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O que é?

As notícias vindas dos Missionários do Oriente, sobretudo da China, sobre a dura


realidade das crianças (mortalidade, abandono), sensibilizaram o coração de Dom
Carlos Augusto Maria José de Forbin Janson (1785-1844), Bispo de Nancy e de Toul,
Primaz de Lorena, na Françca despertando-lhe o desejo de aliviar os sofrimentos e
salvar a vida dos pequenos. Por isso, pensou ele em convocar as próprias crianças -
“crianças ajudam e evangelizam crianças” - e fundou a Obra da Santa Infância, hoje
Infância Missionária, no dia 19 de maio de 1843, em Paris (França).
A Obra difundiu-se imediatamente nas dioceses da França e em outros países da
Europa. No Brasil a Infância Missionária chegou por meio dos missionários franceses
em 1858. Em 1922, o Papa Pio XI a declara Pontifícia, isto é, do Papa e de toda a Igreja,
juntamente com a Obra da Propagação da Fé e a Obra de São Pedro Apóstolo,
constituindo as Pontifícias Obras Missionárias.

Objetivos

Suscitar e promover o espírito missionário universal entre as crianças;


Promover a cooperação espiritual por meio da oração, sacrifícios e testemunho de vida;
Despertar e fortalecer as vocações missionárias, anunciando Jesus Cristo aos que ainda
não o conhecem;
Incentivar pais, educadores, catequistas... a promoverem o protagonismo das crianças e
adolescentes na evangelização e solidariedade universais;
Cooperar materialmente com ofertas, fruto de renúncias, para ajudar as crianças
necessitadas dos cinco Continentes.

Trabalhos Desenvolvidos

Metodologia
A Metodologia da Infância Missionária é inspirada na pedagogia de Jesus Cristo, que,
por meio de suas palavras e gestos, mostrou que o Reino de Deus já está entre nós. Ele
disse que o Pai o enviou (...) para anunciar a Boa Nova aos pobres; para proclamar a
libertação aos presos, e aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos
oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor (Lc 4, 18-19).

Formação
1. Catequese Missionária - É o primeiro encontro na primeira semana de cada mês, para
conhecer a pessoa de Jesus Cristo e a Missão, à luz da Palavra de Deus;
2. Espiritualidade Missionária - É o segundo encontro, no qual se aprofunda e se
vivencia o que se aprendeu no encontro anterior, por meio de oração, meditação e
celebração da fé.
3. Compromisso Missionário - Neste terceiro encontro, passa-se do ser discípulo para o
fazer discípulos para Jesus, por meio do testemunho, serviço, diálogo e anúncio, e da
cooperação com uma oferta material, fruto do sacrifício pessoal, para as crianças
necessitadas do mundo;
4. Vida de Grupo - É a ocasião de fortalecer a vida comunitária, os laços de amizade e a
consciência da partilha entre as crianças, seus familiares e a comunidade.

Princípios da ação
1. Conhecer a Jesus na missão em favor do Reino dos pobres e dos pequenos;
2. Rezar, para estar unidos a Jesus e ao Pai, no Espírito Santo, rezar pelas Missões e
pelos missionários;
3. Oferecer Sacrifícios, renunciando a coisas supérfluas, acolhendo, convivendo,
perdoando... como forma de ser missionário e seguir Jesus;
4. Comungar é o melhor alimento para o cristão missionário: “Quem come deste pão
viverá eternamente”(Jo 6, 51b). A criança missionária alimenta-se com freqüência da
Eucaristia;
5. Ser Missionário e missionária é viver a vocação do Batismo, fazendo amigos e
amigas para Jesus.
Com o surgimento da Infância Missionária, a criança mostrou-se mais amiga e generosa.
Começou a ser melhor em casa, na escola, na catequese e na paróquia. Se sentiu importante,
responsável, comprometida por um mundo mais humano, justo e fraterno

Qual a sua finalidade?

Tem como finalidade suscitar o espírito missionário universal nas crianças,


desenvolvendo-lhes o protagonismo na solidariedade e na evangelização e,
por meio delas, em todo o Povo de Deus: "Crianças ajudam e evangelizam
crianças". São crianças em favor de outras crianças.

Por que é uma Obra Pontifícia?

Porque se diferencia de uma atividade apostólica transitória. Sua organização,


a presença em todo o mundo, pelo seu testemunho e eficiência, tendo sido
aprovada e assumida pelo Papa (Pio XI) como Obra evangelizadora a serviço
de toda a Igreja.

Por que Missionária?

É missionária porque educa as crianças no crescimento da fé, inserindo-as nas


atividades missionárias numa dimensão universal. Pelo compromisso do
batismo, vivem concretamente a experiência da partilha da fé e seus bens
com todas as crianças do mundo.

Por que Infância?

Porque os protagonistas são as crianças e adolescentes, que se dedicam em


favor das crianças do mundo inteiro, independentemente da cultura, raça ou
religião. O nome “Infância e Adolescência Missionária” vem de uma devoção
existente então na França: a infância do Menino Jesus. Por isto surgiu com o
nome de “Santa Infância

Membros da Igreja, por força do batismo, todos os cristãos são co-


responsáveis pela atividade missionária. É a cooperação missionária.

Tal cooperação fundamenta-se e se concretiza, antes de mais nada, no


estar pessoalmente unidos a Cristo. Se estivermos unidos a Jesus, como o
ramo à videira, podemos dar bons frutos.
Quais são as formas de cooperação missionária?

1ª COOPERAÇÃO ESPIRITUAL: A cooperação espiritual das crianças é para


ajudar todas as crianças do mundo. Os “pequenos grandes missionários”
aprendem a amar como irmãos as crianças pobres, doentes,
abandonadas... de todas as raças, culturas, religiões... Presentes em todos
os lugares da terra, como Jesus as amou.

A cooperação há de ser, em primeiro lugar, espiritual (cf. RMi 78):

- A oração deve acompanhar a vida dos missionários, para que a


Evangelização se torne eficaz pela graça divina. O Missionário é um
contemplativo na ação e dedica muitos momentos de oração.

- O sacrifício une-se à oração. O valor salvífico dos sofrimentos aceitos e


oferecidos a Deus com amor deriva do sacrifício de Cristo, que convida
seus seguidores a unir-se aos seus padecimentos e a experimentá-los na
própria carne.

- O testemunho da vida cristã é a primeira forma de Evangelização. O


homem de hoje crê mais nos fatos do que nas palavras. A primeira forma
de dar testemunho é a própria vida do missionário e da missionária.

2ª VOCAÇÕES MISSIONÁRIAS: Despertar e favorecer as vocações


missionárias. O Evangelho necessita de anunciadores. Ajudar é muito
importante, mas ir até às crianças que ainda não conhecem Jesus e passam
necessidades e evangelizar diretamente é fazer como Jesus fez: Veio do
seio da Trindade, encarnou-se, viveu no meio de nós e deu a vida por nós.

A Infância e Adolescência Missionária ensina as crianças a sair e


evangelizar, envolvendo outros companheiros e colegas para que todos
sejam missionários onde vivem e para onde o Espírito Santo os enviar.

3ª COOPERAÇÃO MATERIAL: São muitas as necessidades materiais e


econômicas das missões. Não só para auxiliar nas estruturas mínimas das
comunidades, tais como: capelas, escolas, seminários... Mas também para
sustentar as obras de caridade, de educação e de promoção humana,
principalmente nos países pobres. A Igreja missionária dá aquilo que
recebe, distribui aos pobres aquilo que seus filhos lhe põem
generosamente à disposição (cf. RMi 81).
As crianças da Infância e Adolescência Missionária cooperam
materialmente com ofertas que são fruto de seus sacrifícios e se destinam
para as obras dedicadas às crianças e para a evangelização. Estas ajudas
são necessárias. Estas colaborações econômicas destinam-se
EXCLUSIVAMENTE em favor das crianças.
Cada mês (ou semana), as crianças, com alegria porque fruto de seus
sacrifícios, entregam uma oferta para as crianças necessitadas do mundo.
Continente significa cada uma das grandes divisões da Terra. E estas divisões
tornam-se conhecidas por um nome: Ásia, África, Europa, América, Oceania.

No contexto missionário, cada um deles receberam uma cor que os


representam:

• A cor verde recorda a África, com suas florestas e também a esperança do


crescimento da Fé cristã, graças também aos missionários que lá se
encontram.

• A cor vermelha lembra as Américas, por causa da cor da pele dos primeiros
habitantes, os índios, (“os peles-vermelhas”, como foram chamados na
América do Norte) e também o sangue dos mártires, derramado por estes
povos na época da conquista destas terras pêlos europeus e nos nossos dias.
Mártires de ontem e de hoje.

• A cor branca representa a Europa, terra da raça branca. É também o


continente que tem a presença do Papa, o grande mensageiro e missionário da
paz.

• A cor azul lembra a Oceania, continente formado por muitas ilhas e


necessitado de missionários, mas que já envia seus missionários para outras
terras, inclusive para o Brasil. É também o continente da ecologia, ou seja, o
que mais luta pela preservação da natureza.

• A cor amarela representa a Ásia, continente da raça amarela, berço das


antigas civilizações, culturas e religiões. Lá se encontra quase metade da
população do planeta e a menor porcentagem de cristãos. Vivem os extremos
da riqueza e da pobreza.

COMO SURGIRAM AS CORES DOS CONTINENTES?

O bispo Fulton Sheen, quando era diretor das POM dos Estados Unidos, teve a
ideia do Rosário Missionário. O rosário é formado por cinco dezenas, que são
rezadas meditando-se em quatro "mistérios" da vida cristã. Cinco também são
os continentes do mundo. Ele escolheu uma cor para cada continente que, de
alguma forma, recorda suas características. A cor representa cada povo e
cada cultura. O Rosário Missionário, além da devoção a Maria, mãe de Jesus,
tem como objetivo unir pela oração todos os filhos de Deus presentes no
mundo inteiro. Por isto a contemplação de cada mistério traz uma reflexão
sobre cada continente. "A oração deve acompanhar os passos dos
missionários, para que o anúncio da palavra se torne eficaz, pela graça
divina." A oração do rosário é simples e fácil de se rezar e poderia ser assu-
mida por todos da IAM.
Como sabemos, nós que fazemos parte desta Obra temos algo que nos
identifica: é a nossa saudação. Entrelaçamos nossas mãos em sintonia com
todas as crianças do mundo. Cada dedo representa um continente e assim nos
saudamos: "De todas as crianças do mundo, sempre amigos!" Esta saudação
tem o objetivo de nos integrar na Missão universal. Assim como o tema:
"Crianças ajudam e evangelizam crianças." É para nos lembrar do compromisso
com a Missão universal.

Dados dos Continentes


A ÁFRICA: A NOVA PÁTRIA DE CRISTO

Na África, a Igreja Católica vive um momento de especial importância, no qual está


em jogo a autenticidade do seguimento do Evangelho.

A Igreja Católica experimentou um crescimento espetacular na África. Vive um


momento de especial importância, no qual está em jogo a autenticidade de seu
seguimento evangélico e de seu serviço.

Dos 750 milhões de habitantes africanos, 123 milhões são católicos, número que
supõe um crescimento espetacular, se comparar com o milhão que eram nos inícios
do século 20, ou os 24 milhões de 1960. Desde esse ano ao ano de 2000, os cardeais
passaram de 1 a 14, os bispos nativos, de 40 a 405, os sacerdotes, de 2 mil a 15.535.
Os seminaristas maiores são quase 17 mil, e os catequistas, 343 mil.

A Bíblia foi traduzida para muitas línguas locais, foram formados milhares de líderes,
foram abertas escolas, hospitais, centros de formação agrícola, organizaram-se
estruturas paroquiais, diocesanas e internacionais.

A África – cujos habitantes se distinguem especialmente por seu amor à vida e por
sua capacidade de desfrutá-la – é hoje como Israel que exige a libertação do Egito
das guerras, das epidemias, do analfabetismo, da falta de respeito, dos direitos
humanos, das multidões de refugiados; é como o cego Bartimeu que grita a Jesus
percebendo-o passar. A Igreja Católica assumiu o grito pela vida, ao afirmar em sua
mensagem sinodal: “Cristo, nossa Esperança, está vivo, e nós viveremos”.

A Igreja Católica vive na África um momento de especial importância no qual se


questiona a autenticidade do seguimento evangélico e de seu serviço. Alguns desafios
são urgentes:

1. Anunciar a Palavra sem desânimo.

2. Constituir-se como família de Deus.

3. Construir-se como “família de Deus na África”, ou seja, inculturada.


4. Ao serviço de seu povo. A África, no entanto, precisa de nosso apoio para
converter-se na nova pátria de Cristo. Nossa oração e contribuição econômica são
vitais para se alcançar este objetivo.

Em síntese:

Origem do nome: deriva do nome dos afros, povo praticamente desconhecido, usado
desde o século 17 para designar todo o continente.

Divisão Política: 53 países

Área: 30.347.700 km²

População: 887.223.888 habitantes

Línguas: 2.011 (30% das línguas do mundo)

Expectativa de vida: 50,7 anos

Mortalidade Infantil: 98,6 de cada mil nascidos vivos

Sem água potável: 46,6%

Adultos alfabetizados: 57,9%

Produto Interno Bruto: 537,247 milhões de dólares

Renda per capita: 722 dólares

Envia: 2.585 missionários

Recebe: 14.748 missionários

A AMÉRICA: ENTRE A CRISE E A ESPERANÇA

A América vive momentos de ardor missionário. Respondamos com gestos concretos à


confiança depositada no “Continente da Esperança Missionária”.

A América, especialmente a América Latina, vive uma crise sócio-econômica muito


grave, caracterizada por: dívida externa, pobreza, desemprego, desnutrição,
mortalidade, falta de remédios, mendicância, delinqüência, migração... Ou seja, a
maioria do povo vive em situação de miséria e exclusão. A fenda entre os poucos que
têm muito e os muitos que têm pouco é cada vez mais acentuada.

Na América vivemos cerca de 780 milhões de pessoas, das quais aproximadamente


490 milhões são católicos (63%). A realidade estatística do nosso continente faz de
nós a esperança da Igreja e do mundo, mas, como católicos, devemos ao mundo, por
justiça, o anúncio de Jesus Cristo.

À luz de sua consciência missionária e pastoral, o que é que a Igreja da América


Latina e do Caribe pode oferecer hoje à Missão, tanto no continente, como além de
suas fronteiras? A resposta deve ser buscada permanentemente, levando em conta os
“sinais dos tempos” e as diferentes situações que o Espírito do Senhor nos apresenta.

O documento de São Domingos sintetizou esta responsabilidade evangelizadora e


missionária a partir de campos de ação ou desafios: a Missão além-fronteiras, a
revitalização dos fiéis que se afastaram, o diálogo com os outros cristãos e novos
movimentos religiosos, a atenção para com os indiferentes e ateus.

Nossa missão deve ser, antes de tudo, uma missão de pobres para com pobres, na
comunhão e na reciprocidade das Igrejas da América Latina e do Caribe, e dos
Continentes Asiático e Africano, testemunhando e anunciando os valores do
Evangelho, e, com eles, aprendendo fraternalmente. A América vive momentos de
ardor missionário, e quer responder com gestos concretos à confiança depositada no
“Continente da Esperança”, pois somos 43% dos católicos do mundo. Somos, pois, a
esperança da Igreja no 3º Milênio.

Em síntese:

Origem do nome: Começou-se a utilizar desde os inícios do século 16, em


homenagem a Américo Vespúcio. Também é conhecida como o Novo Mundo.

Divisão Política: 36 países

Área: 42.043.369 km²

População: 885.958.483 habitantes

Línguas: inglês, francês, espanhol, português e linguas nativas (quíchua, aimará,


guarani, caingangue, etc.)

Expectativa de vida: 79 anos no Canadá e 50 anos no Haiti

Mortalidade Infantil: 26 de cada mil nascidos vivos

Analfabetismo: não é mais calculado no Canadá e nos Estados Unidos e é de 54% no


Haiti

Produto Interno Bruto: 10.423.370 milhões de dólares

Renda per capita: 13.240 dólares (29.080 nos Estados Unidos e 380 no Haiti; No
Brasil, 4,802)

América do Norte envia 8.193 missionários e missionárias e recebe 1.645.

América do Sul envia 5.785 missionários e missionárias e recebe 12.011.


O Equador envia 65 missionários e missionárias e recebe 1.374.

O Brasil envia 1.844 missionários além-fronteiras.

EUROPA: DE EVANGELIZADORA A EVANGELIZADA

Há cada vez menos vocações na Europa, muitos seminários estão vazios, a


mentalidade dos cristãos europeus está mudando vertiginosamente.

A Europa é um continente que tem raízes cristãs muito profundas, e de lá partiram


milhares de missionários para o mundo todo. Era e ainda é um continente
missionário. Muitos deles foram pioneiros em todos os continentes. Eles levaram o
Evangelho à América, à África, Oceania e Ásia. Trabalharam arduamente para levar o
Evangelho até os confins da terra.

No entanto, os missionários europeus são cada vez mais adultos e os jovens são
poucos. Logo a Europa não poderá satisfazer nem as próprias necessidades pastorais.
Na Itália e na Espanha há muitos sacerdotes africanos trabalhando como párocos.

Há cada vez menos vocações na Europa, muitos seminários estão vazios, a


mentalidade dos cristãos europeus está mudando vertiginosamente. Ela sofre um
processo de descristianização, é cada vez menos cristã, menos católica.

A Europa vive uma situação econômica que proporcionou às suas populações muito
bem-estar e comodidade. O euro tornou-se a moeda comum dos europeus. Ao mesmo
tempo, ela está se tornando um continente de adultos, pois quase não há crianças.
As famílias numerosas já não existem. Milhares de famílias têm um único filho.

Os jovens estão se perdendo em experiências distanciadas de Deus. O materialismo,


as drogas e a indiferença os atingem. Os europeus tornaram-se pouco a pouco uma
sociedade hedonista, consumista e altamente egoísta. Por outro lado, milhares de
migrantes chegam em busca de trabalho. Também se acentuou o racismo.

A Europa está passando de evangelizadora a evangelizada. Logo necessitará de


missionários para reevangelizar-se, especialmente os mais jovens. Ademais, prevê-se
que deixará de ser a provedora de recursos econômicos para a execução de milhares
de projetos de ajuda a outros continentes, especialmente a África e a América
Latina.

A Europa necessitará em médio prazo da nossa cooperação missionária, da nossa


oração e, sobretudo, dos nossos missionários.

Em síntese:

Origem do nome: provém da raiz semítica ereb, que significa pôr-do-sol.

Divisão Política: 43 países

Área: 10.530.750 km²

População: 729.471.649 habitantes


Línguas: 225 (3% das línguas do mundo). Os idiomas mais falados pertencem ao ramo
latino (espanhol, italiano, francês e português), germânico (alemão, inglês e idiomas
escandinavos) e eslavo (russo, búlgaro, servo-croata e ucraniano, entre outros).

Expectativa de vida: 72,7 anos

Mortalidade Infantil: 10 de cada mil nascidos vivos

Analfabetismo: 1,3%

Produto Interno Bruto: 9,5 trilhões de dólares

Renda per capita: 12.813 dólares

Envia: 66.776 missionários

Recebe: 7.764 missionários

A OCEANIA À NOSSA ESPERA

A Oceania tornou realidade o envio missionário, quando, apesar do escasso número


de agentes de pastoral, enviam “além-fronteiras” muitos dos seus melhores
evangelizadores.

A Oceania, com seus 30 milhões de habitantes, dos quais 8 milhões são católicos,
enfrenta grandes dificuldades, pois as populações estão muito distantes umas das
outras, razão pela qual complica-se a atividade evangelizadora da Igreja. A isso se
soma a escassa presença de missionários. Sem dúvida, existe uma grande esperança:
os cristãos atuais são muito comprometidos.

Este compromisso tornou-se realidade, quando enviam, apesar do escasso número de


agentes de pastoral, “além-fronteiras” muitos dos seus melhores evangelizadores. O
Equador é um país que recebeu numerosos missionários da Oceania.

Os primeiros missionários católicos chegaram à Oceania em 1827, bem depois da


chegada dos missionários protestantes, que chegaram em 1793. Os primeiros seis da
Congregação dos Sagrados Corações, encabeçados pelo Pe. Alexis Bachelot, foram
enviados para evangelizar o Arquipélago do Havaí. Em 1833, foi-lhes confiada a parte
oriental da Oceania.

Em 1834, os primeiros missionários chegaram às Ilhas Gambier. Sucessivamente,


foram chegando aos demais arquipélagos: Marquesas (1838), Sociedade (1842),
Tuamoti (1849) e Austrais.

Um dos grandes missionários que trabalharam na Oceania foi o Pe. Damião de Veuster
(1840–1889). Missionário comboniano, viveu 16 anos entre os leprosos na Ilha de
Molokai, no Havaí, e ele mesmo foi leproso durante os últimos anos de sua vida. O
Papa João Paulo II declarou-o bem-aventurado em 1995, em Bruxelas (Bélgica), no
país de origem do Pe. Damião.

O Havaí, que faz parte dos EUA, a Polinésia Francesa – território de ultramar da
França, onde se encontra o Atol de Muroroa – e a Ilha de Páscoa, pertencente ao
Chile, apesar de situarem-se geograficamente na Oceania, têm pouca relação com
este continente.

A Oceania espera nossa cooperação: É um continente que mal conhecemos, mas que
está à espera de nossa presença missionária. Eles partilham com o mundo o que têm
e esperam reciprocidade de nossa parte.

Em síntese:

Origem do nome: Oceania deriva de oceano.

Divisão Política: 14 países

Área: 8.505.070 km²

População: 32.749.914 de habitantes

Línguas: na Austrália e Nova Zelândia (inglês), nos outros países, 1300 línguas nativas
(19% das línguas do mundo).

Expectativa de vida: 75 anos na Austrália e 57 anos na Papua Nova Guiné

Mortalidade Infantil: 24 de cada mil nascidos vivos

Adultos alfabetizados: 96%

Produto Interno Bruto: 474.248 milhões de dólares

Renda per capita: 16.501 dólares

Envia: 1.255 missionários

Recebe: 1.647 missionários

A ÁSIA: SUA EVANGELIZAÇÃO, DESAFIO DO 3º MILÊNIO

A Ásia significa, sobretudo, variedade, pluralismo, multiplicidade. O maior desafio


que a Igreja tem adiante é a evangelização da Ásia. A imensa maioria de sua
população vive em extrema pobreza.

“O primeiro Milênio” viu a evangelização da Europa. O segundo, a da América e


África. O terceiro prepara uma abundante colheita (João Paulo II). O continente
asiático é o maior desafio que a Igreja tem adiante. A evangelização da Ásia não é de
forma alguma algo fácil. Baste pensar um pouco nos números – que neste continente
são sempre de grandes dimensões –, para descobrir a magnitude da Missão.

A Ásia significa, antes de tudo, inúmeras pessoas. Asiática é 60% da humanidade,


quase a metade dela tem menos de 15 anos, e a imensa maioria vive em extrema
pobreza. E Ásia significa, sobretudo, variedade, pluralismo, multiplicidade.

Desigualdades físicas e geográficas, variedade de raças e grupos étnicos, diversidade


de línguas (só na China existem mais de 800), sistemas políticos e estruturas sociais.
A Ásia é composta não só de países, mas de “diversos países, até, por assim dizer, de
diversos mundos”.

Existem, portanto, muitas Ásias. Cada uma delas tem sua própria e forte riqueza
espiritual. Porque a Ásia também significa religião. Nela surgiram, além do
Cristianismo, as outras grandes religiões do mundo: Hinduísmo, Judaísmo,
Islamismo... Além de muitas outras tradições religiosas como o Taoísmo, o
Confucionismo, o Xintoísmo e inumeráveis crenças e visões de mundo indígenas.

Assim, na Ásia, vivem 85% de todos os não-cristãos do mundo, ao passo que os


católicos – cerca de 100 milhões – são só 2,9% dos 3,7 milhões de asiáticos. Se
levarmos em conta que mais da metade deles estão nas Filipinas, os católicos
perfazem somente 1%. Nos demais países, os cristãos são pequeníssima minoria. Estes
números mostram claramente a enorme tarefa que a Igreja per por diante.

Que caminhos abrir para a presença da Igreja no conjunto de culturas e povos da


Ásia?

Em síntese:

Origem do nome: provém da raiz semítica esch, que significa de “onde sai o Sol”, e
que usavam os antigos gregos para designar as possessões que Creta possuía a leste
do mar Egeu.

Divisão Política: 47 países

Área: 44.428.300 km²

População: 3.910.666.640 de habitantes

Línguas: mandarim, hindi, russo, árabe, bengali, japonês estão entre as 10 línguas
mais faladas no mundo (2.165 línguas, 33% do total mundial).

Expectativa de vida: 80 anos no Japão e 58 em Bangladesh

Mortalidade Infantil: 57 de cada mil nascidos vivos

Analfabetismo: 24,9%

Produto Interno Bruto: 7,1 trilhões de dólares

Renda per capita: 2.039 dólares

Envia: 8.481 missionários

Recebe: 6.306 missionários.

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