Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NOTÍCIAS / BRASIL
Publicidade
BRAS I L
Palocci foi ministro da Fazenda no governo Lula e da Casa Civil na Presidência de Dilma. Ele deixou o PT em 2017
Antonio Palocci, ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, afirmou em seu acordo de delação que alguns dos
maiores bancos do Brasil fizeram doações para campanhas eleitorais do PT em troca de favores durante os governos do partido.
Segundo trechos da delação divulgados nesta sexta-feira (19/07) pelo jornal O Globo, Palocci mencionou na delação os bancos Bradesco,
Safra, BTG Pactual, Itaú, Unibanco e Banco do Brasil. Essas instituições buscavam vantagens como a defesa do governo dos seus interesses e
informações privilegiadas sobre mudanças na taxa básica de juros Selic. Em troca, os bancos, segundo Palocci, fizeram doações eleitorais de
50 milhões de reais para campanhas do PT.
Segundo relatou o ex-ministro, ele e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega repassavam essas informações aos executivos dos bancos
durante reuniões num escritório na Avenida Paulista.
Palocci ainda relatou uso indevido do BNDES para ajudar em fusões empresariais, como a injeção atípica de 2,4 bilhões de reais na empresa
Aracruz Celulose em 2008 para facilitar a venda do negócio ao grupo Votorantim. O grupo Safra também estava envolvido nesse negócio.
Ainda segundo Palocci, em troca da ajuda, os grupos Safra e Votorantim acabaram fazendo doações para o PT e para as campanhas da ex-
presidente Dilma Rousseff entre 2010 e 2014.
Ao jornal O Globo, os bancos e empresas mencionados por Palocci contestaram as afirmações do ex-ministro. O PT também repudiou as
acusações do seu ex-correligionário. A defesa de Guido Mantega e o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disseram que Palocci está
mentindo.
Essa delação premiada havia sido proposta pelos advogados de Palocci ao Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba, que a rejeitou por
considerar que não havia provas suficientes. O ex-ministro buscou então a Polícia Federal (PF), que formalizou o acordo em 2018. Os anexos
da delação envolvendo os bancos estão sob sigilo.
O acordo foi homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em junho de 2018 e, posteriormente, em novembro pelo ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.
Em junho, a Palocci foi alvo de uma denúncia da Justiça Federal em Brasília, juntamente como ex-presidente Lula e o ex-ministro Paulo
Bernardo, pelo crime de corrupção passiva por supostamente ter recebido propina da empreiteira Odebrecht em troca de favores políticos.
RC/ots
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos
no Facebook | Twitter | YouTube | App | Instagram | Newsletter
https://www.dw.com/pt-br/palocci-diz-que-bancos-deram-r-50-milhões-ao-pt-em-troca-de-favores/a-49648594 1/2
19/07/2019 Palocci diz que bancos deram R$ 50 milhões ao PT em troca de favores | Notícias e análises sobre os fatos mais relevantes do Brasil | DW | 19.07…
O MÊ S D E JULHO E M IMAGENS
LEIA M A I S
Data 19.07.2019
https://www.dw.com/pt-br/palocci-diz-que-bancos-deram-r-50-milhões-ao-pt-em-troca-de-favores/a-49648594 2/2