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Sagrada curantana,
Senhor que a alma lhe deste,
Na cruz a pusestes,
Com a sentença de Pilatus,
Pilatus era Juíz,
Senhor que sentença lhe mandais dar,
Cinquenta divisas no seu braço direito,
O sangue que botar fará pão e vinho,
Para manter a cristandade,
Ó que lindo céu escrito,
Que nosso senhor deixou dito,
As portas do céu abertas,
Brancas e floridas,
As do inferno negras e denegridas,
Lá andava uma alminha,
Que se chamava mosquinha,
Dizendo, Nunca mundo fora mundo,
Nem nada nem aparecido,
Nossa senhora que tal ouviu,
O seu amado filho chamou:
-Ó meu filho bem amado,
Ó meu filho bem querido,
Acode aquela alminha,
Que se bota a mais juizo,
Deixa andar a lagriminha,
Que ela tudo mereceu,
Deixei lhe quatro coisas no mundo em abundância,
O Sol, para de dia,
A lua, para de noite,
As estrelas, para o nascente,
As núvens carregadas de água,
Para se governar a gente,
Quem disser esta Oração todas as sextas-feiras e sábados,
Tira cinco almas do pregatório,
E quatro de perdão,
A primeira é a sua,
A segunda do Pai,
A terceira da Mãe,
A quarta é de quem quiser amar a mãe,
Quem a sabe, não a diz,
Quem a ouve, não a aprende,
Lá no dia do zoijo lá virá o que lhe pretende.