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EM CAMAMU (BA)
Salvador/2008
1
AUTOR:
ORIENTADORA:
Trabalho de Conclusão de
Curso apresentado como avaliação
para a disciplina Iniciação a Prática
Científica.
2
ABREVIATURAS
MS Ministério da Saúde
DESCRIÇÃO PAG
RESUMO
ABSTRACT
Since decades of 1970 to 1980, Brazil comes debating ways to do available rationally
Medicinais Plants and Phytopharmaceuticals (PMF), as a completing therapy to the
population. Ahead of the failure of many programs and the advance of the popular
use, WHO published in 2002 the “Strategy of the WHO on traditional medicine”, that
stimulated Brazil to publish in 2006 the National Politics Integratives and
Supplementaries’s Practices (PNPIC) and influenced the National Politics of
Medicinais Plants and Phytopharmaceuticals creation, that deliberate lines of
direction for incorporation and implementation of some traditional practices to the
population, as well as including them in the process. Ahead of such discussions in
Brazil, the purpose of the present study was to verify the acceptation of PMF in the
Single System of Health (SUS), as completing therapy in Camamu (Bahia). The
study in question is descriptive, of quantitative nature, with transversal delineation,
being did through application of half-structured questionaries for 411 Camamu’s
SUS’s users and 07 doctors who attend in the system. Considering as resulted the
acceptation of 94,1% SUS´s interviewed users and 100% of the doctors, justified by
the users to be a natural therapeutic (without chemistry) with 17,7% of that would
accept and 14,5% indicate the curative power of the medicinal plants. While most of
the doctors argued the low cost of the therapy (33,3%), low adverse reaction
(16,7%), for the therapeutic power (16.7%) and alternative therapy (16.7%).
Analysing the data, it evidenced that SUS’s users and the medical professionals of
Camamu accept Medicinais Plants and Phytopharmaceuticals (PMF) as a completing
or alternative therapy for the morbidades. Therefore, it’s necessary a better
awareness and qualification, as much of the users how much of the doctors, with
regard to the therapy with PMF, to that the possible implantation of Program or
Project in the Camamu’s SUS is functional and effective.
SUMÁRIO
Abreviaturas i
Tabela de Gráficos e Tabelas ii
Resumo iv
Abstract v
1. Introdução 13
2 - Revisão Bibliográfica 15
2.1 – O Uso da Fitoterapia no Brasil 15
2.1.1 – A CEME e o Programa de Pesquisa de
18
Plantas Medicinais
2.2 – Políticas Públicas em Fitoterapia na Atenção
20
Primária
2.2.1 – Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares no Sistema Único de 25
Saúde
2.2.2 – Política Nacional de Plantas Medicinais e
27
Fitoterápicos
3. Justificativa 30
4. Objetivo Geral 31
4.1 Objetivos Específicos 31
5. Materiais e Métodos 32
5.1 Tipo de Estudo 32
5.2 População e Área 32
5.3 Amostragem e Critério de Seleção 33
5.4 Instrumento de Investigação 34
5.5 Definições de Variáveis 34
5.6 Plano de Analise 35
6. Resultados 36
6.1 Resultados dos Usuários do SUS 36
8
1. INTRODUÇÃO
2006a;BRASIL, 2006b).
2006a)
(BRASIL, 2006c).
cidade com 32.172 habitantes, com uma renda média R$223,48, oriunda muita
em biodiversidade (IBGE,2008).
11
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
al, 2008)
dentre eles o transporte das espécies vegetais para o Brasil, os jesuítas tiveram de
al,2006).
2004a).
12
matriz curricular deste novo profissional era mais embasada e especializada, levou o
decorrer do tempo a uma substituição das boticas para farmácias, para manipular as
Brasileira (1929), não existiam estas informações, pelo fato de não serem
criar Leis e normas que regulamentasse o setor (MARQUES and PETROVICK et al,
2006).
13
(FONTE, 2004). Tal fato gerou a desconfiança da população, o que levou aos
(SCHENKEL, 2004).
serviços à saúde (OLIVEIRA et al, 2006; BRASIL, 2006c). Isto favoreceu para a
2006c).
laboratórios oficiais e disponibilizar a população com baixa renda. Tinha como meta
sua extinção 1998, que ocorreu pela Lei nº 9.618/98, ocorrendo à fragmentação de
No transcorrer dos seus 27 anos, a CEME foi mais uma iniciativa governamental em
privados e agencias de fomento (DE SANT’ANA and ASSAD, 2004), com o intuito de
(BRASIL, 2006c).
Santa (Maytenus ilicifolia), uma das poucas espécies que a PPPM e a CEME
2006c). O programa PPPM foi extinto em 1997, pela medida provisória 1576/97 (DE
privados. Decorrente o grande potencial de cura e o retorno que tais plantas trariam
públicos de atenção primária. Tais fatos iniciaram, quando em 1978 houve seu
publico, como mais uma opção terapêutica ao usuário do sistema (MS, 2001).
desenvolver programas na área (MS, 2001). Além disto, discutiu um segundo fator
boas praticas, para ser aplicado nos programas, garantindo sua segurança e eficácia
em outubro de 1988, que no seu conteúdo cria o Sistema Único de Saúde (SUS),
1988, foi quem regulamentou esta prática, disponibilizando uma nova terapia à
2008).
18
desenvolvem a fitoterapia nas unidades primarias, cada qual com suas próprias
OLIVEIRA et al, 2008). Estes grupos são muitas vezes idealizados e formatados por
temática.(MATOS,1994)
Em 1990 o movimento da reforma sanitária do Brasil, tem uma grande vitória que
seria a Lei 8.080, que cria e regulamenta o sistema universal, integrado, igualitário,
Saúde da Família, com atividade de saúde primária, tendo ação direta na sociedade,
como ocorreu nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará (SCHEFFER et al,
2008).
delas sem um amplo respaldo cientifico. O que fez diminuir em mais de 50% o
pela Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), que auxiliou Portaria nº06/1995, que
como foco, a ampliação das opções terapêuticas e melhoria da atenção à saúde aos
seus objetivos, num período de três anos. Onde as ações serão gerenciadas e
Planos Plurianuais. Até então não foi aprovado nem publicado a versão final, mas
Único de Saúde
Neste sentido a OMS criou como estratégias: a promoção do uso racional das
acesso a tais terapias, visto que a população dos países sub e em desenvolvimento,
Medicina Tradicional, pelo fato de não existir estudos que comprovem a maioria
(OMS, 2002)
(BRASIL, 2006a)
consultores, em 2005, sendo então aprovado pelo CNS em 2006, pelas portarias nº
2006a)
2006a)
“in natura”, outra seria de na forma de Droga Vegetal pulverizada ou não, têm ainda
2006a)
Fitoterapia, como também outras terapias. Visto numa pesquisa com 1342
pela equipe da política, no ano 2004, mostrou que 17,29% dos questionários têm
implantado alguma PAC, das quais 93,48% não têm uma política em nível estadual
ou municipal vigente.
(BRASIL, 2006b)
Sua criação foi incentivada pelos movimentos até então mencionados, no qual gerou
(BRASIL, 2006b)
25
(BRASIL, 2006)
incluir a prática na Assistência Farmacêutica local, visto que esta pode subsidiar
definida como:
26
desenvolvimento das práticas em Fitoterapia, mas também ter suas atividades como
que suas estratégias e ações estão bem definidas, e muitos dos municípios/estados
aceitável.
Farmácias Vivas, no Ceará, que se difundiu não só pelo estado, mas pelo Brasil.
Suas matérias primas foram escolhidas, em maior parte pelos estudos etnobotânicos
a equipe de elaboração do serviço, que criou o plano de ação baseado nos dados
dos locais. Como no caso dos programas Proplan do Rio de Janeiro, e FITOVIVA de
assistência, e a normatizaram.
(livro de assistência).
Uma das mais importantes analise que a equipe de elaboração do serviço tem que
fazer é saber qual tipo de serviço pode oferecer. A PNPIC apresenta quatro tipos de
serviços (forma “in natura”, droga vegetal, manipulado, industrializado), que tem
para execução.
28
seleção das espécies; e a forma de garantir a qualidade. Para que nenhuma parte
disponíveis são muitas vezes divididos com outros setores, minimizando a aplicação
de Fitoterapia no SUS. Entretanto se sabe que é uma prática nova, que muitas
3.3.3.1 – Seleção
para os programas que optaram pelas formas “in natura” e droga vegetal, enquanto
farmacológico e econômicos)
30
optam também por espécies que são mais efetivas que outros medicamentos, ou em
3.3.3.3 – Aquisição
que se deve ter muito cuidado, pois estes estão sedentos por vendas.
adquirirem suas espécies em famílias e produtores locais, onde não são legalmente
reconhecidos. Isto foi uma maneira encontrada para não faltar matéria prima vegetal,
prima vegetal, adquirindo mudas de hortos oficiais. Nestes locais existe uma
Fitoterápico, que visa em aproximadamente três anos após sua aprovação, efetivar
3.3.3.4 – Armazenamento
Para identificação da matéria prima vegetal, muitos dos serviços pedem auxilio de
seus fornecedores.
industrializados.
3.3.3.5 – Distribuição
legal, criar centros de serviços para distribuir às demais unidades. Em tais serviços
na forma “in natura” e/ou planta seca (rasurada ou não), às unidades que são
3.3.3.6 – Dispensação
o único fator visível a estes. Ou seja, as outras etapas foram bastidores na visão dos
alterações cabíveis para efetivar terapêutica. Este processo está relacionado à etapa
envolvem a terapia com a espécie que ele está adquirindo (armazenamento das
aspectos clínicos e toxicológicos). Até porque muitas destas plantas são cultivadas e
programa/serviços.
reconhecimento.
Hoje no Brasil, existem três tipos de profissionais que legalmente podem prescrever
3.4 – Camamu
BR 324) e 180 Km utilizando o sistema ferry-boat (BA 001), tem área territorial de
885Km², possui reconhecido pelo órgão municipal, três distritos (Travessão, Orojó,
CAMAMU, 2008)
27.06.1891.
médio (IBGE, 2008). Que assiste um total 11.417 alunos matriculados, com equipe
375 profissionais docentes. Não foram identificados, até então, órgãos de ensino
3.4.3 – Economia
38
minérios como baritina, gesso. Recentemente fora encontrado uma bacia de gás
CAMAMU, 2008)
O turismo atualmente esta sendo uma nova fonte de recurso, visto que o município é
canal de acesso à Baía de Camamu, reconhecida por ser terceira maior baía do
(IBGE,2008)
3.4.4 – Saúde
28 leitos. (IBGE,2008)
Programa de Saúde da Família (PSF), no qual somente duas ficam na sede (Cidade
Baixa e Bairro da Vitória) e outros nove se distribuem pela zona rural (Povoado de
puerpério, com 30,6% das internações totais; internações por doenças do aparelho
neoplasia e tumores, com 9,1%; e as lesões eventuais e por causas externas, com
Em média Camamu tem 119 mortes por ano, em 2005 foram 3,2 óbitos por 1000
habitantes, sendo que 12,6 % não tiveram causas definidas. As principais dados de
auxiliares.
medicamentos são adquiridos pelo pacto com estado e outros são oriundos de
3. JUSTIFICATIVA
Diante das discussões que envolvem todo o país sobre a fitoterapia, é importante
SUS pela população de Camamu, e se os médicos que as assistem vão estimular tal
4. OBJETIVO GERAL:
usuários do SUS;
5. MATERIAIS E MÉTODOS
na área urbana.
Camamu está localizado no baixo sul da Bahia, a 335 Km da capital Salvador, com
renda média de R$223,48. Esta cidade tem uma extensão territorial de 88,5Km², de
clima tropical úmido, 40m de altitude, sitiada na 3ª maior baía do Brasil. (Secertaria
localiza na sede, e onze Postos de Saúde da Família (PSF), no qual somente dois
ficam na sede (Cidade Baixa e Bairro da Vitória) e outros nove se distribuem pela
zona rural (Povoado de Acarai, Barcelos, Orojó, Pedra Rasa, Pinaré, Tapuia e
onze PSF, têm somente cinco médicos e oito enfermeiros, que nas suas rotinas
44
desdobram para atender a todas as unidades. Cada PSF tem em média duas salas
dos profissionais médicos dos PSF’s, também dão plantão na Unidade Mista, em
2008)
Com base em cálculos estatísticos para ter um desvio amostral de 4% com um nível
falta de recursos), se fez uma amostragem por conveniência, que resultou em 411
amostral de 4,9%.
questionários.
ambos os sexos.
45
O critério para exclusão foi as pessoas com déficit cognitivo ou impossibilitados para
Janeiro de 2008.
Enquanto que no questionário dos Médicos, que atendem nas Unidades de Saúde,
Versão 7.0 e analisados no programa atualizado do Epi Info Versão 3.3.2. Foram
variáveis em estudos.
47
6. RESULTADOS
O perfil dos pacientes usuários do SUS, de Camamu (BA), está descrito na Tabela
01, na qual evidencia um predomínio do sexo feminino (78,3%), com idade entre 21
Idade n=411
≤ 20 anos 66 (16,1)
21 a 30 anos 130 (31,6)
31 a 40 anos 77 (18,7)
41 a 50 anos 73 (17,8)
≥ 51 anos 65 (15,8)
Escolaridade n=411
Analfabeto 43 (10,5)
Ensino Fundamental Incompleto 222 (54,0)
Ensino Fundamental Completo 18 (4,4)
Ensino Médio Incompleto 51 (12,8)
Ensino Médio Completo 61 (14,8)
Ensino Superior Incompleto 11 (2,7)
Ensino Superior Completo 5 (1,2)
48
Camamu (BA), com 53,5% nos Postos de Saúde Famílias (TABELA 02).
Com relação à utilização de Plantas Medicinais, verificou-se que 96,4% (396) dos
(TABELA 03). Verificou-se também que 94,1% dos entrevistados, têm uma área de
Pessoa a quem busca informação para utilização da Plantas Medicinais com finalidade
Terapêutica (n 411)
Conhecimento Próprio 179 (43,6)
Familiares 136 (33,1)
Amigos-Vizinhos 63 (15,3)
Farmácia (Farmacêutico) 03 (0,7)
Médicos 07 (1,7)
Programas de Televisão 01 (0,3)
Livros 05 (1,2)
Agentes Comunitários-
Enfermeiros 03 (0,7)
Não Faz Uso ou Não
Respondeu 14 (3,4)
natural (sem Química) com 17,7% dos que aceitariam, enquanto que 14,5% fez
referencia ao poder curativo das Plantas Medicinais e 13,6% afirmaram que usariam
afirmaram não aceitar a recomendação diz respeito ao não gostar com 36,0% e
outros 36,0% não aceitariam por não gostar de tomar chás de Plantas Medicinais
(GRÁFICO 03).
51
52
Fitoterapia, 83,9% afirmaram que não sabem nem ouviram, enquanto 16,1%
que afirmaram conhecer ou ouviram falar do termo Fitoterapia, 71,2% não souberam
conceituar o termo, enquanto 18,2% fizeram alusão a terapia com produtos a partir
medicamento preferencial para sua terapeutica caso pudesse escolher. 63,5% dos
O perfil dos sete Médicos que atendem pelo SUS em Camamu-BA está descrito na
Clínica Médica, entretanto cinco dos sete Médicos têm uma ou mais especialização,
Tempo de Formação n 07
01 – 10 anos 02 (28,6)
11 – 20 anos 01 (14,3)
21 – 30 anos 04 (57,1)
Especialidades n 07
Pediatria 02 (28,6)
Unidade Saúde da Família 02 (28,6)
Cardiologia 01 (14,3)
Angiologia 01 (14,3)
Estética 01 (14,3)
Fitoterapicos.
enquanto os outros 71,4% não prescreve (TABELA 07). Os motivos pelos quais os
por fazer parte da cultura da comunidade, relatados por 50,0% (GRÁFICO 07).
Enquanto os outros 71,4% que não prescrevem referiram-se ao fato de não possuir
(20,0%) e 40,0% preferiram não responder, como mostra o GRÁFICO 07. Observou
também na TABELA 07, que 42,8% dos médicos entrevistados, disseram prescrever
percebe um empate enquanto sua posição de escolha, ficando então ambos como
pelo baixo custo (33,3%), poder terapêutico dos Fitoterápicos (16,7%), por ser uma
forma alternativa de tratamento (16,7%), baixa reação adversa (16,7%), faz parte da
59
(GRÁFICO 08).
respostas (TABELA 09). Verifica-se na TABELA 09, que nenhum dos entrevistados
sendo que 14,3% a classificaram no sistema digestivo e outros 14,3% para sistema
digestivo.
7. DISCUSSÃO
outros estudos, nesta área de PSF’s. No caso de Fitoterápicos, já se sabe, que elas
al (2007), com 104 mulheres de idade entre 18 e 70 anos, maioria com o ensino
população.
Com relação à maior faixa etária vista dos usuários do SUS, 21 a 30 anos, com a
Incompleto (TABELA 1), são resultantes do perfil social de Camamu, visto que no
62
OGAVA et al (2003) relata em seu trabalho, que há uma maior adesão ao Programa
unidades mistas.
(TABELA 2). Isto sinaliza a discussão nacional, que atribui à farmácia comunitária
devem ter com tais pacientes. Logo não se deve esquecer que o acesso a
medicamento, para muito dos entrevistados, ocorrem somente nos postos de saúde,
finalidade Terapêutica (BRASIL, 2006a). Tal fato pode ser explicado pela facilidade
que os entrevistados têm em adquirir Plantas Medicinais, por Camamu ser uma
confirmado quando 94,1% dos entrevistados têm uma área de plantio de algumas
espécies, e quando 66,4% adquirem suas plantas no próprio quintal e outros 21,0%
O mesmo quadro aparece também em muito dos estados brasileiros nos estudo
o uso de plantas medicinais pela população (TABELA 06), neste caso de forma
irracional, pelo fato de muitas vezes não serem prescritas ou indicadas por um
prescrições de plantas medicinais (TABELA 06), isto pode ser decorrente do mito
que envolve as espécies com atividade medicinal, quando se refere que o “natural
não faz mal” ou o descrédito destes usuários com relação à atividade terapêutica
das plantas. Logo os tabus devem ser quebrados, e formar a população que existe
vegetais em questão.
conhecimento herdado.
locais que tem a Fitoterapia implantada no SUS, entretanto é um bom sinal, visto
que serão estes profissionais que irão lidar com tais pacientes para aderir a terapia.
65
tal terapia e sua aceitação caso venha ser disponível Plantas Medicinais no SUS de
de SILVA (2006), que 20,6% das prescrições dispensadas pelo SUS, eram de
pelo seu caráter natural e curativo (GRÁFICO 02). Demonstrando então a relação
entrevistados têm nos profissional de saúde, quando os usuários do SUS dizem que
(GRÁFICO 02).
66
fatores: o não gostar de tomar a infusão ou decocto das espécies e não confiar no
farmacêuticas ou outra terapia, desde que seja subsidiada pela legislação, literatura
demonstra o quanto estão abertos à nova terapia. Este resultado foi superior ao
trabalho de TOMAZZONI (2004), feito com toda equipe de USF, em Cascavel (PR),
minimiza, pois o maior gasto está relacionado com materiais permanentes e infra-
estrutura.
Outro ponto relatado pelos médicos do SUS de Camamu, como adesão à fitoterapia
terapêuticas, sinalizando por uma “terapia alternativa”, com “baixa reação adversa” e
A maioria dos médicos não têm uma freqüência em prescrever tais medicamentos
(TABELA 07, GRÁFICO 07), um dos motivos poderá ser a falta de esclarecimento
fitoterapia e sim a uma terapia alopata (modelo biomédico), dos quais dão ênfase
freqüente uso desta terapia (TABELA 08). OGAVA et al, 2003, sinaliza que as
conhecimento de regular para bom (TABELA 05). Diante dos mais de 83% de acerto
para estados depressivos leves a moderados não endógeno, ou seja, tem atividade
68
Houve neste estudo uma espécie com atividade medicinal que não foi mencionada
ilicifolia (Espinheira-Santa) (TABELA 09). Tal espécie tão estudada nos anos 80, do
século passado, muito usada pela população (levando a lista de extinção) e quase
úlcera gástrica.
de saúde têm com relação às terapias alternativas, por falta de estímulos e pouco
autora.
que revela os mais de 83% dos entrevistados que não sabem nem ouviram falar e
os 71,2% que ouviram falar, mas não souberam responder (GRÁFICO 04).
com produto a partir de plantas medicinais e terapia alternativa (GRÁFICO 05). Tal
áudio ou visual, palestras, oficinas dentre outros, como faz BARRETO (2006), no
Fora, Minas-Gerais.
70
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
(representado os profissionais de saúde), com relação à terapia com PMF, para que
funcional.
publica, já que o uso irracional de PMF é o principal motivo de internação e óbito nos
favorece tais ocorrências por omissão de informações, assim como a não utilização
adversos.
71
não são obrigados aderir à terapia. Baseado nos Critérios éticos, o paciente tem
uma alternativa que ao ser implantada, deve ser sugerida ao paciente não imposta.
72
9. REFERÊNCIAS
BARRETO, Benilson Beloti; GOMES, Felipe Villela; TEIXEIRA, João Batista Picinini;
O uso de plantas medicinais por comunidades carentes no município de Juiz
de Fora (MG). XXIX Semana de Biologia e XII Mostra de Produção Científica; p80-
83. – UFJF. 2006. Disponível em http://www.dacbio.ufjf.br/ Resumos_
Sembio_PDF_2/21%20-%20benilson%20beloti%20-%20plantas%20medicinais
%20bot.pdf acessado em 5 de junho de 2008
DE SANT' ANA, Paulo José Péret; ASSAD, Ana Lúcia Delgado. Programa de
pesquisa em produtos naturais: a experiência da CEME. Quím.
Nova vol.27 no.3 São Paulo May/June 2004. Disponivel em
http://www.scielo.br/pdf/qn/v27n3/20183.pdf acessado em 05 de junho de 2008.
SILVA, Maria Izabel G.; GONDIM, Ana Paula S.; NUNES, Ila Fernanda S.; SOUSA,
Francisca Cléa F. Utilização de fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à
saúde da família no município de Maracanaú (CE). Rev. bras.
farmacogn. v.16 n.4 João Pessoa out./dez. 2006. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v16n4/a03v16n4.pdf acessado em 05 de junho de 2008