

ITEM 10. (FUNIVERSA/2009/SEPLAG-DF/ANALISTA PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO)

Assinale a alternativa correta.

a) Agências executivas são, necessariamente, pessoas jurídicas de direito privado, integrantes


da administração indireta, que podem celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir
custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. Seu objetivo principal é a
execução de atividades administrativas. Nelas, há uma autonomia financeira e administrativa
ainda maior.

b) As agências reguladoras são necessárias tendo em vista o funcionamento perfeito dos


mercados.

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c) As parcerias público-privadas representam a primeira tentativa de estabelecer parcerias


entre o setor público e o privado para a consecução de objetivos comuns.

d) O orçamento participativo, na forma como tem sido aplicado no Brasil, abrange todas as
despesas de custeio e investimento dos orçamentos municipais.

e) Podem a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios contratarem consórcios


públicos para a realização de objetivos de interesse comum e darem outras providências. O
consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. A União
somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os estados em
cujos territórios estejam situados os municípios consorciados.

Analisemos as alternativas

A) ERRADO. Agências executivas são pessoas jurídicas de direito público.


B) ERRADO. É justamente o contrário: é por que os mercados são
imperfeitos que as agências reguladoras existem.
C) ERRADO. O instrumento do Convênio é anterior à legislação da PPP e já
preconizava esta possibilidade.
D) ERRADO. O orçamento participativo preconiza a participação popular na
previsão de receitas, despesas e dívida pública
E) CERTO. É exatamente o que vimos sobre os consórcios públicos, que são
firmados entre entes estatais para consecução de objetivos comuns..

Portanto, o gabarito é a alternativa E.

ITEM 11 .(ESAF/SEFAZ-RJ/2010)

Sobre a Parceria Público-Privada (PPP), assinale a opção correta.

a) São modalidades de PPP a concessão patrocinada e a concessão de uso. b) É possível que o


objeto do contrato de PPP seja atividade regulatória.

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c) A modalidade de licitação para a PPP é a concorrência, não se admitindo, portanto, a


realização de lances em viva voz no processo licitatório.

d) O prazo de vigência do contrato de PPP pode ser de até quarenta anos.

e) Antes da celebração do contrato de PPP, deverá ser constituída sociedade de propósito


específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

Analisemos as alternativas:

A letra “A” é errada, é concessão patrocinada e administrativa.

A letra “B” é errada, a atividade regulatória é exclusiva de Estado, é


indelegável.

A letra “C” é errada. Segundo a Lei 11.079/2004:

Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na


modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

Art. 12. O certame para a contratação de parcerias público- privadas obedecerá ao


procedimento previsto na legislação vigente sobre licitações e contratos administrativos
e também ao seguinte:

III – o edital definirá a forma de apresentação das propostas econômicas, admitindo-


se:

a) propostas escritas em envelopes lacrados; ou

b) propostas escritas, seguidas de lances em viva voz;

A letra “D” é errada. Segundo a Lei:

I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos


realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo
eventual prorrogação;

A letra “E” é certa. Segundo a Lei:

Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito


específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

§ 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta,


com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.

Portanto, o gabarito é alternativa E.

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ITEM 12. (CESPE/IFB/2010)

Acerca dos instrumentos de financiamento do setor público, em particular da parceria público-


privada (PPP), julgue os itens subsequentes.

A) Para a implantação e gestão de uma operação é necessário criar uma sociedade de propósito
específico, antes da celebração do contrato de PPP.

B) A Lei No 11.079/2004 estabelece que as PPPs devem observar algumas diretrizes, tais como
a eficiência no cumprimento de suas missões, o respeito aos direitos dos entes públicos e
privados responsáveis pela execução dos respectivos contratos e a indelegabilidade das funções
de regulação e exercício do poder de polícia.

C) As PPPs têm como objetivos compartilhar riscos entre o setor público e o setor privado, bem
como ampliar a oferta de bens e serviços públicos disponíveis. Entre as vantagens das PPPs
para o setor público tem-se a maior eficiência econômica.

D) O objetivo principal da Lei n.o 11.079/2004 foi instituir a norma geral para licitação e
contratação de PPPs com os poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.

E) As penalidades em caso de inadimplemento contratual são proporcionais à gravidade da falta


cometida e às obrigações assumidas, e aplicáveis somente ao parceiro privado, não tendo
consequência sobre a administração pública.

Analisemos as alternativas:

As letras “A” e “B” são certas. Segundo a Lei 11.079/2004:

Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito


específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes


diretrizes:

I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da


sociedade;

II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes
privados incumbidos da sua execução;

III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de


polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;

IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;

V – transparência dos procedimentos e das decisões; VI – repartição objetiva de riscos


entre as partes;

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VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.

A letra “C” é certa, as PPP permitem o compartilhamento do risco e o aumento


da eficiência.

A letra “D” é certa. Segundo a Lei:

Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no


âmbito da administração pública.

A letra “E” é errada. Segundo a Lei:

Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão


ao disposto no art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no
que couber, devendo também prever:

II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro


privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma
proporcional à gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas

Portanto, o gabarito é a alternativa E.

1.4. Convênios

Convênios são acordos celebrados entre os órgãos públicos e outras


instituições, públicas ou privadas, para a realização de um objetivo comum,
mediante formação de parceria.

Vejam a definição contida no portal de convênios do governo federal:

É acordo ou ajuste que discipline a transferência de recursos financeiros


de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da
União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da
administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão
ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal,
direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos,
visando à execução de programa de governo, envolvendo a realização de

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projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse


recíproco, em regime de mútua cooperação.

Os convênios assinados pelo Poder Público prevêem obrigações para ambos os


parceiros. Deveres esses que geralmente incluem repasse de recursos de um
lado e, do outro, aplicação dos recursos de acordo com o ajustado, bem como
apresentação periódica de prestação de contas.

Convênio é acordo, mas não é contrato. No contrato, as partes têm interesses


diversos e opostos; no convênio, os partícipes têm interesses comuns e
coincidentes.

O Convênio é quase sempre celebrado entre entidades públicas, para realizar


atividades de interesses comuns, no campo social, educacional, de pesquisa,
etc. O que ocorre é que o órgão repassador do numerário, pelas dificuldades de
realizar determinadas tarefas, delega a outras entidades localizadas onde os
fatos acontecem, a incumbência de realizar tais tarefas, repassando o
numerário para aquela atividade.

A lei 8.666/93 estabelece a forma de estabelecimento de convênios nos art.


116. Vejam:

Artigo 116 - Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades
da Administração.

§ 1º - A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da


Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de
trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo,
as seguintes informações:

I - identificação do objeto a ser executado;

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II - metas a serem atingidas;

III - etapas ou fases de execução;

IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;

V - cronograma de desembolso;

VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas
ou fases programadas;

VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os


recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente
assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão
descentralizador.

O Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, regulamenta a celebração de


convênios:

Art. 1o Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de


cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com
órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de
programas, projetos e atividades de interesse recíproco que envolvam a transferência de
recursos oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União.

§ 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a


transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da
administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da
administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda,
entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo,
envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;

De acordo com o Decreto 6170/2007,em seu art. 6º, há uma clausula


necessária para todo e qualquer convênio:

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Art. 6º Constitui cláusula necessária em qualquer convênio dispositivo que indique a


forma pela qual a execução do objeto será acompanhada pelo concedente.

Parágrafo único. A forma de acompanhamento prevista no caput deverá ser suficiente


para garantir a plena execução física do objeto.

Controle

Todo recurso de Convênio deve ser depositado em um conta específica


contendo o nome do convênio e o número do mesmo, além do nome da
entidade beneficiada.

Aplicação no Mercado Financeiro dos Recursos de Convênios

O valor total ou saldo de convênios, enquanto não utilizados, serão


obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira
oficial se a previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de
aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada
em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em
prazos menores de um mês, Art. 116 § 4º Lei nº 8.666/93. Caso o valor dos
rendimentos não seja utilizado, deverá ser devolvido ao órgão repassador, não
podendo se constituir em receita do órgão recebedor.

Impedimentos

Não são permitidas:

• Despesas com multas, juros ou correção monetária com recursos de


convênios;

• Despesas de consultoria, assistência técnica ou assemelhados, por servidor da


administração direta ou indireta, a qual pertença, esteja lotado ou em exercício
em qualquer dos órgãos convenentes;

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• Despesas com taxa de administração, de gerência ou similar;

• Despesas com transferência para clubes, associações, exceto para creches e


pré-escola.

Prestação de Contas

A prestação de contas obedece a uma padronização, de conformidade com as


exigências do órgão repassador. Além dos formulários exigidos, outros
documentos devem ser anexados:

a) plano de trabalho;

b) cópia do convênio;

c) relatório de execução físico-financeira;

d) demonstrativo da execução da receita e despesa, destacando os


rendimentos auferidos, quando houver aplicação de recursos;

e) relação de bens adquiridos, com o número do cadastro patrimonial;

f) relação de pagamentos (nome do fornecedor, número do documento,


valor);

g) cópia do termo de aceitação da obra (quando for o caso);

h) cópia do despacho adjudicatório da licitação ou comprovação legal da


dispensa e/ou inexigibilidade;

i) extratos bancários e conciliação.

Do Prazo de Prestação de Contas

A prestação de contas será encaminhada ao órgão concedente até 30 dias após


o prazo previsto para aplicação dos recursos.

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Os documentos comprobatórios, notas fiscais, faturas, recibos, serão emitidos


sempre em nome do convenente executor, devidamente identificados com o
número do convênio.

Os documentos deverão ser mantidos em arquivos pelo período de 05 anos, a


contar da data da aprovação da prestação de contas.

ITEM 13. (CESPE /2013/ ANP / ANALISTA ADMINISTRATIVO )

A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da administração pública


está sujeita à prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização
interessada.

Exatamente, pessoal! É o que preconiza o art. 116 da Lei 8.666/93. O


proponente deve apresentar plano de trabalho a entidade da Administração
Pública, que decidirá por sua conveniência e aprovará ou não. Portanto, a
afirmativa está CERTA.

ITEM 14. (CESPE /2012/ TJ-RR – ADMINISTRADOR)

Por meio de um convênio administrativo, uma entidade pública acorda com outras entidades
públicas ou privadas a realização de obras ou serviços públicos de competência da primeira,
submetidos ao regime de contratação previsto na lei de licitações. Tais convênios, que se
constituem em mecanismos de descentralização da administração pública federal, são dotados
de personalidade jurídica própria.

Negativo, minha gente! Convênios não são consórcios. Os convênios


compreendem relações entre os entes da federação, suas entidades e/ou
organizações privadas (particulares) para a realização de atividades comuns,
interesses recíprocos, metas institucionais comuns, objetivam, portanto, um
resultado comum a ser alcançado em mútua cooperação. O consórcio público

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quando constitui associação pública adquire personalidade jurídica de direito


público. O mesmo não é possível com a celebração de convênios.

Portanto, a afirmativa está ERRADA!

ITEM 15. (CESPE /2012/ PRF / TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)

Os convênios são instrumentos que disciplinam a transferência de recursos públicos, tendo


como partícipe um órgão da administração pública direta, autárquica ou fundacional e empresa
pública ou sociedade de economia mista que estejam gerindo recursos do orçamento do ente,
visando à execução de programas de trabalho ou evento de interesse recíproco.

Perfeito, pessoal! Esta afirmação coaduna-se com a definição de convênio. A


transferência pode ser feita de ente da administração pública para entidades
públicas ou privadas. Portanto, a afirmativa está CERTA!

ITEM 16. (CESPE /2011 /EBC /ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO)

A remuneração ou preço constitui cláusula indispensável na celebração de um convênio,


devendo a prestação de uma das partes corresponder à contraprestação a ser dada pela outra.

Nada disso, pessoal! A única clausula indispensável em um convênio é forma


pela qual a execução do objeto será acompanhada pelo concedente. Até porque
o convênio não prevê preço, mas sim repasse para execução de atividades.
Portanto, a afirmativa está ERRADA.

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1.5. Contratos de Gestão

O contrato de gestão é um ajuste firmado entre a Administração Direta com as


entidades da Administração Indireta(autarquias ou fundações públicas) com o
objetivo de cumprir metas de desempenho. É possível, conforme o parágrafo 8º
do art. 37 da Constituição Federal de 1988 incluído pela emenda da reforma
administrativa de nº 19/98, que o poder público firme contratos de gestão com
os órgãos públicos da administração direta. As autarquias e fundações que
celebrarem o referido contrato receberá a qualificação de agência executiva
conforme se estatui da Lei 9.649/1998 no seu Art. 51.

O referido contrato também pode ser firmado com empresas privadas, sem fins
lucrativos, não integrantes da Administração Pública no qual receberá a
qualificação de organizações sociais. A lei que disciplina os requisitos para uma
pessoa privada se tornar uma organização social se encontra disciplinada na Lei
9.637/1998

A entidade ou o órgão ganhará maior autonomia de gestão, bem como


disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos
objetivos e metas definidos no contrato de gestão, sujeitando-se ao controle
relativo ao atingimento dos resultados pactuados. O contrato estabelecerá os
objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, e os
critérios e instrumentos para a avaliação do seu cumprimento. Deverá estar
definida também no contrato a compatibilidade dos planos anuais com o
orçamento da entidade, os meios necessários à consecução, as medidas legais e
administrativas a serem adotadas para assegurar maior autonomia de gestão
orçamentária, financeira e administrativa, as penalidades aplicáveis em caso de
descumprimento das metas, as condições para revisão, renovação e rescisão e
a vigência do contrato.

As empresas privadas conforme a ilustre Maria Sylvia Zanella Di Pietro terá


restrição em sua autonomia, uma vez que ela passa a sujeitar-se às exigências
contidas no contrato e ao controle relativo à gestão dos bens e recursos

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públicos a ela cedidos, bem como ao atingimento dos resultados entre as partes
acordados. Isso porque a Administração auxilia a entidade de várias formas
como a transferência de recursos orçamentários, a cessão de bens públicos
para utilização vinculada aos fins sociais da entidade e a cessão de servidores
públicos.

ITEM 17. (FGV /2008/ TCM-RJ / AUDITOR)

a) uma concessão de serviços públicos ao setor privado.

b) um instrumento de controle de desempenho firmado entre órgãos da Administração Pública.

c) uma ferramenta moderna para desenho de processos organizacionais internos.

d) um processo de licitação para contratação de serviços junto ao setor privado.

e) a instauração de um plano de cargos e salários em uma organização da Administração


Pública.

Pessoal, vimos que um contrato de gestão é um instrumento para pactuação de


metas de desempenho entre órgãos da administração Pública. Portanto, o
gabarito é a alternativa B.

1.6. Centralização e descentralização

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, descentralização é a distribuição de


competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica.

O Estado realiza suas funções administrativas por meio de órgãos, agentes e


pessoas jurídicas. Concernentemente ao aspecto organizacional, Estado adota

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duas formas básicas no desempenho de suas atribuições administrativas:


centralização e descentralização.

Ocorre a chamada centralização administrativa quando o Estado executa suas


tarefas por meio dos órgãos e agentes integrantes da Administração Direta.
Nesse caso, os serviços são prestados pelos órgãos do Estado,
despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa política (União, DF,
estados ou municípios), sem outra pessoa jurídica interposta. Portanto, quando
falamos que determinada função é exercida pela Administração Centralizada
Federal, sabemos que é a pessoa jurídica União quem a exerce, por meio de
seus órgãos; quando se diz que um serviço é prestado pela Administração
Centralizada do Distrito Federal, significa que é a pessoa jurídica Distrito
Federal quem presta o serviço, por meio de seus órgãos, e assim por diante.

Em resumo, a centralização administrativa, ou o desempenho centralizado de


funções administrativas, ocorre através da execução de atribuições pela pessoa
política que representa a Administração Pública competente - União, estado-
membro, municípios ou DF – dita, por isso, Administração Centralizada. Não há
participação de outras pessoas jurídicas na prestação do serviço centralizado.

Ocorre a chamada descentralização administrativa quando o Estado (União,


DF, estados ou municípios) desempenha algumas de suas funções por meio de
outras pessoas jurídicas. A descentralização pressupõe duas pessoas jurídicas
distintas: o Estado e a entidade que executará o serviço, por ter recebido do
Estado essa atribuição. A descentralização administrativa acarreta a
especialização na prestação do serviço descentralizado, o que é desejável em
termos de técnica administrativa. Por esse motivo, já em 1967, ao disciplinar a
denominada “Reforma Administrativa Federal”, o Decreto-Lei nº 200, em seu
art. 6º, inciso III, elegeu a “descentralização administrativa” como um dos
princípios fundamentais da Administração Federal

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As três modalidades de descentralização administrativa são:

(a) territorial ou geográfica - onde existe uma entidade local


geograficamente delimitada. Exemplo: Territórios Federais;

(b) por serviços - onde há a criação de uma pessoa jurídica de direito público
ou de direito privado e a atribuição a ela da titularidade e da execução de
determinado serviço público. Exemplo: autarquia;

(c) por colaboração - onde se verifica a presença de contrato ou ato


administrativo unilateral de transferência somente da execução do serviço
público. Exemplo: concessionária de telefonia.

Assim ocorre descentralização quando a Administração delega a uma outra


pessoa jurídica a execução de uma política pública. Por exemplo, a execução de
uma ação governamental por uma autarquia ou fundação pública é
descentralização administrativa.

O Decreto-Lei n. 200, de 1967, estabeleceu o princípio da descentralização


como um dos nortes da Reforma Administrativa federal. Entretanto, as
hipóteses elencadas no referido diploma legal (art. 10) não se caracterizam, em
regra, como de descentralização.

ITEM 18.(VUNESP / 2014/ PC-SP /DELEGADO DE POLÍCIA)

Quando o Poder Público, conservando para si a titularidade do serviço público, transfere sua
execução à pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, ocorre o que se denomina
descentralização

a) autárquica.

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b) por colaboração.

c) hierárquica.

d) por subordinação.

e) heterotópica.

Pessoal, quando o poder público mantem a titularidade do serviço público e


transfere somente a execução do serviços ocorre a descentralização por
colaboração. Portanto, o gabarito é a alternativa B.

ITEM 19. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Caso o presidente da República determine a centralização da administração de determinado


serviço público, esse serviço deverá ser realizado e acompanhado por órgão da administração
direta.

A afirmativa está CERTA! Quando a administração pública realiza através de


seus órgãos as ações governamentais diz-se que as ações são centralizadas.
Isto não significa que tudo ficará por conta do gabinete do Presidente da
República, mas que os órgãos ligados à Presidência, como os Ministérios e seus
diversos departamentos, serão responsáveis por executar as ações previstas.

ITEM 20. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A descentralização administrativa efetivada mediante delegação decorre de ato unilateral do


Estado e, normalmente, tem prazo indeterminado.

Pessoal, a afirmativa está ERRADA! Não há presunção no direito administrativo


brasileiro de poder à administração pública para atribuir unilateralmente

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competências à outra pessoa jurídica. É preciso a anuência desta outra pessoa


jurídica, inclusive em contratos formais.

É incumbência do Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de


concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos. Existe a necessidade de lei autorizativa

A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços


públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as
condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Cabe lembrar que uma forma de descentralização é a concessão de um serviço


público.

CONCESSÃO é a delegação contratual da execução do serviço, na forma


autorizada e regulamentada pelo Executivo. O contrato de Concessão é ajuste
de Direito Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo e realizado intuito
personae.

PERMISSÃO é tradicionalmente considerada pela doutrina como ato unilateral,


discricionário, precário, intuito personae, podendo ser gratuito ou oneroso. O
termo contrato, no que diz respeito à Permissão de serviço público, tem o
sentido de instrumento de delegação, abrangendo, também, os atos
administrativos.

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1.7. Concentração e desconcentração

A desconcentração é simples técnica administrativa, e é utilizada, tanto na


Administração Direta, quando na Indireta.

Ocorre a chamada desconcentração quando a entidade da Administração,


encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências, no
âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a
prestação dos serviços.

A desconcentração pressupõe, obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa


jurídica. Em outras palavras, a desconcentração sempre se opera no âmbito
interno de uma mesma pessoa jurídica, constituindo uma simples distribuição
interna de competências dessa pessoa.

Ocorre desconcentração, por exemplo, no âmbito da Administração Direta


Federal, quando a União distribui as atribuições decorrentes de suas
competências entre diversos órgãos de sua própria estrutura, como os
ministérios (Ministério da Educação, Ministério dos Transportes etc.); ou quando
uma autarquia, por exemplo, uma universidade pública, estabelece uma divisão
interna de funções, criando, na sua própria estrutura, diversos departamentos
(Departamento de Graduação, Departamento de Pós-Graduação, Departamento
de Direito, Departamento de Filosofia, Departamento de Economia etc.).

Como se vê, a desconcentração, mera técnica administrativa de distribuição


interna de funções, ocorre, tanto na prestação de serviços pela Administração
Direta, quanto pela Indireta. É muito mais comum falar-se em desconcentração
na Administração Direta pelo simples fato de as pessoas que constituem as
Administrações Diretas (União, estados, Distrito Federal e municípios)
possuírem um conjunto de competências mais amplo e uma estrutura
sobremaneira mais complexa do que os de qualquer entidade das
Administrações Indiretas. De qualquer forma, temos desconcentração tanto em
um município que se divide internamente em órgãos, cada qual com atribuições

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definidas, como em uma sociedade de economia mista de um estado, um banco


estadual, por exemplo, que organiza sua estrutura interna em
superintendências, departamentos ou seções, com atribuições próprias e
distintas, a fim de melhor desempenhar suas funções institucionais.

A prestação concentrada de um serviço ocorreria em uma pessoa jurídica que


não apresentasse divisões em sua estrutura interna. É conceito praticamente
teórico.

Qualquer pessoa jurídica minimamente organizada divide-se em


departamentos, seções etc., cada qual com atribuições determinadas. Na
Administração Pública é provável que não exista nenhuma pessoa jurídica que
não apresente qualquer divisão interna. Talvez algum município muito pequeno
possa prestar todos os serviços sob sua competência sem estar dividido em
órgãos, concentrando todas as suas atribuições na mesma unidade
administrativa, que se confundiria com a totalidade da pessoa jurídica não
subdividida em sua estrutura interna.

A despeito da pouco provável hipótese acima, podemos falar em concentração


quando determinada pessoa jurídica extingue órgãos ou unidades integrantes
de sua estrutura, absorvendo nos órgãos ou unidades restantes, os serviços
que eram de competência dos que foram extintos. Nesse caso, terá ocorrido
concentração administrativa em relação à situação anteriormente existente. É,
por isso, uma concentração relativa: a pessoa jurídica concentrou em um
menor número de órgãos ou unidades o desempenho de suas atribuições.
Entretanto, enquanto existirem pelo menos dois órgãos ou unidades distintas,
com atribuições específicas, no âmbito da mesma pessoa jurídica, diremos que
ela presta seus serviços desconcentradamente.

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ITEM 21. (VUNESP/ 2013 / TJ-SP / ADVOGADO)

Em relação à desconcentração da atividade administrativa, assinale a alternativa correta.

a) É suficiente para assegurar a eficiência na gestão administrativa.

b) Trata-se de execução de atividade pelo Estado de forma indireta e mediata

c) Ocorre por meio da criação de entes da administração indireta

d) Trata-se de forma de repartição interna da competência atribuída a ente estatal

e) Somente ocorre na administração indireta, por meio de empresas públicas.

Pessoal, questão simples! Se é desconcentração trata-se de simples repartição


interna de competências. Portanto, o gabarito é a alternativa D.

ITEM 22. (CESPE/ABIN/2010/AGENTE TÉCNICO/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)

Ações relevantes e estratégicas, tais como atividades referentes a políticas públicas, planos e
projetos, devem ser executadas diretamente pelos níveis mais altos da administração federal.

Eis o princípio da desconcentração cobrado no comando desta questão. Não se


trata de centralização administrativa. Ora, executar diretamente as ações de
um plano envolveria a concentração no primeiro nível da administração pública.
Isto certamente faria com que houvesse perda de eficiência, eficácia e
efetividade com relação à política pública que se pretende implementar. Desta
forma o comando da questão está ERRADO!

Cabe registrar que Hely Lopes Meirelles entende que um órgão não subdividido
em sua estrutura, portanto um órgão simples (em oposição a órgão composto),

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exerce suas atribuições concentradamente. Deve-se tomar cuidado aqui, pois a


existência de órgãos significa que a pessoa jurídica a que eles pertencem
exerce suas atribuições desconcentradamente. Cada órgão composto dessa
pessoa jurídica também exerce desconcentradamente suas atribuições, por
meio dos órgãos que o compõem. Quando chegamos, mediante essas
subdivisões sucessivas, a um órgão que não mais se subdivide, teremos, então,
um órgão simples. Esse órgão, segundo o autor, exerce suas atribuições de
forma concentrada (mas, repita-se, a pessoa jurídica que ele integra pratica a
desconcentração administrativa, presta seus serviços desconcentradamente).

Como vimos, os conceitos de centralização/descentralização e de


concentração/desconcentração não são mutuamente excludentes. Com efeito,
um serviço pode, por exemplo, ser prestado centralizadamente mediante
desconcentração, se o for por um órgão da Administração Direta, ou pode ser
prestado descentralizadamente mediante desconcentração, se o for por uma
superintendência, divisão, departamento, seção etc. integrante da estrutura de
uma mesma pessoa jurídica da Administração Indireta (autarquia, fundação
pública, empresa pública ou sociedade de economia mista). É possível ainda, ao
menos teoricamente, termos um serviço centralizado e concentrado (conforme
o improvável exemplo do pequeno município acima apresentado) e um serviço
descentralizado e concentrado (seria o caso, igualmente pouco provável, de
uma entidade da Administração Indireta, como uma autarquia municipal, sem
qualquer subdivisão interna).

ITEM 23. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que o órgão responsável pela infraestrutura de transporte de determinada região


repassou para outra pessoa jurídica a atribuição de executar obras nas estradas sob sua
jurisdição. Nessa situação, caracteriza-se a ocorrência de desconcentração.

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A afirmativa está ERRADA! Como vimos acima na aula, a desconcentração é a


designação de competências para órgãos da própria administração pública,
desprovidos de personalidade jurídica. Quando a designação é feita para outra
pessoa jurídica (como autarquias) ocorre a chamada descentralização.

Vejam outra questão com afirmativa diversa à da questão anterior

ITEM 24. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que um estado crie, por meio de lei, uma nova entidade que receba a titularidade e o
poder de execução de ações de saneamento público. Nessa situação, configura-se a
descentralização administrativa efetivada por meio de outorga.

A afirmativa está CERTA! Conforme vimos acima a delegação de competências


para outra pessoa jurídica (empresa pública, autarquia, fundação pública,
empresa privada, etc) é ato de descentralização administrativa.

ITEM 25. (ESAF/2013/ MF - ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO)

Acerca dos fenômenos de desconcentração e descentralização, correlacione as características


listadas na Coluna I com o fenômeno- tipo descrito na Coluna II. Ao final, assinale a opção que
expresse a sequência correta para a Coluna I.

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a) 1 – 2 – 1
b) 1 – 1 – 2
c) 2 – 1 – 2
d) 1 – 2 – 2
e) 2 – 2 – 2

Pessoal, questão tranquila:

A desconcentração, conforme vimos é mera técnica administrativa, e consiste


em distribuição de competências a órgão da própria instituição governamental.
Portanto, o segundo e terceiro parênteses da coluna I devem ser preenchidos
com a alternativa 2 da coluna II, desconcentração.

O primeiro parêntese é relativo ao fenômeno da descentralização, pois


transferir atribuições à outra pessoa jurídica é uma ação de descentralização.

Portanto, o gabarito é a alternativa D.

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1.8. Administração direta, indireta, e fundacional

A Administração Direta ou Centralizada é composta por órgãos sem


personalidade jurídica própria. São, na esfera federal, os serviços integrados
(por subordinação) na estrutura administrativa da Presidência da República e
dos Ministérios. A Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional são exemplos de órgãos integrantes da administração Pública
Federal Direta.

Já a Administração Indireta ou Descentralizada, no plano federal, é constituída


pelas seguintes entidades, com personalidade jurídica própria: autarquias,
fundações governamentais, empresas públicas, sociedades de economia mista,
agências executivas e agências reguladoras.

ITEM 26. (CESPE/ABIN/2010/AGENTE TÉCNICO/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)

A administração federal organiza-se em administração direta, indireta e agências reguladoras


vinculadas a ministérios.

A afirmativa está ERRADA! A administração Pública divide-se em administração


direta e indireta. Veremos mais á frente que as agências reguladoras são da
espécie autarquia especial e compõe a administração indireta.

1.8.1. Autarquias

Segundo o art. 5o., inciso I do Decreto-Lei n. 200, de 1967, autarquia é o


"serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receitas próprios, para executar atividades típicas da Administração pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada".

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As principais características da autarquia são: (a) criação por lei; (b)


personalidade jurídica de direito público; (c) capacidade de autoadministração;
(d) especialização dos fins ou atividades e (e) sujeição a controle ou tutela.

As autarquias podem ser classificadas segundo vários critérios. Adotando o da


capacidade administrativa, temos as territoriais e as de serviço. Pelo critério
estrutural, seriam fundacionais ou corporativas.

O Banco Central do Brasil e o Instituto Nacional do Seguro Social são exemplos


de autarquias. A Ordem dos Advogados do Brasil é exemplo de autarquia
corporativa. As diversas agências reguladoras (ANATEL, ANEEL, ANVISA, ANA,
ANP, ANS, ANVS, ANTT, ANTAQ, entre outras) foram criadas por lei como
autarquias.

ITEM 27.(VUNESP/ 2014 / DESENVOLVESP – AUDITOR)

“Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”.

O conceito retro transcrito define qual ente jurídico?

a) Autarquia

b) Empresa Pública

c) Sociedade de Economia mista

d) Organização Social

e) Repartições consulares estrangeiras

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Pessoal, tranquila a questão, não é mesmo? Trata-se de transcrição literal art.


5o., inciso I do Decreto-Lei n. 200, de 1967. É o conceito de autarquia.
Portanto, o gabarito é a alternativa A.

ITEM 28. (VUNESP/ 2014 / UNICAMP / PROCURADOR)

A respeito das características das autarquias, é correto afirmar que estas

a) são entidades civis ou comerciais sob o controle acio-nário do Estado, dotadas de


personalidade jurídica de direito privado, possuem fins específicos e são destina-das a
desempenhar atividades de natureza econômica.

b) estruturam--se em sociedades anônimas ou qualquer das formas admitidas em direito,


possuindo capacidade de autoadministração, devendo possuir orçamento fiscal próprio e de
seguridade social.

c) são criadas por lei, possuem personalidade jurídica pública, capacidade de


autoadministração e desempenham serviço público descentralizado, mediante controle
administrativo ou tutela.

d) constituem--se em uma dotação patrimonial, que pode ou não ser inteiramente do poder
público, possuem per-sonalidade jurídica pública ou privada e desempenham atividades estatais
no âmbito social.

e) operam por um contrato administrativo, concessão de serviços públicos ou de obras


públicas, que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária
do parceiro público ao parceiro privado.

Pessoal, lembrando as características das autarquias:

(a) criação por lei; (b) personalidade jurídica de direito público; (c) capacidade
de autoadministração; (d) especialização dos fins ou atividades e (e) sujeição a
controle ou tutela.

Portanto, o gabarito é a alternativa C.

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ITEM 29. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

O Banco Central do Brasil (BACEN) tem autonomia política para criar suas próprias normas.

A afirmativa está ERRADA! O Banco Central é uma autarquia e como tal tem
autonomia administrativa e financeira, mas não política. Quem tem autonomia
política são os entes federativos: União, estados, municípios e Distrito Federal.

ITEM 30. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

Caracteriza-se como autarquia o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

A afirmativa está CERTA! Vejam que é a definição dada pelo decreto 200/1967:
“serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receitas próprios, para executar atividades típicas da Administração pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada”

ITEM 31. (CESPE/INSS/2010/PERITO MÉDICO)

Às autarquias não deve ser outorgado serviço público típico.

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A afirmativa está ERRADA! Revejam a definição dada pelo decreto 200/1967. O


conceito de autarquia explicita claramente que a finalidade é executar
atividades típicas da Administração.

1.8.2. Fundações governamentais

Nos termos do art. 5o., inciso IV do Decreto-Lei n. 200, de 1967, fundação


pública é "a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por
recursos da União e de outras fontes.". O parágrafo terceiro do mesmo artigo
estabelece que as fundações públicas "... adquirem personalidade jurídica com
a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil
concernente às fundações".

A rigor, o Poder Público pode criar dois tipos fundações, denominadas em


conjunto de governamentais. Um primeiro tipo seria a fundação de direito
público submetida ao regime jurídico-administrativo. O segundo modelo seria a
fundação de direito privado regida por normas do Código Civil com derrogações
por normas de direito público.

A natureza jurídica de cada fundação deve ser obtida da análise cuidadosa da


lei instituidora e dos atos constitutivos (estatutos e regimentos).

A fundação governamental pública corresponde a uma modalidade de


autarquia. Já as fundações governamentais privadas assumem conotação ou
posição institucional idêntica a das sociedades de economia mista e das
empresas públicas.

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ITEM 32. (CESPE/TCU/2009/AUDITOR/ TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)

As autarquias e as fundações públicas são consideradas entidades políticas.

A afirmativa está ERRADA! As entidades políticas são os entes federativos:


União, Estados, Municípios e Distrito Federal.

1.8.3. Sociedades de economia mista

Estabelece o art. 5o., inciso III do Decreto-Lei n. 200, de 1967, que sociedade
de economia mista é "a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma
de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua
maioria, à União ou à entidade da Administração Indireta". Embora o referido
decreto fale apenas da União é possível existir sociedade de economia mista
nos demais entes federativos. Um exemplo de sociedade de economia mista em
São Paulo é a SABESP (Companhia de saneamento básico de São Paulo).

São exemplos ainda: o Banco do Brasil e a Petrobrás.

Este dispositivo, no entanto, foi invalidado por conta da Emenda Constitucional


número 19 de 1998. Esta emenda alterou o artigo 37 da Constituição, que
passou a ter a seguinte redação nos incisos XIX e XX:


XIX : somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das

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entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas


em empresa privada;

Observem então que deve existir uma lei específica que autorize a
administração a instituição de empresa pública ou sociedade de economia
mista. Esta alteração se deu em função de uma especificidade técnica: como as
empresa públicas e sociedades de economia mista são de direito privado a sua
criação somente acontece quando é acatada pelo Registro da Junta Comercial.

ITEM 33. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Uma sociedade de economia mista deve ter a forma de sociedade anônima e mais da metade
do seu capital deve ser estatal.

A afirmativa está CERTA! Foi o conceito de Sociedade de economia mista que


vimos em aula. É uma empresa de direito privado com mais da metade , ou
maioria das ações com direito a voto, pertencentes à administração pública.

1.8.4. Empresas públicas

Conforme o art. 5o., inciso II do Decreto-Lei n. 200, de 1967, empresa pública


é "a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio e capital exclusivo da União ou de suas entidades da
Administração Indireta, criada por lei para desempenhar atividades econômicas
que o Governo seja levado a exercer, por motivos de conveniência ou
contingência administrativa, podendo tal entidade revestir-se de qualquer das
formas admitidas em direito".

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Conforme mencionei na seção anterior, a regra para criação de empresa pública


foi alterada com a emenda constitucional 19/1998.

São exemplos destas entidades: o SERPRO e a Caixa Econômica Federal.

ITEM 34. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

Define-se como empresa pública toda entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da
administração indireta.

Fácil esta, não é mesmo! A afirmativa está ERRADA! A definição dada é a de


sociedade de economia mista, conforme vimos. As empresas públicas tem
capital 100% pertencente à administração pública.

ITEM 35. (CESPE/MCT/2008/ANALISTA EM C&T )

Para o estabelecimento de uma empresa pública, é necessário ato do Poder Legislativo que
editará lei específica de sua criação.

A afirmativa está ERRADA! Lei específica deverá autorizar a instituição da


empresa pública, que terá seu ato de criação registrado na Junta Comercial.

ITEM 36. (CESPE/MCT/2008/ANALISTA EM C&T )

Caso o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) proponha a criação de uma empresa pública,
esta poderá adotar qualquer forma de sociedade, civil ou comercial.

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A afirmativa está CERTA! Conforme o decreto 200/67 as empresas públcas


podem se revestir de qualquer das formas admitidas em direito.

1.8.5. Semelhanças e distinções entre as empresas públicas e as sociedades


de economia mista

As características comuns são: (a) Instituição autorizada por Lei; (b)


personalidade jurídica de direito privado; (c) sujeição ao controle estatal; (d)
derrogação parcial do regime jurídico de direito privado por normas de direito
público; (e) vinculação aos fins estabelecidos na lei de criação; (f) desempenho
de atividade de natureza econômica e (g) destituição dos dirigente a qualquer
tempo (Súmula n. 8 do STF).

Anote-se que as empresas estatais podem tanto executar atividade econômica


de natureza privada (art. 173 da Constituição) como prestar serviço público
(art. 175 da Constituição).

As diferenças básicas entre as sociedades de economia mista e as empresas


públicas estão (a) na forma de organização e (b) na composição do capital. A
primeira, adota, no plano federal, a forma de sociedade anônima com a
presença de capital público e particular. Já a segunda, pode assumir qualquer
forma de direito com capital totalmente público.

1.8.6 Agências Executivas

Agência executivas é a autarquia ou fundação governamental assim definida


por ato do Executivo, com a responsabilidade de executar determinado serviço
público, liberada de certos controles e dotada de maiores privilégios, que
celebrou com a Administração Pública um contrato de gestão. Os arts. 51 e 52
da Lei n. 9.649, de 1998, tratam desta nova figura

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Agência Executiva é uma qualificação dada às autarquias ou fundações


públicas, que continuam a exercer atividades de competência exclusiva do
Estado, mas com maior autonomia gerencial e financeira. O objetivo é
revitalizar essas entidades da administração pública federal, com o propósito de
aprimorar a gestão.

A qualificação é um título que não altera a natureza jurídica das entidades.

Por meio da celebração de contrato de gestão entre a Agência Executiva e o


respectivo Ministério Supervisor, espera-se imprimir uma nova maneira de
gestão, baseada no controle por resultados e no cumprimento de objetivos e
metas acordados.

O antigo Ministério da Administração e Reforma do Estado editou uma


publicação especificamente sobre as agências executivas. Abaixo reproduzo a
definição dada e as características de uma agência executiva, segundo este
documento:

Agência Executiva é uma qualificação a ser concedida, por decreto presidencial


específico, a autarquias e fundações públicas , responsáveis por atividades e serviços
exclusivos do Estado. O Projeto Agências Executivas, portanto, não institui uma nova
figura jurídica na administração pública, nem promove qualquer alteração nas
relações de trabalho dos servidores das instituições que venham a ser qualificadas.

É também importante ressaltar que a inserção de uma instituição no Projeto se dá


por adesão, ou seja, os órgãos e entidades responsáveis por atividades exclusivas do
Estado candidatam-se à qualificação, se assim o desejar a própria instituição e,
obviamente, seu Ministério supervisor.

Não basta, entretanto, a manifestação da vontade das instituições e respectivos


Ministérios. Conforme estabelecido na Lei nº 9.649 de 27 de maio de 1998, a
qualificação de uma instituição como Agência Executiva, exige, como pré-requisitos
básicos, que a instituição candidata tenha: (1) um plano estratégico de
reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento e (2) um Contrato de
Gestão, firmado com o Ministério supervisor.

Do primeiro pré-requisito - plano estratégico - devem resultar, entre outras, ações


de aprimoramento da qualidade da gestão da instituição, com vistas à melhoria dos
resultados decorrentes de sua atuação, do atendimento aos seus clientes e usuários
e da utilização dos recursos públicos.

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O Contrato de Gestão, por sua vez, estabelecerá objetivos estratégicos e metas a


serem atingidos pela instituição, em determinado período de tempo, assim como os
indicadores que permitirão mensurar seu desempenho na consecução dos
compromissos pactuados no contrato.

Além dos pré-requisitos acima expostos, um outro aspecto distingue as autarquias e


fundações qualificadas como Agências Executivas das demais: o grau de autonomia
de gestão que se pretende conceder às instituições qualificadas, assunto que será
tratado em capítulo específico deste Caderno.

Com a ampliação de sua autonomia de gestão, busca-se oferecer às instituições


qualificadas como Agências Executivas melhores condições de adaptação às
alterações no cenário em que atuam - inclusive com relação às demandas e
expectativas de seus clientes e usuários - e de aproveitamento de situações e
circunstâncias favoráveis ao melhor gerenciamento dos recursos públicos, sempre
com vistas ao cumprimento de sua missão.

A concessão de autonomias, entretanto, está subordinada à assinatura do Contrato


de Gestão com o Ministério supervisor, no qual se firmarão, de comum acordo,
compromissos de resultados.

ITEM 37. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

É vedada à agência executiva a fixação, em contrato, dos direitos e obrigações dos


administradores.

Pessoal, direitos e obrigações dos administradores são os compromissos


firmados no contrato de gestão. Se isto estiver vedado, aquele órgão não se
qualificará como agência executiva. A afirmativa está ERRADA.

1.8.7. Agências reguladoras

Agência reguladora é uma pessoa jurídica de Direito público interno, geralmente


constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração

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indireta, cuja finalidade é regular e/ou fiscalizar a atividade de determinado


setor da economia.

As agências reguladoras são órgãos criados pelo Governo para regular e


fiscalizar os serviços prestados por empresas privadas que atuam na prestação
de serviços, que em sua essência seriam públicos.

As Agências Reguladoras são criadas através de Leis e tem natureza de


Autarquia com regime jurídico especial. Consistem em autarquias com poderes
especiais, integrantes da administração pública indireta, que se dispõe a
fiscalizar e regular as atividades de serviços públicos executados por empresas
privadas, mediante prévia concessão, permissão ou autorização.

Uma característica importante da natureza das agências reguladoras é a


estabilidade de seus dirigientes, que são nomeados para mandato fixo (não
absoluto,pois devem observar os princípios do art. 37 da constituição) e após o
final de seus mandatos devem observar um período de quarentena
obrigatoriamente, antes de aceitarem emprego ou atividade profissional em
empresas ou instituições sujeitas á regulação da agência a que estiveram
vinvulados como dirigentes.

Como estes serviços são de relevante valor social, e que primordialmente cabia
ao Estado seu fornecimento, sua fiscalização deve ser feita através de algum
órgão que se manifeste imparcial em relação aos interesses do Estado, da
concessionária e dos consumidores. A imparcialidade em relação ao Estado se
faz necessária porque sem esta, as concessionárias de serviços sairiam
prejudicadas através de cobranças de tributos elevados, bem como no
momento em que fosse feita uma punição poderia esta se tornar abusiva.

Por outro lado, a cobrança de taxas dos serviços e a má prestação deste por
parte da concessionária deve ser fiscalizada também. Por fim, os interesses dos
consumidores não devem sobrepor-se aos interesses da prestadora, pois se
assim fosse, não restaria margem alguma de lucro para nenhuma

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concessionária, já que o interesse social é o da prestação de serviços de alta


qualidade com preços baixos.

Diz-se que seu regime é especial, ante a maior ou menor autonomia que detém
e a forma de provimento de seus cargos diretivos (por mandato certo e
afastada a possibilidade de exoneração ad mutum). Não são, porém,
independentes. Estão sujeitas ao mesmo tratamento das autarquias, e passiveis
de idênticos mecanismos de controle.

ITEM 38. (VUNESP / 2014/ DESENVOLVESP – ADVOGADO)

As agências reguladoras têm natureza jurídica de

a) empresa pública com estruturação orgânica e funcional em nível constitucional.

b) modelo descentralizado, regulatório, vinculado a uma empresa pública especialmente criada


para esse fim.

c) órgão federal, integradas por entidades dotadas de características não uniformes, variáveis
dentro de determinados limites.

d) órgão integrante de administração direta, configurando-se em regime de autonomia


econômico-financeira, por meio de receitas próprias.

e) pessoas jurídicas de direito público, classificadas como autarquias especiais, condição


essencial para que desempenhem efetivamente seu papel.

Pessoal, vimos que a s agências reguladoras compõem a administração indireta,


são de direito público e constituem-se como autarquias especiais. Portanto, o
gabarito é a alternativa E.

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ITEM 39. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que Pedro, imediatamente após o término de seu mandato como dirigente de agência
reguladora, tenha sido convidado a assumir cargo gerencial em empresa do setor regulado pela
agência onde cumprira o mandato. Nessa situação, Pedro não poderá assumir imediatamente o
novo cargo, devendo cumprir quarentena.

A afirmativa está CERTA! Conforme vimos, o dirigente de uma agência


reguladora, necessita cumprir quarentena após o término de seu mandato,
antes de aceitar atividade profissional no setor regulado pela agência em que se
desligou.

ITEM 40. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A agência reguladora não se sujeita a qualquer forma de tutela dos ministérios, ao contrário do
que ocorre com a agência executiva.

A afirmativa está ERRADA! Embora gozem de autonomia administrativa e


financeira, seus dirigentes tenham mandatos fixos, suas decisões sejam
definitivas, não cabendo recurso para a administração direta, por sua vez as
agências são ligadas aos ministérios das áreas em que atuam.

ITEM 41. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que os representantes legais de uma empresa distribuidora de energia elétrica


estejam inconformados com decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),

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reguladora do setor elétrico. Nessa situação, não cabe recurso hierárquico da decisão da ANEEL,
salvo quanto ao controle de legalidade.

A afirmativa está CERTA! As decisões das agências reguladoras são


definitivas, não cabendo recurso hierárquico para a administração Direta (aos
Ministérios a que estão ligadas).

ITEM 42. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

As agências reguladoras são autarquias de natureza especial, pertencentes ao quadro de órgãos


da administração indireta.

Pessoal, a afirmativa está ERRADA! Muito cuidado com as sutilezas: as


agências reguladoras são entidades, e não órgãos, da administração indireta.

ITEM 43. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

O termo de parceria é o instrumento de mediação da relação entre as agências reguladoras e os


respectivos ministérios supervisores.

A afirmativa está ERRADA! O instrumento mediador das relações da Agência


reguladora com a administração pública direta é a lei que a originou. O termo
de parceira é um instrumento utilizado pela administração pública para mediar
a relação com as OSCIP.

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1.8.8. Controle administrativo sobre as entidades da administração indireta

O controle administrativo sobre as entidades da administração indireta não é


um controle hierárquico, dada a vinculação, e não subordinação, ao Ministério
afim. Trata-se de uma fiscalização da observância da legalidade e do
cumprimento das finalidades conhecido como tutela.

Neste sentido, a supervisão ministerial, prevista no Decreto-Lei n. 200, de


1967, reafirmada na Lei n. 9.649, de 1998 (diploma legal que trata da
organização da Presidência da República e dos Ministérios), é o principal dos
instrumentos de controle administrativo

1.9. Entidades Paraestatais

Entidades paraestatais é o nome dado àqueles entes que não obstante possuam
personalidade jurídica própria e estejam disciplinados por algumas normas de
direito público, não se enquadram nos moldes legais previstos para que
pertençam ao quadro de entes da Administração Pública Direita ou Indireta.

Esses entes, também chamados de “Entes com situação peculiar” ou “Terceiro


Setor”, exercem as mais diversas funções em regime de colaboração, fomento e
contribuição com Estado, sem, no entanto se confundir com ele. Estão incluídos
portanto, na categoria de Terceiro Setor justamente porque não fazem parte do
Primeiro Setor, ou seja, o Estado, e nem do Segundo Setor, o mercado, sendo
caracterizadas pela prestação de atividade de interesse público, não exclusiva
do Estado, autorizada em lei e sem fins lucrativos, sob o regime de Direito
Privado.

A classificação das Entidades Paraestatais em subcategorias não é pacífica na


doutrina, no entanto, visando explanar e especificar cada tipo de Entidade que
compõe o Terceiro Setor adotaremos a classificação sugerida por Odete

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Medauer. Segundo a autora os Entes com situação peculiar ser classificados


como:

- Ordens e Conselhos Profissionais

- Fundações de apoio

- Empresas controladas pelo Poder Público

- Serviços sociais autônomos

- Organizações sociais

- Organizações da sociedade civil de interesse público

Vamos ao detalhamento destas entidades paraestatais:

Ordens e Conselhos Profissionais

São órgãos incumbidos do chamado “poder de polícia das profissões”, que


embora pertença originariamente à Administração Pública é delegado a esses
entes, visando uma otimização na fiscalização e administração do exercício das
profissões.

Diversas leis atribuíram personalidade jurídica as Ordens profissionais, sem, no


entanto, especificar se possuem natureza pública ou privada. Visando sanar
essa dúvida objetiva, foi editada a Lei 9649/98, que estabeleceu que os
conselhos possuem natureza jurídica de regime privado. No entanto, na ADIN
1.1717-6 julgada em 07.11.2002, declarou-se a inconstitucionalidade do art.
58, parágrafos 1º., 2º., 4º., 5º., 6º., 7º. e 8º, sendo desde então considerados
tais entes como autarquias especiais, vez que não fazem parte da
Administração Pública e nem sujeitam-se à tutela ministerial.

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Entidades de Apoio

Entidades de Apoio são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
instituídas por servidores públicos, em regime de direito privado, mediante
convênio com a Administração Pública que geralmente destinam-se a colaborar
com instituições de ensino e pesquisa. Não fazem parte da Administração
Pública nem das Universidades ou Instituições que prestam auxílio, mas são
instituídas pelo Poder Público, representado na pessoa dos servidores públicos e
mediante aplicação de recursos desses, que também serão os prestadores de
serviço, utilizando-se da sede, instrumentos e equipamentos públicos.

Não possuem legislação específica que as regulamente, a não ser a Lei 8.958 de
20.12.1994, que dispõe especificamente a respeito da relação celebrada entre
instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e
fundações de apoio.

Empresas controladas pelo Poder Público

São empresas que embora possuam natureza jurídica de direito privado são
controladas de alguma forma pelo Poder Público. Não fazem parte da
Administração Pública, pois possuem natureza eminentemente privada e porque
lhes falta algum requisito essencial para que figurem como membros públicos
como instituição por lei, ou ausência de algum elemento especial para que se
enquadre como Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista.

O exemplo mais comum desse tipo de entidade ocorre quando a Administração


adquire o controle acionário de uma empresa privada: não obstante essa
empresa não seja pública, por força de estar sob o controle acionário da
Administração Pública deverá se sujeitar a algumas normas de direito público.
Assim, deverão respeitar a Lei 8666/93, no que tange a celebração de
contratos, que necessariamente deveram ser precedidos de licitação e

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submeter-se ao controle externo exercido pela Poder Legislativo, com auxílio do


Tribunal de Contas, por expressa disposição constitucional.

Serviços Sociais Autônomos.

São pessoas jurídicas de direito privado mantidos total ou parcialmente pelos


cofres públicos exercendo atividades privadas de interesse público. Apesar de
criados mediante autorização legislativa, não integram a Administração Indireta
do Estado. São conhecidos e tratados como entes de cooperação. Podemos
arrolar o SESI, o SENAI e o SENAC como exemplos deles.

Organizações sociais (OS).

São entidades privadas, sem fins lucrativos, que se valem de um contrao de


gestão para realizar atividades públicas (ensino, pesquisa científica, cultura,
saúde, proteção do meio ambiente, entre outras) com apoio, inclusive
transferência de bens e recursos, das pessoas políticas. Não integram a
Administração Pública Indireta. O Estado, com a parceria com as organizações
sociais, reduz sua atuação direta nestes setores. A Lei n. 9.637, de 1998,
dispõe sobre as organizações sociais.

Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP).

É, precipuamente, a atribuição de um status a uma entidade existente na


sociedade. Neste caso, não há celebração de contrato de gestão, e sim, de um
termo de parceria. Não se destinam a substituir o Poder Público na prestação de
certos serviços.

Segundo o ensinamento de Di Pietro, OSCIP:

"Trata-se de qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar serviços sociais
não exclusivos de Estado com incentivo e fiscalização pelo Poder Público, mediante
vínculo jurídico instituído por meio de termo de parceria."

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A Lei n. 9.790, de 1999, disciplina a matéria:

Art. 3o A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, o princípio
da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações,
somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:

I - promoção da assistência social;

II - promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;

III - promoção gratuita da educação, observando-se a forma complementar de


participação das organizações de que trata esta Lei;

IV - promoção gratuita da saúde, observando-se a forma complementar de participação


das organizações de que trata esta Lei;

V - promoção da segurança alimentar e nutricional;

VI - defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do


desenvolvimento sustentável;

VII - promoção do voluntariado;

VIII - promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;

IX - experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas


alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;

X - promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria


jurídica gratuita de interesse suplementar;

XI - promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e


de outros valores universais;

XII - estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e


divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às
atividades mencionadas neste artigo.

Vejam então que todas as ações possíveis por uma OSCIP estão
exaustivamente listadas na lei que admite sua existência.

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ITEM 44 (VUNESP /2014/ SP-URBANISMO/ ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Os denominados serviços sociais autônomos

a) fazem parte da Administração Indireta.

b) são entes paraestatais

c) são entes despersonalizados.

d) prestam serviço público delegado

e) são pessoas jurídicas de direito público

Pessoal, questão simples! O serviços sociais autônomos são entidades


paraestatais.

Principais características das entidades paraestatais:

a) Integram o terceiro setor.

b) Pessoas privadas.

c) Sem fins lucrativos.

d) Não integram a adm. pública.

e) Controle do TCU.

f) Atividade de interesse público.

g) Dispensam licitação, salvo OSCIP.

h) Dispensam concurso público.

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i) Não agem por delegação.

Portanto, o gabarito é a alternativa B.

ITEM 45. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

O Serviço Nacional do Comércio (SENAC), como serviço social autônomo sem fins lucrativos, é
exemplo de empresa pública que desempenha atividade de caráter econômico ou de prestação
de serviços públicos.

A afirmativa está ERRADA! Os serviços sociais autônomos não compõem a


administração pública, muito menos são empresas públicas.

ITEM 46. (CESPE/TCU/2009/AUDITOR DE CONTROLE/OBRAS PÚBLICAS)

As entidades do Sistema S (SESI, SESC, SENAI etc.), conforme entendimento do TCU, não se
submetem aos estritos termos da Lei n.º 8.666/1993, mas sim a regulamentos próprios.

A afirmativa está CERTA! As entidades do sistema S são serviços sociais


autônomos, não pertencentes à administração pública, portanto não se
submetem à lei 8666/93. Porém, como recebem recursos públicos sujeitam-se
à regras especiais e auditorias do TCU.

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ITEM 47.(FCC/2012/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA)

OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público é uma organização

a) pública voltada para a promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e


assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar.

b) social especializada exclusivamente na defesa, preservação, conservação do meio ambiente


e promoção do desenvolvimento sustentável.

c) privada cuja função é única e exclusiva de atender aos interesses do seu grupo fundador, ou
administrador, como os sindicatos, as cooperativas, as associações de seguro mútuo etc.

d) da sociedade civil formada espontaneamente para a execução de certo tipo de atividade de


interesse público, mas que não é reconhecida em nosso ordenamento jurídico.

e) jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham as finalidades
determinadas pelo Estado.

Analisemos as alternativas:

a) ERRADA: OSCIPs não são organizaçõe públicas.

b) ERRADA: OSCIPs não atuam exclusivamente na área especificada na alternativa, podem


atua em várias outras, como na assistência social.

c) ERRADA: Estas pessoas jurídicas, segundo a lei 9.790/99, estão expressamente excluídas
da possibilidade de firmar parceria com o ente público no fim de se qualificarem como OSCIPs.

d) ERRADA: As OSCIPs estão reconhecidas legalmente em nosso ordenamento jurídico.

e) CERTA. Perfeito os objetivos são determinados pelo Estado para uma OSCIP. Basta
lembramos da lista de atividades possíveis elencada na lei 9.790.

Portanto, o gabarito é a alternativa E.

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ITEM 48. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) são consideradas órgãos da


administração pública indireta.

A afirmativa está ERRADA! As OSCIP são instituições da sociedade civil, de


direito privado, sem vínculo com a administração pública.

ITEM 49. (CESPE/INSS/2010/PERITO MÉDICO)

Os atos dos dirigentes das entidades paraestatais não se sujeitam ao mandado de segurança e
à ação popular, porque essas entidades têm personalidade de direito privado.

A afirmativa está ERRADA! Estas entidades desempenham uma atividade


pública, portanto sujeitas à ferir direitos dos cidadãos. Sendo assim sujeitas aos
instrumentos próprios de proteção dos direitos individuais

Bem, pessoal, fecho por aqui esta aula!

Até a próxima!

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2. Lista de Questões

ITEM 1 (VUNESP/ 2013 / MPE-ES/ AGENTE TÉCNICO – ADMINISTRADOR)

No sentido objetivo, material ou funcional, a expressão Administração Pública compreende

a) os entes que exercem a atividade administrativa.

b) as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer a atividade


administrativa.

c) os órgãos administrativos e os órgãos governamentais.

d) em sentido estrito, apenas os órgãos administrativos.

e) a natureza da atividade exercida pelos entes que realizam a atividade administrativa.

ITEM 2. (FCC/ TRF_1a REGIÃO/2006/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA)

As organizações do setor público

(A) agem segundo normas genéricas e flexíveis, uma vez que são reguladas pelos princípios da
impessoalidade e do interesse público; as do setor privado seguem regulamentos exaustivos,
exigidos pelos princípios da economicidade e efetividade que seus gestores são obrigados a
seguir.

(B) são regidas pelos princípios da competitividade e da responsabilidade social, exigindo dos
seus gestores criatividade e flexibilidade; as do setor privado só precisam seguir as regras
informais do mercado acionário.

(C) são regidas pelos princípios da publicidade e da responsabilidade social; as do setor privado
agem segundo os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade e eficiência.

(D) agem segundo regulamentos e normas exaustivos, uma vez que só podem fazer o que as
leis autorizam; as do setor privado podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem.

(E) podem fazer tudo aquilo que as leis não proíbem, segundo o princípio da legalidade; as do
setor privado agem segundo regulamentos e normas exaustivos, uma vez que só podem fazer o
que as leis autorizam.

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ITEM 3. (FCC/METRÔ_SP/2010/ANALISTA TRAINEE/ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS)

O objetivo da Administração Pública é

(A) o bem comum da coletividade administrada.

(B) a obtenção de lucro nas suas atividades.

(C) a obtenção de superávit primário.

(D) a satisfação pessoal do Administrador Público.

(E) o cumprimento das metas estabelecidas em acordos internos ou externos.

ITEM 4.(FCC/TRT_PI/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO/AREA ADMINISTRATIVA)

Considerando-se os modelos de gestão na Administração Pública e na Administração Privada é


correto afirmar:

(A) Na Administração Pública, ao contrário da Administração Privada, há autonomia decisória e


baixos impactos de ingerências políticas no processo de gestão.

(B) Na Administração Pública um bom ou mau funcionamento não tem impacto político maior
que na Administração Privada.

(C) Enquanto que a Administração Pública é orientada para o lucro, a Administração Privada é
orientada para o bem-estar social e serviços ao cidadão.

(D) Na Administração Privada há autonomia decisória, enquanto que no aspecto organizacional


a Administração Pública é afetada por forças externas.

(E) A rentabilidade é vital para a Administração Pública, enquanto para a Administração Privada
a rentabilidade dos produtos e serviços não é vital para o seu crescimento.

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ITEM 5 (FCC/TRT-RS/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO/ADMINISTRATIVA)

Com relação às convergências entre a gestão pública e a gestão privada, considere as


afirmativas abaixo.

I. Deve-se gerir um órgão público como quem administra uma empresa, isto é, buscando
compatibilizar custos e resultados, atuar com os olhos no cliente consumidor e tomar decisões
rápidas para aproveitar oportunidades de mercado.

II. A gestão pública funciona exclusivamente sob a forma do modelo burocrático, o que a
impede de focar necessidades especiais dos cidadãos.

III. Os órgãos públicos existem para servir a todos igualmente, independentemente da


capacidade de pagar pelo serviço prestado, o que pode dificultar alcançar a agilidade e a
eficiência das empresas privadas.

IV. Os órgãos públicos devem operar sem levar em conta princípios típicos da gestão privada,
como a economicidade e a eficiência.

V. Os servidores públicos estão submetidos a normas jurídicas e a condições de trabalho que


impedem sua responsabilização diante das possíveis falhas no atendimento aos cidadãos.

Estão corretas SOMENTE

(A) I, II, III e IV.

(B) II, III e V.

(C) I e III.

(D) III e IV.

(E) I, III e V.

ITEM 6 (FCC/2012/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA)

Ao tratar de divergências e convergências entre a administração pública e a administração


privada, é correto afirmar:

a) Na administração pública, faz-se diferenciação entre pessoas, o que é regra na gestão


privada, a exemplo da segmentação de públicos e mercados.

b) O conceito de partes interessadas é semelhante para ambos, visto que suas decisões, focam
interesses de grupos mais diretamente afetados por uma questão.

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c) A administração pública só pode fazer o que a lei permite, enquanto a iniciativa privada pode
fazer tudo o que não estiver proibido por lei.

d) A administração possui maior agilidade na área privada, dado que os servidores públicos
possuem menor interesse na gestão e recursos menos competitivos.

e) A administração pública empenha o mínimo de recursos para o desenvolvimento sustentável,


enquanto que na gestão privada, o investimento em sustentabilidade é diferencial competitivo

ITEM 7 (FCC/2012/ - TRE-CE - Analista Judiciário - Contabilidade

As organizações humanas formais, sejam privadas ou públicas, representam uma espécie de


arranjo entre os variáveis objetivos, atividades e recursos, num processo de gestão conhecido
como planejamento, organização, direção e controle, em que os paradigmas ou modelos de
gestão são decididos e implantados para fazer funcionar a organização. A obtenção de recursos
para sustentar o funcionamento da organização pública difere da organização privada devido

a) à transformação de desejos em necessidades pela organização pública.

b) ao poder de barganha dos fornecedores de serviços públicos.

c) ao poder de barganha dos Clientes-cidadãos.

d) ao poder extroverso.

e) à liderança em custos dos entes públicos

ITEM 8. (FGV/SEFAZ/2008)

Em relação à estrutura e ao funcionamento da Administração Pública no Brasil, é correto


afirmar que:

(A) o modelo de agências reguladoras no Brasil foi desenvolvido a partir da construção da infra-
estrutura pública pelo setor privado em situação de quase monopólio, sendo necessária a
estruturação dessas agências para a proteção

do consumidor.

(B) os consórcios públicos, constituídos conforme a Lei 11.107/05, são organizados para a
realização de objetivos de interesse comum entre os entes participantes e são um importante
instrumento a ser utilizado para equacionar formas de atuação conjunta dos entes federados.

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(C) a instituição do concurso público garante a isonomia, incentiva a meritocracia e produz, na


Administração Pública, a certeza de obtenção de pessoal com atitudes, motivação e habilidades
compatíveis com o exercício do cargo.

(D) as modalidades de licitação pregão e concorrência são exemplos de processos de


modernização na legislação de compras da Administração Pública.

(E) a Administração Pública deve pautar seu horizonte pelos critérios de descontinuidade.

ITEM 9 (FUNIVERSA/2011/EMBRATUR/ADMINISTRADOR)

A Prof.ª Maria Sylvia Zanella di Pietro define o termo “parceria” como uma associação que, sem
formar uma nova pessoa jurídica, organiza-se entre o setor público e o privado, para a
consecução de fins de interesse público. Com relação ao assunto, assinale a alternativa correta.

a) O objetivo precípuo do particular é o lucro, em virtude de tal tipo de associação envolver


entidades que atuam exclusivamente na área econômica.

b) A parceria pode ser utilizada como forma de delegação da execução de serviços públicos,
por meio de concessões e permissões.

c) A delegação ao setor privado de atividades antes desempenhadas pela Administração é


incompatível com o propósito de redução do tamanho do aparelho do Estado.

d) A expressão “gestão associada”, citada na Constituição da República, tem sentido similar ao


da parceria, e caracteriza-se pela atuação conjugada de entes diversos em assuntos de suas
competências privativas.

e) A terceirização é uma forma de cooperação prestada pela administração pública a


particulares, pela execução, por intermédio da Administração, de atividades próprias do setor
privado.

ITEM 10. (FUNIVERSA/2009/SEPLAG-DF/ANALISTA PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO)

Assinale a alternativa correta.

a) Agências executivas são, necessariamente, pessoas jurídicas de direito privado, integrantes


da administração indireta, que podem celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir
custos, otimizar e aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. Seu objetivo principal é a
execução de atividades administrativas. Nelas, há uma autonomia financeira e administrativa
ainda maior.

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b) As agências reguladoras são necessárias tendo em vista o funcionamento perfeito dos


mercados.

c) As parcerias público-privadas representam a primeira tentativa de estabelecer parcerias


entre o setor público e o privado para a consecução de objetivos comuns.

d) O orçamento participativo, na forma como tem sido aplicado no Brasil, abrange todas as
despesas de custeio e investimento dos orçamentos municipais.

e) Podem a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios contratarem consórcios


públicos para a realização de objetivos de interesse comum e darem outras providências. O
consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. A União
somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os estados em
cujos territórios estejam situados os municípios consorciados.

ITEM 11 .(ESAF/SEFAZ-RJ/2010)

Sobre a Parceria Público-Privada (PPP), assinale a opção correta.

a) São modalidades de PPP a concessão patrocinada e a concessão de uso. b) É possível que o


objeto do contrato de PPP seja atividade regulatória.

c) A modalidade de licitação para a PPP é a concorrência, não se admitindo, portanto, a


realização de lances em viva voz no processo licitatório.

d) O prazo de vigência do contrato de PPP pode ser de até quarenta anos.

e) Antes da celebração do contrato de PPP, deverá ser constituída sociedade de propósito


específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

ITEM 12 (CESPE/IFB/2010)

Acerca dos instrumentos de financiamento do setor público, em particular da parceria público-


privada (PPP), julgue os itens subsequentes.

A) Para a implantação e gestão de uma operação é necessário criar uma sociedade de propósito
específico, antes da celebração do contrato de PPP.

B) A Lei No 11.079/2004 estabelece que as PPPs devem observar algumas diretrizes, tais como
a eficiência no cumprimento de suas missões, o respeito aos direitos dos entes públicos e
privados responsáveis pela execução dos respectivos contratos e a indelegabilidade das funções
de regulação e exercício do poder de polícia.

C) As PPPs têm como objetivos compartilhar riscos entre o setor público e o setor privado, bem
como ampliar a oferta de bens e serviços públicos disponíveis. Entre as vantagens das PPPs
para o setor público tem-se a maior eficiência econômica.

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D) O objetivo principal da Lei n.o 11.079/2004 foi instituir a norma geral para licitação e
contratação de PPPs com os poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.

E) As penalidades em caso de inadimplemento contratual são proporcionais à gravidade da falta


cometida e às obrigações assumidas, e aplicáveis somente ao parceiro privado, não tendo
consequência sobre a administração pública.

ITEM 13. (CESPE /2013/ ANP / ANALISTA ADMINISTRATIVO )

A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da administração pública


está sujeita à prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização
interessada.

ITEM 14 (CESPE /2012/ TJ-RR – ADMINISTRADOR)

Por meio de um convênio administrativo, uma entidade pública acorda com outras entidades
públicas ou privadas a realização de obras ou serviços públicos de competência da primeira,
submetidos ao regime de contratação previsto na lei de licitações. Tais convênios, que se
constituem em mecanismos de descentralização da administração pública federal, são dotados
de personalidade jurídica própria.

ITEM 15. (CESPE /2012/ PRF / TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR)

Os convênios são instrumentos que disciplinam a transferência de recursos públicos, tendo


como partícipe um órgão da administração pública direta, autárquica ou fundacional e empresa
pública ou sociedade de economia mista que estejam gerindo recursos do orçamento do ente,
visando à execução de programas de trabalho ou evento de interesse recíproco.

ITEM 16. (CESPE /2011 /EBC /ANALISTA – ADMINISTRAÇÃO)

A remuneração ou preço constitui cláusula indispensável na celebração de um convênio,


devendo a prestação de uma das partes corresponder à contraprestação a ser dada pela outra.

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ITEM 17. (FGV /2008/ TCM-RJ / AUDITOR)

a) uma concessão de serviços públicos ao setor privado.

b) um instrumento de controle de desempenho firmado entre órgãos da Administração Pública.

c) uma ferramenta moderna para desenho de processos organizacionais internos.

d) um processo de licitação para contratação de serviços junto ao setor privado.

e) a instauração de um plano de cargos e salários em uma organização da Administração


Pública.

ITEM 18.(VUNESP / 2014/ PC-SP /DELEGADO DE POLÍCIA)

Quando o Poder Público, conservando para si a titularidade do serviço público, transfere sua
execução à pessoa jurídica de direito privado, previamente existente, ocorre o que se denomina
descentralização

a) autárquica.

b) por colaboração.

c) hierárquica.

d) por subordinação.

e) heterotópica.

ITEM 19. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Caso o presidente da República determine a centralização da administração de determinado


serviço público, esse serviço deverá ser realizado e acompanhado por órgão da administração
direta.

ITEM 20. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A descentralização administrativa efetivada mediante delegação decorre de ato unilateral do


Estado e, normalmente, tem prazo indeterminado.

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ITEM 21. (VUNESP/ 2013 / TJ-SP / ADVOGADO)

Em relação à desconcentração da atividade administrativa, assinale a alternativa correta.

a) É suficiente para assegurar a eficiência na gestão administrativa.

b) Trata-se de execução de atividade pelo Estado de forma indireta e mediata

c) Ocorre por meio da criação de entes da administração indireta

d) Trata-se de forma de repartição interna da competência atribuída a ente estatal

e) Somente ocorre na administração indireta, por meio de empresas públicas.

ITEM 22. (CESPE/ABIN/2010/AGENTE TÉCNICO/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)

Ações relevantes e estratégicas, tais como atividades referentes a políticas públicas, planos e
projetos, devem ser executadas diretamente pelos níveis mais altos da administração federal.

ITEM 23. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que o órgão responsável pela infraestrutura de transporte de determinada região


repassou para outra pessoa jurídica a atribuição de executar obras nas estradas sob sua
jurisdição. Nessa situação, caracteriza-se a ocorrência de desconcentração.

ITEM 24. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que um estado crie, por meio de lei, uma nova entidade que receba a titularidade e o
poder de execução de ações de saneamento público. Nessa situação, configura-se a
descentralização administrativa efetivada por meio de outorga.

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ITEM 25. (ESAF/2013/ MF - ANALISTA TÉCNICO – ADMINISTRATIVO)

Acerca dos fenômenos de desconcentração e descentralização, correlacione as características


listadas na Coluna I com o fenômeno- tipo descrito na Coluna II. Ao final, assinale a opção que
expresse a sequência correta para a Coluna I.

a) 1 – 2 – 1
b) 1 – 1 – 2
c) 2 – 1 – 2
d) 1 – 2 – 2
e) 2 – 2 – 2

ITEM 26. (CESPE/ABIN/2010/AGENTE TÉCNICO/ÁREA ADMINISTRAÇÃO)

A administração federal organiza-se em administração direta, indireta e agências reguladoras


vinculadas a ministérios.

ITEM 27.(VUNESP/ 2014 / DESENVOLVESP – AUDITOR)

“Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”.

O conceito retro transcrito define qual ente jurídico?

a) Autarquia

b) Empresa Pública

c) Sociedade de Economia mista

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d) Organização Social

e) Repartições consulares estrangeiras

ITEM 28. (VUNESP/ 2014 / UNICAMP / PROCURADOR)

A respeito das características das autarquias, é correto afirmar que estas

a) são entidades civis ou comerciais sob o controle acio-nário do Estado, dotadas de


personalidade jurídica de direito privado, possuem fins específicos e são destina-das a
desempenhar atividades de natureza econômica.

b) estruturam--se em sociedades anônimas ou qualquer das formas admitidas em direito,


possuindo capacidade de autoadministração, devendo possuir orçamento fiscal próprio e de
seguridade social.

c) são criadas por lei, possuem personalidade jurídica pública, capacidade de


autoadministração e desempenham serviço público descentralizado, mediante controle
administrativo ou tutela.

d) constituem--se em uma dotação patrimonial, que pode ou não ser inteiramente do poder
público, possuem per-sonalidade jurídica pública ou privada e desempenham atividades estatais
no âmbito social.

e) operam por um contrato administrativo, concessão de serviços públicos ou de obras


públicas, que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária
do parceiro público ao parceiro privado.

ITEM 29. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

O Banco Central do Brasil (BACEN) tem autonomia política para criar suas próprias normas.

ITEM 30. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

Caracteriza-se como autarquia o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

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ITEM 31. (CESPE/INSS/2010/PERITO MÉDICO)

Às autarquias não deve ser outorgado serviço público típico.

ITEM 32. (CESPE/TCU/2009/AUDITOR/ TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)

As autarquias e as fundações públicas são consideradas entidades políticas.

ITEM 33. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Uma sociedade de economia mista deve ter a forma de sociedade anônima e mais da metade
do seu capital deve ser estatal.

ITEM 34. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

Define-se como empresa pública toda entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, à União ou a entidade da
administração indireta.

ITEM 35. (CESPE/MCT/2008/ANALISTA EM C&T )

Para o estabelecimento de uma empresa pública, é necessário ato do Poder Legislativo que
editará lei específica de sua criação.

ITEM 36. (CESPE/MCT/2008/ANALISTA EM C&T )

Caso o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) proponha a criação de uma empresa pública,
esta poderá adotar qualquer forma de sociedade, civil ou comercial.

ITEM 37. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

É vedada à agência executiva a fixação, em contrato, dos direitos e obrigações dos


administradores.

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ITEM 38. (VUNESP / 2014/ DESENVOLVESP – ADVOGADO)

As agências reguladoras têm natureza jurídica de

a) empresa pública com estruturação orgânica e funcional em nível constitucional.

b) modelo descentralizado, regulatório, vinculado a uma empresa pública especialmente criada


para esse fim.

c) órgão federal, integradas por entidades dotadas de características não uniformes, variáveis
dentro de determinados limites.

d) órgão integrante de administração direta, configurando-se em regime de autonomia


econômico-financeira, por meio de receitas próprias.

e) pessoas jurídicas de direito público, classificadas como autarquias especiais, condição


essencial para que desempenhem efetivamente seu papel.

ITEM 39. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que Pedro, imediatamente após o término de seu mandato como dirigente de agência
reguladora, tenha sido convidado a assumir cargo gerencial em empresa do setor regulado pela
agência onde cumprira o mandato. Nessa situação, Pedro não poderá assumir imediatamente o
novo cargo, devendo cumprir quarentena.

ITEM 40. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

A agência reguladora não se sujeita a qualquer forma de tutela dos ministérios, ao contrário do
que ocorre com a agência executiva.

ITEM 41. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

Considere que os representantes legais de uma empresa distribuidora de energia elétrica


estejam inconformados com decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
reguladora do setor elétrico. Nessa situação, não cabe recurso hierárquico da decisão da ANEEL,
salvo quanto ao controle de legalidade.

ITEM 42. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

As agências reguladoras são autarquias de natureza especial, pertencentes ao quadro de órgãos


da administração indireta.

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ITEM 43. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

O termo de parceria é o instrumento de mediação da relação entre as agências reguladoras e os


respectivos ministérios supervisores.

ITEM 44. (VUNESP /2014/ SP-URBANISMO/ ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Os denominados serviços sociais autônomos

a) fazem parte da Administração Indireta.

b) são entes paraestatais

c) são entes despersonalizados.

d) prestam serviço público delegado

e) são pessoas jurídicas de direito público

ITEM 45. (CESPE/MPU/2010/TÉCNICO ADMINISTRATIVO)

O Serviço Nacional do Comércio (SENAC), como serviço social autônomo sem fins lucrativos, é
exemplo de empresa pública que desempenha atividade de caráter econômico ou de prestação
de serviços públicos.

ITEM 46. (CESPE/TCU/2009/AUDITOR DE CONTROLE/OBRAS PÚBLICAS)

As entidades do Sistema S (SESI, SESC, SENAI etc.), conforme entendimento do TCU, não se
submetem aos estritos termos da Lei n.º 8.666/1993, mas sim a regulamentos próprios.

ITEM 47.(FCC/2012/TCE-SP/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA)

OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público é uma organização

a) pública voltada para a promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e


assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar.

b) social especializada exclusivamente na defesa, preservação, conservação do meio ambiente


e promoção do desenvolvimento sustentável.

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c) privada cuja função é única e exclusiva de atender aos interesses do seu grupo fundador, ou
administrador, como os sindicatos, as cooperativas, as associações de seguro mútuo etc.

d) da sociedade civil formada espontaneamente para a execução de certo tipo de atividade de


interesse público, mas que não é reconhecida em nosso ordenamento jurídico.

e) jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham as finalidades
determinadas pelo Estado.

ITEM 48. (CESPE/MRE/2006/OFICIAL DE CHANCELARIA)

As organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) são consideradas órgãos da


administração pública indireta.

ITEM 49. (CESPE/INSS/2010/PERITO MÉDICO)

Os atos dos dirigentes das entidades paraestatais não se sujeitam ao mandado de segurança e
à ação popular, porque essas entidades têm personalidade de direito privado.

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3. Gabarito

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E D A D C C D B B E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E CERTO ERRADO CERTO ERRADO B B CERTO ERRADO

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

D ERRADO ERRADO CERTO D ERRADO A C ERRADO CERTO

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

ERRADO ERRADO CERTO ERRADO ERRADO CERTO ERRADO E CERTO ERRADO

41 42 43 44 45 46 47 48 49

CERTO ERRADO ERRADO B ERRADO CERTO E ERRADO ERRADO

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