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CAMPUS IBIRAMA

MEMORIAL DESCRITIVO

PROJETO PREVENTIVO CONTRA INCÊNDIO

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MEMORIAL DESCRITIVO
PROJETO PREVENTIVO CONTRA INCÊNDIO

OBRA: Campus Avançado de Ibirama

LOCALIZAÇÃO: Rua Getúlio Vargas, 3006 – Bela Vista


Ibirama - SC

SISTEMAS A SEREM EXECUTADOS:

Proteção por Extintores


Saídas de Emergência
Alarme de Incêndio
Hidráulico Preventivo
Iluminação de Emergência e Abandono de Local
Instalação de Gás - GLP

PROPRIETÁRIO:
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Santa Catarina.

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO:

Damon Francisco de Faria


Engenheiro Civil
CREA- SC 129110-1

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................... 4

1.1. DISPOSITIVOS REGULAMENTARES ......................................................................... 4

1.2. CRITÉRIOS DE PROJETO ....................................................................................... 4

1.3. VISTORIA E HABITE-SE ......................................................................................... 5

1.4. VALIDADE DO PROJETO ........................................................................................ 5

1.5. OBSERVAÇÕES ..................................................................................................... 5

2. SISTEMAS .............................................................................................. 5

2.1. SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES ............................................................. 5

2.2. SISTEMA DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA ..................................................................... 9

2.3. SISTEMA DE ALARME .......................................................................................... 12

2.4. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ABANDONO DE LOCAL ..................... 15

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 21

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1. APRESENTAÇÃO

Este memorial descritivo tem por finalidade apresentar as


especificações técnicas, de procedimentos e materiais, adotados no
projeto das instalações preventivas contra incêndios referentes ao
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
– Campus Avançado de Ibirama.
O desenvolvimento do projeto está amparado no regulamento
de segurança contra incêndio do Corpo de Bombeiros Militar de Santa
Catarina e pelas Normas Brasileiras publicadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas.

1.1. DISPOSITIVOS REGULAMENTARES

• ABNT NBR 12693 - Sistemas de proteção por extintores de


incêndio;
• ABNT NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência;
• ABNT NBR 9441 - Execução de sistemas de detecção e
alarme de incêndio;
• ABNT NBR 5419 - Proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas;
• CBMSC NSCI/94 - Norma de Segurança Contra Incêndios de
Santa Catarina.

1.2. CRITÉRIOS DE PROJETO

As recomendações aqui apresentadas visam orientar a


execução do projeto de prevenção contra incêndios no sentido de
estabelecer uma instalação funcional e segura. Não implicam, todavia,
em qualquer responsabilidade dos projetistas com relação à qualidade
da instalação executada por terceiros em discordância com as normas
aplicáveis.

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VISTORIA E HABITE-SE5
(CBMSC) vistoriar a obra após sua conclusão e liberá-la
conforme projeto aprovado para obtenção do Habite-se.

1.3. VALIDADE DO PROJETO

O prazo máximo de validade deste projeto será de cinco anos,


a partir da data de análise e aprovação.

1.4. OBSERVAÇÕES

Pequenas alterações poderão ser feitas, todavia mudanças


dimensionais de porte não devem ser executadas sem a prévia
autorização dos projetistas.

2. SISTEMAS

2.1. SISTEMA DE PROTEÇÃO POR EXTINTORES

Agentes extintores são todas as substâncias capazes de


interromper uma combustão quer por resfriamento, abafamento ou
extinção química, utilizando inclusive, simultaneamente esses
processos.
A escolha da substância a ser utilizada no combate a incêndios
foi feita de acordo com a natureza do material de cada local. A
categoria de incêndio agrupa os materiais que tem a mesma natureza e
por consequência o mesmo meio de combate a incêndios.

2.1.1 Agentes Extintores

Extintor de Pó químico Seco (PQS - ABC):


• Finalidade principal: combater incêndios Classe A, B e C.
• Efeito principal: abafamento.
• A distância a ser percorrida deve ser no máximo de 20 m.
• Esse tipo de extintor serve para combater incêndio em sólidos que
deixam cinzas como resíduos (classe A), líquidos inflamáveis,

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produtos gordurosos (Classe B) e em aparelhos elétricos energizados
(Classe C).
• Quando necessário, deve-se levar o extintor para junto do incêndio, à
distância de 3 m e 6 m do fogo, e acionar a válvula em punhado o
difusor; é preciso observar que o jato tem de ser orientado, conforme
o sentido do vento, procurando cobrir toda a área atingida, com
rápidos movimentos de mão, fazendo uma varredura na base do fogo.

Extintor de Pó Químico Seco – ABC

Extintor de Pó químico Seco (PQS):


• Finalidade principal: combater incêndios Classe B e C;
• Efeito principal: abafante;
• A distância a ser percorrida deve ser no máximo de 20 m;
• Esse tipo de extintor serve para combater incêndio em líquidos
inflamáveis, produtos gordurosos (Classe B) e em aparelhos elétricos
energizados (Classe C);
• Quando necessário, deve-se levar o extintor para junto do incêndio, à
distância de 3 m e 6 m do fogo, e acionar a válvula em punhado o
difusor; é preciso observar que o jato tem de ser orientado, conforme
o sentido do vento, procurando cobrir toda a área atingida, com
rápidos movimentos de mão, fazendo uma varredura na base do fogo.

Extintor de Pó Químico Seco

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Extintor de Água Pressurizada (H 2 O)
• Finalidade principal: combater incêndios Classe A;
• Efeito principal: penetrar, molhar e resfriar;
• A distância máxima a ser percorrida deve ser de 20 m;
• Esse tipo de extintor é eficaz para combater incêndio em madeira,
tecidos, fibras e outros materiais que deixam brasas ou cinzas como
resíduos (Classe A);
• Nunca se deve utilizar esse extintor em eletricidade, pois a água é
condutora de corrente elétrica;
• Para a sua utilização, é necessário retira-lo do suporte de fixação e
transporta-lo para junto do incêndio, à distância de 3 m do fogo,
abrir a válvula do cilindro. É preciso observar que o jato tem de ser
orientado, conforme o sentido do vento, procurando cobrir toda a
área atingida, com rápidos movimentos de mão, fazendo uma
varredura na base do fogo.

Extintor de Água P ressurizada

2.1.2 Área de Proteção/Caminhamento

Cada unidade extintora projetada atende uma área máxima de


500 m 2 e, a máxima distância percorrida pelo operador não poderá ser
maior que 20 metros entre o ponto mais afastado e a unidade
extintora.

2.1.3 Sinalização

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A sinalização tem por objetivo identificar a localização do
extintor de incêndio.
• Para a sinalização de paredes recomenda-se a utilização de
indicadores conforme item 5.4 sinalização de equipamentos
da ABNT NBR 13434-2:2004, situados acima dos extintores
(conforme detalhe em projeto).

2.1.4 Fixação

A instalação de cada unidade extintora portátil deverá


obedecer às seguintes exigências:
• Fixação com suportes que resistam até 2,5 vezes o peso
total do extintor e que limitem o posicionamento de suas
partes a um mínimo de 100 cm e máximo de 170 cm de
altura do piso acabado.

2.1.5 Abrigo para Extintor

O abrigo para extintor externo, caso exista, deverá ser em


alumínio pintado na cor vermelha com porta de vidro na espessura
máxima de 2 mm, conforme indicado em projeto.
Deverá ser fixada na porta, a instrução de como utilizar o
equipamento e a inscrição: “EM CASO DE INCÊNDIO QUEBRE O VIDRO”.
Deverá haver também um dispositivo que auxilie o
arrombamento da porta em caso de emergência e instruções quanto aos
estilhaços do vidro.

2.1.6 Conformidade

Os extintores instalados na obra deverão possuir o selo de


conformidade da ABNT, respeitando as datas de vigência para carga e
recarga. A carga inicial deve ser realizada no máximo 30 dias do
recebimento da obra.
As empresas que fornecerem os extintores devem ser
credenciadas junto ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

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Os extintores devem possuir etiqueta de identificação presa ao
seu bojo, com data em que foi carregado, data para recarga e número
de identificação. Essa etiqueta deverá ser protegida convenientemente
a fim de evitar que esses dados sejam danificados.
A manutenção e conservação dos sistemas serão de
responsabilidade do proprietário ou do usuário, devendo ser
contratados profissionais ou empresas especializadas para a execução
dos serviços conforme estabelecido pelas Normas Técnicas.

2.2. SISTEMA DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA

Por saída de emergência na edificação entende-se o caminho


contínuo, devidamente protegido, constituído por corredores, escadas,
portas ou outros dispositivos, a ser percorrido pelos ocupantes da
edificação ou do local, em caso de incêndio ou emergência, de qualquer
ponto da área interna até a área externa segura em conexão com
logradouro público.

2.2.1 Escadas

Os degraus das escadas deverão obedecer, as seguintes


normatizações 63 ≤ (2h+b) ≤ 64 cm, sendo que 16 < h < 18.
Deverá ser colocada uma placa de identificação nos
pavimentos.
As escadas serão revestidas por materiais incombustíveis e
antiderrapantes, possuirão corrimãos contínuos de ambos os lados e
guarda-corpos com altura mínima de 110 cm.

2.2.1.1 Escada Comum

A escada comum deve atender aos seguintes requisitos:


• Ser construída em concreto armado com resistência ao fogo
de (2 horas);
• Não possuir degraus em leque.

2.2.2 Guarda-Corpos e Corrimãos

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Para evitar quedas, todas as saídas de emergência devem ser
protegidas de ambos os lados por paredes ou guarda-corpos contínuos,
sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm.

2.2.2.1 Especificações dos Guarda-corpos

• Internamente, devem ser no mínimo, de 1,10 m ao longo


dos patamares, corredores e outros podendo ser reduzida
para até 92 cm nas escadas internas, quando medida
verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as
quinas dos degraus.
• Quando vazados devem ter: balaústres verticais, longarinas
intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados
ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de
diâmetro não possa passar por nenhuma abertura;
• Ser isentos de aberturas, saliências, reentrâncias ou
quaisquer elementos que possam formar ganchos;
• Ser constituídos por materiais não estilhaçáveis, exigindo-se
o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for
o caso.

2.2.2.2 Especificação dos Corrimãos

• Devem estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível


do piso. Em escadas esta medida deve ser tomada
verticalmente.
• Devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados
fácil e confortavelmente, permitindo um contínuo
deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem
encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de
continuidade. No caso de secção circular, seu diâmetro varia
entre 38 mm e 65 mm.
• Devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das paredes ou
guardas às quais forem fixados.

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• Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos
constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas,
e outros.

2.2.2.3 Exigências Estruturais

Os guarda-corpos de alvenaria, as paredes e outros elementos


de construção que envolva as saídas de emergência devem ser
projetados de forma a:
• Resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou
calculadas para resistir a uma força horizontal de 730 Nm
aplicada a 1,10 m de altura, adotando-se a condição que
conduzir a maiores tensões.
• Os corrimãos devem ser calculados para resistirem a uma
carga de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles,
verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em
ambos os sentidos.

2.2.2.4 Especificações dos Materiais

O guarda-corpo da escada de acesso ao pavimento superior


será em tubo metálico galvanizado Ø 4 cm com longarinas em tubo
metálico Ø 2 cm espaçados a cada 15 cm. Os corrimãos serão em tubo
metálico galvanizado Ø 4 cm devidamente pintado com tinta automotiva
na cor indicada no projeto arquitetônico.

2.2.3 Piso Antiderrapante

Os pisos das áreas consideradas como rota de fuga indicado


no projeto preventivo como PA deverão possuir coeficiente de
resistência à abrasão classificado como PEI 4 ou PEI 5, antiderrapante
e incombustível, comprovadamente por laudo que deve ser apresentado
ao corpo de bombeiros no momento da vistoria. As demais
especificações como cor e tamanho devem seguir as orientações do
memorial e projeto arquitetônico.
O valor médio do coeficiente de fricção do piso a ser
assentado deverá ser igual ou maior que 0.4 – Satisfatório, para o

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ensaio úmido e seco, conforme tabela do “ Transport Road Research
Laboratory ”.

2.3. SISTEMA DE ALARME

A função de um alarme de incêndio é alertar as pessoas que


existe algum foco de fumaça ou incêndio, auxilia-las à evacuar a área a
tempo de não sofrerem danos e indicar às equipes de combate a
incêndio que eles devem entrar em ação.
Este sistema será composto basicamente por uma central
principal, uma central repetidora localizada na guarita, acionadores
manuais tipo push-button com sirene eletrônica acoplada, detectores
ópticos de fumaça, detectores termovelocimétrico e fonte de
alimentação independente.

2.3.1 Central de Alarme Digital Endereçável

A central de alarme é destinada a processar os sinais


provenientes dos circuitos de detecção, convertê-los em indicações
adequadas e a comandar e controlar os demais componentes do
sistema. A alimentação deverá ocorrer em 220 V com transferência
automática para 20 Vcc – 28 Vcc possuirá bateria incorporada e
autonomia mínima de 1 hora. Nela deverá constar a indicação de
defeitos e resetores para os mesmos com possibilidades de
acionamento local e remoto, com e sem retardo.

Cent ral Alarme – 2 laços E ndereçáv eis

2.3.1.1 Alimentação

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Em Corrente Alternada:
A central de alarme e detecção de incêndio será alimentada
normalmente em corrente alternada, através de uma tomada 2P+T em
127 / 220 V, conforme a tensão adotada pela concessionária local de
energia. Esta deverá ter uma tomada de uso específico, com circuito
individual.
A central de alarme e detecção deverá obrigatoriamente ter
um sistema retificador interno que converta a energia alternada de 110
ou 220 Vca – 60 HZ da entrada, em corrente contínua para a
alimentação interna da central e de seus dispositivos.

Em Corrente Contínua:
No caso da interrupção normal da energia alternada da
concessionária, a central de alarme e detecção de incêndio em questão
disporá de um sistema de baterias incorporadas para prover a
alimentação temporária.

2.3.2 Infra-Estrutura do Sistema de Detecção e Alarme de


Incêndio

A infraestrutura do sistema de detecção e alarme de incêndio


será através de eletrodutos de ferro galvanizado Ø ¾” quando fixados
de modo aparente, conforme pode ser visto nos detalhes constantes em
projeto e indicado em plantas baixas.
A fiação utilizada para alimentação dos avisadores sonoros
deverá ser com cabo de seção mínima de 1,50 mm², flexível, com
isolação anti-chama de 2 vias, blindado e capa APL, a fiação utilizada
para o restante da execução do sistema em questão deverá ser com
cabo de seção mínima de 0,75 mm², flexível, com isolação anti-chama
de 2 vias, blindado e capa APL.
A infra-estrutura externa será composta por caixas de
passagens em concreto Ø 30 cm com profundidade de 40 cm e tampa
metálica fundida com a inscrição “Alarme de incêndio” na cor vermelha;
o fundo da caixa de passagem deverá ser revestido com uma camada
de brita para drenagem.

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Toda tubulação em aço galvanizado enterrada deverá receber
aplicação de 02 demãos cruzadas de tinta betuminosa de base solvente
(Igol, Isol ou similar) e ser acomodada em envelope de concreto com
dimensões de 20 x 20 cm.

2.3.3 Acionador Manual Endereçável

Será do tipo push-button “quebre o vidro e aperte o botão” na


cor vermelha e deverá conter as instruções quanto a seu uso. Deverá
possuir leds para indicação de atuação e defeito, com retorno por linha
física na mesma indicação na central. A sirene deve ser incorporada ao
acionador manual e deverá emitir sons distintos de outros, em timbre e
altura, de modo a serem perceptíveis em todo o pavimento ou área.

Acionador Manual Endereçável com Sirene Incorporada

2.3.4 Detector Óptico de Fumaça

São detectores eletrônicos que através da presença de fumaça


acionam sua sirene via cabo e tem sua indicação de atividade junto a
central de alarme.
Cada detector protege uma área de 60 m 2 , com alcance linear
máximo de 26 metros.

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Det ector Óptico de Fumaça

2.3.5 Disposições Gerais

O número de acionadores manuais (push-button) foi


determinado de maneira que, um operador não percorra mais que 30 m
para acioná-lo.
Cada pavimento ou área setorizada deverá dispor de, no
mínimo, uma sirene ou campainha.
Os alarmes deverão emitir sons distintos de outros, em timbre
e altura, de modo a serem perceptíveis em todo o pavimento ou área.
Deverá ser observado nos alarmes uma uniformidade de pressão sonora
mínima de 15 dB acima do nível de ruído local. Deve ter sonoridade
com intensidade mínima de 90 dB e máxima de 115 dB e frequência de
400 a 500 Hertz com mais ou menos 10% de tolerância.
O sistema de alarme será composto por enlaces com sistema
de proteção próprios de modo a preservar a central.
Toda tubulação em aço galvanizado enterrada deverá receber
aplicação de 02 demãos cruzadas de tinta betuminosa de base solvente
(Igol, Isol ou similar) e ser acomodada em envelope de concreto com
dimensões de 20 x 20 cm.

2.4. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ABANDONO


DE LOCAL

Conforme a NBR 5410, é necessária a criação de um sistema


de alimentação elétrica para serviços de segurança (SAEES) destinado a
manter o funcionamento, na eventualidade da falha da alimentação
normal, de equipamentos e instalações essenciais à segurança e à
saúde das pessoas, tais como:
• Iluminação de segurança;

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• Rotas de fuga para evacuação de locais;
• Sistemas de detecção de fumaça e fogo;
• Sistemas de exaustão para gases tóxicos;
• Bombas para extinguir incêndios.
Um SAESS compreende a fonte, os circuitos até os
equipamentos de utilização alimentados e, eventualmente, os próprios
equipamentos.

2.5.1 Definições

O sistema pode ser definido como sendo um conjunto de


componentes e equipamentos que em funcionamento, proporcionaram
ao ambiente um grau de iluminação, que permita aos usuários saídas
facilitadas e seguras das edificações, como também a execução de
manobras do interesse da segurança.
O sistema de iluminação de emergência, aliado ao sistema de
abandono de local, permite ao usuário num primeiro momento uma
perfeita orientação no sentido de evacuação de locais que estejam em
risco. Em um segundo momento evitar situações de pânico coletivo na
ocasião da evacuação. Num terceiro momento permite a orientação,
facilitando o acesso à edificação para os trabalhos de socorro e
combate a incêndio, contribuindo para a diminuição do tempo resposta,
aumentando a eficiência, garantindo a eficácia dos trabalhos a serem
executados nesses locais.
Para que o sistema tenha perfeito funcionamento e vida útil
prolongada, semestralmente recomenda-se verificar o estado de carga
das baterias, mantendo o sistema funcionando por 1 (uma) hora.
Aconselha-se que este teste deva ser feito em véspera de um dia que a
edificação esteja com o mínimo de ocupação.
O perfeito funcionamento do sistema depende exclusivamente
de uma manutenção adequada e rotineira, feita de preferência por
pessoa que possua um mínimo de conhecimento de eletricidade em
corrente contínua.
Na volta da energia comercial as lâmpadas desligam-se
automaticamente, o sistema se rearma e passa a recarregar as baterias
sem necessidade de nenhum comando externo.

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2.5.2 Características das Unidades

2.5.2.1 Bloco de Iluminação de Emergência

O sistema de iluminação de emergência será do tipo blocos


autônomos, com uma lâmpada fluorescente de 9 Watts/6Vcc IP 20, com
nível de iluminamento de 3 e 5 lux fixadas na parede. Os blocos
possuem bateria incorporada, com autonomia mínima de 1 hora. Na
falta de energia o sistema de comutação automático será ativado,
mantendo a(s) lâmpada(s) acesa(s) até o período final da autonomia.

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2.5.3 Alimentação do Sistema

A alimentação principal da iluminação de emergência deve


estar ligada ao quadro de distribuição de energia elétrica, e o sistema
protegido por disjuntores termomagnéticos da rede elétrica da
concessionária, tais disjuntores devem ser o único meio de
desligamento voluntário podendo ser usados também para verificar o
funcionamento do sistema. (Valores de fiação, proteção e demais
informações vide plantas baixas, prumada e quadro de resumo).

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2.5.4 Condutores

Os condutores para a alimentação dos pontos de luz foram


dimensionados para garantir uma queda de tensão máxima para
lâmpadas fluorescentes compactas de 6%, devido a sua recuperação de
tensão eletrônica.
Os cabos para os circuitos de segurança devem seguir o
descrito na NBR 10.301, ou seja:
a. Superar o ensaio de resistência ao fogo, quando instalados
em condutos fechados, com de uma chama de 750° C por
três horas a um cabo sob tensão (categoria B);
b. Superar o ensaio de resistência ao fogo, de acordo com a
norma inglesa BS 6387, categorias B, S, W e X.

A BS 6387 estabelece ensaios adicionais em relação à NBR


10.301, sendo o mesmo cabo submetido à:
a. Chama de 950° C durante vinte minutos (categoria S);
b. Chama de cat. B acrescida da aplicação de uma cortina
d’água (categoria W);
c. Chama de cat. B com a inclusão de choques mecânicos
regulares no cabo, simulando a movimentação de
estruturas e equipamentos durante o incêndio (categoria
X).
Se o cabo superar todos estes ensaios, será designado por
BSWX.
Toda a fiação utilizada para a instalação de iluminação de
emergência deverá ser condutor em fio de cobre nú têmpera mole,
isolação em composto termofixo em dupla camada de borracha HEPR
(EPR/B - Alto módulo) com enchimento em composto poliolefínico não
halogenado, cobertura em composto termoplástico com base poliefínica
não halogenada. Característica de não propagação e auto-extinção do
fogo, temperatura de 90° em serviço contínuo, 130° em sobrecarga e
250°C em curto-circuito. A polaridade dos condutores deve ser
identificada conforme as cores previstas na NBR 8662.

Para C.C. (corrente contínua):


• vermelho ou branco-positivo

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• cinza ou azul-negativo

Para C.A. (corrente alternada):


• ambos os condutores pretos

O projeto elétrico deverá contemplar a alimentação da Central


de Iluminação de emergência em tensão 220 V, através de eletroduto
em PVC rígido (embutido) ou metálico (aparente) de Ø1”, fiação para
fase e neutro de #2,5mm² e disjuntor 1x16A - Icc>= 5KA.
Maiores informações com relação à iluminação de emergência,
vide projeto Preventivo de Incêndio.

3 – Instalação de Gás

1.1 Será instalado uma Central de gás com 2 cilindros P13 kg de GLP, o
dimensionamento da Central de gás foi executado com base na INC 06;

1.2 A edificação utilizará um (01) fogão residencial de 6 bocas + forno,


potência de cada fogão 184 kcal/min;

1.3 As tubulações, a simultaneidade, o dimensionamento para cada trecho


está detalhado no cálculo de gás no projeto, a tubulação deverá ser de aço
galvanizado ou cobre rígido classe I, e quando exposta deverá ser pintada na cor
amarela ou alumínio;

1.4 Os aparelhos técnicos de queima só poderão ser ligados a rede de gás


através de mangueira tarja amarela com data de validade aprovada pela ABNT,
e comprimento máximo de 80 cm.

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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a conclusão dos sistemas que compõem o projeto


preventivo contra incêndio deverá ser providenciada a seguinte
documentação: laudo de piso comprovando o coeficiente de atrito
exigido, medição da resistência ôhmica, certificado de qualidade das
mangueiras de incêndio, nota fiscal e numeração dos extintores.
Com os documentos citados acima e as instalações executadas
conforme as especificações de projeto pode-se solicitar a vistoria do
corpo de bombeiros para fins de habite-se.

Blumenau, setembro de 2014.

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Damon Francisco de Faria
Engenheiro Civil – CREA/SC 129110-1

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