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03/07/2019 A praga da masculinidade moderna

A praga da masculinidade moderna


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Barãozin December 4, 2011

por Paul Elam

Uma massa de jovens atuais estão amarrados num impasse


na estrada da realização de sua masculinidade. Eles estão
atolados na confusão de uma geração perdida para as forças
traiçoeiras que eles nem sequer sabem direito o que é. Eles
estão lutando para sobreviver; impossibilitados de alimentar
suas almas num mundo que os considera cada vez mais
desnecessários e inconvenientes.

Eles vieram ao mundo numa era de impotência forçada, com


sua masculinidade nascente sendo destroçada antes deles
terem a chance de moldar seu caráter e seus destinos.
Sofrem com a perda de coisas que nunca terão, de coisas
que não existem e que eles nunca saberão o que são. Eles
são, literalmente, uma geração perdida de feridos errantes,
inteiramente perdidos no campo de batalha de uma guerra
que eles nem sabem que estão participando.

Deste jeito, o caminho que eles seguem não é o caminho da masculinidade, mas simplesmente
um recuo do mundo promíscuo que importunam suas vidas. E isto não dá a eles uma base
sólida, mas sim um caminho de uma cultura decadente de superficialidade e de auto
indulgência; um mundo de opções sem obrigações; auto gratificação sem ter a consciência da
responsabilidade ou disciplina. Esta é a marcha final do macho ocidental, destinado a ter um
triste fim por causa de uma atrofia intelectual, psicológica e moral.

Esta existência narcisista e sem um propósito maior é uma escapatória forçada de uma vida
engolfada em vergonha; da masculinidade sendo reduzida a uma piada evolutiva aos
olhos de uma cultura que os despreza, e com os mais velhos negando o que está
acontecendo. Com cada vez mais a sociedade apagando o seu papel e o abandono por parte
de seus pais, o novo jovem degenerado está totalmente indefeso contra esta queda terminal à
insignificância.

Está acontecendo ao nosso redor. É só entender os eventos atuais para ver que o mundo
masculino está sendo drenado; desaparecendo das fundações estáveis da educação e do
emprego. Eles são alvo da desinformação sobre o crime e a violência doméstica, e sobre seus
desvios sexuais contra mulheres e crianças. Isto não é mais divagações de ideólogos malucos.
A demagogia agora emana diretamente do governo, apoiados pelos homens da capa preta e
principalmente por homens armados. O aparato judicial foi refeito, não para praticar a justiça,
mas para prender homens na menor das oportunidades, mesmo se para isso for necessário

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encorajar falsas acusações. E agora não é mais apenas a ridicularização do homem. É


sobre a total subjulgação masculina. E ela não está sendo executada apenas por feministas
e mulheres, mas também por homens.

Muitos de nós acreditam que a solução seria voltar ao passado, quando pensávamos que os
homens eram os mestres absolutos; onde eles possuiam a força e o poder para repelir esta
tragédia cada vez mais crescente e a derrubá-la. Podemos estar errados. Nós não podemos
voltar ao passado. Aliás, nem deveríamos retornar a ele. Pode se dizer que o passado é um
dos responsáveis por termos chegado a este ponto. E esta é uma verdade que temos que
encarar, não importando a tendência de tentar encontrar outro culpado para isso e satisfazer
nossas frustrações com a conveniência de se ter um inimigo facilmente indentificável.

Como sempre, nosso maior inimigo sempre estará no espelho. A única coisa que poderá nos
salvar é ter consciência disso e agir de acordo.

No mundo incerto e muitas vezes estranho do movimento


masculinista, tentamos dar uma outra alternativa a esta chaga
social; tentar criar um paraíso, pelo menos mental, para os
refugiados desta cruel guerra entre gêneros. É uma missão que
fazemos de uma forma nem tão correta, mas a damos
prosseguimento, tentando chegar a alguma solução. Nós
lutamos, eu penso, como no filme Matrix, como homens
que tomaram a pílula vermelha e começam a enxergar a
realidade, tentando formular uma resposta apropriada, e
assim tentando levar alguma sanidade e equilíbrio de volta
à consciência coletiva; tentando fazer com que isso passe
pelo controle dos arquitetos da misandria institucional, sejam
eles homens ou mulheres. Mas mesmo exercendo pressão,
não temos uma firme compreensão contra o que realmente
estamos lutando.

Nós não apuramos, ou nem tentamos fazer uma análise, sobre o impacto que o papel da
masculinidade tradicional tem neste problema. Infelizmente, muitas vezes assumimos um
papel vitimista, clamando que não temos culpa do que acontece conosco. De vez em
quando, muitos de nós reagem energicamente contra a misandria, mas ignoram examinar com
a mesma disposição como a conduta masculina pode ter contribuído para isso.
Consequentemente, todos os esforços feitos nesta análise falharam. Fizemos alguns
progressos, que provavelmente farão com que o movimento evolua bastante, mas não sem
antes termos algo além da hostilidade que temos contra nossos inimigos declarados.

Nossa resposta mais simples seria checar o que está acontecendo e tentar seguir nosso
caminho, mas afirmo que isto não é uma solução definitiva, mas sim um recuo
estratégico; uma chance de reagrupar e pensar numa nova estratégia. Lembre-se que
estes jovens perdidos nestas encruzilhadas da vida também checaram as coisas por si
mesmos. E eles não gostaram do que viram.

E isto nos forçará, cedo ou tarde, a tomar uma pílula amarga. E encarar uma realidade que
alguns acharão terrível.

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As feministas estão certas. A masculinidade é, relacionada com a realidade atual,


corrupta, opressiva e com elementos destrutivos que precisam ser alterados.

E eu falo literalmente mesmo. E não estou brincando.

Na verdade, o que prova os meus argumentos é a monstruosa degenaração que estamos


assistindo, mais do que qualquer coisa, é resultado de uma masculinidade antiquada e muito
equivocada.

É claro, assim que cavamos mais que um milímetro neste assunto nos será aberto uma
trajetória filosófica totalmente diferente do que a mentalidade doentia das feministas pregam.

Para guiar nosso caminho, veremos duas coisas que as feministas não enxergam. Primeiro,
estudaremos este assunto sem a agenda política movida por uma vingança imbecil que as
feministas tem ou um mandato que nos faz dominar a outra metade da população. E segundo,
tendo como objetivo sincero o benefício de todos, não de apenas um grupinho.

O único lugar sensível para começar é tentar entender melhor a masculinidade por si mesmo,
algo que não pode ser feito num simples artigo, mas que pode nos dar uma idéia melhor do
que acontece do que estudar 40 anos de estudos sobre mulheres e diferenças de gênero.
Dependemos das contribuições combinadas da história, mitologia, política e o mais importante,
da sociobiologia humana. Porque no fim nós somos mais uma espécie de animais que a
existência depende do desenvolvimento de estratégias reprodutivas, onde a mais básica
delas é que os machos mais agressivos são selecionados para ter a disposição as
melhores fêmeas para se reproduzirem.Estas estratégias surgem de um ambiente em que a
necessidade de produzir descendentes com alta probabilidade de sobrevivência é prioridade.
Na necessidade de sobrevivência, esta estratégia, e não o patriarcalismo opressor, é que
moldou a hierarquia masculina, o que daqui para frente chamaremos simplesmente de
masculinidade.

Algumas verdades inconvenientes – A hierarquia dos homens


Mesmo com os diversos exemplos de tipos masculinos da nossa história e da mitologia, na
verdade os homens podem ser divididos em 4 classes básicas. Os 3 mais comuns são os
machos alfa, beta e omega. Deixarei o quarto tipo para depois.

Machos alfas são uma pequena parcela


de nossa população. São homens
altamente dominantes que geralmente
habitam o topo de nossa pirâmide
social. São homens que são geralmente
caracterizados por sua habilidade de
forçar outros homens a respeitá-lo,
geralmente isto é confundido com
liderança, e de obter e manter o poder, o
que o leva a ter a preferência na escolha
das melhores fêmeas. Não há evidências
que sugerem que esta descrição foi
Dois exemplos de "machos alfa".

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diferente em algum momento da nossa


história, e não há como negar que os machos alfa geralmente obtém as melhores fêmeas.

Mas tudo na vida tem seu preço. Os alfas tendem a ser controladores obsessivos, que
abusam dos outros e são megalomaníacos. Se você pegar qualquer déspota na história
da humanidade, que matou incontáveis pessoas de sua própria nação para poder manter
o poder em suas mãos ou apenas por ser um sadista, você esta olhando para um macho
alfa. Com os alfas, você pode jogar qualquer código de honra pela janela. Estas códigos nada
mais são que ferramentas que eles usam para forçar betas e ômegas a aceitarem melhor o
controle do alfa. Deixando o romantismo de lado, o código do alfa é conquistar e controlar,
ambos objetos de desejo seu e dos homens que o alfa usa para conquistá-los. Falando
categoricamente, eles podem ser considerados a pior espécie de macho existente. Mas
eles é que fazem as coisas acontecerem, se você não se importar com a liberdade e as
vidas que podem ser perdidas no processo.

Estas características são também as mesmas que as feministas usam para definir a
masculinidade como um todo, pintando todos os homens como seres opressores, o que é uma
tremenda burrice. Como elas conseguiram impor essa mentira, elas também pegaram alguns
casos excepcionais e atribuiram estes casos como se fossem do comportamento masculino em
geral, como por exemplo: ser espancadores, pedófilos, estupradores, etc.

Historicamente, os que desafiam o


poderio dos alfas geralmente são outros
alfas e as vezes algum macho beta, que
formam o próximo nível da estrutura do
poder masculino. Os betas servem
como os “policiais” dos alfas, o braço
forte usado para manter o controle da
grande população. Eles também fazem
o papel de “pseudo alfas”, tendo o seu
próprio poderio, mas sempre ao
controle do alfa que os dominam e
controlam, o que inclui também a Um bom exemplo de "machos beta" são os comissários do
povo soviéticos. Eram o braço forte do ditador da vez, tendo
preferência das melhores fêmeas. Como o seu próprio poder e esfera de influência, mas de uma
os caras que acompanham bandas de maneira que não podiam desafiar a autoridade do "camarada
rock, de vez em quando a fortuna acaba ditador".

caindo em suas mãos, e também em


suas camas.

Lá no fundo, e sendo a maioria dos homens, temos o macho ômega. São apenas peões de
xadrez, sob o controle direto de algum alfa, ou de um beta mais poderoso. Este é o
homem comum, e o mais exposto aos perigos da vida.

Uma boa maneira de entender o que estou tentando explicar é analisar a hierarquia militar.
Afinal, são os soldados rasos (os ômegas) que tem o maior número de casualidades, enquanto
os oficiais (betas), com destaque aos generais (os alfas), que ficam com a maior parte da glória
da vitória, derramando pouco ou nenhum sangue no processo.

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O governo funciona na mesma


maneira. Simplificando, o alfas fazem
as leis e os betas as impõem sobre a
grande massa de ômegas que
compõem a população.

Ou o governo costumava funcionar desta


forma, mas na verdade não é mais assim.

Machos ômega. Meros peões de xadrez e completamente


descartáveis. Você provavelmente é um desses agora...

A grande liquidação política que mudou o mundo


Os machos alfa no governo não estão a fim de colidir com feministas para não perder
uma quantidade considerável de votos. E além disso, eles tem suas esposas, muitas
delas apoiadoras do feminismo, o que reduz tudo a um imperativo biológico. Machos alfa
não estão a fim de perder seu poder de barganha sexual. Como notaram que poderiam perder
este poder de barganha, eles acabaram cedendo a posição de comando à agenda feminista e
tornaram seus meros cães de guarda. Você não terá exemplos melhores que Barack Obama
ou Joe Biden – ou até mesmo George Bush – para confirmar isto. Estes alfas viraram os
capangas musculosos para o “Don” Feminista (NT: para quem não sabe, o Don é o chefe de
uma organização mafiosa), mantendo o seus privilégios através da imposição de imperativos
ideológicos às pobres massas que estão abaixo deles. Eles se tornaram os policiais que jogam
homens comuns na cadeia por que a mulher fez uma simples acusação infundada. Eles se
tornaram os juízes que condenam homens em cortes corruptas; políticos que aprovam leis
cada vez mais misândricas; donos de corporações farmaceuticas que tentam impor remédios
como a Ritalina que drenam a força e a vitalidade de nossos garotos, que os façam ficar mais
maleáveis para serem aproveitados para os propósitos femininos assim que seus pais forem
expulsos de casa.

Não é irônico? O suposto líder incontestável da hierarquia masculina foi desmascarado


pelo feminismo e na verdade se demonstrou um belo escravo sexual. Esta série de
eventos é também uma lição do poder real, onde quando o assunto é a seleção sexual a
mulher tem todo o poder de escolha e decisão.

Mas uma ironia ainda maior foi revelada. Mulheres, que sempre reclamaram que foram
excluídas do poder, e ainda hoje reclamam sobre isso, descobriram há mais de 40 anos
atrás que tudo o que elas tinham que fazer para ter o poder absoluto era simplesmente
assumir um controle maior nos relacionamentos sexuais, e foi o que elas fizeram. E estes

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homens supostamente “poderosos” se tornam meros garçons atendendo os pedidos dos


clientes na presença dessas mulheres. (NT: uma boa frase que o Doutrinador falou e que
resume bem esta situação é: “Se o homem é viciado em sexo, mulher vira traficante.“)

Nem eu mesmo gosto muito desta conclusão. De fato, como um homem que se esforça
incessantemente para romper velhos paradigmas, eu fico até envergonhado com isso.

Nada aprendido, nada conquistado


Entretanto, o que aconteceu aqui é que as mulheres, usando seu poder biológico bruto
disfarçado de feminismo, tomou o status de alfa dominante em nossa cultura, e o resultado
está descambando rapidamente para uma era de opressão e injustiça mais terrível que
qualquer outra. Está na natureza da mulher conseguir melhores condições de vida através
da utilização do trabalho e do status “descartável” do homem sem o mínimo freio moral
ou remorso, e é assim que a nossa sociedade alcançou esta situação digna de uma
estória Orwelliana.

Derrotar estar monstruosidade requer a tarefa praticamente insana de batalhar


(figurativamente) contra os machos betas “policiais” mascarados como machos alfas
dominantes, não para trocar o comando, mas com uma ideologia que se prenda como infinitos
tentáculos pela consciência de toda a população, e que emana lá do coração da psicologia
evolucionária humana.

E o primeiro passo para isso deve ser definir os elementos da masculinidade que permitirão
que isto acontecerá.

Este é o novo chefe, igual ao chefe antigo


Eles dizem que não há nada de novo sob o sol. A História valida esta afirmação. Podemos ver
muito bem que o movimento feminino não é realmente uma nova era para as mulheres. Se for
ver de perto, nada mais é que homens e mulheres praticando suas estratégias biológicas de
uma maneira altamente sofisticada. Tão sofisticada que está começando a fazer que
grande parte dos homens se tonrnem descartáveis. Tão inúteis, na verdade, que já estão
pensando em maneiras de se livrarem deles.

Era previsível isto acontecer assim que o controle masculino sobre o meio ambiente fizessem
as coisas por aí seguras o suficiente para que as mulheres começassem a adquirir poder e
recursos fora do seu papel tradicional de mantenedora do lar. É por isto que o feminismo só
encontra lugar em paises industrializados onde a lei é levada a sério. E é por isso que
você vê a lei propriamente dita sendo manipulada para cada vez mais se distanciar do conceito
de justiça (o que é necessário num mundo masculino) e se movendo cada vez mais para criar
mais e mais mecanismos que dão proteção e recursos para as mulheres (o que sempre foi o
desejo de ambos os sexos).

Não é por causa do desejo de igualdade ou pelo amor de valores igualitários que fizeram
as feministas tomarem o governo, mas somente a cega biologia humana, o que não
diferencia muito do que era feito pelos hominídeos na África a milhares de anos atrás. E
o sucesso arrebatador dos homens em controlar o meio ambiente e criar uma tecnologia
avançada está começando a nos fazer “desnecessários”.

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Simplesmente, os homens cavaram a sua própria cova.

Como observado antes, começamos a desaparecer dos postos de trabalho e das


universidades, e o governo está adotando medidas para acelerar este processo. Não precisa
ser um teórico da conspiração para ver que isto pode levar ao fim da raça humana, ou pelo
menos dos homens. Em termos práticos, há mais homens do que o necessário. Aqueles que
irem sobrando terão seu status cada vez mais reduzidos e serão alvo de controle ainda mais
draconianos.

Mas é claro, há um fator que poderá virar este jogo. É o instinto de sobrevivência, o único
instinto mais forte que o sexual, e ele já está começando a dar sinais de vida. Um destes
sinais é o movimento masculino; movimento pelo direito dos homens, “homens
seguindo seu prórpio caminho” (MGTOW) (NT: isto em termos americanos. Em termos
brasileiros, podemos citar o “Movimento da Real” e o nascente movimento masculinista
brasileiro). Nós somos as evidência que os homens podem transceder o instinto biologico puro;
a prova que pode haver algo novo sob o sol. E estamos crescendo rápido (NT: não só lá, mas
aqui no Brasil já há sinais de reação) porque cada vez mais mais e mais homens estão
começando a perceber que a misandria nada mais é que uma arma carregada apontada
para nossa cabeça e para a cabeça de nossos filhos.

Ao contrário do feminismo, que não passa de uma ação destrutiva do papel sexual tradicional
das mulheres, o masculinismo é o outro polo oposto. É a primeira vez na história que tal coisa
acontece. (NT: mesmo Nessahan Alita não se intitulando masculinista, é interessante notar que
um dos pontos principais da sua obra é ‘transceder o macho alfa”, “não se deixar controlar por
nosso lado animal”, etc, etc.)

E é precisamente esta luta que temos que travar! Não é só contra as mulheres ou contra as
feministas, mas com os aspectos da masculinidade que estão nos levando a destruição
porque eles estão ultrapassados, arcaicos e com prazo de validade vencido. Que o
cavalheirismo que ainda resta nada mais é que veneno na nossa água. E temos que tratar as
velhas definições de masculinidade da mesma forma. No passado existia um código de
honra que servia para os alfas controlarem melhor os outros homens, mas no mundo
moderno até as pedras sabem que estes códigos servem agora ao poder feminino. E
atualmente o cavalheirismo tem outros nomes, como as leis de proteção contra violência
doméstica que só beneficiam as mulheres, as leis draconianas de pensão alimentícia, as varas
da família que sempre dão preferência da guarda dos filhos às mães, não importando se as
mães não tem condição de cuidar deles, leis de divórcios insanas, a midia que tem um forte
viés anti masculino, ou, resumindo tudo isso: misandria.

O quarto tipo de homem – o macho zeta

Como dito anteriormente, o movimento masculinista é único e praticamente sem


precedentes na história humana. E isto nos trás outras coisas interessantes. Uma delas é o
guerreiro “socio-sexual”, e eu me referirei a ele agora como o macho zeta. Este nome continua
fiel a classificação dos homens, que utiliza as letras do alfabeto grego, mas há mais significado
neste rótulo. Eu a peguei da estrela Zeta Persei. Eu gosto da metáfora da navegação estelar e
como ela é aplicável ao contexto da nossa geração perdida. Mas também fiquei intrigado em
ver que Persei é uma variação de Perseu, o primeiro dos heróis mitológicos gregos. Perseu é

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conhecido pelo seu talento em derrotar monstros arcaicos,


como a Medusa, que era uma mulher comum possuidora
de uma grande beleza, e ela era apaixonada por sua
própria aparência e por seu poder de atrair homens até que
ela foi transformada em um montro horrível pela deusa
Atena, que depois utilizou a cabeça cortada da Medusa
como uma arma presa ao seu escudo.

Em 1940, num artigo escrito por Sigmund Freud publicado


postumamente, chamado “A cabeça da Medusa” (Das
Medusenhaupt) onde ele postulou que a Medusa
representa a castração na mente de uma criança,
relacionada ao descobrimento e a posterior negação da
sexualidade maternal.

Mais interessante ainda, é que em 1978 as feministas


adotaram (ver Women: A Journal of Liberation) e
reinterpretaram a imagem da Medusa como sendo representativa da fúria feminina, e serviu
como um símbolo da solidariedade feminista.

Então Perseu, variação do nome Zeta Persei, é o matador da vergonha (controle) edipiana e do
arquétipo da fúria descontrolada das feministas.

O macho zeta.

Esta nova classe de homem é inédita porque é um homem que até hoje nunca foi necessário, e
na verdade nunca esteve por aqui. Ele está emergindo, ainda precisa de refinamento e está
lutando para aprender a caminhar, mas está se desenvolvendo cada vez mais rápido graças ao
ambiente fértil e seguro provido, acima de tudo, por outros machos zetas que estão surgindo
pela internet. Ele não tem alinhamento com as velhas tradições do passado, e de fato está
decidido a contruir um novo caminho. Ele não abaixa a cabeça ou é intimidado para se
silenciar, ou persuadido pela sedução. Ele não se encaixa na hierarquia clássica, e pode
muito bem ignorá-la em nome da sua causa. Quando alguém fala para ele agir como “um
homem de verdade”, ele simplesmente sorri e diz “Não, obrigado.”

Ele não deseja o poder, mas a justiça. E ele tem uma característica primordial praticamente
inexistente nos outros ao seu redor.

Ele se importa com esses jovens perdidos que foram sacaneados sem nem terem saídos
direito do ninho. E ele vai se esforçar para se tornar um exemplo, a prova viva que há outras
opções a serem seguidas além daquelas que os levem para a auto destruição.

fonte: http://www.avoiceformen.com/2010/07/01/the-plague-of-modern-masculinity/

© 2019 Canal do Búfalo.

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