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Oração da Senhora do Horto

Fostes feridoe fostes morto,


Perdoaste a vossa morte,
Foi tão cruel e tão forte,
Perdoai-me os meus pecados,
São tantos e tão continuados,
Aos pés do meu confessor,
Não foram bem confessados,
Confessai-me meu senhor,
Que sabeis quanto eles são,
Eu tudo nisto creio,
No ato da contrição.
Oração da virgem Maria

Chegando a virgem à sua porta muito bem representada quando lhe


chegavam novas, o seu filho preso estava. Meteu por um rua acima, uma
mulherzinha encontrou que Verónica se chamava:
-Não viste aqui o meu filho?
-O seu filho aí passou, à hora que o galo cantou com uma cruz de pau
pesada chegando a cem portas, a cem portas chagava, pedindo panos
humanos, para limpar a sua cara, desses três panos humanos, três
Verónicas se acharam, uma está na casa santa, outra está em jerusalém,
outraestá na casa dos moiros para a relíquia de alguém.
Lá vem os pastorinhos, perguntar a virgem Maria, eu bem a vi andar ao
longo daquele mar com o seu livrinho na mão salva, salva quantos aqui
estão só aquele moiro não que está preso no castelo ide lá perguntar se
ele é cristão, se ele vos disser que não, puxai pelo vosso cutelo arrancai-
lhe o coração que foi o que cerrou a madeira quinta-feira da paixão.
A Sagrada Curantana

Sagrada curantana,
Senhor que a alma lhe deste,
Na cruz a pusestes,
Com a sentença de Pilatus,
Pilatus era Juíz,
Senhor que sentença lhe mandais dar,
Cinquenta divisas no seu braço direito,
O sangue que botar fará pão e vinho,
Para manter a cristandade,
Ó que lindo céu escrito,
Que nosso senhor deixou dito,
As portas do céu abertas,
Brancas e floridas,
As do inferno negras e denegridas,
Lá andava uma alminha,
Que se chamava mosquinha,
Dizendo, Nunca mundo fora mundo,
Nem nada nem aparecido,
Nossa senhora que tal ouviu,
O seu amado filho chamou:
-Ó meu filho bem amado,
Ó meu filho bem querido,
Acode aquela alminha,
Que se bota a mais juizo,
Deixa andar a lagriminha,
Que ela tudo mereceu,
Deixei lhe quatro coisas no mundo em abundância,
O Sol, para de dia,
A lua, para de noite,
As estrelas, para o nascente,
As núvens carregadas de água,
Para se governar a gente,
Quem disser esta Oração todas as sextas-feiras e sábados,
Tira cinco almas do pregatório,
E quatro de perdão,
A primeira é a sua,
A segunda do Pai,
A terceira da Mãe,
A quarta é de quem quiser amar a mãe,
Quem a sabe, não a diz,
Quem a ouve, não a aprende,
Lá no dia do zoijo lá virá o que lhe pretende.

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