Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Álgebra I PDF
Álgebra I PDF
2ª Edição – Revisada
Florianópolis, 2011
Governo Federal
Presidente da República: Dilma Rousseff
Ministro de Educação: Fernando Haddad
Coordenador Nacional da Universidade Aberta do Brasil: Celso Costa
Comissão Editorial
Antônio Carlos Gardel Leitão
Albertina Zatelli
Elisa Zunko Toma
Igor Mozolevski
Luiz Augusto Saeger
Roberto Corrêa da Silva
Ruy Coimbra Charão
Laboratório de Novas Tecnologias - LANTEC/CED
Coordenação Pedagógica
Coordenação Geral: Andrea Lapa, Roseli Zen Cerny
Núcleo de Formação: Nilza Godoy Gomes
Núcleo de Pesquisa e Avaliação: Claudia Regina Flores
Ficha Catalográfica
J35a Janesch, Oscar Ricardo
Álgebra I / Oscar Ricardo Janesch , Inder Jeet Taneja. – 2. ed. rev. –
Florianópolis : UFSC/EAD/CED/CFM, 2011.
215 p. : il. ; grafs. , tabs.
Inclui bibliografia
UFSC. Licenciatura em Matemática na Modalidade a Distância
ISBN xxx
Introdução................................................................................... 9
Introdução
Atualmente, quando estudamos conjuntos numéricos, temos in-
teresse em conhecer propriedades das operações e relações nestes
conjuntos. Esta maneira de tratar com conjuntos numéricos teve
início com os trabalhos de Pitágoras de Samos, que viveu no sé-
culo VI a.C..
1.1 Introdução
Iniciaremos com conceitos e resultados conhecidos sobre o con-
junto dos números inteiros . O objetivo é apresentar como
um exemplo que motive a definição formal de anel.
+ : × → e ⋅: × →
( a , b) a + b ( a , b) a ⋅ b .
• − : × →
( a , b) a − b .
• ∗ : × →
( a, b) a ∗ b = 2a + 5b .
16
a ⋅ 0 = 0, ∀a ∈ .
Multiplicando por a: a ⋅ 0 = a ⋅ (0 + 0) .
Como x é simétrico de a ⋅ 0 : 0 = a ⋅0 + 0.
(i) a + b = b + a, ∀a, b ∈ A .
(v) a ⋅ (b ⋅ c) = (a ⋅ b) ⋅ c, ∀a, b, c ∈ A
(vi) a ⋅ (b + c) = a ⋅ b + a ⋅ c ∀a, b, c ∈ A .
( a + b ) ⋅ c = a ⋅ c + b ⋅ c, ∀a, b, c ∈ A .
+ : A× A → A e ⋅ : A× A → A
( a , b) a + b ( a , b) a ⋅ b ,
são funções de A × A em A .
0 = a ⋅0.
Se a = 0 a demonstração acabou.
Agora,
( a −1a )b = 0
1⋅ b = 0
b=0.
22
• a ∗ b = a + b
• a b = 0 .
a ( b c ) = 0 = ( a b) c ,
a ( b ∗ c ) = 0 = 0 + 0 = ( a b) + ( a c ) = ( a b) ∗ ( a c ) ,
( a ∗ b) c = 0 = 0 + 0 = ( a c ) + ( b c ) = ( a c ) ∗ ( b c ) .
• a ∗ b = a − b
• a b = a b .
• a ∗ b = a + b
• a b = 0 .
+ e a · e a
e e a e e e
a a e a e a
e( e + e) = ee = e = e + e = ee + ee
e( e + a ) = ea = e = e + e = ee + ea
a ( e + e) = ae = e = e + e = ae + ae
a ( a + e) = aa = a = a + e = aa + ae
a ( a + a ) = ae = e = a + a = aa + aa .
(3) a ⋅ 0 = 0 ⋅ a = 0 .
(4) a + b = a + c ⇔ b = c .
(5) b = c ⇒ ab = ac e ba = ca .
(6) −( − a ) = a .
(8) a (b − c ) = ab − ac .
(9) ( a − b)c = ac − bc .
(10) −( a + b) = −a − b .
(11) ( −a )( −b) = ab .
Demonstração.
= x + ( a + ( −a )) ( −a é simétrico de a )
= ( x + a ) + ( −a ) (axioma (ii))
= 0 + ( −a ) (pois x é simétrico de a )
= −a . ( 0 é elemento neutro de a )
− a + ( a + b) = − a + ( a + c ) ⇒ ( − a + a ) + b = ( − a + a ) + c
⇒ 0+b = 0+c
⇒ b = c.
= 0⋅b
= 0 . (propriedade (3))
27
(8) a (b − c ) = a (b + ( −c ))
= ab + a ( −c ) (axioma (vi))
= ab − ac .
= ac − bc
= 0+0
= 0.
Analogamente, ( −a ) + ( −b) + a + b = 0 .
= ab . (propriedade (6))
Demonstração.
ab = ac ⇒ b = c
(b) ∀ a, b, c ∈ A, a ≠ 0 .
ba = ca ⇒ b = c
Demonstração.
(a) ⇒ (b).
ab = ac ⇒ ab − ac = 0
⇒ ab + a ( −c ) = 0
⇒ a (b − c ) = 0 .
a1 = a
a n+1 = a n.a , n ≥ 1.
(1) a m a n = a m + n ;
(2) ( a m ) n = a mn ;
• a m ⋅ a 0 = a m ⋅1 = a m = a m + 0
• (a m )0 = 1 = a 0 = a m ⋅0
• (a ⋅ b)0 = 1 = 1 ⋅1 = a 0 ⋅ b 0 .
Lista de exercícios
1) Verifique se (( A, ∗, ∆)) é anel quando:
a) A = , a ∗ b = a b e a ∆ b = a + b .
b) A = ∗ , a ∗ b = a b e a ∆ b = a + b .
c) A = , a ∗ b = a + b − 1 e a ∆ b = a + b − a b .
ab
d) A = , a ∗ b = a + b − 3 e a ∆ b = a + b − .
3
2) Para cada item do Exercício anterior em que (( A, ∗, ∆)) é anel,
determine sua melhor estrutura algébrica. Isto é, verifique
se A é apenas anel, é anel comutativo, é anel com unidade, é
anel comutativo com unidade, é domínio ou é corpo.
e .
Resumo
Neste capítulo você viu:
A X = { f : X → A; f é função}.
Lembre que duas funções são iguais quando têm mesmo do-
mínio, mesmo contra-domínio e mesma imagem para todos os
pontos do domínio. Assim, dados f , g ∈ A X temos:
f = g ⇔ f ( x ) = g ( x ), ∀x ∈ X .
( f + g )( x ) = f ( x ) + g ( x ) ,
( f ⋅ g )( x ) = f ( x ) g ( x ) , ∀x ∈ X .
(1) ( A X , + , ⋅ ) é anel.
Demonstração.
Axioma (i): f + g = g + f .
Seja x ∈ X . Como f ( x), g ( x) ∈ A e a adição é comutativa em A ,
temos:
f ( x) + g ( x) = g ( x) + f ( x) .
Então,
( f + g )( x ) = f ( x ) + g ( x ) = g ( x ) + f ( x ) = ( g + f )( x ) .
Portanto,
f +g=g+ f .
( f + l )( x ) = f ( x ) + l ( x ) = f ( x ) + 0 = f ( x ) ⇒ f + l = f .
( f + ( − f ))( x ) = f ( x ) + ( − f )( x ) = f ( x ) − f ( x ) = 0 ⇒ f + ( − f ) = l .
f ( x ) ⋅ g ( x ) = g ( x ) ⋅ f ( x ) , ∀x ∈ X .
Então,
( f ⋅ g )( x ) = f ( x ) ⋅ g ( x ) = g ( x ) ⋅ f ( x ) = ( g ⋅ f )( x ) ⇒ fg = gf .
37
( f ⋅ ψ)( x ) = f ( x ) ⋅ ψ( x ) = f ( x ) ⋅ 1 = f ( x ) ,
e
(ψ ⋅ f )( x ) = ψ( x ) ⋅ f ( x ) = 1 ⋅ f ( x ) = f ( x ) .
• O simétrico de f ∈ A X é a função ( − f ) : X → A ,
( − f )( x ) = − f ( x ) .
A A = { f : A → A; f é função}
f : → , f ( x) = x
0, se x ≠ 0
g : → , g ( x ) =
1, se x = 0 .
38
e
n
X ⋅ Y = Z = zij , onde zij = ∑ xik ykj .
k =1
39
Demonstração.
Axioma (i): X + Y = Y + X .
Axioma (ii): X + (Y + Z ) = ( X + Y ) + Z .
= (X +Y ) + Z .
0 0
Tome EE = [[0]
0] = ∈ M n ( A) . É claro que para todo
0 0
X ∈ M n ( A) temos E + X = X + E = X .
40
Escrevendo
n
[ yij ] ⋅ [ zij ] ⋅ [aij ] , com aij = ∑ yit ztj
t =1
n
[ xij ] ⋅ [aij ] = [bij ] , com bij = ∑ xik akj
k =1
n
[ xij ] ⋅ [ yij ] = [cij ] , com cij = ∑ xik ykj
k =1
n
[cij ] ⋅ [ zij ] = [dij ] , com dij = ∑ cit ztj ,
t =1
= dij .
Axioma (vi): X (Y + Z ) = XY + XZ e ( X + Y ) Z = XZ + YZ .
, onde
41
n n n n
aij = ∑ xik ( ykj + zkj ) = ∑ ( xik ykj + xik zkj ) = ∑ xik ykj + ∑ xik zkj .
k =1 k =1 k =1 k =1
1 0 0
0 1 0
(2) Seja 1 a unidade de A . Tome I = ∈ M n ( A)
0 0 1
e note que I = [aij ] , onde aii = 1 e aij = 0 para i ≠ j . Dado
X = [ xij ] ∈ M n ( A) temos:
n
X ⋅ I = [ xij ][aij ] = [bij ] , onde bij = ∑ xik akj .
k =1
1 1 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0 1 0 0 0
X = 0 0 0 0 , Y = 0 0 0 0 ∈ M n ( A) .
0 0 0
0 0 0 0 0
42
2 0 0 0 1 1 0 0
1
0 0 0 0
1 0 0
Mas XY = 0 0 0 0 e YX = 0 0 0 0 .
0 0 0 0 0 0 0 0
a 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
X = , Y = ∈ M n ( A) e X , Y ≠ 0 .
0 0 0 0 0 a
0 0 0
0 0 0
Porém X ⋅ Y = .
0 0 0
2.3 Anéis n
Vamos iniciar recordando a congruência em . Para cada
n ∈ , n ≥ 2 , definimos em a relação
a ≡ b (mod n ) ⇔ n | ( a − b) .
Reflexiva: a ≡ a (mod n ) .
Como n | ( a − a ) temos que a ≡ a (mod n ) .
a ≡ b (mod n ) ⇒ n | ( a − b) ⇒ n | −( a − b)
⇒ n | (b − a ) ⇒ b ≡ a (mod n ) .
a ≡ b (mod n ) e b ≡ c (mod n ) ⇒ n | ( a − b) e n | (b − c )
⇒ nx = a − b e ny = b − c ,
para certos x, y ∈
⇒ n( x + y ) = a − b + b − c = a − c
⇒ n |a −c
⇒ a ≡ c (mod n ) .
a = {b ∈ ; b ≡ a (mod n )}.
44
Observe que:
b ∈ a ⇔ b ≡ a (mod n )
⇔ n | (b − a )
⇔ nx = (b − a ) , para algum x ∈
⇔ b = a + nx , x ∈ .
a = a + n = {a + nx; x ∈ }.
2 = 2 + 2 = {2k + 2; k ∈ }= 0
3 = 3 + 2 = {2k + 3; k ∈ }= 1
−1 = −1 + 2 = {2k − 1; k ∈ } = 1
−2 = −2 + 2 = {2k − 2; k ∈ } = 0
−3 = −3 + 2 = {2k − 3; k ∈ } = 1
0 = 0 + 3 = {3k ; k ∈ }
1 = 1 + 3 = {3k + 1; k ∈ }
2 = 2 + 3 = {3k + 2; k ∈ }
3 = 3 + 3 = {3k ; k ∈ }= 0
4 = 4 + 3 = {3k + 4; k ∈ }= 1
5 = 5 + 3 = {3k + 5; k ∈ }= 2
−1 = −1 + 3 = {3k − 1; k ∈ } = {3k + 2; k ∈ } = 2
45
−2 = −2 + 3 = {3k − 2; k ∈ } = {3k + 1; k ∈ } = 1
−3 = −3 + 3 = {3k − 3; k ∈ } = {3k ; k ∈ } = 0
(a) a = b .
(b) a ≡ b (mod n) .
Demonstração.
• Para n = 2 , 0 = 2 = 4 = ...
1 = 3 = 5 = ...
46
___
• Para n = 7 , 0 = 7 = 14 = ...
_ _ ___
1 = 8 = 15 = ...
_ _ ___
2 = 9 = 16 = ...
_ ___ ___
3 = 10 = 17 = ...
_ ___ ___
4 = 11 = 18 = ...
_ ___ ___
5 = 12 = 19 = ...
_ ___ ___
6 = 13 = 20 = ...
{
Proposição 2.3.1. Para cada n ∈ , n ≥ 2 temos que n = 0,1,..., n − 1 }
é um conjunto com exatamente n elementos.
Demonstração.
{ }
Pela definição de n é claro que 0,1,..., n − 1 ⊆ n . Vamos ver a
inclusão contrária. Para isso, tome a ∈ n . Como a ∈ e n ∈ ,
n ≥ 2 , podemos dividir a por n obtendo quociente q ∈ e resto
r ∈ . Assim,
a = nq + r , 0 ≤ r < n
a − r = nq ⇒ a ≡ r (mod n ) .
Pelo Lema 2.3.1 vem que a = r . Mas como r ∈ {0, 1,..., n − 1} te-
{ }
mos a = r ∈ 0, 1,..., n − 1 . Para provar que n tem exatamente
n elementos, devemos mostrar que os elementos de
são distintos dois a dois. Suponha que isso não é verdade, isto é, su-
ponha que existem x, y ∈ {0, 1,..., n − 1} com x ≠ y e x = y . Sem
perda de generalidade vamos assumir que x < y . Como x = y ,
o Lema 2.3.1 assegura que x ≡ y (mod n ) e daí n | ( y − x ) . Mas
0 < y − x < n e n | ( y − x ) é impossível. Portanto, nossa suposição
47
Exemplo 2.3.2. .
Como 0 = 2 = 4 = ...
1 = 3 = 5 = ...
• 1 = {0} , com 0 = 0 + 1 ⋅ = .
__ __ ______
a+ b = a + b
__ __ _____
a b = ab .
Assim,
+ : n × n → n e ⋅ : n × n → n
__ __ ______ __ __ _____
(a, b ) a + b (a, b ) a b .
n(u + v ) = nu + nv = a − x + b − y = ( a + b) − ( x + y ) ⇒ n | ((a + b) − ( x + y ))
⇒ a + b ≡ x + y (mod n )
a = x ⇒ a ≡ x (mod n )
b = y ⇒ b ≡ y (mod n ) .
e ab ≡ xy (mod n ) .
Demonstração. Sejam a, b, c ∈ n .
__ __ __ __
Axioma (i): a + b = b + a .
__ __ ______ ______ __ __
a + b = a + b= b + a = b + a
Na
______
segunda
______
igualdade acima usamos a + b = b + a , e daí
a + b= b + a .
50
__ __ __ __ __ __
Axioma (ii): a + ( b + c ) = ( a + b ) + c .
Axioma (vi): a (b + c) = a b + a c e (a + b) c = a c + b c .
a (b + c) = a (b + c) = a (b + c) = ab + ac = ab + ac = ab
a b++ac
ac.
__ __
Exemplo 2.3.4. 2 = {0, 1} .
__ __
Como 0 é elemento neutro e 1 é a unidade, sabemos que
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __
0 + 0 = 0 , 0 + 1 = 1 , 1⋅ 0 = 0 e 1⋅ 1 = 1 .
+ 0 1 ⋅ 0 1
0 0 1 0 0
1 1 1 0 1
+ 0 1 ⋅ 0 1
0 0 1 0 0 0
1 1 0 1 0 1
__ __
Como curiosidade, denote 0 = e e 1 = a . Agora note que este
exemplo coincide com o anel finito visto no Exemplo 1.2.7.
__ __ __
Exemplo 2.3.5. 3 = {0, 1, 2} .
__ __
Desde
__
que 0 é elemento neutro e 1 é__unidade, sabemos somar
0 a qualquer elemento e multiplicar 1 por qualquer elemento.
Restam as seguintes contas:
__ __ __
1+1 = 2
__ __ __ __
1+2 = 3 = 0
__ __ __ __
2+ 2 = 4 = 1
__ __ __ __
2⋅ 2 = 4 = 1
__
Lembre que multiplicar o elemento neutro
__
0 , por outro elemen-
to qualquer do anel, sempre resulta 0 (Proposição 1.3.1(3)). Isso
completa as contas.
52
+ 0 1 2 ⋅ 0 1 2
0 0 1 2 0 0 0 0
1 1 2 0 1 0 1 2
2 2 0 1 2 0 2 1
__ __ __ __
Exemplo 2.3.6. 4 = {0, 1, 2, 3} .
+ 0 1 2 3 ⋅ 0 1 2 3
0 0 1 2 3 0 0 0 0 0
1 1 2 3 0 1 0 1 2 3
2 2 3 0 1 2 0 2 0 2
3 3 0 1 2 3 0 3 2 1
__ __ __ __ __
Exemplo 2.3.7. 5 = {0, 1, 2, 3, 4} .
+ 0 1 2 3 4 ⋅ 0 1 2 3 4
0 0 1 2 3 4 0 0 0 0 0 0
1 1 2 3 4 0 1 0 1 2 3 4
2 2 3 4 0 1 2 0 2 4 1 3
3 3 4 0 1 2 3 0 3 1 4 2
4 4 0 1 2 3 4 0 4 3 2 1
Olhando
__ __ __
para a tabela de multiplicação em 4 , vemos que
2 ⋅ 2 = 0 e portanto 4 não é domínio.
(a) n é domínio;
(c) n é corpo.
Demonstração.
Como n | x , x | n e x, n ∈ , temos x = n .
__ __
2º Caso: y = 0
__ __
y = 0 ⇒ y ≡ 0 (mod n ) ⇒ n | y ⇒ nt = y , para algum t ∈ .
Exemplo 2.3.8.
1 0 0 0 0 1 1 0
, , , ,
0 0 1 1 0 1 0 1
0 1 1 0 1 1 0 1
, , , ,
1 0 1 0 0 0 1 1
1 0 1 1 1 1 1 1
, , , .
1 1 0 1 1 0 1 1
55
__ __
0 0
Sabemos que M 2 ( 2 ) é anel com elementos neutro __ e
__
__ __
1 0 0 0
unidade __ __ .
0 1
__ __
__ __
__ __
0 1 1
+ __
1 1
= __
0
,
__ __ __ __
1 0 1 1 0 1
e
__ __
__ __
__ __
0 1 1 1 1
= __
1
.
__ __ __ __ __
1 0 1 1 1 1
( a , b ) + ( c, d ) = ( a ∗ c, b ⊕ d )
e
( a, b) ⋅ ( c, d ) = ( ac, b d ) .
Demonstração.
Axioma (i): ( a, b) + ( c, d ) = ( c, d ) + ( a, b) .
Basta usar a comutividade de ∗ em A e de ⊕ em B .
( a , b ) + ( c, d ) = ( a ∗ c, b ⊕ d )
= ( c ∗ a , d ⊕ b)
= ( c, d ) + ( a , b ) .
( a, b) + (0 A ,0 B ) = ( a ∗ 0 A , b ⊕ 0 B ) = ( a, b) ,
(0 A ,0 B ) + ( a, b) = (0 A ∗ a,0 B ⊕ b) = ( a, b) .
a ∗ ( −a ) = ( −a ) ∗ a = 0 A e b ⊕ (−b) = (−b) ⊕ b = 0 B .
Axioma (v): .
Basta usar a associatividade de em A e de em B .
57
( a , b ) + ( c, d ) = ( a + c, b + d )
( a, b)( c, d ) = ( ac, bd ) .
__ 1 1 __ 1 0 __ 2 0
2, ⋅ 2, = 1,
0 0 1 0 0 0
e
__ 1 0 __ 1 1 __ 1 1
2, ⋅ 2, = 1, .
1 0 0 0 1 1
Demonstração.
( a, b) ⋅ ( c, d ) = ( ac, b d ) = ( ca, d b) = ( c, d ) ⋅ ( a, b) .
Lista de exercícios
1) Verifique os axiomas de anel (ii), (v) e (vi) para o anel
( A X , +,.) , que foi deixado como exercício na demonstração
da Proposição 2.2.1.
a)
b)
c)
d)
e)
Resumo
Neste capítulo vimos que:
(2) ( B, + , ⋅ ) é anel.
Todo anel tem pelo menos dois subanéis, que são {0} e A . Es-
ses subanéis são chamados de subanéis triviais. Nosso interesse
é utilizar subanéis para produzir novos exemplos de anéis. Por
isso procuramos subanéis não triviais.
64
a + b = b + a , ∀ a , b ∈ A ⇒ x + y = y + x , ∀x , y ∈ B ⊆ A .
(vi) distributividade.
(a) B é subanel de A ;
(b) a, b ∈ B ⇒ a − b ∈ B e ab ∈ B .
Demonstração.
Adição Fechada em B : a, b ∈ B ⇒ a + b ∈ B .
Sejam a, b ∈ B . Já sabemos que −b ∈ B . Então a,( −b) ∈ B e por
hipótese temos a − ( −b) ∈ B . Isso garante que a + b ∈ B .
0 ⋅ 0 ⋅=0 2.0
= 2.0
0=⋅ 02.2
==2.2
2.0
= 0=∈
=0
2.2 4 e0 ∈ 4
∈4 =
0 − 0 = 0 , 0 − 2 = 2 , 2 −00⋅ 0= =2 2.0
, 02⋅ 0=
−=22.2
2.0
= 0=∈
=0
2.2 4 .0 ∈ 4
∈4 =
66
é subanel de ( , + , ⋅ ) com as operações usuais.
Para verificar isso, tomemos u = a + b p e v = c + d q em p .
= ( a − c ) + (b − d ) p ∈ p , pois a − c, b − d ∈ ,
= ( ac + pbd ) + ( ad + bc ) p ∈ p , pois
que é subanel de ( , + , ⋅ ) .
Exemplo 3.1.7.
• é subanel de p .
• p é subanel de p .
• p é subanel de .
pb2 = a 2 ⇒ pb2 = p 2t 2 ⇒ b2 = pt 2 ⇒ p | b2 ⇒ p | b .
a+b p = c+d p ⇔ a = c e b = d .
a+b p = c+d p
a−c
⇒ p= ∈.
b−d
Vimos na Observação anterior que p ∉ . Portanto não é ver-
dade que b ≠ d , isto é, devemos ter b = d . Assim a igualdade
a + b p = c + d p leva a a = c .
(⇐) É óbvia.
a+b p = c+d p ⇔ a = c e b = d .
(2) Se A é anel sem divisores de zero então B é anel sem divisores de zero.
anel .
Vamos ver agora dois exemplos de subanéis que não são unitá-
rios. O primeiro deles não é unitário porque não tem unidade, e
o segundo não é unitário, pois tem unidade diferente da unidade
do anel.
Sejam a, b ∈ n , a = nx e b = ny , x, y ∈ .
Como a b = n( xny ) ∈ n e a − b = n( x − y ) ∈ n temos que n é su-
banel de .
Falta ver que n não tem unidade.
Suponha que u = nx ∈ n seja unidade de n . Então u v = v , para
todo v ∈ n . Tomando v = n = n ⋅1 ∈ n vem que
uv
1 ==1.vu ⇒ 1nx.n xnu⇒⇒nx
=11.=n=1. 1nx 1=n1,x ⇒ nx = 1
==1.
que é impossível, pois n ≥ 2 . Logo, n não tem unidade.
• 4 é subanel de 2 ;
• 6 é subanel de 2 ,
a 0
Exemplo 3.1.10. O conjunto B = ; a ∈ é subanel de
0 0
A = M 2 () , pois o produto e a diferença de duas matrizes de B
1 0
permanecem em B . Sabemos que 1A = . É fácil ver que B
0 1
1 0
tem unidade 1B = . Desde que 1A ≠ 1B , temos que B não é
0 0
subanel unitário de A .
(a) B é subdomínio de A .
Exemplo 3.1.11.
• é subdomínio de .
• é subdomínio de p .
• p é subdomínio de p .
• p é subdomínio de .
• é subdomínio de p .
• é subdomínio de .
(a) B é subcorpo de A .
v = a − b p ∈ p , v ≠ 0 .
= a 2 − pb2 ∈ .
72
a b
y= 2 −
2 2 2
p ∈ p .
a − pb a − pb
Portanto, p é subcorpo de .
((A)
(AA))= {a ∈ A; ∃y ∈ A : ay = ya = 1} .
• Idempotente: quando a 2 = a .
b∈ A, b ≠ 0 ⇒ ab ≠ 0 e ba ≠ 0.
a b = 0 ou b a = 0 ⇒ b = 0 .
Usaremos as notações:
Ddz((D)
(1)Ddz D) = ∅ .
Reg((D)
(2)Reg D ) = D − {0}.
Idemp((D)
(3)Idemp D ) = {0,1}.
Nilp((D)
(4)Nilp D ) = {0}.
(3) É claro que 0 e 1 são idempotentes. Para ver que são os únicos,
tome x ∈ D tal que x 2 = x. Então:
x 2 − x = 0 ⇒ x (x − 1) = 0
⇒ x = 0 ou x − 1 = 0
⇒ x = 0 ou x = 1.
Desde que n é o menor natural não nulo tal que x n = 0, não po-
Nilp((D)
demos ter x n −1 = 0. Logo x = 0 , e daíNilp D ) = {0}.
76
(1)((K)
(KK))==KK−−{{00}}. .
Ddz((K)
(2)Ddz (KK))==∅∅.
Reg(((K)
(3) Reg KK))==KK−−{{
00}}.
Idemp((K)
(4)Idemp (KK))=={{0,1
0,1}}.
Nilp((K)
(5) Nilp (KK))=={{00}}. .
(KK))==Reg
Observe que se K é corpo então ((K) ((KK).)
Reg(K)
Exemplo 3.2.1.
Exemplo 3.2.2.
ax = ay ⇒ x = y
(b)
xa = ya ⇒ x = y x, y ∈ A.
ax = ay ⇒ a (x − y) = 0 ⇒ x − y = 0 ⇒ x = y.
• a b = 0 = a 0 ⇒ b = 0.
• b a = 0 = 0 a ⇒ b = 0.
()
1
−−1
2ª Forma: Como 3 é inversível em 4 e 3 = 3, podemos multi-
(())
−1 −11
−−1
plicar 3 x = 2 por obtendo xx== 33 .2
.2==3.2
3.2==66==2.2.
(a) x ∈ ( n ).
du v = xv ⇒ ((dv)u
dv )u = xv ⇒ nu = xv ⇒ nu = xv ⇒ 0 = x v.
1 = r x + sn = r x + s n = r x + s 0 = r x.
junto é inversível.
±1 = a 2 − pb2 .
( )
Portanto o inverso de a + b p é a − b p ∈ p ou
( )
Seja então a + b p ∈ p . Assim existe
c + d p ∈ p tal que
Assim,
81
e portanto
(a 2 - pb 2)(c 2 - pd 2 ) = 1.
Exemplo 3.2.7.
( ) (
• 1 + 2 ∈ 2 e 2 + 2 ∉ 2 . )
( ) (
• 2 + 3 ∈ 3 e 1 + 3 ∉ 3 .. )
Conforme comentamos anteriormente, calcular todos os ele-
mentos notáveis de um anel não é tarefa fácil. Terminaremos esta
seção apresentando exemplos de cada um dos tipos de elementos
notáveis no anel de matrizes M n ( )..
Exemplo 3.2.8.
0 0 1 0 1 0 0 0
• , , , ⊆ Idemp (M 2 ( )).
0 0 0 1 0 0 0 1
0 0 0 5 0 0
• , , ⊆ Nilp (M 2 ( )).
0 0 0 0 −8 0
−2 0 0 0 0 1 2 5
• , , , ⊆ Ddz (M 2 ( )).
0 0 1 3 0 −4 0 0
2 0 3 0 0 1 0 3
• , , , ⊆ Reg (M 2 ( )).
0 1 0 3 1 0 −2 0
1 0 1 0 0 −1 0 −1
• , , , ⊆ (M 2 ( )).
0 1 0 −1 1 0 −1 0
M ∈ (M n ( A)) ⇔ det M ≠ 0.
Notação: a | b.
1 − 2 2 ∈ 2 e
ac = ac' ⇒ ac −ac' = 0 ⇒
(1) a | b ⇒ a | b x.
(b x + ddy).
(2) a | b e a | d ⇒ a | (bx y ).
(3) a | b ⇒ a d | b d .
(4) a | b e b | d ⇒ a | d .
(5) a |1 ⇔ a ∈ ( A)..
(6)
Demonstração.
(1)
(2) a | b e a | d ⇒ a c = b e a v = d , c, v ∈ A
⇒aa((cx)
c x ) = b x e aa((vy)
v y)= d y
⇒aa((cx y ) = b x + d y ⇒ a | ((bx
c x ++vvy) y ).
b x ++ddy).
(3) a | b ⇒ a c = b, c ∈ A ⇒ ((ad)
a d )c = b d ⇒ a d | b d .
(4) a | b e b | d ⇒ a c = b e b v = d , c, v ∈ A.
⇒ a c v = b v = d ⇒ a | d.
(5) a |1 ⇔ a c = 1, c ∈ A ⇔ a ∈ ( A )..
84
(6) u ∈ ( A) ⇒ u u −1 = 1, u −1 ∈ A
⇒ u a | a.
Notação: a ~ b.
(a) a ~ b.
1° Caso: a = 0.
a = 0 e a x = b ⇒ b = 0.
2° Caso: a ≠ 0.
ax=b e by=a⇒axy =a
(x y -− 11)) == 00
⇒ a (xy
⇒ x y =1
⇒ x é inversível.
Tome u = x ∈ (D ) e então a u = b.
2.1 = 2 e 2.5 = 10 = 4.
• Primo quando:
a, b ∈ D e p | ab ⇒ p | a ou p|b.
• Irredutível quando:
a, b ∈ D e p = ab ⇒ a ∈ U ( D) ou b ∈ U ( D) .
∃ a, b ∈ D, a, b ∉ (D ) tal que p = a b.
87
Demonstração.
Demonstração.
(c) ⇒ (a) Para ver que p é um número primo, basta provar que
seus únicos divisores são ± 1 e ± p. Seja então a ∈ tal que
a | p. Assim, existe b ∈ tal que p = a b. Por hipótese, p é ele-
mento irredutível e então a ∈ ( ) = {±1} ou b ∈ ( ) = {±1}..
Se a = ± 1 nada temos para fazer. Se b = ± 1, substituímos em
p = a b obtendo a = ± p. Logo p é número primo.
Exemplo 3.3.9.
Em os elementos primos são exatamente os números primos.
Em os elementos irredutíveis são exatamente os números primos.
Em os elementos redutíveis são os números diferentes de 0, 1
e −1 , que não são primos.
ou .
pp | |((ab (( ))
⇒∃∃ xx++ yy pp ∈∈ pp tal que
ab))⇒
a d + b c = x
Segue que
a c + p b d = p y.
a c + p b d = p y ⇒ p ( y − b d ) = a c ⇒ p | a c ⇒ p | a ou p | c .
• p | a ⇒ p t = a, t ∈
.
• p | c ⇒ p u = c, u ∈
.
inversíveis de p .
tível em 2 .
é primo e irredutível em 5 .
redutível em 2 .
5 .
Lista de exercícios
1) Verifique se B é subanel de .
a) B = {x ∈ ; x ∉ } .
a
b) B = ∈ ; a, b ∈ e 2|b .
b
a
c) B = n ∈ ; a ∈ e n ∈ .
2
2) Verifique se B é subanel de .
a c
a) B = ∈ M 2 ( ) .
b 0
a 0
b) B = ∈ M 2 ( ) .
0 b
0 a
c) B = ∈ M 2 ( ) .
c b
a b
d) B = ∈ M 2 ( ) .
0 0
5 .
n
6) Sejam B1 , B2 ,..., Bn subanéis de A e B = Bi , a intersecção
de B1 , B2 ,..., Bn . Verifique que i =1
a) B é subanel de A .
a 0
8) Calcule o centro do anel A = ∈ M 2 ( ) .
b 0
a) 6 .
b) 8 .
c) 9 .
d) 10 .
e) 2 x 4 .
f) 3 x 2 .
x 5
12) Determine x ∈ para que ∈ M 2 ( ) seja inversível
3 2
em M 2 ( ) .
Resumo
• Vimos que se A é um anel (respectivamente domínio ou
corpo) e B ⊆ A é anel (respectivamente domínio ou corpo)
com as operações de A , então B é subanel (respectivamente
subdomínio ou subcorpo) de A . Caracterizamos cada uma
dessas subestruturas e vimos que conhecê-las é útil para
produzir novos exemplos de anéis.
4.1 Ideais
A noção de ideal foi introduzida no final do século XIX por
Dedekind. Os ideais formam uma classe especial de subanéis e
surgiram como ferramenta para o estudo de Teoria de Números.
• a, b ∈ B ⇒ a - b ∈ B .
• a, b ∈ B ⇒ ab ∈ B .
(i) a, b ∈ I ⇒ a - b ∈ I .
(ii) x ∈ A e a ∈ I ⇒ xa ∈ I .
(i) a, b ∈ I ⇒ a - b ∈ I .
(ii) x ∈ A e a ∈ I ⇒ ax ∈ I .
98
Lema 4.1.1. Seja I um ideal à esquerda (ou à direita) do anel com uni-
dade A . Se I contém um elemento inversível de A , então I = A .
u v
Exemplo 4.1.4. Seja A = M 2 ( ) e I = ∈ M 2 ( ) .
0 0
a b
É claro que se X , Y ∈ I , então X - Y ∈ I . Se M = ∈ A e
c d
u v
X = ∈ I então
0 0
u v a b u a + v c u b + v d
X M = = ∈ I .
0 0 c d 0 0
Portanto I é ideal à direita de A . No entanto, I não é ideal à
esquerda de A .
De fato,
1 1 1 1
X = ∈ I e M = ∈ A , porém
0 0 1 1
1 1 1 1 1 1
M X = = ∉ I .
1 1 0 0 1 1
Logo I não é ideal à esquerda.
100
De fato,
1 0 1 1
X = ∈ J e M = ∈ A , porém
1 0 1 1
1 0 1 1 1 1
X M = = ∉ J .
1 0 1 1 1 1
Logo J não é ideal à direita de A .
é ideal à esquerda de A .
é ideal à direita de A .
•
) x2 + ... + (an - bn ) xn ∈ Ax1 + Ax2 + ... + Axn , pois ai - bi ∈ A , i = 1, 2,..., n .
101
• ,
pois , i = 1, 2,..., n .
2 = {2 x ; x ∈ },
3 = {3 x ; x ∈ },
n = {nx ; x ∈ }; n ∈ .
102
, para todo aa ∈ 2 .
Exemplo 4.1.8. , , e
mente 0. 4 , e .
(b) I é ideal de n .
(c) I é subanel de n .
t ∈ I ⊆ n ⇒ t = mn , para algum m ∈ .
u = tq + r , 0≤r <t.
(a) t é ideal de n
(b) n | t
Demonstração.
(b) I é ideal de .
(c) I é subanel de .
(b) I é ideal de n .
105
(c) I é subanel de n .
Demonstração.
Existe uma forma mais rápida para provar que todo ideal de
n é principal, usando homomorfismo de anéis. Isso está propos-
to no Exercício 9 da Seção 5.2.
106
Lista de exercícios
a b
1) Verifique se I = ∈ M 2 ( )é ideal à direita de M 2 ( ).
c 0
a b
2) Verifique se I = ∈ M 2 ( ) é ideal à esquerda de
M 2 ( ) . 0 c
a) e A=.
b) e A=.
c) I = 2 x 3 e A = x .
d) I = n x m e A = x .
e) I = 6 e A = 2 .
f) e A = 9 .
g) e A = 12 .
h) e A = .
Demonstração.
Exemplo 4.2.1. 2 ∩ 3 = 6 .
Claro que um elemento de 2 ∩ 3 é múltiplo de 6, e reciproca-
mente todo elemento de 6 é múltiplo de 2 e 3.
a b
Exemplo 4.2.2. Sejam A = M 2 ( ), I = ∈ M 2 ( ) e
0 0
a 0
J = ∈ M 2 ( ) . Já vimos que I é ideal à direita que não
b 0
é ideal à esquerda, e que J é ideal à esquerda que não é ideal à
direita.
108
a 0
É fácil ver que I ∩ J = ∈ M 2 ( ). No entanto, I ∩ J não
0 0
é ideal à esquerda e nem à direita de A .
De fato,
1 0 1 1
X = ∈ I ∩ J , M = ∈ A,
0 0 1 1
1 1 1 0 1 0
M X = = ∉ I ∩ J
1 1 0 0 1 0
e
1 0 1 1 1 1
X M = = ∉ I ∩ J .
0 0 1 1 0 0
I + J = {x + y ; x ∈ I e y ∈ J }
e
n
I . J = ∑ xi yi ; n ∈ , xi ∈ I , yi ∈ J .
i =1
Note que I . J é o conjunto de todas as somas finitas de elemen-
tos de I multiplicados por elementos de J . Também é claro que
I+J =J +I .
Demonstração.
De fato,
1 1 1 1
X = ∈ I + J , M = ∈ A,
1 0 1 1
1 1 1 1 2 1
M X = = ∉ I + J
1 1 1 0 2 1
e
1 1 1 1 2 2
X M = = ∉ I + J .
1 0 1 1 1 1
Exemplo 4.2.5. 2 + 3 = .
É claro que 2 + 3 ⊆ . Por outro lado, dado x ∈ vamos mos-
trar que x ∈ 2 + 3 . Como , aplicamos a Identidade
de Bezout para obter r , s ∈ tais que 1 = 2r + 3s . Multiplicando
por x temos . Portanto ⊆ 2 + 3 e
daí 2 + 3 = .
Demonstração.
{}
Exemplo 4.2.8. Em 8 temos que 2. 8 .4. 8 = 0 , pois todos os
produtos são 0 .
a 0
Exemplo 4.2.10. Sabemos que I = ∈ M 2 ( ) é ideal à
b 0
x y
esquerda de M 2 ( ) e J = ∈ M 2 ( ) é ideal à direita de
M 2 ( ) . 0 0
Note que
1 0 0 0
x1 = , x2 = ∈ I
0 0 1 0
e
1 0 0 1
y1 = , y2 = ∈ J .
0 0 0 0
Então,
1 01 0 0 0 0 1
x1 y1 + x2 y2 = +
0 0 0 0 1 0 0 0
1 0 0 0 1 0
=
0 0 + 0 1 = 0 1 ∈ I. J .
1 0
Como é elemento inversível de M 2 ( ), que está em I . J ,
0 1
aplicamos o Lema 4.1.1 para concluir que I . J = M 2 ( ).
Lista de exercícios
1) Determine n ∈ ∗ tal que 5 ∩ 7 = n .
b) a .b = a b .
4) Sejam 2,3∈ 6 .
a, b ∈ A e a b ∈ P ⇒ a ∈ P ou b ∈ P .
I ideal de A e M ⊆ I ⊆ A ⇒ I = M ou I = A.
m ∈ M ⇒ mb ∈ M
mb ∈ M e .
(b) A é um domínio.
(b) A é corpo.
Exemplo 4.3.3.
Exemplo 4.3.5.
Demonstração.
Exemplo 4.3.7.
119
Lista de exercícios
1) Verifique se 6 é ideal maximal de 2 .
a ≡ b (mod n ) ⇔ a - b ∈ n .
a ≡ b (mod 2 ) ⇔ a - b ∈ 2 ,
que é o mesmo que
a ≡ b (mod 2 ) ⇔ 2 | (a-b).
(a - b )
Neste caso, dois números inteiros são congruentes módulo 2 ,
quando a diferença entre eles é um número par. É claro que a
121
Portanto:
= {a ∈ ; a é par}∪ {a ∈ ; a é ímpar}
∅ = {a ∈ ; a é par}∩ {a ∈ ; a é ímpar}.
(1) - Reflexiva;
(2) - Simétrica;
(3) e - Transitiva.
Demonstração.
Notação: .
123
Observação 4.4.2. .
Basta notar que a congruência módulo I é relação simétrica, isto
é, a ≡ b (mod I ) é o mesmo que b ≡ a (mod I ) .
Demonstração.
b ∈ a ⇔ b ≡ a (mod I )
⇔ b - a ∈ I ⇔ b - a = u,u ∈ I
⇔ b = a + u ,u ∈ I ⇔ b ∈ a + I .
0 = 0 + 2 = {0 + u , u ∈ 2 }= {x ∈ ; x é par}
1 = 1 + 2 = {1 + u , u ∈ 2 }= {x ∈ ; x é ímpar}
2 = 2 + 2 = {2 + u , u ∈ 2 }= {x ∈ ; x é par}
3 = 3 + 2 = {3 + u , u ∈ 2 }= {x ∈ ; x é ímpar}
0 ≡ 2 (mod 2 ), 0 ≡ -2 (mod 2 ) e 0 = 2 = -2 = 0 + 2
1 ≡ 3 (mod 2 ), 1 ≡ -1(mod 2 ) e 1 = 3 = -1 = 1 + 2
0 ∩1 = ∅ e 0 ∪1 = .
124
(1) a = b ⇔ a ≡ b (mod I )
(2) a = b ou a ∩ b = ∅ .
Demonstração.
(1) a ∈ a = b ⇒ a ∈ b ⇒ a ≡ b (mod I ) .
Vamos provar que a ⊆ b . A outra inclusão é análoga.
Seja u ∈ a , isto é, u ≡ a (mod I ). Por hipótese, a ≡ b (mod I ), e
como a congruência módulo I é relação transitiva, temos que
u ≡ b (mod I ).
Portanto u ∈ b e então a ⊆ b .
I = n temos .
A
Para que seja anel precisamos definir operações de adição e
I
A
multiplicação em . Faremos isso com base nas operações defi-
I
nidas em n = .
n
127
A A
Sejam a, b ∈ . Defina a adição e a multiplicação em , res-
I I
pectivamente, por
a+b = a+b
a .b = a b .
Assim,
A A A A A A
+: × → e ⋅: × →
I I I I I I
(a, b ) a+b
(a, b ) ab.
A
Sabemos que os elementos de são classes de equivalência,
I
isto é, são conjuntos de elementos congruentes módulo I , e de
acordo com a Proposição 4.4.2(1) cada um dos elementos da classe
pode representá-la. Portanto precisamos verificar que as opera-
A
ções de adição e multiplicação em não dependem da escolha
I
de representante para as classes operadas.
A
Proposição 4.4.3. As operações de adição e multiplicação em estão
I
bem definidas, isto é,
A
a, b, x, y ∈ , ⇒ a + b = x + y e a. b = x. y .
I
a = x ⇒ a ≡ x (mod I ) ⇒ a - x ∈ I .
b = y ⇒ b ≡ y (mod I ) ⇒ b - y ∈ I .
A
Teorema 4.4.1. Se I é um ideal do anel A então , +, ⋅ é um
anel. I
A
Demonstração. Vamos provar que , +, ⋅ satisfaz os seis axio-
I
A
mas de anel. Sejam a, b, c ∈ . Lembre que a, b, c ∈ A e
I
satisfaz os seis axiomas de anel.
Axioma (i): a + b = b + a .
a +b =a +b = b+ a = b+ a .
Axioma (ii): a + (b + c) = ( a + b) + c .
a + (b + c) = a + (b + c) = a + (b + c) = (a + b) + c = (a + b) + c = (a + b) + c.
Axioma (v): a (b c) = (a b) c .
Axioma (vi): a (b + c) = a b + a c e (b + c) a = b a + c a .
a (b + c) = a (b + c) = a (b + c) = a b + a c = a b + a c = a b + a c.
A
Definição 4.4.2. Seja I um ideal do anel A . O anel é chamado de
I
anel quociente de A por I .
A
(2) Se A é anel comutativo então o anel também é comutativo.
I
Demonstração. Exercício.
4.0 = 4.0 = 0 .
2
Desde que o anel é comutativo, temos também 0.4 = 0 e
6
2.4 = 2 .
2
Logo, é anel com unidade 4 , apesar de 2 não ter unidade.
6
A
tos são congruentes. Assim, é comutativo apesar de A não ser
I
comutativo.
A
Em geral, descrever os elementos do anel quociente é uma
I
tarefa difícil. Muitas vezes o interesse maior é em conhecer a me-
A
lhor estrutura do anel quociente, isto é, saber quando tem uni-
I
dade, é comutativo, é domínio ou é corpo. Note que o corolário
acima fornece informações desse tipo a partir de informações so-
bre o anel A .
A
O próximo teorema diz quando o anel quociente é domínio
I
ou corpo, a partir de informações sobre o ideal I .
Demonstração.
• a = 0 .
• b = 0 .
• a ∈ I ⇒ a - 0 ∈ I ⇒ a ≡ 0 (mod I ) ⇒ a = 0 .
• b ∈ I ⇒ b - 0 ∈ I ⇒ b ≡ 0 (mod I ) ⇒ b = 0 .
A
Portanto a = 0 ou b = 0 , isto é, é domínio.
I
(2) Seja J um ideal de A tal que I J ⊆ A . Então existe
A
a ∈ J tal que a ∉ I . Segue que a ≠ 0 , e como é corpo, existe
I
A
b ∈ tal que a . b = 1 . Isso leva a a b - 1 ∈ I , isto é, 1 = a b + i ,
I
i ∈ I ⊆ J . Note que a b ∈ J pois a ∈ J . Como i, a b ∈ J temos
1= ab +i∈ J .
Portanto J = A e I é ideal maximal de A .
Lista de exercícios
1) Se I é ideal do anel A e a ∈ A , mostre que:
A
a∈I ⇔ a = 0 ∈ .
I
2) Prove o Corolário 4.4.1.
0 = 0 + 6 ,
2 = 2 + 6 ,
4 = 4 + 6 .
2
Faça as tabelas das operações do anel quociente .
6
3
4) Descreva os elementos do anel quociente e faça as tabe-
6
las das operações.
b) A é um anel qualquer e I = A .
c) A = 8 e I = 3. 8 .
d) A = 8 e I = 2. 8 .
e) A = 3 e I = 9 .
Resumo
• Vimos que os ideais à direita (à esquerda ou bilaterais) de
um anel A formam uma classe especial de subanéis de A .
Essas classes coincidem quando A é anel comutativo, e po-
dem ser distintas quando A não é anel comutativo.
(i) .
(ii) .
• ,
• ,
,
e
.
,
e
.
f : → , ,
f : → p , ,
f : → p , ,
e
.
Lembrando que n é um anel quociente, isto é, n = , po-
n
demos pensar em generalizar o Exemplo 5.1.7 para um anel quo-
ciente qualquer. Note que isso é razoável, pois as operações no
anel quociente são semelhantes às operações no anel n = .
n
A
Exemplo 5.1.8. Seja I um ideal do anel A . A função f : A →
,
I
, é homomorfismo chamado homomorfismo projeção
canônica.
De fato,
e
.
140
a + x 0 a 0 x 0
= = +
0 b + y 0 b 0 y
a x 0 a 0 x 0
= =
0 b y 0 b 0 y
.
f : p → p , ,
é homomorfismo.
N ( f ) = {0} e Im ( f ) = A .
142
f : → , f : → p e f : → p .
x x x x xx
tisfazem f (x ) = x = 0 . Mas,
x = 0 ⇔ x − 0∈n ⇔ x∈n .
A
elemento de é imagem de um elemento de A pela função f .
I
A
Logo, Im ( f ) = .
I
Para encontrar , queremos descobrir quais elementos a ∈ A
A
satisfazem f (a ) = a = 0 ∈ . Mas,
I
a = 0 ⇔ a − 0∈ I ⇔ a∈ I .
143
a −b 2 .
⇔ a −b 2 = 0 ⇔ a = 0 e b = 0.
Logo, .
Então, , isto é, .
Segue que e .
144
Lista de exercícios
1) Verifique se cada uma das funções abaixo é um homomor-
fismo de anéis.
a) f : x → , .
b) f : → x , .
c) f : x → x , .
d) f : 2 → M 2 ( ), .
e) f : 3 → 3 , .
f) f : 7 → 7 , .
g) f : A x A → M
A 2 (A), .
A é um anel qualquer.
h) f : 2 → 6 , .
homomorfismo.
(1) .
(2) .
(3) .
0 B = f (0 A ).
Demonstração.
(1) .
Sejam x, y ∈ f (J ) . Devemos mostrar que x y ∈ f ( J ) e
x − y ∈ f (J ) .
Como x, y ∈ f (J ), existem a, b ∈ J tais que e .
Mas J é subanel e então a b, a − b ∈ J .
Aplicando f temos .
Segue que
e
.
Portanto, é subanel de B .
147
(2) .
Portanto, é ideal de .
(1) é subanel de B .
(2) é ideal de A .
148
Demonstração.
(2) .
Sejam a, b ∈ N ( f ) e c ∈ A . Devemos mostrar que a − b, a c,
c a ∈ N ( f ).
Como a, b ∈ N ( f ), temos . Então,
e
.
0 = 4k ⇔ 4k − 0 ∈ 6
⇔ 4k ∈ 6
⇔ 6 | 4k
⇔ 3| k
⇔ k = 3u
⇔ x = 12u ∈12 .
Logo N ( f ) = 12 .
Desde que é subanel de 6 e os subanéis de 6 são ,
, e 6 , basta descobrir qual desses subanéis é a ima-
gem de f .
149
Logo, Im ( f ) ≠ 6 e daí .
• Sobrejetora quando Im ( f ) = Y ;
• Injetora quando: .
(a) f é monomorfismo;
(b) N ( f ) = {0}.
Demonstração.
f : 2 → 2 , a − b 2 , então e
Demonstração.
Lista de exercícios
1) Verifique que nenhuma das funções abaixo é homomorfis-
mo de anéis.
a) f : 2 → 2 , .
b) f : → , f (x ) = x 2 .
x 1
c) f : → M 2 ( ), f (x ) = .
1 x
2) Usando o fato de 3 ser ideal de e f : → 6 , f (x ) = x ,
ser epimorfismo, verifique que é ideal de 6 .
e
.
Logo f é homomorfismo.
• .
x {0}, 7 7 x {0} , .
a 0
Exemplo 5.3.4. Seja A = ∈ M 2 ( ). Vamos verificar que
A . 0 a
x 0
Defina f : → A por f (x ) = . Para x, y ∈ temos:
0 x
x+ y 0 x 0 y 0
f (x + y ) = = + = f (x ) + f ( y )
0 x + y 0 x 0 y
e
x y 0 x 0 y 0
f (x y ) = = = f (x ) f ( y ).
0 x y 0 x 0 y
Logo f é homomorfismo.
x 0 0 0
• f (x ) = 0 ⇔ = ⇔ x = 0.
0 x 0 0
Logo e então f é injetora.
Portanto, f é isomorfismo e daí A .
a 0
Exemplo 5.3.5. Sejam B = ∈ M 2 ( ) e f : → B ,
0 b
x 0
f (x ) = . Afirmamos que f não é isomorfismo. De fato,
0 x
. Logo f não é
156
(3) .
Portanto B é comutativo.
Logo,
ou
a 0
Exemplo 5.3.7. Verificar que A = ∈ M 2 ( ) é corpo.
0 a
Vimos no Exemplo 5.3.4 que A , e como é corpo concluí-
mos que A é corpo.
a b x y a + x b + y
• f + = f
c d z t c + z d + t
a + x b + y 0
= c + z d + t 0
0 0 0
a b 0 x y 0
= c d 0 + z t 0
0 0 0 0 0 0
a b x y
= f + f .
c d z t
159
a b x y a x + b z a y + bt
• f = f c x + d z c y + d t
c d z t
a x + b z a y + bt 0
= c x + d z c y + d t 0
0 0 0
a b 0 x y 0
= c d 0 z t 0
0 0 0 0 0 0
a b x y
= f f .
c d z t
Logo f é homomorfismo.
É claro que f é sobrejetora, pois Im ( f ) = A .
Para ver que f é injetor, vamos calcular .
0 0 0
a b a b
∈ N ( f ) ⇔ f = 0 0 0
c d c d 0 0 0
a b 0 0 0 0
⇔ c d 0 = 0 0 0
0 0 0 0 0 0
⇔ a=b=c=d =0
a b 0 0
⇔ = .
c d 0 0
Segue que e então f é injetora. Portanto f é isomorfismo.
a 2b
Exemplo 5.3.10. Verificar que A = ∈ M 2 ( ) é corpo.
b a
Sabemos que é corpo. Assim, basta
provar que 2 A .
a + b 2, c + d 2 ∈ 2 temos:
Im ( f ) = { f (a + b 2); a, b ∈ }
a 2b
= ∈ M 2 ( )
b a
= A.
Vamos calcular .
a 2b 0 0
⇔ =
b a 0 0
⇔ a = b = 0 ⇔ a +b 2 = 0.
a pb
mo positivo p . Isto é, A = ∈ M 2 () é um corpo iso-
b a
morfo ao corpo p .
a pb
No entanto, o Exemplo 5.3.11 mostra que A = ∈ M 2 ( )
b a
é subanel comutativo de , pois A é domínio. Assim, mes-
mo sem fazer contas, temos certeza que
a pb c pd c pd a pb
= .
b a d c d c b a
Outro resultado que obtemos sem precisar fazer contas é que A
não tem divisores de zero, isto é,
a pb c pd 0 0
=
b a d c 0 0
implica em
a pb 0 0 c pd 0 0
= ou = .
b a 0 0 d c 0 0
a 0
anel, então f : A x A → M 2 ( A ) , f (a, b ) = , é homomor-
0 b
fismo injetor, pois . Mas não é sobrejetor, pois
a 0
Im ( f ) = ∈ M 2 ( A) .
0 b
a 0
Segue que f : A x A → f ( A) = ∈ M 2 ( A) é isomorfismo.
0 b
a f (a)
é isomorfismo.
a = b em então (a ) = (b) .
e
.
Portanto , é isomorfismo de
anéis.
, é epimorfismo com
, ,
4
onde x indica classe no anel 6 e x indica classes no anel .
12
164
4
Agora podemos obter informações sobre o anel a partir de
12
informações do anel {0, 2, 4} ⊆ 6 . Analisando a tabela
0 2 4
0 0 0 0
2 0 4 2
4 0 2 4
n .
n
Vimos que n é corpo se, e somente se, n é número primo. Logo
é corpo se, e somente se, n é número primo.
n
f ∈ N ( ) ⇔ ( f ) = 0 ⇔ f (0) = 0 .
A { f : → ; f é função}
= .
N ( f ) { f : → ; f (0 ) = 0}
Lista de exercícios
1) Os anéis A e B abaixo não são isomorfos. Apresente uma
justificativa para cada item.
a) A = M 2 () e B = x x x .
b) A = 3 e B = 3 .
c) A = 5 e B = 5 .
d) A = 7 e B = x .
166
a b
e) A = x e B = ∈ M 2 () .
0 0
f) A = M 2 () e B = x .
2
g) A = e B = 4 .
8
a) f : p → p , f (a + b p ) = a − b p , quando p
é um número primo positivo.
a b x 0
b) f : ∈ M 2 () → ∈ M 2 () ,
0 0 y 0
a b a 0
f = .
0 0 b 0
2
c) f : → , f ( x) = 2 x .
3 6
d) f : A x B → B x A , f (( x, y )) = ( y, x) , quando A e B são
anéis quaisquer.
b) Calcule ( a ) −1 .
c) Se b ∈ ( A) , mostre que .
a) a é idempotente em A ⇔ f ((a)
a )é idempotente em B .
(a )é nilpotente em B .
b) a é nilpotente em A ⇔ f (a)
1
7) Sejam A = { f : → ; f é função} e I = f ∈ A; f = 0 .
2
a) Mostre que I é ideal de A .
A
b) Use o Teorema do Isomorfismo para provar que .
I
8) Seja f : 12 → 4 , f ( x) = x .
b) Calcule N ( f ) .
12
c) Conclua que 4 .
{0, 4,8}
168
Resumo
• Estudamos homomorfismos de anéis. Vimos que o núcleo
de um homomorfismo f : A → B é ideal de A , e que a ima-
gem de f é subanel de B .
6.1 O corpo
Com as operações usuais sabemos que (, +, ⋅ ) é um corpo.
Então temos o anel produto direto 2 = x , cujas operações
são efetuadas em cada coordenada, isto é,
• (a, b) + (c, d ) = (a + c, b + d )
• (a, b) (c, d ) = (a c, b d ) .
= (a (c e − d f ) − b (c f + d e), a (c f + d e) + b (c e − d f ))
= (a c e − a d f − b c f − b d e, a c f + a d e + b c e − b d f )
= ( a c e − b d e − a d f − b c f , a c f − b d f + a d e + b c e)
= ((a c − b d ) e − (a d + b c) f , (a c − b d ) f + (a d + b c) e)
= (a c − b d , a d + b c) (e, f )
= (a (c + e) − b (d + f ), a (d + f ) + b (c + e))
= ( a c + a e − b d − b f , a d + a f + b c + b e)
= ( a c − b d + a e − b f , a d + b c + a f + b e)
= ( a c − b d , a d + b c ) + ( a e − b f , a f + b e)
( a , b ) (c, d ) = ( a c − b d , a d + b c )
= (c a − d b, c b + d a )
= (c, d ) ( a , b ) .
Axioma (viii): ∃12 tal que 12 (a, b) = (a, b) 12 = (a, b)
a −b
Tome (a, b) −1 = 2 2
, 2 2
∈ 2 .
a +b a +b
a −b
(a, b) (a, b) −1 = (a, b) 2 2
, 2 2
a +b a +b
a2 b2 −a b ba
= 2 2
+ 2 2
, 2 2
+ 2 2
a +b a +b a +b a +b
= ((1,
1, 00)) .
• A unidade é (1, 0) .
a −b
• O inverso de (a, b) ≠ (0, 0) é 2 2
, 2 2
.
a +b a +b
Re ( z ) = a e Im ( z ) = b .
• (a + b i ) + (c + d i ) = (a + c) + (b + d ) i ;
• (a + b i ) (c + d i ) = (a c − b d ) + (a d + b c) i .
• O elemento neutro é 0 .
• O simétrico de a + bi é −a − bi .
• A unidade é 1.
a b
• O inverso de a + bi ≠ 0 é − 2 i.
a + b a + b2
2 2
Solução.
3 5 1
z −1 = 2 2
− 2 2 i = (3 − 5 i ) .
3 +5 3 +5 34
• − = − = 0 .
2 i 1 1
• = −1 = (11 − 2 i ) − = (11 − 2 i ) (2 − i ) = ((22 − 2) + (−11 − 4) i)
5 5 5 5
1
= (20 − 15 i ) = 4 − 3 i.
5
177
−1
4 3 1
• = −1 = ( −1 ) −1 = = (4 − 3 i ) −1 = + i = (4 + 3 i ).
25 25 25
Solução.
z = (2 − x i ) ( x + 2 i ) = (2 x + 2 x) + (4 − x 2 ) i .
Para ser imaginário puro devemos ter 0 = Re ( z ) = 4 x . Logo, x = 0 .
a −b
a + bi ,
b a
é monomorfismo de anéis e
a −b
Im ( f ) = ; a, b ∈ .
b a
a −b c −d
f ( a + b i ) = f (c + d i ) ⇒ =
b a d c
⇒a=c e b=d
⇒ a + bi = c + d i .
•
178
a −b
Im ( f ) = ; a, b ∈
b a
é subanel de M 2 () , e então
a −b
f : → ; a, b ∈
b a
a −b
a + bi
b a
é isomorfismo. Mas é corpo, e corpo é estrutura algébrica inva-
a −b
riante por isomorfismo. Então ; a, b ∈ é um corpo.
b a
a −b
entanto, vimos acima que A = ; a, b ∈ é um corpo
b a
contido em M 2 () . Em particular temos que o produto de matri-
zes de A é comutativo, que vale a lei do cancelamento em A e que
toda matriz não nula de A é inversível.
a −b
O isomorfismo f : → ; a, b ∈ permite efetuar
b a
operações em , fazendo operações com matrizes. Para ilustrar isso,
sejam , ∈ e suponha que desejemos calcular . Podemos
multiplicar as matrizes x = f ( ) e y = f ( ) obtendo x y e então
f −1 ( x y ) = f −1 ( x) f −1 ( y ) = .
179
11 2 2 −1
f ( ) = = x e f ( ) = = y.
−2 11 1 2
2 1
13 1 24 −7 −1
5 5
Como x + y = , xy= e y = , temos:
−1 13 7 24 −1 2
5 5
+ = f −1 ( x) + f −1 ( y ) = −1
f ( x + y ) = 13 − i .
= f −1 ( x) f −1 ( y ) = f −1 ( x y ) = 24 + 7 i .
2 i
−1 = ( f −1 ( y ))−1 = f −1 ( y −1 ) = − .
5 5
Lista de exercícios
1) Mostre que todo subdomínio de contém .
a) Re ( z ± w) = Re ( z ) ± Re ( w) ;
b) Im ( z ± w) = Im ( z ) ± Im ( w) .
a) z , − z , iz , − iz .
b) w, − w, iw, − iw .
5) Para = 1 + i e = 3 − 2i , calcule:
a) + , 3 − 2 , i − i, ;
b) , , i −1 , i −1 , −1 −1 .
a+i
9) Para que valores de a ∈ o número z = é real?
1+ a i
3 −4
10) Calcule a inversa da matriz ∈ M 2 () .
4 3
11) Calcular i 0 + i1 + i 2 + ... + i n , para todo n ∈ .
b z = (a, b)
−b z = (a,−b)
Figura 6.2.1
Demonstração.
Sejam = a + bi , = c + d i ∈ .
181
z = a + b i ∈ N ( f ) ⇔ f ( z) = a − b i = 0
⇔a=b=0
⇔ z=0
• + = f ( + ) = f ( ) + f ( ) = + .
• = f ( ) = f ( ) f ( ) = .
(1) + = + .
182
(2) = .
(3) = .
(4) − = − .
(5) = , ≠ 0.
(6) + = 2 Re ( ) .
(7) − = 2 Im ( ) i .
(4) − = f ( − ) = f ( ) − f ( ) = − .
(5) = −1 = f ( −1 ) = f ( ) f ( −1 ) = f ( ) f ( ) −1 = ( ) −1 = .
(6) e (7). Seja = a + bi , então
+ = (a + bi ) + (a − bi ) = (a + a ) + (b − b) i = 2a = 2 Re ( ) .
− = (a + bi ) − (a − bi ) = (a − a ) + (b + b) i = 2b i = 2 Im ( ) i .
= − 3i = − 3i = + 3i = 5 + 2 i + 3i = 5 + 5i .
(2 + i ) 2
Exemplo 6.2.2. Escreva = na forma a + bi .
3 − 4i
(2 + i ) 2
= = (2 − i ) (2 − i ) (3 − 4 i ) −1 = (3 − 4 i ) (3 − 4 i ) −1 = 1 .
3 − 4i
= (a + bi ) (a − bi ) = (a 2 + b 2 ) + (− a b + a b) i = a 2 + b 2 .
183
−10 + 5 i = 4 i + = 4 i (a + bi ) + (a − bi )
= (−4 b + 4 a i ) + (a − bi )
= (a − 4 b) + (4 a − b) i .
a − 4 b = −10
Devemos ter
4 a − b = 5
e então a = 2 e b = 3 . Logo = 2 + 3i .
( )
Figura 6.2.2
( )
( )
Figura 6.2.3
z = 2 i ⇒ z = 22 = 2
z = 1+ 3 i ⇒ z = 1+ 3 = 2 .
z ≥ Re ( z ) ≥ Re ( z ) e z ≥ Im ( z ) ≥ Im ( z ) .
De fato, se z = a + b i então:
• z = a 2 + b 2 ≥ a 2 = a = Re ( z ) ≥ a = Re ( z ) .
• z = a 2 + b 2 ≥ b 2 = b = Im ( z ) ≥ b = Im ( z ) .
(2) = = − .
185
(3) −1 = 2
, ≠ 0.
−1
(4) −1 = , ≠ 0.
(5) = .
(6) = , ≠ 0.
(8) − ≥ − .
Demonstração. Sejam = a + b i e = c + d i .
(1) = (a + b i ) (a − b i ) = (a 2 + b 2 ) + (−a b + b a ) i
2
= a 2 + b2 = ( a 2 + b2 )2 = .
(2) = a 2 + (−b) 2 = a 2 + b 2 =
e
− = −a − b i = (−a ) 2 + (−b) 2 = a 2 + b 2 = .
c−di
(3) −1 = 2 2
= 2.
c +d
c−di c d
(4) −1 = 2 2
= 2 − 2 i
c +d c + d c + d2
2
c2 d2 c2 + d 2
= + =
(c 2 + d 2 ) 2 (c 2 + d 2 ) 2 (c 2 + d 2 ) 2
1 1
= 2 2
=
c +d c2 + d 2
1
= =| |−1 .
| |
186
(6) .
(7)
(8) = − + ≤ − + ⇒ − ≥ −
= − + ≤ − + = − + ⇒ − ≥ − = − ( − ).
− ≥ max { − , − ( − )} = − .
2
= = 34
e
−1 34
−1 = = 34 ( 17) −1 = = 2.
17
Lista de exercícios
1) Determine o módulo de z quando:
10
1+ i
a) z = .
1− i
b) z = (3 + 2i ) 2 + (3 − 2i ) 2 .
(3 − 2i )3
c) z = .
(3 + 2i )5
2) Sejam = 1 − 3i e = 3 − i . Calcule:
a) , , e .
b) e −1 .
4) Resolva em a equação x 4 + 3 x 2 + 2 = 0 .
i
7) Seja z = . Escreva z na forma a + bi e calcule z −1 .
−2 − 2i
8) Sejam , ∈ tais que ≠ . Mostre que:
a) + ≠ 0 .
z z
b) ≤ , ∀z ∈ .
+ −
188
( )
Figura 6.3.1
arg ( z ) = , se b > 0
2
e
3
arg ( z ) = , se b < 0 .
2
Demonstração.
cos = cos x
sen = senx
Segue que x = + 2k , k ∈ .
190
11
Logo θè = .
6
11 11
3 − i = 2 cos + i sen .
6 6
• z = −3 i
3
Logo èθ = .
2
3 3
−3 i = 3 cos + i sen .
2 2
• z = 7
Logo θ
è = 0.
7 = 7 (cos 0 + i sen 0) .
1 + i (1 + i ) (1 + i ) (1 − 1) + (1 + 1) i 2 i
• z = = = = =i.
1 − i (1 − i ) (1 + i ) 2 2
.
Logo θ
è= .
2
1+ i
= i = 1 cos + i sen .
1− i 2 2
191
então
n
z n = z (cos n θ + i sen n θ) .
Lembrando que
vem que
k +1
z k +1 = z (cos (k + 1) θ + i sen (k + 1) θ) .
Logo a fórmula vale para k + 1 , e pelo primeiro princípio de indu-
ção
n
z n = z (cos n θ + i sen n θ) , ∀n ∈ .
. Logo θè = e então
3
z = 2 cos + i sen .
3 3
192
5 5
5 1 3
z 5 = 25 cos + i sen = 2 − i = 16 − 16 3 i
3 3 2 2
e
6 6
z 6 = 26 cos + i sen 6 6
= 2 (cos 0 + i sen 0) = 2 = 64 .
3 3
11 11
z = 3 − i = 2 cos + i sen .
6 6
Pela Fórmula de Moivre
11 11
( 3 − i )10 = 210 cos 10 + i sen 10 .
6 6
55
− 9 ⋅ 2 = .
3 3
1 3
( 3 − i )10 = 210 cos + isen = 210 + i 9
= 2 (1 + 3 i ) .
3 3 2 2
(1 + i )6
Exemplo 6.3.4. Calcule .
(1 − i ) 4
1+ i
Já vimos que = i . Então:
1− i
4
(1 + i )6 1 + i 2 4 2
4
= (1 + i ) = i (1 + i ) = 1(1 + i ) (1 + i ) = 2 i .
(1 − i ) 1 − i
a) Um número real.
Logo,
θè = e z = 2 cos + i sen .
4 4 4
Portanto,
n n
z n = 2n cos + i sen .
4 4
n
a) Para que z n seja real precisamos sen = 0.
4
n
Isso ocorre quando = k .
4
n
Se tomarmos k = 0 , vem que = 0 e daí n = 0 , que não é
∗ 4
possível, pois n ∈ .
n
Segue que k = 1 e então = , isto é, n = 4 .
4
Assim z 4 = 24 (cos + i sen ) = −16 .
n
b) Para que z n seja imaginário puro devemos ter cos = 0.
4
n
Isso ocorre quando = + k .
4 2
n
Tomando k = 0 vem que = , isto é, n = 2 .
4 2
Assim, z 2 = 22 cos + i sen = 4 i .
2 2
Lista de exercícios
1) Sejam z = r (cos θ + i sen θ) e w = s (cos + i sen ) números
complexos não nulos escritos na forma trigonométrica.
1 1
c) Mostre que w−1 = (cos (− ) + i sen ( − )) = (cos − i sen ) .
s s
r
d) Mostre que z w−1 = (cos (θ − ) + i sen (θ − )) .
s
z
e) Conclua que arg ≡ arg ( z ) − arg ( w) (mod 2 ) .
w
194
a) 1 + 3 i .
1
b) (−1 + 3 i ) .
2
c) − 17 i .
d) b i, b ∈ ∗+ .
e) b i, b ∈ ∗− .
a) (1 + 3 i )12 .
b) (1 − 3 i )6 .
c) (1 − i ) 40 .
a) Um número real.
1
5) Escrever z = na forma trigonométrica.
1+ i 3
6) Determinar o módulo e o argumento de z , sabendo que
i z + 2 z +1− i = 0 .
2
7) Dado que z + 3( z − z ) = 4 − 12i , escreva z na forma algé-
brica.
8) Sejam x, y ∈ e z = x + i y . Se y = x + 1 e z = 5 , calcule as
possibilidades para z .
9) Se z ∈ ∗ tem módulo 2 e argumento , calcule z 2 .
8
10) Sejam z = 1 + i e w = 3 + i . Escreva z w na forma trigono-
métrica.
195
5 5
11) Dados os números complexos z1 = 2 cos + i sen ,
6 6
3 3
z2 = 3 cos + i sen e z3 = cos + i sen , calcule o mó-
4 4 12 12
dulo e o argumento de z = z1 z2 z3 .
• Se a ≥ 0 , então n
a é o único número real positivo b tal que
bn = a .
n (θ + 2 k ) n (θ + 2 k )
(k ) n = ( n z )n cos + i sen
n n
= z (cos (θ + 2k ) + i sen (θ + 2k ))
= z (cos θ + i sen θ) = z .
Como
concluímos que
0+0 0 + 0
w0 = a cos + i sen = a ,
2 2
e
0 + 2 0 + 2
w1 = a cos + i sen = − a .
2 2
Em particular:
+0 + 0
w0 = a cos + i sen = a i,
2 2
e
+ 2 + 2
w1 = a cos + i sen = a (−i ) = − a i.
2 2
Em particular:
−4 = 4 i = 2 i
−5 = 5 i
−36 = 6i
−1 = i .
,
e
199
z = −8 = 8(cos + i sen )
2k
e = k .120
n
arg (0 ) = 60 =
3
arg (1 ) = 60 + 120 = 180 =
5
arg (2 ) = 60 + 240 = 300 =
3
1 3
0 = 3 8 cos + i sen = 2 + i = 1 + 3 i
3 3 2 2
1 = 3 8 (cos + i sen ) = −2
5 5 1 3
2 = 3 8 cos + i sen = 2 − i = 1 − 3 i
3 3 2 2
Figura 6.4.1
200
Logo,
2 2 2
èθ = e z = z cos + i sen ,
3 3 3
2k
e = k .90
n
arg (0 ) = 30 =
6
2
arg (1 ) = 30 + 90 = 120 =
3
7
arg (2 ) = 30 + 180 = 210 =
6
5
arg (3 ) = 30 + 270 = 300 =
3
0 = 4 16 cos + i sen
6 6
3 1
= 2 cos + i sen = 2 + i = 3 + i ,
6 6 2 2
2 2
1 = 2 cos + i sen
3 3
1 3
= 2 − + i = −1 + 3 i ,
2 2
7 7 3 1
2 = 2 cos + i sen = 2 − − i = − 3 − i ,
6 6 2 2
e
5 5 1 3
3 = 2 cos + i sen = 2 − i = 1 − 3 i .
3 3 2 2
201
Figura 6.4.2
w = 1, w, w2 , ... , wn −1 .
1 3
w2 = cos120 + i sen120 = − + i
2 2
202
w3 = cos180 + i sen180 = −1
1 3
w4 = cos 240 + i sen 240 = − − i
2 2
1 3
w5 = cos 300 + i sen 300 = − i
2 2
As primitivas são: w e w5 .
w2
w3
w4 w5
Figura 6.4.3
2 6 2 6
w6 = cos + i sen = cos 2 + i sen 2 = 1 .
6 6
Então:
( w5 )0 = 1
( w5 )1 = w5
( w5 ) 2 = w10 = w6 w4 = 1 w4 = w4
( w5 )3 = w15 = ( w6 ) 2 w3 = 1 w3 = w3
( w5 ) 4 = w20 = ( w6 )3 w2 = 1 w2 = w2
( w5 )5 = w25 = ( w6 ) 4 w = 1 w = w .
2 2
w = cos + isen ,
n n
para determinar todas as raízes n-ésimas complexas. Veja o lema
abaixo.
(uwk ) n = u n ( wn ) k = z ⋅1k = z .
Assim u , uw,..., uwn −1 são raízes n-ésimas complexas de z . Além
disso essas raízes são distintas, pois se r , s ∈ {0,1, , n − 1} , temos:
2 r 2 r 2 s 2 s
uwr = uws ⇒ wr = ws ⇒ cos + isen = cos + isen .
n n n n
r 2 r
Como 0 ≤ < 1 , temos ∈ [0, 2 ).
n n
2 s
Da mesma forma, ∈ [0, 2 ).
n
2 r 2 s
Segue do Lema 6.3.1 que = , isto é, r = s .
n n
Assim, r ≠ s implica uwr ≠ uws .
Como existem exatamente n raízes n-ésimas complexas de z ,
concluímos que u , uw, , uwn −1 são essas raízes.
u = −1 + 3 i , u w = − 3 − i , u w2 = 1 − 3 i e u w3 = 3 + i .
204
−1
Figura 6.4.4
S = {( x, y ) ∈ ; x ≤ 3} .
Figura 6.4.5
205
S ={( x, y ) ∈ ; − 1 ≤ y < 1} .
−1
Figura 6.4.6
Seja z = x + y i .
z +i + z −i = 2
x + ( y + 1) i + x + ( y − 1) i = 2 (*)
x 2 + ( y + 1) 2 = 4 − 4 x + ( y − 1) i + x 2 + ( y − 1) 2
y 2 + 2 y + 1 = 4 − 4 x + ( y − 1) i + y 2 − 2 y + 1
4 y = 4 (1 − x + ( y − 1) i )
y − 1 = − x + ( y − 1) i , (eleva ao quadrado)
( y − 1) 2 = x 2 + ( y − 1) 2 ⇒ x = 0 .
Substituindo em (*)
( y + 1) i + ( y − 1) i = 2 .
1° Caso: y ≥ 1; y + 1 + y − 1 = 2 ⇒ 2 y = 2 ⇒ y = 1 .
2° Caso: y ≤ −1; − y − 1 − y + 1 = 2 ⇒ − 2 y = 2 ⇒ y = −1 .
3° Caso: −1 < y < 1; y + 1 − y + 1 = 2 ⇒ 2 = 2 (vale para todo −1 < y < 1 )
S = {(0, y ) ∈ ; −1 ≤ y ≤ 1} .
206
−1
Figura 6.4.7
(a − 2) + bi < 1 .
(a − 2) 2 + b 2 < 1 ,
e assim,
(a − 2) 2 + b 2 < 1 .
(a − 2) 2 + (b − 0) 2 = 1 .
1 2 3
Figura 6.4.8
Lista de exercícios
1) a) Calcule a raiz quadrada real de 6.
a) Re ( z ) < 2 .
b) Im ( z ) > 1 .
208
c) z − 4 > 3 .
1
d) Re ( z −1 ) < .
2
e) z − 4 > z .
tação −p = pi.
Vimos que:
• p é subdomínio de ;
• p é subcorpo de .
− p = {a + b − p ; a, b ∈ } = {a + b p i ; a, b ∈ } ,
− p = {a + b − p ; a, b ∈ } = {a + b p i ; a, b ∈ }
e
− p = {a + b − p ; a, b ∈ } = {a + b p i ; a, b ∈ } .
a+b −p = c+d −p ⇔ a = c e b = d .
(⇒) a + b − p = c + d − p ⇒ a + b p i = c + d p i
⇒a=c e b p =d p
⇒a=c e b=d
Proposição 6.5.2.
(b) − p é subcorpo de .
Demonstração.
(b − d ) , (a c − p b d ) , (a d + b c) ∈ e então
• (a + b − p ) − (c + d − p ) = (a − c) + (b − d ) − p ∈ − p .
• ( a + b − p ) (c + d − p ) = ( a c + b d − p − p ) + ( a d + b c ) − p
= (a c + b d p i p i ) + (a d + b c) − p
= (a c − p b d ) + (a d + b c) − p ∈ − p .
Logo − p é subdomínio de .
1 1
De fato, se ∈ − p , então = a + b − p , a, b ∈ .
2 2
1
Pelo Lema anterior temos que = a ∈ . Que não é possível.
2
(b) De forma análoga ao item (a) verifica-se que − p é um
subanel comutativo e unitário de . Para concluir que é subcorpo,
devemos mostrar que se 0 ≠ a + b − p ∈ − p , então
(a + b − p ) −1 ∈ − p .
a b pi
(a + b − p ) −1 = (a + b pi ) −1 = − 2
a + p b a + p b2
2 2
a b −p
= − 2
a + p b a + p b2
2 2
a b
= − 2 −p .
a + p b a + p b2
2 2
Como
a −b
, 2 ∈ ,
a + p b a + p b2
2 2
concluímos que
−1 a a b b
((a + b (a−+p b)) )
−1
−1
−= p 2 = 22 − 2 2 − 22 ∈ 2 ∈−
p − p .
a + p ab + pa b + p ab + p b
⊆ − p ⊆ − p ⊆ ,
− p e −q .
− p = a + b −q .
− p = a 2 + 2 a b −q − q b 2 ,
e daí,
(a 2 − q b 2 + p) + 2 a b −q = 0 = 0 + 0 p .
a 2 + p − q b 2 = 0
2a b = 0
1° Caso: a = 0 e a 2 + p − q b 2 = 0 .
Nesta situação temos p = q b 2 . Porém, isso implica em q | p . Ab-
surdo, pois p e q são números primos positivos e distintos.
2° Caso: b = 0 e a 2 + p − q b 2 = 0 .
Agora temos a 2 = − p , que também é absurdo, pois a 2 ≥ 0 e
− p <0.
Portanto a suposição − p ∈ −q leva a absurdo, e concluímos
que − p ∉ −q . Consequentemente, − p −q .
212
• (a + b i ) − (c + d i ) = (a − c) + (b − d ) i ∈ [i ] .
• (a + b i ) (c + d i ) = (a c − b d ) + (a d + b c) i ∈ [i ] .
Lista de exercícios
1) Calcule o conjunto dos elementos inversíveis do anel de in-
teiros de Gauss, isto é, ( [i ]) .
a) Se = a + b − p , então N ( ) = (a + b − p ) (a − b − p ) .
b) N ( ) = 0 ⇔ = 0 .
c) N ( ) = N ( ) N ( ) .
d) ∈ ( − p ) ⇔ N ( ) = 1 .
3) Calcule:
a) ( −17 ) ;
6) Seja f : −2 → M 2 ()
a −2 b
a + b −2 .
b a
a) Mostre que f é monomorfismo;
Resumo
• Construímos formalmente o corpo dos números comple-
xos e, através da identificação a = (a, 0) , vimos que é sub-
corpo de .
Referências
Livro complementar.