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Orientadores:
Professor Nuno Henriques
Professor Filipe Martins Rodrigues
Maio de 2019
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Resumo
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Abstract
Ventilation systems represents one of most potential sources of pollution in the
installations and the guarantee of hygiene of air ducts and indoor air quality, has gained
a lot of importance over the years. Particles and other types of contaminants
accumulated on the surfaces of the system due their own construction or during use.
Consequently, excessive energy consumption, reduction of flows and malfunctions in the
ventilation system can be generated. A ventilation system should then be inspected
regularly and cleaned when the result of its inspection so recommends.
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Índice
Índice .......................................................................................................... 5
Introdução ................................................................................................. 10
5.3.3. Humidificadores.............................................................................. 15
5
Ventilação Localizada ............................................................................... 27
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13. Intervenções de Limpeza em Sistemas de Ventilação............................... 57
Conclusão ................................................................................................. 64
Referências ............................................................................................... 65
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Índice de Imagens
Figura 1- Ventilação localizada .......................................................................... 21
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Índice de Tabelas
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Introdução
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Critérios de Limpeza em Sistemas de Ventilação
A principal função de sistema de ventilação é garantir o fornecimento de ar fresco,
limpo e saudável no interior de uma instalação, mas se nestes sistemas não forem
mantidas as condições de higiene necessárias, podem tornar-se numa das maiores
fontes de poluição de uma instalação. O objetivo é instalar um sistema de ventilação
que possa ser mantido limpo durante o período de vida da instalação.
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Antes de Limpar Método de
Pais Aplicação Categoria Referência
as Condutas Avaliação
P1a 1 g/m2 Visuald ou
Finlândia Insuflação Teste de FISIAQ, 2001
P2a 2,5 g/m2 Aspiraçãoe
Altab
Visualmente suja VDI,
Alemanha Geral Médiab Visualf
6022/Parte1
Básicab Muita sujidade
Classe Ac 3% Ópticog
Noruega Insuflação Juell et al. 1994
Classe Bc 5% Ópticog
Não
Suécia Insuflação --- 1 g/m2 SNBH, 1994
Mencionadoh
EUA Geral --- Visualmente suja Visuali NADCA, 2001
Tabela 1 - Valores Limite para acumulação de partículas em condutas e sistemas de tratamento de
ar novos
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De acordo com a FISIAQ (2001), as superfícies internas das condutas e
acessórios devem satisfazer os requisitos da tabela abaixo:
Critérios de
Poluente
classificação
Densidade superficial do óleo
nas condutas1
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5.3. Critérios de Limpeza em Sistemas
Existentes
5.3.1. Filtros
Existem várias medidas a tomar para que os filtros não sejam um dos principais
poluentes do ar:
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5.3.3. Humidificadores
• Nível máximo permitido de germes na água é de 1000 UFC/ml (VDI 3803)
• Legionella 0 UFC/ml (VDI 3803)
• Limpar regularmente o humidificador, a seco ou com água (semestral)
• Mudar a água durante períodos de não operação e não exceder uma
semana de utilização
• As superfícies devem estar completamente secas.
Estes testes efetuados á água (2 primeiros pontos), podem ser feitos de forma
rápida, utilizando fitas de imersão ou podem ser mais demorados utilizando placas de
gel para culturas de micro-organismos.
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Práticas Recomendáveis de Projeto
O projectão é uma fase importante de maneira a obter um sistema de ventilação
limpo. Sem a devida documentação, desenhos claros e concisos a fase de projeto pode
tornar-se numa fase muito difícil.
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• As grelhas de admissão devem ser localizadas no lado mais limpo do
edifício (normalmente na cobertura). A admissão de ar deve estar afastada
de fontes de contaminação (torres de arrefecimento, parqueamentos e
locais de exaustão)
• As baterias de aquecimento devem ser dimensionadas para um máximo
de velocidade de ar especificado (3.0 m/s – PTIV, Ripatti et. Al 2002 e 2,0
m/s para PEF reduzida). E as baterias de arrefecimento devem estar
equipadas com separadores de gotas.
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Os humidificadores evaporativos devem operar com um caudal de água
por excesso. Em períodos de não operação, o depósito deve ser
completamente drenado.
• Atenuadores de Ruído – Por razões de higiene os silenciadores não
devem ser colocados imediatamente depois de dispositivos de
humidificação. Os silenciadores devem ser construídos de forma a não
ocorrer libertação de fibras no ar durante a operação.
• Filtros – Deve garantir-se espaço suficiente para permitir acesso total aos
elementos de filtragem quer junto ao painel de acesso, quer imediatamente
a montante dos filtros.
• Condutas de ar e acessórios – Devem ser protegidas contra poeiras e
sujidades com tampões durante o transporte e o armazenamento no local
de construção. Para o corte de condutas deve recorrer-se a ferramentas
especialmente concebidas para sistemas de ventilação limpos.
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a) Agendar as atividades por forma a que a instalação de condutas não
coincida com trabalhos de construção que produzam muita sujidade.
b) Manter um estado de limpeza razoável no local de construção
c) Garantir um armazenamento limpo e sexo das condutas e acessórios no
local de construção
d) Limpar regularmente durante os trabalhos de construção e efetuar uma
limpeza geral antes da entrega.
e) Ministrar formação aos trabalhadores sobre sistemas de ventilação
limpos.
f) Na entrega devem constar os documentos relativos aos métodos e
procedimentos de limpeza:
i. Limpeza a seco: Aspiração, ar comprimido e escovagem.
ii. Limpeza húmida: Jato de vapor, limpeza química e desinfeção.
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O manual de manutenção deve incluir instruções suficientes que permitam
verificar o funcionamento de um componente que tenha sido removido para
manutenção. A direção do caudal de ar deve estar sempre indicada em todos estes
componentes. A instalação destes componentes deve garantir a sua fácil remoção,
manutenção ou inspeção.
Não é proibido o recurso a rebites ou parafusos que que entrem dentro das
condutas, desde que não interfiram com o processo de limpeza e manutenção.
Parafusos pontiagudos não podem ser utlizados perto dos acessos, pois podem causar
ferimentos na equipa de manutenção e limpeza.
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Ventilação Industrial
A ventilação, de uma forma geral, é o meio que permite substituir o ar existente
num determinado espaço interior, por ar exterior, com o intuito de diminuir a
concentração de um determinado poluente no ar interior.
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Figura 2- Ventilação geral
Como a ventilação localizada capta o poluente no seu ponto de emissão, esta vai
ter um menor consumo energético relativamente à ventilação geral, uma vez que o
caudal necessário é muito menor. Sabendo que a ventilação geral consiste na
substituição de ar poluído por ar limpo no espaço a descontaminar até à obtenção de
concentrações aceitáveis à laboração, esta deve ser utilizada preferencialmente como
complemento da ventilação localizada, para assegurar as referidas concentrações
aceitáveis.
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Transporte de Poluentes
O transporte dos poluentes (ou contaminantes) diluídos no ar, no caso da
indústria cerâmica, realiza-se pela diferença de pressão entre a zona de captação e o
ventilador, gerador da referida diferença de pressão. Para que não exista má captação
das partículas ou acumulação das mesmas ao longo das condutas, é necessário
estabelecer-se uma velocidade mínima para o escoamento, seleccionar a melhor forma
de captação, nomeadamente a forma da boca e a distância à fonte e ter em conta as
perdas por atrito, nas ramificações, filtros, curvas e entradas e saídas de ar.
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8.2. Ventilação Geral
A ventilação geral está associada ao movimento de grandes volumes de ar e tem
como objetivo a diluição ou deslocação de contaminantes diluídos no ar, e também
permitir algum conforto térmico. É utilizada para baixas concentrações de poluentes,
embora não seja recomendada quando existem grandes quantidades de poluentes ou
poeiras que possam difundir-se rapidamente por uma grande área. A má utilização deste
tipo de ventilação pode levar à exposição de trabalhadores distantes da fonte de
emissão.
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Se os postos de trabalho estão muito próximos da fonte de emissão de poluentes
e as quantidades de emissão são muito elevadas, através da ventilação geral, não se
conseguem obter níveis admissíveis para a laboração.
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Ventilação Localizada
A ventilação por aspiração localizada, ou ventilação localizada, como dito
anteriormente, é um processo que necessita de movimentar menores quantidades de
ar que a ventilação geral, o que leva a um menor consumo energético. Contudo quando
instalado o sistema de ventilação, o processo produtivo não deve ser alterado, para
assim garantir a eficiência do sistema.
Este tipo de ventilação tem como principal objetivo a captação dos contaminantes
o mais próximo possível da fonte de emissão e é preferencialmente instalado entre a
fonte e o trabalhador. Como a ventilação localizada transporta os contaminantes até um
retentor ou coletor, estes podem ser dirigidos novamente para as linhas de produção,
ou seja, este sistema permite uma recuperação dos materiais e uma redução nas
emissões de contaminantes para o exterior. Permite ainda proteger o equipamento do
processo, assim como a qualidade do produto a ser fabricado.
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que podem provocar desconforto térmico, e evita a dispersão do
contaminante;
• Afastar as saídas de ar poluído das entradas de ar novo, para que este último
não seja contaminado;
• Evitar correntes de ar e o desconforto térmico através da colocação de
anteparos e do aquecimento do ar de entrada.
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Figura 7- Sistema de ventilação por aspiração localizada
Relativamente ao elemento motor deve garantir-se que este seja bem projetado,
pois caso contrário, este poderá ter um consumo excessivo de energia, ser ruidoso e
mais dispendioso, quando sobredimensionado.
A manutenção num sistema deste tipo é fundamental porque assegura que ele se
mantenha nas condições de projeto, ou seja, nas condições de maior eficiência. Para
que esta eficiência se mantenha, normalmente o sistema não pode ser utilizado para
um contaminante diferente daquele para o qual foi projetado, ou seja, este pode não
recolher as partículas da mesma forma ou simplesmente não as recolher.
Quando existem vários pontos de captação, é necessário que todos esses pontos
se encontrem à mesma pressão, ou pelo menos que a pressão não varie, para que a
velocidade de aspiração seja constante.
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9.1.1. Dispositivos de Captação
Os dispositivos de captação são um dos componentes mais importantes do
sistema porque permitem a captação do ar contaminado. Estes dispositivos podem ter
inúmeras formas e tamanhos, uma vez que têm de estar adaptados à fonte de emissão.
Quando isto não acontece, a aspiração não funciona corretamente, perdendo eficácia e
consequentemente o controlo das emissões, o que leva à situação de risco de exposição
dos trabalhadores.
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Tabela 4-Velocidades de captura dos contaminantes
Velocidade de captura
Condição de dispersão do contaminante (m/s)
Libertado sem velocidade inicial para ar estagnado 0,25-0,5
Libertado a baixa velocidade em ar com velocidade moderada 0,5-1
Libertado a média velocidade numa zona com fortes correntes de ar 1,0-2,5
Libertado a elevada velocidade numa zona com muito fortes
2,5-10
correntes de ar
Dalla Valle foi um pioneiro neste campo, desenvolvendo uma expressão, que
representa a velocidade do ar, devida exclusivamente à exaustão, ao longo de um eixo
de simetria, em campânulas com secções circulares, quadradas e retangulares.
Em que:
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Uma forma de melhorar o desempenho da captação é introduzir um deflector em
redor da entrada do ar (figura 9). A sua presença restringe a extração do ar à zona
frontal da entrada, ao contrário do que se verifica na sua ausência, em que o ar é
captado em todas as direções. Neste deflector, a velocidade do ar sofre um acréscimo
de cerca de 1/3.
Posto isto, como existem dispositivos de captação com inúmeras geometrias, não
existe uma expressão que permita calcular a velocidade de captação num qualquer
ponto de emissão. Contudo, através de vários estudos e experiências, foram elaborados
quadros que de acordo com a geometria e dimensão do dispositivo de captação, nos
dão a relação entre o caudal de aspiração e a velocidade do ar induzida pelo dispositivo.
De uma forma geral pode dizer-se que existem quatro tipos de dispositivos ou
exaustores de captação: envolvimento total, cabines fechadas, cabines abertas e
exteriores à fonte de emissão. Nos três primeiros, o ar entra por fendas em faces livres
de forma a compensar o ar contaminado que é extraído pelo sistema de ventilação. Esta
extração pode ser feita por qualquer uma das superfícies, normalmente mais que uma
de cada vez, que envolvem a fonte de emissão do contaminante.
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O caudal de aspiração pode ser obtido por:
Cabines Fechadas
Nestas cabines, o trabalhador e o elemento contaminante encontram-se dentro de
um local fechado, somente com algumas aberturas para a entrada e saída de ar por
exaustão. O sentido da deslocação do ar no interior destas cabines é imperativo que
seja escolhido tendo em conta que o operador não se encontre entra a fonte de emissão
e a aspiração. A velocidade de captação é na maioria dos casos de 0,5m/s, ao nível das
vias respiratórias do operador.
Cabines Abertas
A diferença destas cabines face às anteriores é o facto de esta conter uma das
faces aberta, local por onde entra o ar, para que se possa ter acesso à operação. Esta
deve ser suficientemente profunda, de modo a conter a zona natural de contaminação.
A tabela 5, dá também exemplos de velocidades mínimas, para este tipo de dispositivos.
Esta velocidade deve ser uniforme em toda a cabine.
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Tabela 5 - Velocidades de captação mínimas a adoptar no caso de captação de contaminantes por
meio de dispositivos de envolvimento total ou cabines abertas
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9.1.2. Dispositivos exteriores à fonte de
emissão
Estes dispositivos, também chamados de campânulas, bocais de aproximação ou
exaustores de captura, apenas devem ser utilizados quando não for possível optar pelos
anteriores, uma vez que são menos eficazes e mais suscetíveis de perturbações. A
velocidade de captação do ar contaminado a considerar, será a que se fizer sentir no
ponto de emissão. A sua colocação deve ser a mais próximo possível da fonte de
emissão do contaminante, mas deve também permitir a realização da tarefa ali
destinada e, acima de tudo, deve encaminhar o fluxo de ar contaminado na direção
contrária às vias respiratórias do trabalhador.
1. Posicionamento do dispositivo;
2. Determinar a velocidade de captação em função do processo e do modo de
formação dos contaminantes;
3. Calcular o caudal de aspiração necessário a partir desta velocidade e da
distância entro o dispositivo e a fonte emissora;
4. Em função dos critérios de distribuição das velocidades, das perdas de carga e
da velocidade de transporte do ar contaminado, determinar a partir do caudal as
dimensões das aberturas do dispositivo de captação e das condutas.
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Tabela 6 - Velocidades de captação mínimas a adoptar, para várias geometrias de bocais, para
diferentes caudais
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Nas indústrias onde o transporte de materiais sólidos é normalmente efetuado
através de passadeiras, consoante o material transportado, a transição entre elas e
carga e a descarga, são considerados pontos de emissão de contaminantes, logo é
necessário existirem, nesses pontos, dispositivos de aspiração.
9.1.3. Condutas
O ar contaminado extraído pelos dispositivos de captação é conduzido através
das condutas até ao dispositivo de limpeza do ar, seguidamente para o elemento motor
e por fim para o exterior.
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Tabela 7 - Quadro de velocidades de transporte aconselhadas em condutas
• Separadores gravíticos;
• Separadores centrífugos;
• Separadores por filtragem;
• Separadores electroestáticos;
• Separadores por via húmida.
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Os mais aplicados na indústria são os filtros e os separadores por via húmida.
Os filtros contêm mangas alongadas (figura 11) de tecido, que à medida que são
atravessadas pelo ar contaminado retêm o contaminante. A limpeza das mesmas pode
ser feita através do movimento vibratório da estrutura que as suporta ou através de um
jacto brusco de ar comprimido. Esta limpeza pode ser feita de forma cíclica ou apenas
quando a colmatação das mangas atingir um determinado valor para o qual está
calibrado o sistema.
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Na figura 12 encontra-se um quadro com a indicação do dispositivo de limpeza a
utilizar para as várias dimensões e para vários poluentes.
Figura 12 - Dispositivo de limpeza a utilizar para as várias dimensões e para vários poluentes
• Tipo de poluente;
• Dispositivo de limpeza do ar;
• Percurso de conduta;
• Tipo de chaminé exigido;
• Velocidade requerida.
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• Pressão total do ventilador Pt (Pa);
• Altura de elevação, H (m);
• Potência absorvida, Pa (W), potência mecânica fornecida ao ventilador;
• Rendimento do ventilador, definido como a relação entre a potência útil, Pu, e a
potência absorvida, Pa;
De uma forma geral os ventiladores têm rendimentos que variam de 0,3 a 0,85.
Quando a velocidade de rotação, N, varia, com ela variam também o caudal, Q, a
pressão total, Pt, e a potência absorvida Pa.
A potência a prever para o motor do ventilador deverá ser pelo menos igual a:
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Sistemas de Ventilação
Os sistemas de controlo de poeiras podem também ser denominados por sistemas
de ventilação ou simplesmente sistemas de despoeiramento.
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Para o projeto de um sistema de despoeiramento deve ter-se em conta o diagrama
de caudal do processo, com indicações acerca do tipo de material que está a ser
processado, das taxas de caudal do processo e do tipo de equipamento implementado,
os pontos principais das emissões de poeiras e as condições que ocorrem nesses
pontos durante as operações normais, o desempenho desejado para o sistema, os
desenhos com a indicação da disposição dos equipamentos, o tempo de retenção
do material em depósitos ou armazém e a disponibilidade de equipamentos elétricos e
outros.
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• Projetar e operar efetivamente futuras instalações.
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• Verificar a existência de indícios de perda de eficácia. Por exemplo a existência
de depósitos significativos de poeiras em baixo ou em redor da zona de captação
do sistema de ventilação localizada.
2. Medir o seguinte:
• A velocidade do ar e pressão estática em cada ramo e no principal;
• A pressão estática e total à entrada e saída do ventilador;
• O diferencial de pressões entre a entrada e saída do colector de poeiras;
• A temperatura e humidade do ar;
3. Verificar/testar:
• A substituição ou fornecimento de ar;
• A capacidade do alarme detectar uma falha;
• O desempenho do filtro de ar.
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Devem comparar-se os valores obtidos com valores regulamentares e verificar se
existem quaisquer mudanças relativas ao projecto original, como uma mudança de
velocidade no ramo ou uma mudança no volume de ar extraído através da campânula.
A empresa deve saber imediatamente dos defeitos críticos e não deve esperar
pelo relatório, estes deve mantê-los durante 5 anos. Uma cópia deve estar disponível
no local onde se encontra o sistema de despoeiramento.
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ser considerável caso as condutas e os componentes não sejam devidamente
protegidas contra impurezas. Nestes casos, deve realizar-se uma ação de limpeza ao
sistema após instalação.
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11.2. Corte de chapa metálica
Hoje em dia, a máquina de corte por abrasão é a mais utilizada no trabalho de
instalação de condutas. Com a finalidade de ter uma instalação limpa, essa máquina
deve ser substituída por tesoura que não produzam partículas metálicas. Há que
salientar que as tesouras representam um risco menor de incendio, devido à ausência
de faíscas, têm um nível de poluição sonora inferior e apresenta maior segurança para
os operários.
Nível Intermédio
Nível avançado
Fabrico e entrega: todo o material adesivo usado para identificação deve apenas
ser aplicado na superfície exterior. Durante o transporte, para manter o estado de
limpeza, todas as condutas devem ser seladas, cobrindo ou tapando as suas
extremidades e protegendo todas as superfícies. Todos os pequenos acessórios devem
ser embalados em sacos fechados.
Instalação: A área de trabalho deve ser limpa, seca e livre de poeiras. O material
protetor só deve ser removido imediatamente antes da instalação.
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Tabela 8 - Os três níveis de limpeza possíveis para entrega, proteção e transporte.
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por exemplo presença de colónias de micróbios, fezes de aves, entre outros. No entanto,
em sistemas poluídos por partículas, representando um menor risco potencial para a
saúde, os fatores visíveis não são tão claros e é necessária uma avaliação quantitativa
do estado de limpeza para determinar se o sistema deve ou não ser limpo.
Tal facto adquire maior relevância onde sejam necessários níveis elevados de
limpeza, isto é, escolas, hospitais, etc.
Figura 16 - Fluxograma dos procedimentos que permitem manter um sistema de ventilação limpo.
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12.1. Plano de inspeção
O plano de inspeção e constituído pelos seguintes itens:
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12.3. Métodos de avaliação de acumulação de
partículas
É habitual recorrer-se a diferentes métodos para avaliar o estado de limpeza de
sistemas de ventilação. Os métodos mais simples são baseados em observações
visuais subjetivas, combinadas com alguma instrumentação específica. As técnicas
mais avançadas produzem resultados relativamente precisos, que permitem uma
comparação com valores limite. A figura abaixo apresenta as técnicas disponíveis, por
ordem de fiabilidade dos seus resultados. A avaliação deve ser feita recorrendo ao
método mais simples, que tenha fiabilidade suficiente. Por isso, a inspeção visual é
sempre o primeiro passo para determinar o estado de limpeza. É recomendada a
aplicação desde o princípio, antes e depois do processo de limpeza.
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12.4. A inspeção visual
O método de inspeção visual é o método mais básico para avaliar o estado de
limpeza de um sistema de ventilação. Ainda que seja subjetivo, produz uma boa
estimativa do estado das superfícies do sistema de ventilação. É tipicamente suficiente
para identificar a presença de colónias de micróbios em reservatórios de água,
depósitos devidos à má filtragem, etc.
A inspeção visual pode ser assistida por meios técnicos, com máquinas
fotográficas ou câmaras de vídeo, endoscópios, robôs, etc. Este método pode ser
repetido de uma forma mais sistemática, recorrendo a formulários e fichas. A título de
exemplo, o manual canadiano, referente à proliferação de micróbios em sistemas de
ventilação, inclui um checklist para a inspeção visual de componentes da admissão de
ar exterior, condutas de ar de extração e insuflação, humidades terminais e outros
locais. O estado de limpeza é classificado numa escala de 1 a 4, em que 1 representa
um sistema limpo e 4 representa uma redução do caudal de ar.
A abertura da aspiração do filtro pode também servir para limpar uma área de
forma flexível, com um total de 100 cm2. Outro método consiste na captação de
partículas libertadas por um jato de ar incidente na superfície e nas juntas. Este método
conduz, de forma eficaz, as partículas soltas ao filtro de amostragem, resultando assim,
num método que contabiliza a massa potencial de partículas que pode ser transportada
pelo caudal de ar. Recorre-se a este método para verificar o estado de limpeza após
uma intervenção.
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13. Intervenções de Limpeza em Sistemas de
Ventilação
Existem vários métodos para limpar as condutas de ar. Os métodos de limpeza
são escolhidos por forma a alcançar níveis de limpeza aceitáveis sem com isso danificar
as superfícies do sistema de ventilação.
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Figura 18 - Diagrama esquemático de um sistema de limpeza de uma conduta a seco, recorrendo
a escovagem mecânica.
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O plano de limpeza deve, inicialmente, ser baseado numa inspeção visual, que
permitirá determinar os melhores métodos e equipamentos a utilizar, deve ser preparada
uma declaração de avaliação de risco e dos métodos de segurança do trabalho de
limpeza, uma vez que as taxas de emissão de material orgânico e inorgânico podem ser
elevadas. Assim, devem ser estabelecidas medidas de controlo efetivas para evitar que
estes contaminantes atinjam áreas adjacentes, expondo residentes e ocupantes a
substâncias potencialmente perigosas.
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partículas de dióxido de carbono gelado. O depósito sólido é então removido das
condutas através de jato de ar ou por limpeza manual
A aspiração manual é habitualmente usada para limpar uma área limitada da rede
de condutas, por exemplo junto à abertura de acesso. É também um método recorrente
para a finalização de condutas. O material necessário consiste numa ponteira de
aspiração equipada com uma cabeça de escovagem, uma fonte de sucção com uma
mangueira de aspiração e uma unidade de filtragem. A cabeça de escovagem é guiada
manualmente através das condutas, sendo as partículas soltas transportadas pelo
caudal de ar, através mangueira de aspiração, até à unidade de filtragem.
Limpeza a seco
Todos os aparelhos a serem utilizado devem ser limpos e não podem ser a fonte
de contaminação num ambiente interior ou num sistema de ventilação.
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Recorre-se à lavagem a vapor para remover os depósitos de gordura em
superfícies expostas (hottes).
Limpeza de Humidificadores
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com detergente, escovagem ou lavagem sob pressão. A desinfeção das superfícies não
é necessária caso não se verifique contaminação microbiológica.
Humidificadores a vapor
Desinfeção de condutas
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Conclusão
Os processos de ventilação têm por finalidade a limpeza e o controle das
condições do ar, para que homens e máquinas convivam num mesmo recinto sem
prejuízo de ambas as partes. Resolver o problema da ventilação e sua distribuição,
requer do projetista, grande experiência, criatividade e conhecimento dos princípios
físicos em que esta se baseia.
Grande parte das indústrias gera resíduos e desperdícios que, não sendo
tratados, iriam poluir a atmosfera. Daí a necessidade de sistemas de ventilação
industrial.
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Referências
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