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O tipo de cofragem a utilizar deve ser seleccionado tendo em conta o elemento a ser construído e a envolvente do
A madeira e/ou os painéis de cofragem devem ser armazenados em local acessível aos meios mecânicos. O
armazenamento deve ser organizado por dimensões, os materiais devem estar correctamente alinhados e, a altura
das pilhas não deve colocar em causa a sua estabilidade (a figura 1 apresenta um exemplo de armazenamento
incorrecto de escoras, estão demasiado próximas do vão existindo risco de queda de materiais);
Devem ser usados meios mecânicos para elevação e transporte das cargas. As suspensões não devem ser feitas por
um único ponto e os elementos devem ser conduzidos com recurso a cordas guia;
A equipa que vai executar os trabalhos deve conhecer bem o sistema a utilizar;
A zona de trabalho deve ser limpa, diariamente e, os desperdícios devem ser acondicionados em local apropriado e
enviados periodicamente para o exterior (a figura 2 apresenta um exemplo de má arrumação do local de trabalho,
A descofragem deve ser efectuada com recurso a «arranca pregos» ou «pés de cabra» com dimensão suficiente para
Deve ser colocada uma cobertura tipo telheiro na zona de trabalho com máquinas, assegurando, no entanto, a
As bancadas devem ter dimensões que permitam uma correcta estabilização das tábuas, especialmente nas tarefas de
corte e uma altura entre os 75 e os 90 cm; O espaço da carpintaria de toscos deve ser dimensionado, de forma a que
as máquinas disponham, entre si, de espaço suficiente para manusear a madeira sem interferências;
Os espaços de circulação e operação junto às máquinas devem manter-se desobstruídos, arrumados e limpos de
serradura e desperdícios;
Os painéis devem ter olhais com resistência adequada ao peso dos painéis a movimentar, devendo o seu estado de
Deve ser proibida a permanência de trabalhadores nas zonas de passagem de cargas suspensas;
A zona de trabalhos onde se efectua a montagem (ou desmontagem) das cofragens deve ser delimitada e sinalizada,
de forma a que os restantes trabalhadores não circulem num local onde possam, potencialmente, ser atingidos pela
queda de materiais;
A subida e descida dos trabalhadores aos elementos cofrados deve ser efectuada com recurso a escadas de mão
normalizadas. Para alturas superiores a 6 m, deve ser montada uma escada com patamares intermédios e equipada
As plataformas de trabalho devem ter uma largura mínima de 80 cm, permitir a mobilidade necessária para efectuar o
trabalho em segurança e permitir a rápida evacuação no caso de surgir uma situação de emergência;
O escoramento deve estar dimensionado para resistir aos esforços previstos, com uma margem de segurança de
150%. As sapatas e calços devem ter solidez para resistir aos esforços e os prumos devem estar bem verticais (a
figura 3 - apresenta uma escora correctamente colocada, a figura 4 - apresenta uma escora colocada incorrectamente
A elevação e montagem de elementos e painéis de cofragem deve ser previamente combinada com o gruista;
A movimentação mecânica dos painéis deve ser suspensa sempre que sopre vento com velocidade superior a 40 km/h
ou que o manobrador não consiga acompanhar, visualmente, a carga durante todo o seu percurso (chuva ou
nevoeiro);
A montagem da cofragem deve ser realizada numa sequência tal que não permita que fiquem «buracos para trás». Se
for necessário deixar zonas por cofrar, devem ser protegidas com guarda-corpos ou redes;
A desmontagem das cofragens deve ser executada com as plataformas protegidas contra quedas em altura. Em
situações não seja possível manter as protecções colectivas, os trabalhadores devem usar arnês anti-queda, amarrado
Fôrmas - materiais
Além de modelar e dar a forma a qualquer peça em concreto, as fôrmas são responsáveis
por atender a várias exigências não menos importantes:
• Garantir a geometria (dimensões e formatos)
• Garantir o posicionamento das peças (junto com o cimbramento permite a locação exata
no espaço de todas as peças estruturais)
• Manter a conformação do concreto fresco
• Permitir a obtenção de superfícies especificadas (concreto aparente, a ser revestido,
texturado etc.)
• Possibilitar o posicionamento de outros elementos nas peças (furos de passagem,
inserts, elementos de instalações elétricas e hidráulicas, espaçadores, a própria armadura
etc.)
• Proteger o concreto novo (devido à fragilidade do concreto novo, as fôrmas o protegem
contra impactos acidentais bem como contra variações bruscas da temperatura ambiente)
• Evitar a fuga de finos (as fôrmas devem ser estanques, evitando perdas de argamassa ou
nata de cimento)
• Limitar a perda de água do concreto fresco (mantendo a quantidade de água necessária
para a hidratação do cimento).
A grande importância das fôrmas é evidente, porém, por se tratar de um elemento
provisório, que não fica incorporado ao produto final (o imóvel), as fôrmas muitas vezes
não recebem a atenção necessária.
Materiais
Madeira serrada
O material tem como vantagens o seu baixo custo, facilidade de corte e montagem e sua
disponibilidade. Possui, como desvantagens, baixa durabilidade, variabilidade (que exige
cálculos muitas vezes superdimensionados) e poucos fornecedores “profissionalizados”,
além de ser um recurso natural que precisa ser explorado de maneira sustentável.
A madeira é amplamente utilizada em estruturação, travamento e muitas vezes como
complemento dos sistemas industrializados. Devido à sua facilidade de corte, é muito
utilizada também na confecção de painéis curvos. Antes do surgimento das chapas de
madeira revestidas, era utilizada também como tal, ficando em contato direto com o
concreto. Hoje, devido ao seu baixíssimo reaproveitamento neste uso, só é utilizada
quando se deseja que a superfície de concreto adquira a textura dos veios da madeira.
Chapas de madeira revestidas
Surgidas na década de 60, unem a facilidade de corte da madeira com um alto índice de
reaproveitamento. Apresentam-se principalmente com revestimento resinado, cuja
reutilização chega a aproximadamente 8 vezes, e oferecem aspecto superficial rugoso ao
concreto; e com revestimento plastificado (filme fenólico), que permite aproximadamente
18 reutilizações e deixa a superfície do concreto lisa. São utilizadas em contato com o
concreto em praticamente todos os tipos de fôrmas, desde a mais simples, passando por
fôrmas curvas (moldadas com chapas de 4 e 6 mm) até fôrmas moduladas.
Aço
Muito utilizado nas fôrmas que demandam alto índice de reaproveitamento, tanto na
forma de perfis (mais usual), que servem de estruturação e travamento dos painéis, como
na forma de chapas revestindo os painéis e proporcionando aspecto liso e uniforme ao
concreto. Devido ao seu alto custo é normalmente fornecido por empresas de locação.
Alumínio
Agrega as vantagens do aço com a leveza própria do alumínio; sua desvantagem é o alto
custo de aquisição e manutenção.
Plástico
Material bastante leve, resistente e reciclável. Cuidado especial deve ser tomado em
relação à estruturação dos painéis, devido à sua grande deformabilidade.
Papelão
Utilização basicamente em pilares de seção circular com diâmetro de até 1,0 m,
aproximadamente. Sua principal vantagem é ser uma fôrma autoestruturada, necessitando
apenas de elementos de posicionamento e prumo. A desvantagem é ser destruída no
momento da desforma, restringindo-se a apenas uma utilização.
0+
"Cofragem permanente" é um termo que se refere a aparelhos ou moldes que são colocados no local para conter
o concreto enquanto ele se molda. Ao contrário de outros tipos de cofragens, em que ocorre a remoção depois de o
betão ser definido completamente, a cofragem permanente é deixada no lugar como um suporte adicional ou
estabilizador. Os materiais utilizados para a cofragem permanentemente podem variar, embora o aço galvanizado
seja uma opção comum por várias razões: é resistente aos danos da água e à corrosão, sendo muito durável e tem
flexão suficiente para acomodar sutis movimentos do concreto com o congelamento de materiais ou degelos.
Muitas vezes, a cofragem permanente entra em grandes folhas de papelão ondulado. As folhas são corrugadas, ou
dobradas em sulcos, para aumentar a flexibilidade e a aderência ao betão, uma vez que se define. O betão da
cofragem pode ligar-se mais firmemente por meio das ondulações, embora as cristas também proporcionem
flexibilidade suficiente para que a probabilidade de craqueamento fique reduzida. Quando a cofragem permanente
está sendo posta em prática durante o processo de concretagem, pode ser realizada por escoramento, com uma
série de varetas que seguram a cofragem no local conforme ocorre a cura de concreto.
Uma das vantagens de se utilizar a cofragem permanente se torna aparente quando despejar concreto no
chão. Sem um formulário, o concreto vai infiltrar-se no solo, levando a excesso de resíduos de concreto. Moldes são
usados para impedir que tais resíduos se acumulem; a cofragem temporária pode ser usada para criar o molde, mas
se a cofragem permanente é usada em vez disso, duas vantagens distintas tornam-se aparentes.
Escoramento
Para realizar a concretagem segura de vigas e lajes, é preciso montar adequadamente não apenas as fôrmas,
mas também o escoramento delas. É esse sistema que irá sustentar o peso do pavimento enquanto o
concreto não endurece e adquire resistência. Para que não sejam usadas peças demais ou de menos, ou em
posições erradas, engenheiros especializados fazem um projeto específico do escoramento da laje. O
desenho que chega à obra contém informações precisas sobre distâncias e cotas, peças que devem ser
usadas, além de orientações importantes para a montagem com segurança dos componentes. Como
normalmente esse projeto é feito pela própria empresa que fornece os equipamentos, pode haver pequenas
diferenças entre os desenhos de cada uma delas, mas as informações básicas sempre estão lá. Por isso, se
pintar alguma dúvida, não hesite em consultar a equipe de assistência técnica do fabricante. Faça uso também
do catálogo de produtos, que traz informações técnicas importantes sobre os componentes do sistema