FICHA TÉCNICA

RELATÓRIO DA VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO EM TERESINA ANO 2017

Um estudo das ocorrências registradas na Polícia Civil
Teresina, Piauí, Maio de 2018

Governador
JOSÉ WELLINGTON BARROSO DE ARAÚJO DIAS
Vice-Governadora
MARGARETE DE CASTRO COELHO
Secretário de Segurança Pública
RUBENS DA SILVA PEREIRA
Diretora de Gestão Interna
EUGÊNIA NOGUEIRA DO RÊGO MONTEIRO VILLA
Delegado Geral de Polícia Civil
RIEDEL BATISTA DO SANTOS REINALDO

Coordenador do Estudo
João Marcelo Brasileiro de Aguiar

Equipe/Pesquisadores
João Marcelo Brasileiro de Aguiar
Hysmael Melo do Nascimento
Evaldo Cunha
Talyta Fernanda de Sousa Costa (Estagiária)
Laila Letícia da Silva Costa (Estagiária)
Andreson Almeida Azevedo (Estagiário)

Colaboradores (Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito)

Almiralice Ribeiro Lebre Costa Francileude Lima Cordeiro

Assis Gomes da Costa
Cassandra de Moraes Sousa Nunes
Claudio Costa de Sousa
Erika Mourão M de Aguiar
Fernando Jose Alves Cardoso
Francelina de Medeiros Elisiario
Geraldo de Morais M Junior
José Wilson F Sousa
Katia Maria Evangelista Torres
Marcio Lustosa Arrais
Vicente de Paula Mota e Silva

Designer
Aivlis Maria dos Santos Amorim
 SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO
II. RESULTADOS
PRIMEIRA PARTE - ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS
ACIDENTES DE TRÂNSITO COM VÍTIMAS E CRIMES DE
TRÂNSITO NO ANO DE 2017 EM TERESINA
a. NATUREZAS ESTUDADAS
b. PERFIL DA VÍTIMA
c. ANÁLISE TEMPORAL
d. ANÁLISE ESPACIAL
e. TAXAS
SEGUNDA PARTE - ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS
REGISTROS DE PESSOAS DIRIGINDO SOB EFEITO DE
ÁLCOOL OU SUBSTÂNCIA ANÁLOGA
III. CONCLUSÃO
 I. INTRODUÇÃO

Este trabalho, realizado pelo Núcleo Central de Estatística e Análise Criminal

(NUCEAC) da Secretaria de Segurança Pública, apresenta um estudo descritivo das
ocorrências de crimes e acidentes de trânsitos registradas em Teresina no ano de 2017.
O objetivo principal desta pesquisa consiste em disponibilizar à sociedade e aos
gestores públicos dados sobre a violência de trânsito em Teresina no ano de 2017.
Metodologicamente, a presente pesquisa foi baseada nas notificações de crimes e
acidentes de trânsito recebidos pelas unidades da Polícia Civil de Teresina em 2017,
através dos Boletins de Ocorrência, em especial a Delegacia de Repressão aos Crimes
de Trânsito.
Na primeira parte deste relatório, elegeu-se como categorias de análise as
seguintes naturezas do Sistema de Boletim de Ocorrência da Polícia Civil – SISBO:
lesão corporal culposa no trânsito; lesão corporal acidental no trânsito; homicídio
culposo no trânsito e morte acidental no trânsito, tendo em vista que são as ocorrências
com vítimas notificadas com maior frequência pela população teresinense.
Na segunda parte, realizou-se um estudo estatístico da natureza “pessoas
dirigindo sob efeito de álcool ou substância análoga”, haja vista a relevância social desta
problemática, bem como as implicações apresentadas para a prevenção de acidentes e
crimes de trânsito.
A Agência de Tecnologia da Informação – ATI foi responsável pela extração
dos registros no SISBO, que ocorreu em 1º de março de 2018, assim os casos
registrados após esta data não foram objeto desta análise. Posteriormente, os dados
foram tratados, organizados e analisados pelos pesquisadores.
O estudo norteou-se pela análise dos perfis etários e do sexo dos envolvidos
(vítimas, na primeira parte, e autor, na segunda parte), além das características
espaciais e temporais destas ocorrências. Os registros com dados faltantes foram
excluídos para estudo específico da variável afetada, permanecendo, assim, para as
demais variáveis.
 II. DOS RESULTADOS

1ª PARTE
ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO COM
VÍTIMAS E CRIMES DE TRÂNSITO NO ANO DE 2017 EM TERESINA

a. Naturezas Estudadas

No ano de 2017, em Teresina, foram registrados 3236 boletins de ocorrência das

seguintes naturezas i) lesão corporal culposa no trânsito; ii) lesão corporal acidental no
trânsito; iii) homicídio culposo no trânsito e iv) morte acidental no trânsito. Sendo que
para o presente estudo foram analisadas 3186 vítimas.
A natureza mais recorrente foi a Lesão Corporal Culposa no Trânsito, com
58,3%. Ocorrências com vítimas fatais somaram uma porcentagem relativamente baixa,
somente 5,1%.
Tabela 01 – Frequência absoluta das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito (2017)
NATUREZA FREQUÊNCIA
Letais 161
Não letais 3025
TOTAL 3186
Fonte: SISBO, março/2018

Figura 01 – Frequência relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito em Teresina (2017)
70,0%
58,3
60,0%

50,0%

40,0% 36,7

30,0%

20,0%

10,0%
3,4% 1,7%
0,0%
Homicídio culposo no Lesão corporal acidental Lesão corporal culposa Morte acidental no
trânsito no trânsito no trânsito trânsito

Fonte: SISBO, março/2018

b. Perfil da Vítima

Pessoas do sexo masculino constituíram a maioria das vítimas dos

crimes/acidentes de trânsito em Teresina, no período estudado.
Figura 02 – Frequência relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito e sexo (2017)

23%

77%

Feminino Masculino

Fonte: SISBO, março/2018

A análise bivariada do sexo das vítimas dos crimes/acidentes de trânsito e a faixa

etária, revelou que vítimas do sexo masculino e feminino apresentaram o mesmo perfil
etário, ou seja, a maioria encontra-se entre 30 e 34 anos.
Tabela 02 – Frequências absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito relacionado ao
sexo e faixa etária (2017)
FAIXA ETÁRIA FEMININO % MASCULINO %
0-9 12 1,68% 26 1,08%
10-14 6 0,84% 13 0,54%
15-19 33 4,61% 143 5,91%
20-24 109 15,22% 328 13,57%
25-29 94 13,13% 375 15,52%
30-34 122 17,04% 409 16,92%
35-39 105 14,66% 342 14,15%
40-44 62 8,66% 212 8,77%
45-49 66 9,22% 183 7,57%
50-54 48 6,70% 137 5,67%
55-59 21 2,93% 112 4,63%
60 ou mais 38 5,31% 137 5,67%
Total Geral 716 100,00% 2418 100,00%
Fonte: SISBO, março/2018
 c. Análise Temporal
Do total dos eventos estudados, 58,8% se deram durante o diurno (manhã –
29,8% e tarde – 29%) e 41,2% no período noturno (noite – 29,4% e madrugada –
11,8%).
Tabela 03 – Frequências absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito
por turno (2017)
PERÍODO DO FREQUÊNCIA FREQUÊNCIA
DIA ABSOLUTA RELATIVA
MADRUGADA 376 11,8%
MANHÃ 949 29,8%
TARDE 925 29,0%
NOITE 936 29,4%
Total 3186 100%
Fonte: SISBO, março/2018

A análise mensal demonstrou que a maior frequência das ocorrências aconteceu

nos meses de maio, março e julho, respectivamente, sendo que 53,3% no primeiro
semestre do ano e 46,7% no segundo semestre.
Tabela 04 – Frequências absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito e mês
(2017)
MÊS FREQUÊNCIA ABSOLUTA %
JANEIRO 291 9,1%
FEVEREIRO 265 8,3%
MARÇO 305 9,6%
ABRIL 291 9,1%
MAIO 319 10,0%
JUNHO 229 7,2%
JULHO 301 9,4%
AGOSTO 282 8,9%
SETEMBRO 270 8,5%
OUTUBRO 248 7,8%
NOVEMBRO 201 6,3%
DEZEMBRO 184 5,8%
TOTAL 3186 100%
Fonte: SISBO, março/2018

Considerando o dia da semana, o domingo apresentou a maior incidência dos

eventos (19,8%). No período considerado como o fim de semana (sexta-feira a
domingo), foram registrados 49,9% dos casos.
 Tabela 05 – Frequência absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito e dias da
semana (2017)
FREQUÊNCIA
DIA DA SEMANA ABSOLUTA %
SEGUNDA-FEIRA 421 13,2%
TERÇA-FEIRA 363 11,4%
QUARTA-FEIRA 412 12,9%
QUINTA-FEIRA 402 12,6%
SEXTA-FEIRA 415 13,0%
SÁBADO 544 17,1%
DOMINGO 629 19,8%
TOTAL 3186 100%
Fonte: SISBO, março/2018

A análise bivariada das variáveis dia da semana e turno permitiu identificar a

noite do domingo como o período de maior frequência dos crimes/acidentes de trânsito
em Teresina, com 6,3% do total.
Tabela 06 – Tabela de referência cruzada dia da semana e turno dos crimes/acidente de trânsito e dias da
semana (2017)
DIA DA
SEMANA/TURNO MADRUGADA MANHÃ TARDE NOITE TOTAL
SEGUNDA-FEIRA 75 127 101 118 421
TERÇA-FEIRA 11 117 129 106 363
QUARTA-FEIRA 25 155 136 96 412
QUINTA-FEIRA 29 138 122 113 402
SEXTA-FEIRA 40 133 113 129 415
SÁBADO 56 153 163 172 544
DOMINGO 140 126 161 202 629
TOTAL 376 949 925 936 3186
Fonte: SISBO, março/2018
 d. Análise Espacial

As regiões norte e leste de Teresina atingiram os percentuais de 24,9% e 21,9%

de ocorrências, respectivamente.
Tabela 06 – Frequências absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito por região
(2017)
FREQUÊNCIA
REGIÃO %
ABSOLUTA
NORTE 795 24,90%
LESTE 699 21,90%
SUL 555 17,50%
SUDESTE 499 15,70%
CENTRO 396 12,40%
ZONA RURAL LESTE 100 3,10%
ZONA RURAL SUDESTE 79 2,50%
ZONA RURAL SUL 30 0,90%
ZONA RURAL 24 0,80%
ZONA RURAL NORTE 9 0,30%
TOTAL 3186 100%
Fonte: SISBO, março/2018

Na análise bivariada das variáveis região e turno, observou-se, na zona urbana

de Teresina, uma leve predominância do turno da manhã, com exceção da zona sudeste,
onde a maioria ocorreu à tarde.

Tabela 08– Frequências absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito e bairros por região e por
turno (2017)
MADRUGADA MANHÃ TARDE NOITE
REGIÃO TOTAL
f.a % f.a % f.a % f.a %
NORTE 96 12,08% 248 31,19% 231 29,06% 220 27,67% 795
LESTE 89 12,73% 218 31,19% 175 25,04% 217 31,04% 699
SUL 63 11,35% 169 30,45% 161 29,01% 162 29,19% 555
SUDESTE 63 12,63% 138 27,66% 160 32,06% 138 27,66% 499
CENTRO 38 9,60% 124 31,31% 118 29,80% 116 29,29% 396
ZONA RURAL
16 16,00% 21 21,00% 38 38,00% 25 25,00% 100
LESTE
ZONA RURAL
4 5,06% 18 22,78% 23 29,11% 34 43,04% 79
SUDESTE
ZONA RURAL
4 13,33% 6 20,00% 10 33,33% 10 33,33% 30
SUL
ZONA RURAL 1 4,20% 4 16,60% 7 29,20% 12 50,00% 24
ZONA RURAL
2 22,22% 3 33,33% 2 22,22% 2 22,22% 9
NORTE
TOTAL 376 11,80% 949 29,79% 925 29,03% 936 29,38% 3186
Fonte: SISBO, março/2018
 O Centro de Teresina apresentou a maior incidência de registros, seguido dos
bairros do Itararé e do Santo Antônio.
Tabela 08– Frequências absoluta e relativa das vítimas dos crimes e acidentes de trânsito por bairros
(2017)
FREQUÊNCIA %
BAIRROS
ABSOLUTA
CENTRO 229 7,2%
ITARARÉ 185 5,8%
SANTO ANTÔNIO 84 2,6%
LORIVAL PARENTE 74 2,3%
GURUPI 73 2,3%
PROMORAR 70 2,2%
VALE QUEM TEM 65 2,0%
TABULETA 63 2,0%
ESPLANADA 57 1,8%
SÃO JOÃO 56 1,8%
ZONA RURAL SUDESTE 56 1,8%
RENASCENÇA 54 1,7%
JOCKEY CLUB 52 1,6%
TODOS OS SANTOS 51 1,6%
MOCAMBINHO 51 1,6%
SÃO PEDRO 49 1,5%
PARQUE PIAUÍ 48 1,5%
PEDRA MOLE 48 1,5%
TRÊS ANDARES 48 1,5%
TOTAL 1413 49,2%
¹ foram contabilizados apenas bairros que representam 1,5% ou mais das
ocorrências, e excluído os referentes à categoria Povoado.
Fonte: SISBO, março/2018

Considerando apenas os registros com mortes na zona urbana de Teresina,

observou-se que os bairros Centro, Itararé e Gurupi apresentaram maior quantidade de
notificações, como mostra a Figura 03
Figura 03 – Mapa temático dos registros de ocorrências de trânsito letais por bairros de Teresina (2017)

Fonte: SISBO, março/2018

Já nos casos de lesão corporal culposa no trânsito e lesão corporal acidental no

trânsito, os bairros com maior incidência foram Centro e Itararé para ambas as
naturezas, como mostra a Figura 04 e a Figura 05.
Figura 04 – Mapa temático do total de vítimas de lesão corporal culposa por bairros de Teresina (2017)

Fonte: SISBO, março/2018

Figura 05 – Mapa temático do total de vítimas de lesão corporal acidental por bairros de Teresina (2017)

Fonte: SISBO, março/2018

e. Taxas

No estudo da taxa de vítimas de crimes/acidentes de Trânsito em Teresina e sua

proporção entre os sexos, observou-se que o risco de uma pessoa do sexo masculino ser
vítima destes eventos, no ano de 2017, foi aproximadamente 2,96 vezes maior que a do
sexo feminino.
Tabela 09 – Taxa de vítimas de crimes e acidentes de Trânsito em Teresina e a proporção entre os sexos
(2017)

PROPORÇÃO (HOMENS X
INDICADOR FEMININO MASCULINO MULHERES)
População IBGE (2010) 380612 433618
Vítimas de Crimes de
2,963048791
Trânsito 716 2417
Taxa por 100.000 188,1181 557,4030598
Fonte: SISBO, março/2018 e IBGE (2010)
 2ª PARTE
ESTATÍSTICA DESCRITIVA DOS REGISTROS DE PESSOAS DIRIGINDO
SOB EFEITO DE ÁLCOOL OU SUBSTÂNCIA ANÁLOGA

No ano de 2017, em Teresina, foram registrados 353 boletins de ocorrência da

natureza dirigir sob efeito de álcool ou substância análoga, sendo que para o presente
estudo foram analisadas 342 pessoas cadastradas como autores deste crime. Destes
casos, 94,2% envolveram pessoas do sexo masculino.
Tabela 10 – Frequências absoluta e relativa dos registros de pessoas dirigindo sob efeito de álcool ou
substância análoga por sexo (2017)

FREQUÊNCIA
SEXO ABSOLUTA %
FEMININO 20 5,8%
MASCULINO 322 94,2%
TOTAL 342 100%
Fonte: SISBO, março/2018

A idade média desses autores é de 37 anos, sendo que 34,6% tinham entre 30 e
39 anos.
Tabela 11 – Frequências absoluta e relativa dos registros de pessoas dirigindo sob efeito de álcool ou
substância análoga por faixa etária (2017)

FAIXA FREQUÊNCIA
ETÁRIA ABSOLUTA PORCENTAGEM
15-19 3 0,88%
20-24 43 12,61%
25-29 51 14,96%
30-34 59 17,3%
35-39 59 17,3%
40-44 36 10,56%
45-49 32 9,38%
50-54 26 7,62%
55-59 18 5,28%
60 ou
14 4,11%
mais
Total 341 100,00%
Fonte: SISBO, março/2018

Analisando a faixa etária dos autores por sexo, percebeu-se que faixa etária de
35 a 39 anos representa 21,1% das envolvidas do sexo feminino, enquanto entre os
homens, as faixas etárias predominantes foram 30 a 34 anos e 35 a 39 anos, com
17,70% e 17,10% respectivamente.
 Tabela 12 Tabela de Referência Cruzada dos registros de pessoas dirigindo sob efeito de álcool ou
substância análoga relacionado a sexo e faixa etária (2017)

FAIXA FEMININO MASCULINO

TOTAL
ETÁRIA f.a % f.a %
15-19 0 0,0% 3 0,9% 3
20-24 1 5,3% 42 13,00% 43
25-29 3 15,8% 48 14,90% 51
30-34 2 10,50% 57 17,70% 59
35-39 4 21,10% 55 17,10% 59
40-44 3 15,80% 33 10,20% 36
45-49 3 15,80% 29 9,00% 32
50-54 2 10,50% 24 7,50% 26
55-59 1 5,30% 17 5,30% 18
60 ou mais 0 0,0% 14 4,30% 14
TOTAL 19 5,6% 322 94,4% 341
Fonte: SISBO, março/2018

A maior quantidade de registros ocorreu em junho, abril, julho e março,

respectivamente.
Tabela 13 – Frequências aba dos registros de pessoas dirigindo sob efeito de álcool ou substância análoga
por mês (2017)

FREQUÊNCIA
MÊS ABSOLUTA %
JANEIRO 29 8,48%
FEVEREIRO 14 4,09%
MARÇO 33 9,65%
ABRIL 45 13,16%
MAIO 30 8,77%
JUNHO 50 14,62%
JULHO 35 10,22%
AGOSTO 24 7,02%
SETEMBRO 20 5,85%
OUTUBRO 20 5,85%
NOVEMBRO 19 5,56%
DEZEMBRO 23 6,73%
Total 342 100%
Fonte: SISBO, março/2018

Ao contrário dos casos analisados na primeira parte, que ocorreram

majoritariamente durante o dia (58,8%), os registros de autores alcoolizados
aconteceram no período noturno, totalizando 75,2% (noite – 38,9% e madrugada –
36,3%).
 Igualmente aos acidentes/crimes de trânsitos, as ocorrências de pessoas dirigindo
sob efeito de álcool ou substância análoga se deram no fim de semana (sexta-feira a
domingo)

Figura06 – Frequência absoluta dos registros de pessoas dirigindo sob efeito de álcool ou substância
análoga por dia da semana e por turno (2017)
120
100 15
24
80 48
60 31
9 3 9
40 21
42 6 42
20
24
0

MADRUGADA MANHÃ NOITE TARDE

Fonte: SISBO, março/2018

Na categoria “bairros” de Teresina com maior incidência de pessoas dirigindo

alcoolizadas ou sob efeito de substâncias análogas, os bairros Fátima e Itararé
apresentaram maior quantidade de notificações.
 Tabela 14 – Frequências absoluta e relativa dos registros de pessoas dirigindo sob efeito de
álcool ou substância análoga por bairro (2017)

FREQUÊNCIA
BAIRRO2 ABSOLUTA %
FÁTIMA 22 6,4%
ITARARÉ 22 6,4%
JOCKEY CLUB 20 5,8%
ININGA 18 5,3%
ESPLANADA 17 5,0%
CENTRO 14 4,1%
GURUPI 14 4,1%
PRIMAVERA 11 3,2%
VALE QUEM TEM 11 3,2%
LORIVAL PARENTE 10 2,9%
PROMORAR 08 2,3%
SANTO ANTÔNIO 08 2,3%
ANGELIM 07 2,0%
MORROS 07 2,0%
SÃO CRISTOVÃO 07 2,0%
URUGUAI 07 2,0%
TOTAL 203 59,0%
2
foram contabilizados apenas bairros que representaram 2,0% ou mais das
ocorrências, e excluído os referentes à categoria Povoado.
Fonte: SISBO, março/2018

É possível perceber através da análise bivariada entre os bairros e o turno que a

maioria dos casos nos bairros Fátima e Itararé ocorreram de madrugada.
 Figura 07 – Mapa temático dos registros de ocorrências de pessoas dirigindo sob influência de
álcool ou substância análoga por bairros de Teresina (2017)

Fonte: SISBO, março/2018

 III. CONCLUSÃO

Diante do exposto, verificou-se que a violência no trânsito, em Teresina, no ano

de 2017, foi um fenômeno urbano que vitimou, em sua maioria, pessoas adultas (30 a
39 anos) do sexo masculino (aproximadamente 24% da vítimas). O período do domingo
à noite apresentou a maior incidência dos eventos estudados.
O cálculo do coeficiente de vitimização por acidentes/crime de trânsito mostrou
que o risco para os homens, em 2017, foi aproximadamente 2,96 vezes maior que o das
mulheres.
Já no tocante aos registros de pessoas dirigindo sob efeito de álcool ou
substância análoga, conclui-se que os seus autores são, na maioria, homens, adultos
(idade média 37 anos), e que o sábado a noite é o período com maior registro de casos.