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FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA

AIRAN CASAES
ANDRE DE JESUS
ARIVANILSON
FABIO
EDMILSON SOUZA
JULIO WERNER SANTOS FELIX
JOSELICE CHAGAS
LORRANY MAIA
MARILIA
NELSON
ROSILEIDE AMORIM
KAROLINE RIBEIRO
WESLEI SAFADAO

LICITAÇÃO NA MODALIDADE LEILAO

DE ACORDO COM A LEI 8.666/93 Art. 22 §5º

Feira de Santana - BA
2019
AIRAN CASAES
ANDRE DE JESUS
ARIVANILSON
FABIO
EDMILSON SOUZA
JULIO WERNER SANTOS FELIX
JOSELICE CHAGAS
LORRANY MAIA
MARILIA
NELSON
ROSILEIDE AMORIM
KAROLINE RIBEIRO
WESLEI SAFADAO

LICITAÇÃO NA MODALIDADE LEILAO

Trabalho solicitado como forma de avaliação da


disciplina Direito Administrativo II, 6º semestre,
turma nº 02, da Faculdade Anísio Teixeira,
requisitado pela professora Maria Amélia
Macedo.

Feira de Santana – BA
2019
INTRODUÇÃO

A Licitação é o conjunto de procedimentos administrativos pelo qual a Administração


Pública, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços;
segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessados na
apresentação de propostas, com o intuito de selecionar a oferta mais vantajosa e gerar
isonomia entre os concorrentes, sendo o leilão um método eficaz de gerar
arrecadação ao estado com o método de maior preço arrecadado por bens inservíveis
a administração pública.
LICITAÇÃO

Licitação é um processo administrativo destinado à seleção da melhor


proposta dentre as apresentadas por aqueles que desejam contratar com a
Administração Pública. Esse instrumento fundamenta-se na ideia de competição a ser
travada, isonomicamente, entre os que preenchem os atributos e as aptidões,
necessárias ao bom cumprimento das obrigações que se propõem assumir.

A licitação tem como finalidade viabilizar a melhor contratação possível


para o Poder Público, além de permitir que qualquer um que preencha os requisitos
legais tenha a possibilidade de contratar, representando o exercício do princípio da
isonomia e da impessoalidade.

E um procedimento administrativo prévio às contratações públicas,


realizado em uma série concatenada de atos, legalmente distribuídos, culminando
com a celebração do contrato.

O art. 37, XXI, da CRFB determina que os contratos administrativos sejam


precedidos de citação pública, em regra, todas as vezes que a Administração Pública
precisar celebrar contratos, ela o fará mediante prévia licitação.

Cumpre ressaltar que a Lei 12.349/10 acrescentou uma outra finalidade à


licitação, que é a busca pelo desenvolvimento Nacional Sustentável

De acordo com a nova redação dada ao caput do art. 3º da Lei nº 8.666/93,


a licitação, além de se destinar a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, agora também
objetiva a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

PRINCIPIOS NORTEADORES DA LICITAÇÃO

Vários são os princípios que norteiam as licitações em todas as suas fases.


Assim, desde o recebimento das propostas até seu julgamento, a Comissão de
Licitação procederá em estrita conformidade com as várias regras e princípios
apontados no art. 3º da Lei 8,666/93.

O primeiro princípio indispensável é o da legalidade. De acordo com


Carvalho Filho (2009), o princípio da legalidade, quem sabe, é o principal princípio de
toda a atividade administrativa. Ele assegura aos indivíduos uma atuação lisa e plena
do administrador, não podendo ele agir de acordo com sua vontade pessoal e, sim,
agir conforme com que a lei lhe impõe. Assim, este princípio garante que não haja
abusos de condutas e desvios de objetivos.
Também deve ser observado na licitação o princípio da impessoalidade.
Para Mello (2010), o princípio da impessoalidade é aquele que os licitantes devem ser
tratados com a máxima neutralidade possível, bem como não tolerando qualquer
favoritismo ou discriminação dentro os interessados em contratar com a Administração
Pública. Tal princípio é uma forma de instituir o princípio da igualdade de todos perante
ao ente público.

No que tange â isonomia, também se exige o tratamento igualitário entre


os licitantes. No art. 5ª da nossa Carta Magna tem a origem do princípio da igualdade,
ou isonomia, assim, como direito fundamental, o ente público deve tratar todos os
licitantes de maneira igualitária, sem distinção alguma, por se encontrarem na mesma
situação jurídica. Uma vez se sendo obrigatório houver o procedimento licitatório, a
CF disciplinou em seu o art. 37º, XXI que a licitação deve certificar “igualdade de
condições a todos os concorrentes. Assim, o cunho deste princípio é de caráter
constitucional (CARVALHO FILHO, 2009).

PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO

Segundo Mello (2012), o princípio da vinculação ao instrumento


convocatório, que é regido pelo art. 41 da Lei 8.666/93, diz que conforme foram
previamente estabelecidas as regras no procedimento licitatório, a própria
Administração Pública está obrigada a respeitar estritamente as normas ali elencadas.

O princípio da vinculação tem extrema importância. Por ele, evita-se a


alteração de critérios de julgamento, além de dar a certeza aos interessados do que
pretende a Administração. E se evita, finalmente, qualquer brecha que provoque
violação à moralidade administrativa, à impessoalidade e à probidade administrativa.

PRINCIPIO DA PUBLICIDADE

O princípio publicidade tem como finalidade garantir a qualquer que seja o


interessado as possibilidades de participação e de fiscalização dos atos da licitação.
Para Gasparini (2009), o princípio da publicidade, conforme está expresso no art. 37
da Constituição Federal, a Administração Pública está obrigada a publicar os
principais atos pertinentes ao procedimento licitatório.

A publicidade desempenha duas funções. Permite o amplo acesso dos


interessados ao certame, Refere-se, nesse aspecto, à universalidade da participação
no processo licitatório. Depois, a publicidade propicia a verificação da regularidade
dos atos praticados. Parte-se do pressuposto de que as pessoas tanto mais se
preocuparão em seguir a lei e a moral quanto maior for a possibilidade de fiscalização
de sua conduta. Sendo ilimitadas as condições de fiscalização, haverá maior garantia
de que os atos serão corretos. Perante a CF/88, a garantia foi ampliada (art. 5º,
XXXIII).

PRINCIPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO

Para Carvalho Filho (2009), o princípio do julgamento objetivo é a


consequência do princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Este princípio,
o do julgamento objetivo está diretamente ligado aos critérios e fatores que estão
elencados no instrumento convocatórios, os quais devem ser seguidos à risca para a
apreciação, evitando-se, assim, qualquer surpresa para os licitantes que estão
competindo, conforme rege o art. 45 da Lei nº 8.666/93.

O art.45 da Lei 8.666/93 define, como critérios possíveis a serem


estipulados no edital, os de menor preço, maior lance, melhor técnica ou os critérios
conjugados de técnica e preço, não se admitindo a utilização de outros ou mesmo a
não utilização de critérios objetivos , deixando a cargo do administrador público a
escolha do vencedor do certame

MODALIDADES DE LICITAÇÃO

Modalidade de licitação são as formas em que o procedimento de seleção


da se apresenta. Para que se obtenha o melhor resultado, com uma escolha justa e
para demonstrar como será escolhido o licitante vencedor, definindo o tipo de licitação,
melhor técnica, preço ou menor preço.

Na fase interna da licitação, o órgão público efetua a pesquisa de preços


de mercado, para prever o custo do objeto. Esta pesquisa é de fundamental
importância para o processo pois o valor apurado será o teto que a Administração
Pública poderá gastar e isso é o que definirá a modalidade da licitação.

A lei 8.666/93 traz em seu Art. 23, os valores para que irão servir de base
para escolha de uma das modalidades de licitação.

Concorrência, Tomada de preço e Convite - Definidos em razão do valor


do contrato e Concurso, Leilão e Pregão - Definidos em razão do Objeto.

HIPOTESES EM QUE A LICITAÇÃO NÃO É REALIZADA

1. Licitação dispensada - A licitação dispensada ocorre nos casos em que


não é realizada a licitação por razões de interesse público devidamente justificado. É
o caso da alienação de bens da Administração Pública que será precedida de
avaliação e não de licitação (art. 17 da Lei 8666/93).
2. Licitação dispensável - Mesmo havendo possibilidade de competição
entre os fornecedores, a licitação é dispensada, pois o fim da

Administração Pública é o interesse público. As suas hipóteses estão


taxativamente dispostas na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, no art. 24.
Cumpre esclarecer que os casos elencados pela Lei de Licitações e Contratos
Administrativos, como já dito, são taxativos, não podendo ser ampliados.

LEILÃO

Na definição de Marçal Justen Filho, "o Leilão se peculiariza pela


concentração em uma única oportunidade, de diversos atos destinados à seleção da
proposta mais vantajosa".

O leilão é a modalidade de licitação na qual podem participar quaisquer


interessados e deverá ser utilizada predominantemente para a venda de bens móveis
inservíveis, ou seja, são aqueles bens que não têm destinação pública definida (bens
dominicais) bens apreendidos - são os bens confiscados, pelo poder público uma vez
que estavam sendo utilizados por particulares com finalidade ilícita e bens
penhorados, sendo equivocado pelo legislador em falar em "penhora", quando queria
se referir ao penhor, por isso podem ser colocados à venda pela Administração
Pública para a obtenção de renda.

O conceito desta modalidade está disposto no art. 22, § 5º da Lei nº.


8.666/93 e estabelece regras mínimas, dispondo que o leilão é feito por leiloeiro oficial
ou servidor designado para essa finalidade e que todo bem a ser leiloado deve ser
previamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo de
arrematação.

O intervalo mínimo nesta modalidade licitatória será de 15 dias, entre a


publicação do edital e a realização do procedimento.

O leilão é realizado pelo leiloeiro, que pode ser o leiloeiro oficial ou um


servidor designado pela Administração Pública para cumprir a função de leiloeiro, e
portanto, não possui comissão de licitação.

Conforme disposição legal, o leilão será sempre do tipo MAIOR LANCE,


sendo que a Administração somente pode alienar o bem para lance vencedor que seja
igual ou superior ao valor da avaliação, conforme disposto no art. 45 da Lei.8.666/93.

Essa modalidade caracteriza-se pela concentração, em uma única


oportunidade, de inúmeros atos destinados à seleção da proposta mais vantajosa,
diferenciando-se pela possibilidade de representação de novas propostas por um
mesmo licitante. Nesse caso, não há preocupação com o sigilo de posposta, sendo
natural a apresentação de pospostas pública.

É um procedimento apropriado para alienação de bens pelo maior preço,


por esse motivo se torna desnecessária uma fase de habilitação destinada à
investigação de peculiaridades do interessado.

a) o leilão pode ser feito para alienar bens imóveis que tenham sido
adquiridos por decisão judicial ou dação em pagamento (todos ou outros deverão ser
alienados mediante concorrência, obrigatoriamente).

b) também, é modalidade licitatória para alienação de bens móveis


inservíveis, apreendidos e penhorados pelo poder público.

c) por fim, pode ser utilizada licitação na modalidade leilão para venda de
bens móveis componentes do acervo da Administração Pública, previamente
desafetados, desde que analisados de forma isolada ou global, não ultrapassem o
montante de R$ 650.000,00(seiscentos e cinquenta mil reais), quando então será
necessária a utilização de concorrência pública, em razão do valor.

Bens inservíveis: São os bens que não tema mais serventia pública, trata-
se de bens desafetados, que não estão sendo destinados à utilização pública, e,
portanto, devem ser retirados do patrimônio público.

Bens apreendidos: São os bens confiscados, pelo poder público uma vez
que estavam sendo utilizados por particulares com finalidade ilícita.

Conclusão

Leilão é uma das modalidades de licitação enumeradas pela Lei nº 8.666/93.


Trata-se de procedimento licitatório e a Lei de Licitações e Contratos Administrativos
o conceitua da seguinte forma: “Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados para a venda de bens imóveis inservíveis para a Administração ou de
produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens
imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da
avaliação” (§ 5º, do art. 22), sendo os leiloes de veículos, os mais comuns da
administração pública devido ao seu grande número de apreensões e falta e de
armazenamento adequado.

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