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Experimento 1

Níveis lógicos e operações com variáveis lógicas

1 OBJETIVO
O aluno deverá compreender níveis lógicos e a partir deste para o entendimento de operações com variáveis
lógicas.

2 INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Sistemas digitais são aqueles cujas variáveis assumem valores discretos, ou compreendidos entre certos
níveis fixos. Esta noção deve ser familiar para a maioria, pois ultimamente esse tipo de sistema vem ganhando
importância crescente em todas as áreas tecnológicas e até mesmo em nossas atividades diárias.

2.1 Circuitos Digitais:


Os sistemas digitais são implementados na prática principalmente por meio de circuitos eletrônicos. A
informação é neste caso representada por tensões que podem assumir apenas 2 níveis. Tais sistemas são ditos
binários.
Considere por exemplo o circuito da figura 1, que tem duas entradas e uma saída, e se destina a apresentar
como resposta uma função lógica dos sinais (tensões) nas entradas. Seu funcionamento é o seguinte:
i) As tensões VA e VB só devem assumir 2 níveis: cerca de 0 volt ou cerca de 5 volts.
ii) Se uma tensão de 0 volt for aplicada a qualquer das entradas, o diodo correspondente conduzirá, e a
tensão Vs valerá praticamente 0 volt.
iii) Se ambas as tensões estiverem em 5 volts (ou acima), nenhuma corrente circulará em R e, portanto, Vs =
5 volts.

Figura 1 - Circuito digital com diodos.

Observe que o nível baixo de Vs não é exatamente 0 volt, e certamente varia quando se tem VA = 0 ou VB =
0, ou ambos, pois os 2 diodos não podem ser idênticos.
Entretanto essa pequena indefinição não nos impede de distinguir o nível baixo do nível alto. Num circuito
complexo, como o de um computador, diversos fatores causam flutuações, o que igualmente não chega a ser um
problema, a menos que as flutuações sejam grandes a ponte de inverterem o nível de algum sinal. Essa
característica, denominada imunidade a ruído, é uma das maiores vantagens dos circuitos digitais sobre os
analógicos.
Devido a sua natureza, os circuitos digitais são interpretados em termos de variáveis e funções lógicas.
Existem duas convenções em uso. Na chamada “lógica positiva”, o nível alto de tensão é associado ao nível
lógico 1 (VERDADEIRO) e o nível baixo ao nível lógico 0 (FALSO). Na lógica negativa ocorre o contrário.
No circuito da figura 1, por exemplo, podemos representar as tensões VA VB e Vs pelas variáveis lógicas A,
B e S, respectivamente. Nesse caso, dentro da convenção de lógica positiva, tempos S = 1 se, e somente se, A =
1 e B =1. P circuito executa a operação E. Caso fosse adotada a lógica negativa, teríamos S = 0 se, e somente se,
A = 0 e B = 0. O circuito executaria a operação OU.

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A convenção de lógica positiva é quase sempre a preferida na prática e será usada nesse conjunto de
experiências.

2.2 Circuitos TTL:


Existem diversos tipos de circuitos capazes de executar funções lógicas. Os circuitos integrados desse
painel pertencem à família de circuitos TTL (Transistor-Transistor Lógica), que são os mais usados atualmente
em sistemas de pequeno e médio porte. Os circuitos TTL são alimentados com uma tensão de 5 volts, e os níveis
lógicos são definidos como se mostra na figura 2.
Observe a diferença entre os níveis de entrada e saída. O fabricante garante que a saída de um circuito TTL
estará entre 0 e 0,4 volts quando no nível lógico 0. Por outro lado ele garante também que entre 0 e 0,8 volts
aplicada a uma entrada será interpretada como um nível lógico 0. Conseqüentemente, há um intervalo de
400mV de margem de ruído para o nível lógico 0. Significa que um ruído de até 400mV pode ser adicionado à
saída de um circuito sem perturbar o funcionamento dos circuitos ligados àquela saída. No nível lógico 1 a
situação é parecida.

Figura 2 - Níveis lógicos de entrada e saída da família TTL, na convenção de lógica positiva.

Figura 3 - identificação dos terminais do CI 7408 (vista superior).

2.3 Circuitos com chaves

Uma chave simples possui dois estados possíveis: aberta ou fechada. Utilizando este tipo de chave pode-se
associar a uma lógica digital. Considerando que a chave representa uma variável A temos: para chave aberta A
= 0 e para chave fechada temos A’ = 1.

A
A = 0 chave aberta

A'
A'= 1 chave fechada
Figura 3 Representação de níveis lógico com chaves, nível 0 chave aberta nível 1 chave fechada

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3 – Parte prática

Para uma melhor entendimento das funções booleanas serão utilizadas associação de chaves.

1 – Complemento

A A'

A A'

Figura 4 – representação da função complemento

2 – FUNÇÃO OU

A figura 5 corresponde a função booleana soma ou função OU de duas variáveis de entrada.

D3
B LED1

+
Vs1
5V
-

R1
1k

Figura 5 - Representação da função booleana OU

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3- FUNÇÃO E

A figura representa a função booleana E de duas variáveis de entrada.

A B

D3
LED1

+
Vs1
5V
-

R1
1k

Figura 6 – representação da função booleana E

4 – Que função realiza este circuito?

A B'

A' B D3
LED1

+
Vs1
5V
-

R1
1k

Figura 7

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3.1 - Simulação

Utilizando o Circuit Maker faça a simulação dos circuitos das figuras 5, 6 e 7. A função de saída será LED
aceso nível 1, led apagado nivel 0.
Monte a tabela de resultado e escreva a função para cada cso. .

3.2 - Experimento

Monte os circuitos das figuras 5,6 e 7 no laboratório e verifique os resultados comparando com o
simulado.
Observe os valores da saída com o osciloscópio.
Faça fotos de suas montagens a serem utilizadas no seu relatório

4 - Questões:

1 – ESCREVA A EXPRESSÃO E FAÇA A TABELA PARA A FIGURA 4, EXPLIQUE SUA RESPOSTA


2– EXPLIQUE AS FUNÇÕES DOS CIRCUITOS DAS FIGURAS 5, 6 E 7.
3 – Voe consegue definir a partir das figuras a função inversora?

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