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INTRODUÇÃO

A utilização de plantas com fins medicinais, para tratamento, cura e prevenção de


doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. No início
da década de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que 65-80% da
população dos países em desenvolvimento dependiam das plantas medicinais como
única forma de acesso aos cuidados básicos de saúde.

Ao longo do tempo têm sido registrados variados procedimentos clínicos


tradicionais utilizando plantas medicinais. Apesar da grande evolução da medicina
alopática a partir da segunda metade do século XX, existem obstáculos básicos na sua
utilização pelas populações carentes, que vão desde o acesso aos centros de atendimento
hospitalares à obtenção de exames e medicamentos.

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PLANTAS MEDICINAIS, FITOTERÁPICOS E FITOFÁRMACO
A OMS define planta medicinal como sendo "todo e qualquer vegetal que possui,
em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou
que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos"5. A diferença entre planta
medicinal e fitoterápico reside na elaboração da planta para uma formulação específica,
o que caracteriza um fitoterápico. Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, em sua
portaria no. 6 de 31 de janeiro de 1995, fitoterápico é "todo medicamento tecnicamente
obtido e elaborado, empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais com
finalidade profilática, curativa ou para fins de diagnóstico, com benefício para o
usuário.

É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos do seu uso, assim


como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. É o produto final acabado,
embalado e rotulado. Na sua preparação podem ser utilizados adjuvantes farmacêuticos
permitidos na legislação vigente. Não podem estar incluídas substâncias ativas de outras
origens, não sendo considerado produto fitoterápico quaisquer substâncias ativas, ainda
que de origem vegetal, isoladas ou mesmo suas misturas". Neste último caso encontra-
se o fitofármaco, que por definição "é a substância ativa, isolada de matérias-primas
vegetais ou mesmo, mistura de substâncias ativas de origem vegetal".

Com relação aos fitoterápicos, existem pontos que merecem atenção especial e
serão abordados neste trabalho enfocando a presença de substâncias "não identificadas",
adulterantes, diluentes, ou simplesmente misturas com outros extratos vegetais. Neste
último caso, existe a possibilidade do comprometimento da qualidade do fitoterápico,
um assunto que vem sendo abordado recentemente em publicações científicas.

No caso da comercialização popular de plantas medicinais, muitos cuidados


(válidos até mesmo para plantas de uso milenar) são relevantes, tais como identificação
errônea da planta (pelo comerciante e pelo fornecedor), possibilidades de adulteração
(em extratos, cápsulas com o pó da espécie vegetal, pó da planta comercializado em
saquinhos e garrafadas), interações entre plantas medicinais e medicamentos alopáticos
(que possam estar sendo ingeridos pelo usuário da planta), efeitos de superdosagens,
reações alérgicas ou tóxicas.

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PLANTAS MEDICINAIS E DE CONSUMO ALIMENTAR
Nosso comportamento alimentar é influenciado por diversos aspectos, que
incluem variações hormonais, neurológicas e alterações de paladar, além dos hábitos
que nos acompanham ao longo da vida. No que se refere às alterações fisiológicas,
algumas condutas nutricionais e fitoterápicas podem ser interessantes para melhora do
comportamento alimentar, especialmente no que concerne ao consumo exagerado de
doces e gorduras.

Alguns nutrientes participam ativamente de vias metabólicas, permitindo melhor


utilização dos substratos para o metabolismo energético, sendo este fato correlacionado
com redução do desejo por alimentos açucarados. Como exemplo, os nutrientes cromo,
zinco, magnésio e vitamina D são imprescindíveis para o funcionamento da cascata de
insulina, que permite melhor utilização de glicose pelas células – reduzindo a
necessidade do consumo exacerbado deste nutriente e melhora da resistência à insulina.

Muitas plantas também são propostas como alternativas para modulação de


hormônios anorexígenos e orexígenos – que controlam nosso consumo alimentar.
Dentre as plantas, podemos citar como exemplos a Camellia sinensis, Panax ginseng,
Rhodiola rosea, Vitis vinífera, entre outras.

RAÍZES FORTES
A parte da planta que absorve os nutrientes da terra é matéria-prima de uma porção de
fitoterápicos.

Cimicifuga (Actaea racemosa)


Também conhecida como black cohosh, é utilizada há séculos pelos povos da América
do Norte

Indicação – Alívio dos sintomas da menopausa, como fogachos, suadouro, vermelhidão,


alterações de humor, ansiedade e depressão.

Gengibre (Zingiber officinale)


Muito comum na culinária por seu gosto picante, o gengibre é prescrito por médicos da
Índia e da China desde a Antiguidade.

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Equinácea (Echinacea purpurea)
Opção terapêutica dos índios americanos para picadas de cobra e infecções, está nas
farmácias dos Estados Unidos desde 1930.

Alho (Allium sativum)


O bulbo que surge a partir da raiz é base de um dos fármacos com propriedades mais
variadas.

Sementes em cápsula
Elas podem germinar a solução para três problemas de saúde bastante comuns

Soja (Glycine max) [Disponível no SUS]


Os grãos originários do Oriente estão consagrados como alternativas para amenizar
alguns incômodos da menopausa quando a reposição hormonal tradicional não surte o
efeito desejado ou é contraindicada.

Guaraná (Paullinia cupana)


Fruto tipicamente brasileiro, é encarado como medicamento e tônico revigorante pelas
tribos indígenas amazônicas há séculos.

Entre flores e frutos


Suas qualidades vão muito além de gosto, aroma e beleza: eles podem conter
substâncias com potencial medicinal

Camomila (Matricaria chamomilla)


Existem diversas espécies disponíveis. As mais importantes delas são a camomila-
vulgar e a camomila-romana. O camazuleno, óleo essencial de sua flor, responde por
seus inúmeros pontos positivos.

Maracujá (Passiflora incarnata)


O gênero passiflora abrange mais de 400 espécies vegetais. Seus poderes calmantes vêm
dos flavonoides da folha.

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CONCLUSÃO
Muitas vezes a contaminação de espécies vegetais é de caráter acidental. No
entanto, a adulteração é, por definição, fraudulenta. Atualmente, não existem meios de
fiscalização que garantam um controle de qualidade das ervas comercializadas. As
primeiras regulamentações vêm sendo implantadas pelos órgãos de Controle Sanitário
para o registro dos fitomedicamentos e fitoterápicos, mas grande parte do uso popular é
baseada na comercialização em mercados e feiras populares.

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BIBLIOGRAFIA
 KOSTOV, K. Effects of magnesium deficiency on mechanisms of insulin
resistance in type 2 diabetes: focusing on the processes of insulin secretion and
signaling. Int J Mol Sci; 2019.
 HAGHIGHATDOOST, F.; NOBAKHT, M.; HARIR, M. Effect of green tea on
plasma leptin and ghrelin levels: a systematic review and meta-analysis of
randomized controlled clinical trials. Nutrition; 45: 17-23, 2018.
 BALSAN, G.; PELLANDA, L.C.; SAUSEN, G. et al. Effects of yerba mate and
green tea on paraoxonase and leptin levels in patients affected by overweight or
obesity and dyslipidemia: a randomized clinical trial. Nutr J; 18(1): 5, 2019.

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
PLANTAS MEDICINAIS, FITOTERÁPICOS E FITOFÁRMACO ........................................... 2
PLANTAS MEDICINAIS E DE CONSUMO ALIMENTAR ..................................................... 3
RAÍZES FORTES ......................................................................................................................... 3
Cimicifuga (Actaea racemosa) ...................................................................................................... 3
Gengibre (Zingiber officinale) ...................................................................................................... 3
Equinácea (Echinacea purpurea) ................................................................................................... 4
Alho (Allium sativum) .................................................................................................................. 4
Sementes em cápsula..................................................................................................................... 4
Soja (Glycine max) [Disponível no SUS] ..................................................................................... 4
Guaraná (Paullinia cupana) ........................................................................................................... 4
Entre flores e frutos ....................................................................................................................... 4
Camomila (Matricaria chamomilla) .............................................................................................. 4
Maracujá (Passiflora incarnata) ..................................................................................................... 4
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 5
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................... 6

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