Você está na página 1de 73

Avanços e Inovações na Normalização

Técnica de Concreto
Enga. Inês Laranjeira da Silva Battagin
Superintendente do ABNT/CB-18
CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL
 menor desperdício de materiais
 menor desgaste de equipamentos
 menos ruído
 maior produtividade
 segurança do trabalhador
 maior durabilidade
APONTADO COMO A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
MAIS IMPORTANTE DO ÚLTIMO SÉCULO PARA A
CONSTRUÇÃO CIVIL
Como se sabe, o CAA foi desenvolvido no Japão ...

Assim como o macarrão e as especiarias,


veio do oriente para o ocidente, para ficar!
Para viabilizar esse avanço
tecnológico no Brasil e também em
outros países, muitas mudanças tem
sido necessárias...
ABNT NBR 11768: 2010 - ADITIVOS PARA CONCRETO

 Classificação por função


PLASTIFICANTE

 Ensaios de caracterização RETARDADOR SUPER


DE PEGA PLASTIFICANTE

 Controle da uniformidade
 Verificação de desempenho RETENTOR ADITIVOS POLIFUNCIONAL
DE ÁGUA QUÍMICOS
 Ensaios de compatibilidade
 Base: EN 934-2 e ASTM C 494 ACELERADOR
INCORPORADOR
DE PEGA
DE AR

ACELERADOR
ENDURECIMENTO
ABNT NBR 11768: 2010 - ADITIVOS PARA CONCRETO

 Importância para o CAA:


PLASTIFICANTE

• aumento da fluidez sem RETARDADOR


DE PEGA
SUPER
PLASTIFICANTE

adição de água

• maior coesão, diminuindo RETENTOR


DE ÁGUA
ADITIVOS
QUÍMICOS
POLIFUNCIONAL

a tendência à segregação

• viscosidade adequada INCORPORADOR


ACELERADOR
DE PEGA
DE AR
para bombeamento e
ACELERADOR
espalhamento do concreto ENDURECIMENTO
ABNT NBR 15900 – Partes 1 a 11
Água de amassamento do concreto
 Origem da água (fontes naturais)
 Uso de água reciclada da preparação de concreto
 Requisitos químicos
 Requisitos físicos
 Controle da qualidade
Freqüência de ensaios
 Base: ISO/CD 12439
 Normas similares: ASTM C-1602, EN 1008, NM 137
ABNT NBR 13956:2012 (Partes 1 a 4) – SÍLICA ATIVA
 Produto de grande homogeneidade, elevado
teor de SiO2 (partículas esféricas de diâmetro
da ordem de 10-6 m), coletado nos filtros dos
fornos elétricos das indústrias de silício
metálico e de ligas de ferro-silício

 Norma com requisitos e ensaios de


aceitação (finura, composição e desempenho)

 Dois métodos de ensaio indicados para


comprovação de desempenho da atividade
pozolânica

 Base: Normas NBR 13956 e 13957:1997, CEN e ASTM


ABNT NBR 15894:2010 (Partes 1, 2 e 3) – METACAULIM
 Produto obtido por calcinação e moagem de argilominerais
cauliníticos. Constitui um tipo de pozolana formada
essencialmente por partículas lamelares com estrutura
predominantemente não cristalina.

 Requisitos e ensaios de aceitação


(finura, composição e desempenho)

 Dois métodos de ensaio indicados para comprovação de


desempenho da atividade pozolânica

 Base: Experiência Brasileira


 Norma Francesa NF P 18-513:2010 com diretrizes similares
Contribuições da Sílica Ativa e do Metacaulim para o
Concreto Auto Adensável
 por sua finura promovem:

 melhora no empacotamento;
 aumento da coesão da massa de concreto
 diminuição da segregação

 pelas propriedades pozolânicas:

 tendência a maior resistência à compressão após as


primeiras idades, se comparado ao concreto sem essa
adição
 maior durabilidade (mitiga a reação álcali-agregado,
resiste aos sulfatos, aumenta a impermeabilidade do
concreto)
ABNT NBR 15823:2010 Normalização Brasileira de
Concreto Auto-Adensável

Bases de inspiração da Comissão de Estudo

 EN 206-9 e complementares
 ASTM C 1610
 ASTM C 1611
 Trabalhos técnicos
ABNT NBR 15823 – Concreto auto adensável
Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado fresco

Parte 2: Determinação do espalhamento e do tempo de


escoamento – Método do cone de Abrams

Parte 3: Determinação da habilidade passante – Método do


anel J
Parte 4: Determinação da habilidade passante – Método da
caixa L

Parte 5: Determinação da viscosidade – Método do funil V

Parte 6: Determinação da resistência à segregação – Método


da coluna de segregação
ABNT NBR 15823 – Parte 1
Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado fresco

 classifica o concreto auto-adensável no estado fresco em


função de sua auto-adensabilidade
 estabelece as diretrizes para a realização do controle por
ensaios e para a aceitação do concreto auto-adensável no
estado fresco
 se aplica a concreto com massa específica normal,
compreendida no intervalo entre 2 000 kg/m 3 e 2 800 kg/m3
dos grupos I e II de resistência, conforme classificação da
ABNT NBR 8953.
 o concreto pode ser misturado na obra, dosado em central
ou produzido em indústria de pré-moldados.
ABNT NBR 15823 – Parte 1
Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado fresco

 classifica o concreto auto-adensável no estado fresco em


função de sua auto-adensabilidade
 estabelece as diretrizes para a realização do controle por
ensaios e para a aceitação do concreto auto-adensável no
estado fresco
 se aplica a concreto com massa específica normal,
compreendida no intervalo entre 2 000 kg/m 3 e 2 800 kg/m3
dos grupos I e II de resistência, conforme classificação da
ABNT NBR 8953.
8953
 o concreto pode ser misturado na obra, dosado em central
ou produzido em indústria de pré-moldados.
ABNT NBR 8953:2009 – Classificação do concreto
em grupos de resistência, massa específica e
consistência

CL

CL25 S100
C CD

C60 S220
CD 30 S180
conforme Nota 1 da Tabela 4
ABNT NBR 8953 – Classificação do concreto
pela massa específica
Definições

3.1
concreto normal (C)
concreto com massa específica seca, de acordo com a ABNT NBR
9778, compreendida entre 2 000 kg/m³ e 2 800 kg/m³

3.2
concreto leve (CL)
concreto com massa específica seca, de acordo com a ABNT NBR
9778, inferior a 2 000 kg/m³

3.3
concreto pesado ou denso (CD)
concreto com massa específica seca, de acordo com a ABNT NBR
9778, superior a 2 800 kg/m³
ABNT NBR 8953 – Classificação do concreto por
classes de resistência
Tabela 1 — Classes de resistência de concretos estruturais do grupo I

Classe de resistência Resistência característica à


Grupo I compressão
MPa
C20 20
C25 25
C30 30
C35 35
C40 40
C45 45
C50 50
ABNT NBR 8953 – Classificação do concreto por
classes de resistência
Tabela 2 — Classes de resistência de concretos estruturais do grupo II

Classe de resistência Resistência característica à


Grupo II compressão
MPa
C55 55
C60 60
C70 70
C80 80
C90 90
C100 100
Para os concretos do grupo II permite-se, na ausência de Norma
brasileira em vigor, adotar os critérios de projeto estrutural de
Normas Internacionais.
ABNT NBR 8953 – Classificação do concreto por
classes de resistência

Tabela 3 — Classes de resistência de concretos não estruturais

Classe de resistência Resistência característica


à compressão
MPa
C10 10
C15 15
ABNT NBR 8953 – Classificação do concreto
pela consistência (abatimento)
Classe Abatimento Aplicações tipicas
mm
S10 10 < A < 50 Concreto extrusado, vibro prensado ou centrifugado
S50 50 < A < 100 Alguns tipos de pavimentos, de elementos de fundações e de
elementos pré-moldados ou pré-fabricados
S100 100 < A < 160 Elementos estruturais correntes como lajes, vigas, pilares,
tirantes, pisos, com lançamento convencional do concreto
S160 160 < A < 220 Elementos estruturais correntes como lajes, vigas, pilares,
tirantes, pisos, paredes diafragma, com concreto lançado por
bombeamento, estacas escavadas lançadas por meio de
caçambas.
S220 A > 220 Estruturas e elementos estruturais esbeltos ou com alta
densidade de armaduras com concreto lançado por
bombeamento, lajes de grandes dimensões, elementos pré-
moldados ou pré-fabricados de concreto, estacas
escavadeiras lançadas por meio de caçambas.
ABNT NBR 8953 – Classificação pelo abatimento
Tabela 4 — Classes de consistência
Classe Abatimento Aplicações tipicas (exemplos ilustrativos)
mm
S10 10 < A < 50 Concreto extrusado, vibro prensado ou centrifugado
S50 50 < A < 100 Alguns tipos de pavimentos, de elementos de fundações e de
elementos pré-moldados ou pré-fabricados
S100 100 < A < 160 Elementos estruturais correntes como lajes, vigas, pilares,
tirantes, pisos, com lançamento convencional do concreto
S160 160 < A < 220 Elementos estruturais correntes como lajes, vigas, pilares,
tirantes, pisos, paredes diafragma, com concreto lançado por
bombeamento, estacas escavadas lançadas por meio de
caçambas.
S220 A > 220 Estruturas e elementos estruturais esbeltos ou com alta
densidade de armaduras com concreto lançado por
bombeamento, lajes de grandes dimensões, elementos pré-
moldados ou pré-fabricados de concreto, estacas
escavadeiras lançadas por meio de caçambas.
ABNT NBR 15823 Concreto Auto Adensável
Parte 2: Determinação do espalhamento (Slump-flow) e do
tempo de escoamento – Método do cone de Abrams
ABNT NBR 15823 – Parte 2
Classe de espalhamento Espalhamento
mm
SF1 550 a 650
SF 2 660 a 750
SF 3 760 a 850

Classe de viscosidade plástica t500


aparente s
VS 1 ≤2
VS 2 >2
Slump Espalhamento
Flow

Tempo de
escoamento t500
ABNT NBR 15823-2

O ensaio pode ser realizado com o cone na posição normal


ou invertido.
A CE 18:300.03 – Comissão de Estudo de Concreto Auto
Adensável realizou ensaios utilizando os dois procedimentos
e verificou que não há diferença significativa entre eles.
Pode ser mais
interessante realizar o
ensaio de espalhamento
(Slump Flow) com o cone
invertido para depois fazer
o ensaio do anel J com
mais facilidade.
ABNT NBR 15823 Concreto Auto Adensável
Parte 3: Determinação da habiliidade passante –
Método do anel J
ABNT NBR 15823 – Parte 3

Classe de habilidade Anel J


passante sob fluxo livre mm

PJ1 0 a 25
PJ2 25 a 50

Classe dada pela


diferença entre o
espalhamento do
concreto sem o
anel e com o anel
Curso do Dr. Fernando Almeida Filho ,
do NETPRÉ, 22.11.2008,
ABNT NBR 15823 Concreto Auto Adensável
Parte 4: Determinação da habilidade passante –
Método da caixa L
ABNT NBR 15823 – Parte 4
Classe de habilidade Caixa L
passante sob fluxo confinado H2/H1

PL1 > 0,80 com 2 barras


PL2 < 0,80 com 3 barras
Caixa L

Medida da
habilidade
passante
ABNT NBR 15823 Concreto Auto Adensável
Parte 5: Determinação da viscosidade –
Método do funil V
ABNT NBR 15823 – Parte 5
Classe de viscosidade plástica Funil V
aparente sob fluxo confinado s

VF1 <9
VF2 9 a 25
Curso do Dr. Fernando Almeida Filho ,
do NETPRÉ, 22.11.2008,
ABNT NBR 15823 Concreto Auto Adensável
Parte 6: Determinação da resistência à segregação –
Método da coluna de segregação
ABNT NBR 15823 – Parte 6
Classe de Coluna de
resistência à segregação
segregação %
VF1 < 20
VF2 < 15
Dissertação de Mestrado de Tobias Azevedo da
Costa Pereira, apresentada à Escola de
Engenharia de São Carlos/USP
ABNT NBR 15823 – Parte 1
Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado fresco

 classifica o concreto auto-adensável no estado fresco em


função de sua auto-adensabilidade
 estabelece as diretrizes para a realização do controle por
ensaios e para a aceitação do concreto auto-adensável no
estado fresco
 se aplica a concreto com massa específica normal,
compreendida no intervalo entre 2 000 kg/m 3 e 2 800 kg/m3
dos grupos I e II de resistência, conforme classificação da
ABNT NBR 8953.
 o concreto pode ser misturado na obra, dosado em central
ou produzido em indústria de pré-moldados.
ABNT NBR 7212 – Especificação do concreto
dosado em central
 Publicada em primeira versão em 1984

 Revisada em 2012 (publicada em 07.08.2012, em vigor a


partir de 07.09.2012)
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Estabelece os requisitos para a execução de concreto dosado
em central e inclui:
 recebimento, controle de qualidade e inspeção dos
materiais
 armazenamento dos materiais
 dosagem do concreto
 mistura
 transporte
 critérios de aceitação e rejeição do controle interno da
central de concreto.
Palestra do Engo. Arcindo, da ABESC, em Belo Horizonte, 2010
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
 aplica-se, no que couber, aos casos em que a executante
da obra dispõe de central de concreto

 Não se aplica às operações subsequentes à entrega e


recebimento do concreto fresco.

O recebimento do concreto na obra deve sempre


ser realizado conforme a ABNT NBR 12655
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Estabelece requisitos para os equipamentos de produção:

 Balança – classe 3 da Portaria INMETRO ou melhor

 Dosadores volumétricos – erros máximos permitidos de 2%

 Calibrações periódicas:
 Centrais com célula de carga – a cada 6 meses
 Centrais com transmissão mecânica – cada 3 meses
 sempre que houver reposicionamento dos equipamentos
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Estabelece tolerâncias para a dosagem dos materiais:

 Cimento, sílica ativa e metacaulim:


 1% para dosagens > 30% da capacidade da balança
 4% para dosagens < 30% da capacidade da balança
 nunca pesar junto com agregados
 pode ser dosado em sacos inteiros, obedecidas as
tolerâncias acima

 Agregados – 3% do valor nominal ou 1% da capacidade da


balança
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Estabelece tolerâncias para a dosagem dos materiais:

 Aditivos – 5% do valor nominal

 Água – 3% do valor nominal, que compreende:


água adicionada
+
água dos agregados
+
água para dissolução dos aditivos
+
gelo (se for o caso)
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Mistura dos materiais, já previamente dosados, pode ser
realizada em:

 Centrais dosadoras

 Centrais misturadoras

Devem ser obedecidas as especificações dos equipamentos


no que diz respeito ao tempo de mistura, velocidade, número
de rotações e capacidade volumétrica.
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
 Centrais misturadoras
Os materiais componentes
do concreto, devidamente
dosados, são colocados em
um misturador e após
homogeneização completa,
são descarregados em
veículo para o transporte até
a obra.
Os equipamentos devem ser verificados quanto ao desgaste
das pás, estanqueidade do misturador, velocidade e tempo de
mistura e aderência/limpeza do misturador, a fim de assegurar a
eficiência necessária para a mistura.
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central

 Centrais dosadoras

Os materiais componentes do concreto devem ser colocados no


caminhão betoneira na melhor ordem e nas quantidades totais
tecnicamente determinadas.

A verificação quanto à qualidade da mistura da betoneira deve


contemplar sua estanqueidade, a ausência de concreto aderido
às paredes da betoneira e os parâmetros e seus limites
especificados na Tabela 1.
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central

Tabela 1 – Parâmetros e limites para caminhões


betoneiras de centrais dosadoras

Parâmetro Limite
Altura das facas ≥ 280 mm

Espessura de chapas de aço


(cilindro central do balão e das ≥ 2 mm
facas)

Velocidade de mistura da betoneira (14 ± 2) rpm


ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Correções na obra:

 Adição suplementar de água:

EXCLUSIVAMENTE O PREVISTO NA DOSAGEM

Qualquer adição de água exigida pela contratante exime a


empresa de serviços de concretagem de qualquer
responsabilidade quanto às características do concreto
constantes no pedido. Este fato deve ser registrado no
documento de entrega.
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Correções na obra:

 Adição suplementar de aditivo:

Caso o concreto apresente abatimento inferior à classe de


consistência especificada, admite-se adição suplementar de
aditivo superplastificante antes do início da descarga, desde
que a consistência final não ultrapasse a faixa especificada.

Esta deve ser uma decisão técnica definida pela empresa de


serviço de concretagem e mantém a sua responsabilidade
pelas propriedades constantes no pedido.
Concreto: quanto menos água, melhor!

Resistência à compressão axial


Resistência à Tração na flexão
Resistência à abrasão
Porosidade
Retração
Exsudação / Segregação
Módulo de Elasticidade
Durabilidade
Palestra do Engo. Arcindo, da ABESC, em Belo Horizonte, 2010

Use água para curar o concreto e


tecnologia para obter trabalhabilidade!
ABNT NBR 7212:2012

Tempo para o transporte desde a adição de água

 fim do adensamento não deve ocorrer após o início da pega do


concreto lançado (evitar a formação de “junta-fria”)

 inferior a 90 min, no caso do emprego de caminhão betoneira

 inferior a 40 min, no caso de veículo não dotado de


equipamento de agitação (Não se aplica ao CAA)

Se esses prazos não forem atendidos e o tempo previsto


para lançamento e adensamento ultrapassar os períodos
previstos em 4.5.3, cabe à contratante recusar o recebimento.
ABNT NBR 7212:2012

Tempo para lançamento e adensamento do concreto

 Iniciado até 30 min após a chegada do caminhão betoneira na


obra
Quando não for possível deve ser avaliada previamente a
melhor solução técnica junto a empresa prestadora dos
serviços de concretagem

 150 min, contado a partir da primeira adição de água, no caso


do emprego de caminhão betoneira
A não observância dos 150 min EXIME a empresa prestadora
de serviços de concretagem de responsabilidade pelo
concreto aplicado
ABNT NBR 7212:2012

Pedido do concreto:

 pela resistência característica do concreto à compressão na


idade de controle (fck)

 pelo consumo de cimento (ver ABNT NBR 12655)

 pela composição do traço


ABNT NBR 7212:2012

Pedido pelo fck

O concreto deve ser solicitado especificando-se:

 a resistência característica do concreto à compressão na


idade de controle (fck)

 a classe de agressividade ambiental NBR 12655

 a dimensão máxima característica do agregado graúdo


NBR 7211

 a classe de consistência do concreto fresco (abatimento) ou


classe de espalhamento no caso de concreto autoadensável no
momento da entrega. NBR NM 67 ou NBR 15823
ABNT NBR 7212:2012

Pedido pelo consumo de cimento

O concreto deve ser solicitado especificando-se:

 o consumo de cimento por metro cúbico de concreto


NBR 12655

 a dimensão máxima característica do agregado graúdo


NBR 7211

 a classe de consistência do concreto fresco (abatimento) ou


classe de espalhamento no caso de concreto auto-adensável
no momento de entrega. NBR NM 67 ou NBR 15823
ABNT NBR 7212:2012

Pedido pela composição do traço

 O concreto deve ser solicitado informando as quantidades dos


materiais componentes do concreto por metro cúbico,
incluindo-se aditivos, se for o caso.

 Neste caso, o profissional responsável pela composição do


traço responde pelo desempenho do concreto e pelo
atendimento às especificações técnicas. Cabe à empresa
prestadora do serviço de concretagem a fiel reprodução do
traço recebido.
ABNT NBR 7212:2012

Podem ser solicitadas outras características e parâmetros:


 tipo de cimento
 tipo e teor de aditivo
 tipo e teor de adição (metacaulim, sílica ativa, fibras metálicas
ou sintéticas e outras.)
 relação água-cimento máxima
 consumo de cimento máximo ou mínimo
 teor de ar incorporado
 tipo de lançamento (convencional, bombeado, projetado,
submerso etc.)
 e outros.
ABNT NBR 7212:2012
Documentos de entrega:
Além do previsto pelos dispositivos legais vigentes, deve conter:
 volume de concreto
 hora de início da mistura (primeira adição de água)
 classe de consistência ou classe de espalhamento no início da
descarga
 dimensão máxima característica do agregado graúdo
 resistência característica do concreto à compressão, quando
especificada
 quantidade máxima de água complementar a ser adicionada na
obra, retida pela central dosadora
 código de identificação do traço utilizado na dosagem do
concreto
 carta de traço, quando solicitada.
ABNT NBR 7212:2012
Carta de traço:
Quando a contratante requerer a composição do traço, a empresa
prestadora de serviço de concretagem deve apresentar as
informações a seguir pela carta de traço:
 data da elaboração da carta de traço
 código de identificação do traço
 especificações do concreto
 materiais utilizados
 fornecedores de insumos
 quantidade em massa de cada componente do concreto
 assinatura do responsável técnico.
ABNT NBR 7212:2012 – Especificação do concreto
dosado em central
Prevê ainda:
 O controle do processo de dosagem da central de concreto
 A análise estatística pelo desvio padrão desse processo.
Recebimento do concreto na obra
ABNT NBR 15823 Concreto adensável
Parte 1 – Requisitos gerais
Requisitos
Laboratório
 classificação no estado fresco

 aceitação no estado fresco→espalhamento e anel J Obra

 controle complementar de aceitação no


estado fresco → ver Anexo A Laboratório

 demais requisitos da ABNT NBR 12655.


ABNT NBR 12655 – Aceitação concreto endurecido
Amostragem conforme Moldagem conforme a
a ABNT NBR NM 33 ABNT NBR 5738, mas
sem adensar (item 4.2 da
ABNT NBR 15823-1)
Normalização Brasileira de Concreto Auto-Adensável
ABNT NBR 15823 – Parte 1 - Requisitos gerais

Frequência – Indústria de pré-fabricados


Conforme o processo e a aplicação:
 para elementos estruturais armados → 1 x ao dia
 para elementos estruturais protendidos, executados em
pista de protensão → concreto de cada pista, antes do
início de sua concretagem
 novo ensaio deve ser realizado sempre que houver
alteração no proporcionamento dos materiais, ou
paralisação e posterior retomada dos trabalhos.
Normalização Brasileira de Concreto Auto-Adensável
ABNT NBR 15823 – Parte 1 - Requisitos gerais

Parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado fresco

 Anexo A (informativo) – Guia para o estabelecimento de


requisitos do concreto auto-adensável no estado fresco em
função de sua aplicação
ABNT NBR 15823 – Parte 1 - Requisitos gerais – Anexo A
espalha-mento

mento (mm)
Classe de

Espalha-

Mm
Aplicação Exemplo

SF 1 650 Estruturas não armadas ou com baixa taxa de armadura e Lajes


embutidos, cuja concretagem é realizada a partir do ponto Revestimento de
mais alto com deslocamento livre túneis
Concreto auto-adensável bombeado Estacas, certas
Estruturas que exigem uma curta distância de fundações
espalhamento horizontal do concreto auto-adensável profundas

SF 2 750 Adequada para a maioria das aplicações correntes Paredes, vigas,


pilares e outras
SF 3 850 Estruturas com alta densidade de armadura e/ou de forma Pilares-parede
arquitetônica complexa, com o uso de concreto com Paredes
agregado graúdo de pequenas dimensões (menor que diafragma
12,5 mm)
Pilares
ABNT NBR 15823 – Parte 1 - Requisitos gerais – Anexo A

Classe t500 Funil-


viscosidade s V
Aplicação Exemplo
plástica s
aparente
VS 1/ ≤2 ≤9 Adequado para elementos estruturais com Lajes, paredes
VF 1 alta densidade de armadura e embutidos, diafragma,
mas exige controle da exsudação e da pilares-parede,
segregação. indústria de pré-
Concretagens realizadas a partir do ponto moldados e
mais alto com deslocamento livre. concreto
aparente
VS 2/VF 2 >2 25 Adequado a para a maioria das aplicações Vigas, pilares e
correntes. Apresenta efeito tixotrópico que outras
acarreta menor pressão sobre as formas e
melhor resistência à segregação.
Efeitos negativos podem ocorrer na
superfície de acabamento (ar aprisionado),
no preenchimento de cantos e interrupções
ou demora entre sucessivas camadas.
ABNT NBR 15823 – Parte 1 - Requisitos gerais – Anexo A

Classe de
viscosida
Anel-J Caixa-L
de Aplicação Exemplo
Mm (H2/H1)
plástica
aparente
PL 1/PJ 1 25 a 50 mm, ≥ 0,80, com Adequada para elementos Lajes,
com 16 duas barras estruturais com painéis,
barras de aço de aço espaçamentos de armadura elementos
de 800 mm a 100 mm de
Fundação
PL 2/PJ 2 0 a 25 mm, ≥ 0,80, com Adequada para a maioria Vigas,
com 16 três barras das aplicações correntes. pilares,
barras de aço de aço Elementos estruturais com tirantes,
espaçamentos de armadura indústria de
de 60 mm a 80 mm. pré-
moldados
ABNT NBR 15823 – Parte 1 - Requisitos gerais – Anexo A

Espaçamen
segregação

segregação

Distância a
resistência

armaduras
percorrida
Coluna de
Classe de

-to entre
(%)

ser
Exemplo
à

SR 1 ≤ 20 < 5m > 80 mm Lajes de pequena espessura


Estruturas convencionais de pouca
complexidade
SR 2 ≤ 15 > 5m > 80 mm Elementos de fundações profundas.
Pilares, paredes e elementos estruturais
complexas.
< 5m < 80 mm
Elementos pré-moldados.
NOTA 1 SR 2 ou um valor-limite mais rigoroso pode ser especificado se a resistência ou a
qualidade da superfície for particularmente crítica
NOTA 2 Quando a distância a ser percorrida pelo concreto for maior e o espaçamento
inferior aos estabelecidos na tabela, deve ser especificado um valor de SR menor que 10 %.

Você também pode gostar