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Índice
1 Introdução p 4
1.1 Porquê o arrefecimento solar ?
1.2 As tecnologias de arrefecimento solar são competitivas ?
1.3 Optar por uma instalação de arrefecimento solar ?
Bibliografia p 31
3
1 INTRODUÇÃO
Na última década a procura de ar condicionado no sector terciário aumentou, resultado da procura de
um melhor conforto e das elevadas temperaturas no Verão. As técnicas passivas e semi-activas utili-
zadas durante séculos para manter as condições de conforto interior, parecem ter sido esquecidas em
muitos dos novos edifícios.
Este desenvolvimento da climatização em edifícios é responsável por um aumento da procura de ener-
gia eléctrica durante o Verão, que por diversas vezes atinge os limites da produção e distribuição de
electricidade.
Associada à procura está o aumento das emissões de gases de efeito de estufa, quer devido à produ-
ção de energia, quer pelo derrame dos fluídos refrigerantes, contribuíndo para o ciclo vicioso das
mudanças climáticas.
Como é demonstrado na primeira parte desta brochura, uma larga gama de soluções passivas dis-
poníveis permitem melhorar as condições interiores tanto para novos edifícios em fase de projecto,
como para edifícios já existentes, reduzindo o recurso a sistemas activos de ar condicionado.
A tecnologia de arrefecimento de edifícios com energia solar já provou em alguns casos, perídos
superiores a 10 anos, a sua eficiência e viabilidade. Estas tecnologias utilizam como fluído refrigeran-
te um fluído inofensivo (água) e muito menos energia primária que os sistemas clássicos.
Assim, porque não utilizar a energia solar para manter no Verão as condições de conforto interior acon-
selhadas para os edifícios?
CLIMATIZAÇÃO OU ARREFECIMENTO?
Em termodinâmica, o termo climatização refere-se a uma instalação que garante um valor pré-definido para a temperatura
(e em alguns casos para a taxa de humidade). Uma instalação de arrefecimento solar permite baixar a temperatura, mas o
valor pré-definido não pode ser sempre garantido (à noite por exemplo, ou durante um período sem radiação solar).
Contudo é possível garantir um valor pré-definido com o apoio energético de um sistema auxiliar. Utilizar-se-à, portanto,
o termo arrefecimento solar para uma instalação autónoma, e climatização solar quando tiver apoio energético auxiliar.
4
1.2 - As tecnologias de arrefecimento solar são competitivas ?
Apesar de existir um grande potencial de numa análise económica.
mercado para as tecnologias de arrefeci- De um modo geral, pode-se observar que
mento solar, os sistemas já existentes não para as tecnologias solares:
são, ainda, economicamente competitivos O seu custo diminui com a sua produção
quando comparados com os sistemas eléc- em grande série;
tricos ou a gás, principalmente devido ao Ao nível técnico, são já tecnologias
elevado investimento que os sistemas de maduras;
arrefecimento solares acarretam e ao baixo São muito mais amigas do ambiente que
preço da energia utilizada nos sistemas os sistemas convencionais.
clássicos.
Reduzir os custos de diferentes compo- Estas diferentes vantagens mostram que
nentes (colectores solares, chiller...) e me- estas tecnologias devem ser apoiadas, quer
lhorar a seu rendimento, mudará drastica- através de um incentivo financeiro, quer
mente esta situação, mesmo apesar de se através de uma taxa energética que reflicta
saber que ainda é difícil prever a data em os custos ambientais face às energias
que esta tecnologia solar atingirá a maturi- convencionais. Em muitos países, o apoio
dade económica. financeiro a sistemas com energia solar per-
Por outro lado, a comparação da tecnologia mitem tornar esta solução economicamente
solar com a tecnologia clássica só pode ser mais atractiva.
feita se se incluir os custos externos
(ambientais e sociais). O carácter imprevisí-
vel do custo dos combustíveis convencio-
nais, num futuro a médio/longo prazo,
deverá, também, ser tido em linha de conta
A primeira parte desta brochura apresenta as principais técnicas passivas e semi-activas para
reduzir as necessidades de arrefecimento.
Diferentes tecnologias de sistemas de arrefecimento assistidos por energia solar são descri-
tas: sistemas de absorção, adsorção e exsicantes.
A brochura apresenta, igualmente, um número importante de instalações em funcionamen-
to em diferentes países
Por fim, são dados conselhos para desenvolver o seu projecto de um sistema de arrefecimen-
to solar.
5
2 REDUZIR AS NECESSIDADES
DE ARREFECIMENTO
Os sistemas de arrefecimento por energia solar permitem arrefecer os edifícios, praticamente
sem impactes ambientais. Contudo, apesar da energia solar ser gratuita, para uma igual capa-
cidade de arrefecimento, os sistemas alimentados com energia solar apresentam custos mais
elevados que os sistemas clássicos de compressão.
Se decidirmos instalar um sistema de arrefecimento solar, devemos primeiro analisar as carac-
terísticas do edifício e adoptar todas as medidas possíveis para reduzir as necessidades de arre-
fecimento.
Este capítulo apresenta os princípios, estratégias e técnicas que permitem a redução das neces-
sidades de arrefecimento. Os conselhos aqui descritos são aplicáveis tanto em edifícios em
fase de projecto, nos quais é possível adoptar medidas mais inovadoras, bem como, nos edifí-
cios já existentes para os quais existem, também, diversas técnicas de intervenção possíveis.
Factores climáticos
Humidade
Radiação Temperatura
especifica
solar do ar exterior
do ar exterior
Dispositivo de Infiltração
sombreamento e ventilação
Cargas
Massa Radiação solar Pessoas
internas
térmica através de
envidraçados
Iluminação Figura 1
Transmissão Organigrama para o cálculo
Massa através de paredes Outros da carga térmica de um
térmica e cobertura equipamentos edifício no Verão
Transmissão
excluindo paredes
e cobertura
Edifício Utilização
Total de calor
a remover
6
Calor sensível e latente
Calor sensível, é a soma do calor que resulta Calor latente, é a soma do calor que conduz ao
apenas no aumento da temperatura. É prove- aumento da quantidade de vapor de água no ar.
niente do exterior e resulta da radiação solar e da É proveniente da humidade emitida pelas pessoas
diferença de temperatura entre o exterior e o através da respiração e transpiração e por todas
interior do edifício (transmissão de calor por as fontes geradoras de vapor.
condução através da envolvente). E proveniente Sempre que é ventilado um local, o ar prove-
também das cargas internas, como as pessoas e niente do exterior traz calor sensível se a tempe-
todas as fontes de calor (iluminação, equipamen- ratura externa é superior à temperatura ambien-
to informático, máquinas, etc.). te do local, e calor latente em função do teor de
vapor de água.
Figura 2
Escritórios da Câmara do Comércio e da Indústria
de Friburgo na Alemanha: exemplo da redução
da carga térmica no Verão (protecções solares,
cobertura ventilada e ajardinada e dispositivos
de sombreamento)
2.2 - Estratégias
As necessidades de arrefecimento de um edifício durante o Verão PROTECÇÃO DO SOL
podem ser reduzidas, adoptando estratégias "bioclimáticas" (Fig. 3). No Verão, a radiação solar atravessa as superfícies transparentes do
Redução das cargas térmicas na fase de concepção do edifício: edifício (portas e janelas) causando um ganho de energia imediato.
Uma protecções solares nas janelas, paredes e cobertura, utilizan- Diferentes dispositivos de sombreamento permitem reduzir esse
do barreiras artificiais ou naturais (Fig. 4 e 5); impacte:
Uma forte inércia térmica conjuntamente com uma sobre venti-
lação nocturna; Estrutura de sombreamento vertical para as orientações Este e
Uma ventilação adequada; Oeste ou horizontal para a orientação Sul) (Fig.7);
Estores exteriores fixos ou ajustáveis;
Redução da temperatura exterior, intervindo nas proximidades do Toldos exteriores ou cortinas internas;
edifício, através de: Vidros especiais.
Aumento da humidade relativa do ar com lagos, fontes e vegetação;
Utilização de plantas para sombreamento; As estruturas de sombreamento externo são as mais eficazes, pois
Redução do coeficiente de reflexão solar do meio-ambiente, por impedem a radiação solar de atingir as superfícies envidraçadas.
exemplo, através da criação de espaços verdes;
Escolha de cores claras para as paredes exteriores.
Ventilação
n
Cargas internas
Figura 6
Avançado horizontal com
módulos fotovoltaícos
integrados: (casas solares em
Friburgo na Alemanha)
Figura 4
Dispositivos de
sombreamento
exterior vertical num
edifício de escritórios
em Dresden, na
Alemanha
7
Eficácia de diferentes sistemas de protecção solar, em função de:
- a geometria do dispositivo;
- a orientação da fachada; INÉRCIA TÉRMICA
- o período do ano.
A inércia térmica de um edifício tem um elevado impacte na trans-
100%
S-E / S-W ferência de calor com o ambiente interior.
90%
Factor de transmissão
E/W
80%
S Um edifício caracterizado por uma massa térmica importante aque-
Figura 7 70%
60%
ce lentamente, o que permite atenuar o sobreaquecimento provoca-
50% do pela radiação solar através dos envidraçados.
40%
30% De facto, a envolvente exterior acumula a radiação directa e resti-
20%
Protecção tuem-na lentamente no ambiente interior, nas horas seguintes.
10%
0%
solar horizontal Deste modo, uma elevada inércia térmica limita os picos da necessi-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
dade de arrefecimento.
100%
S
Factor de transmissão
90%
S-E / S-W
80%
70%
VENTILAÇÃO
60%
No Verão, a ventilação é uma das formas mais simples de garantir o
50%
E/W
40%
conforto térmico dos ocupantes de um edifício.
30% Existem duas estratégias possíveis:
20%
10% Protecção - A primeira, que tem um impacte imediato no bem estar dos ocu-
0% solar vertical pantes, consiste em movimentar o ar no interior do edifício por agi-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
tação, com ventoinhas (de tecto, ou outras) ou então pela circula-
100%
S ção de ar, eventualmente com a ajuda do ar exterior (correntes de
Factor de transmissão
90%
80%
S-E / S-W
ar), desde que não esteja mais quente que o ar interior.
70%
- A segunda forma, direccionada para o arrefecimento do edifício,
60%
50% consiste em arejar fortemente as divisões com ar exterior, desde que
40%
E /W este esteja a uma temperatura inferior à do ar interior: desta forma
30%
Protecção solar as estruturas arrefecem, prolongando o conforto dos ocupantes,
20% combinada
10% (1 horizontal mesmo durante as horas mais quentes do dia.
0% + 2 verticais)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Em ambos os casos, o objectivo pode ser atingido de forma mecâni-
Mês ca ou de forma natural (correntes de ar).
Para tal é necessário:
A protecção solar é também importante para as superfícies opacas, Divisões com dupla orientação (pelo menos duas paredes exte-
e em particular para os revestimentos exteriores, que são as super- riores e com direcções opostas);
fícies da envolvente mais expostas à radiação solar. Paredes com aberturas para espaços pouco ruidosos (para permi-
tir aberturas de tomada de ar);
Mesmo que seja impossível utilizar dispositivos de sombreamento Controlar os três parâmetros: protecção solar, inércia térmica e ven-
eficazes, é aconselhável escolher superfícies exteriores com baixo tilação, permite uma redução das temperaturas interiores médias no
coeficiente de absorção. Verão.
Figura 9
superfície clara superfície escura A ventilação natural depende da configuração do edifício. Os locais que
disponham de pelo menos duas aberturas exteriores, em fachadas
opostas, permitem uma boa ventilação.
Tabela 1 - Intervenções técnicas para a redução da carga térmica no Verão. Os resultados, obtidos para um edifício específico, são dados a título de exemplo
9
3 TÉCNICAS DE ARREFECIMENTO SOLAR
Os sistemas mais comuns de arrefecimento que utilizam o solar térmico para produzir frio são apresenta-
dos no quadro 2. Estes sistemas podem ser classificados em duas grandes famílias:
- Sistemas fechados: Chillers térmicos que produzem água refrigerada (absorção e adsorção) para ali-
mentação de unidades de tratamento de ar (arrefecimento, desumidificação) ou para uma rede de água
refrigerada de alimentação de sistemas descentralizados (p.ex.: ventilo-convectores). As máquinas dis-
poníveis no mercado e adaptadas à energia solar são os chillers de absorção (mais comuns) e de adsor-
ção (poucas centenas de máquinas em todo o mundo, mas com um interesse crescente para os sistemas
de ar condicionado assistidos por energia solar);
- Sistemas abertos: O ar é directamente tratado (arrefecido e desumidificado) em função das condições
de conforto desejadas. O refrigerante continua a ser a água, dado que está em contacto directo com o ar
a arrefecer. Os sistemas mais comuns utilizam uma roda exsicante giratória.
Ciclo do refrigerante Ciclo do refrigerante fechado O refrigerante (água) está em contacto com a atmosfera
Mistura utilizada água - sílica gel Água - Brometo de lítio Água - sílica gel Água - cloreto de cálcio
Amoníaco - água Água - cloreto de lítio Água - cloreto de lítio
Tecnologia disponível Chiller adsorção Chiller absorção Sistema exsicante Próximo de introdução no
no mercado mercado
COP nominal 0.5 – 0.7 0.6 – 0.75 (single effect) 0.5 – >1 >1
Temperatura
60 – 90 °C 80 – 110 °C 45 – 95 °C 45 – 70 °C
de funcionamento
Colectores solares Tubos de vácuo, colectores
Tubos de vácuo, CPC
Colectores planos, Colectores planos,
planos, CPC colectores a ar colectores a ar
10
Tabela 2: Tecnologias de arrefecimento solar mais utilizadas actualmente.
3.1 - Produção de água fria por chiller de absorção ou de adsorção
As máquinas de absorção e de adsorção podem ser caracterizadas
por três níveis de temperatura: Água quente Água de
(calor “motriz") arrefecimento
- Nível de temperatura alta (TA), que corresponde ao calor forneci-
do ao sistema (circuito de água quente);
- Nível de temperatura baixa (TB), que corresponde à temperatura de Gerador Condensador
produção de frio (circuito de água refrigerada);
- Nível de temperatura média (TM), quando a temperatura do cir-
cuito de água quente e do circuito de água refrigerada é rejeitada.
A rejeição de calor, na maioria dos casos, é efectuada através de uma
torre de arrefecimento.
Qcalor
TA Figura 10 Absorvedor Evaporador
Esquema de princípio do processo:
Qfrio é a quantidade de calor extraido
da água arrefecida no evaporador.
Qcalor é a quantidade de calor requerido Água de Água
TM para fazer funcionar o processo (calor arrefecimento refrigerada
Qrejeitado motriz). Qrejeitado, soma de Qfrio e Qcalor,
é a quantidade de calor a remover
à temperatura média TM. Qcalor pode ser Figura 11
fornecido pelos colectores solares ou Esquema de princípio de um chiller de absorção
por um sistema de apoio (rede de calor
ou caldeira por exemplo).
Tb
Qfrio
Um parâmetro chave para descrever a eficiência de um chiller assis- A "produção de frio" é baseada na evaporação do refrigerante (água)
tido termicamente é o COeficiente de Performance térmico (COP), no evaporador a muito baixa pressão. O refrigerante vaporizado é
definido como a razão entre o calor rejeitado do ciclo de arrefeci- “aspirado” no absorvedor, diluindo assim a solução H2O/LiBr. Para
mento de água e o calor requerido para o sistema funcionar: tornar o processo de absorção eficiente, é necessário arrefecer a
COPtérmico= Qarref./Qaquec.. O COPtérmico é diferente do COPconv. de um solução. Ela é bombeada continuamente para o gerador onde é
chiller de compressão clássico, definido por COPconv.= Qarref./Eeléctrico, aquecida (calor “motriz”). O vapor de água gerado é então enviado
com Eeléctrico a representar o consumo de energia eléctrica do chiller. para o condensador, onde, através da aplicação de água de arrefeci-
mento, é condensado. A água líquida, após passar por uma válvula
Esta definição do COPtérmico não inclui nenhum consumo eléctrico de expansão, é novamente reencaminhada para o evaporador.
adicional. Uma comparação realista das diferentes tecnologias A potência de arrefecimento dos chillers de absorção são geralmen-
requer que se considere o total de energia utilizada (térmica e ener- te da ordem de várias centenas de kW. Geralmente, são alimentados
gia eléctrica das bombas e ventiladores). De realçar que quanto por uma rede de calor ou por um sistema de co-geração. A tempe-
menor o COP, mais calor é requerido e mais calor terá que ser rejei- ratura do calor necessária é, normalmente, acima dos 80ºC para
tado na torre de arrefecimento. Pelo contrário, um COP elevado tem chillers de efeito simples, com um COP de 0.6 a 0.8. Os chillers de
a vantagem de reduzir tanto o calor requerido, como o consumo de duplo efeito, com dois níveis de gerador, requerem temperaturas
energia eléctrica das bombas. acima dos 140ºC, e atingem um COP na ordem de 1.2.
CHILLERS DE ABSORÇÃO
Os chillers de absorção são os mais utilizados em todo o Mundo.
A compressão térmica do refrigerante é conseguida através da utili-
zação de uma solução refrigerante/absorvente líquido, e uma fonte
de calor, substituindo assim o consumo de electricidade de um com-
pressor mecânico. Para água arrefecida acima dos 0ºC, tal como é
utilizada na climatização, é usada normalmente uma solução
água/brometo de lítio (H2O/LiBr), em que a água é o refrigerante.
No funcionamento de um chiller de absorção H2O/LiBr, é importan-
te evitar a cristalização da solução através de um controlo interno
da temperatura do ciclo de rejeição de calor.
Figura 12
Chiller de absorção - Hotel de Rethymnon - Creta (Grécia)
11
Os chillers de absorção com capacidade inferior a 50 kW são os que Com temperatura do circuíto de água quente de 80ºC, estes sistemas
estão mais disponíveis no mercado. Em sistemas de ar condicionado atingem um COP de 0.6, mas podem funcionar a temperaturas de
assistidos por energia solar com chillers de absorção, muitas vezes 50ºC. A potência de arrefecimento dos chillers varia entre 50kW e
são utilizadas estas unidades pequenas. Um chiller, recentemente 500kW.
desenvolvido para pequenas capacidades permite o funcionamento
em carga parcial com uma temperatura de 65ºC e com um COP de A robustez dos chillers de adsorção é uma vantagem. Não apresen-
0.7; o que é interessante para a utilização de energia solar e mostra ta nenhum perigo de cristalização, o que implica que não existe
que existe forte potencial para o desenvolvimento deste tipo de constrangimentos em relação à temperatura média de arrefecimen-
máquinas. to. Não necessita de bomba interna, pelo que, o consumos de elec-
tricidade é reduzido. Uma desvantagem é o volume e peso destes
CHILLERS DE ADSORÇÃO chillers quando comparados com outros. Existe, contudo, um poten-
Neste caso, em vez de uma solução líquida, são utilizados materiais cial importante ao nível da melhoria dos permutadores nos compar-
adsorventes sólidos. As máquinas disponíveis no mercado utilizam a timentos de adsorção, e por conseguinte uma redução no peso e no
água como refrigerante e um gel de sílica como adsorvente. volume das gerações futuras de chillers de adsorção.
A máquina consiste em dois compartimentos adsorventes (compar- Por outro lado, devido ao reduzido número de unidades produzidas,
timentos 1 e 2, da fig. 13), um evaporador e um condensador. o preço dos chillers de adsorção é, actualmente, elevado.
O adsorvente do primeiro compartimento é regenerado por aqueci-
mento (água quente solar), o vapor de água gerado é enviado para
o condensador onde se condensa. A água líquida, através de uma
válvula de expansão, é enviada a baixa pressão para o evaporador
onde se evapora (fase de "produção de frio").
O adsorvente do segundo compartimento mantém a baixa pressão
ao adsorver o vapor de água. Este compartimento tem que ser arre-
fecido para permitir uma adsorção contínua. Quando a "produção de
frio" diminui (saturação do adsorvente no vapor de água), as fun-
ções dos dois compartimentos são efectuadas pela abertura e fecho
de válvulas. Actualmente, apenas alguns fabricantes asiáticos pro-
duzem chillers de adsorção.
CONDENSADOR Água de
arrefecimento
Figura 14
Chiller de adsorção em Sarantis na Grécia
Água
EVAPORADOR refrigerada
Figura 13
Esquema de princípio de um chiller de adsorção
12
3.2 - Sistemas de arrefecimento exsicantes
Os sistemas de arrefecimento exsicantes são, basicamente, sistemas Uma concepção particular do sistema exsicante é necessária no caso
de ciclo aberto, que utilizam água como refrigerante em contacto de condições climatéricas extremas, por exemplo, nas zonas costei-
directo com o ar. O ciclo de arrefecimento é uma combinação de ras, devido à taxa de humidade elevada, uma configuração tipica do
arrefecimento evaporativo com uma desumidificação através de um sistema exsicante não permite reduzir a humidade a um nível aceitá-
exsicante, i.e.: material higroscópico, que pode ser tanto líquido vel para a aplicação de um arrefecimento evaporativo. Uma confi-
como sólido. guração mais complexa da central de tratamento de ar com a apli-
O termo "aberto" significa que o refrigerante é rejeitado do sistema cação, por exemplo, de mais uma roda de entalpia ou um grupo de
depois de produzir o efeito de arrefecimento, e que uma nova quan- frio complementar pode ser também utilizado.
tidade de refrigerante seja injectada num circuito aberto. Assim,
apenas é possível utilizar água como refrigerante, visto estar em B: AQUECIMENTO (Fucionamento de Inverno)
contacto directo com o ar ambiente. O ar ambiente do exterior é aquecido em contracorrente com o ar pro-
A tecnologia mais actual usa rodas exsicantes rotativas, equipadas veniente do interior do edifício ; o desumidificador (1-2) pode estar
com gel de sílica ou com cloreto de lítio como material adsorvente. activo funcionando como permutador de entalpia (humidificação rege-
nerativa do ar na entrada.) ou inactivo o que diminui o consumo de
SISTEMA COM UTILIZAÇÃO DE MATERIAL electricidade pois ao desumidificador poderá ser feito um “bypass”:
DESIDRATANTE SÓLIDO EM RODA ROTATIVA serão as condições climáticas que determinarão o seu estado de fun-
cionamento. A roda recuperadora (2-3) estará geralmente activa e além
Os principais componentes do sistema são apresentados na figura
disso o ar proveniente do exterior é aquecido (4-5) no permutador de
15.
calor água-ar, que está acoplado ao sistema térmico solar. Se a tempe-
ratura do depósito solar for insuficiente a fonte de calor será então o
apoio energético convencional. O humidificador (3-4) em geral está
desactivado podendo ser usado na humidificação do ar proveniente do
Apoio exterior se necessário. O ar arrefece ao longo do seu percurso no inter-
(calor) ior do espaço a climatizar (5-6) devido às perdas térmicas (paredes,
janelas, etc.), e ao atravessar a roda recuperadora (7-8) préaquecendo o
Cargas térmicas:
ar proveniente do exterior e eventualmente transfere humidade e calor
para o ar proveniente do exterior (9-10). O humidificador de ar (6-7) e
Ar quente
e húmido o permutador de calor (8-9) estão desactivados.
Humidificadores
13
3.3 - Colectores solares
Os principais tipos de colectores solares disponíveis no mercado são Consequentemente, colectores planos e colectores a ar adaptam-se
apresentados na tabela 3. bem aos sistemas exsicantes. Em sistemas que utilizem chillers de
O arrefecimento solar diferencia-se da produção de água quente, adsorção, a utilização de colectores planos selectivos está limitada a
pelo nível elevado de temperatura à qual o calor útil deverá ser for- locais de elevada radiação solar.
necido. Para os chillers térmicos (de absorção e adsorção), a tempe- Para outros locais com menos radiação solar, ou para grupos de frio
ratura é, normalmente, acima dos 80ºC, sendo o valor mais baixo que necessitam de elevadas temperaturas, como os sistemas de
admitido de 50ºC. Para sistemas de arrefecimento exsicantes, a tem- absorção de efeito simples, devem ser utilizados colectores de alta
peratura necessária varia entre os 55ºC e os 90ºC. Tendo em conta os eficiência. Para sistemas onde é necessário atingir temperaturas
elevados caudais para alimentar o sistema, é difícil obter uma estra- ainda mais elevadas, os colectores de tubo de vácuo com concen-
tificação no armazenamento de água quente e a temperatura de tração óptica e os colectores tipo CPC podem ser considerados. Esta
retorno do colector solar é também ela relativamente elevada reflec- é uma opção interessante para sistemas que utilizem chillers de
tindo uma limitação na escolha do tipo de colector a utilizar. absorção de alta eficiência (duplo efeito).
Tipo de colector Colector a ar Colector plano Colector plano com Colector de tubo de vácuo
concentrador parabólico
Tubo de vidro
em vácuo
Absorvedor com
isolamento Absorvedor caixa de colector isolamento Absorvedor caixa de colector reflector isolamento caixa de colector 2 tubos concêntricos
com canais com tubos Absorvedor com tubos (entrada e saída)
de ar para fluido para fluido
Sistemas exsicantes,
Sistemas abertos Adsorção e absorção - Adsorção, absorção
Aplicações principais adsorção, absorção (efeito
exsicantes simples) com colectores (efeito simples) - Absorção (duplo efeito): Sydney
em arrefecimento solar selectivos
14 Tabela 3
3.4 - Torres de arrefecimento e unidades de tratamento de ar
As unidades clássicas de tratamento de ar utilizam geralmente siste- Este problema não é exclusivo dos sistemas de arrefecimento que
mas de humidificação. Na maioria dos casos, uma torre de arrefeci- utilizam energia solar. Com medidas básicas de segurança e manu-
mento deve ser instalada com os sistemas de absorção e adsorção. tenção o risco pode ser evitado.
As duas tecnologias podem apresentar riscos de contaminação com
legionella, se as instalações não tiverem uma manutenção regular e
séria.
Por outro lado, os custos de exploração de um sistema assistido com Este benefício ambiental justifica o apoio dos poderes públicos a
energia solar são consideravelmente mais baixos, quando compara- projectos de demonstração, geralmente sob a forma de subsídios ao
dos com os custos de exploração de um sistema clássico. Isto é par- investimento, permitindo assim torná-los economicamente mais
ticularmente interessante quando a potência eléctrica contratada viáveis.
deve ser aumentada para fazer face aos picos de consumo associa-
dos a um sistema de climatização clássico.
15
1
SARL Wolfferts
Colónia (A)
Escritórios
AB- 70 kWf
VTC - 196 m2 - 1995
14
LfU
Augsburg (A)
Escritórios, sala de
conferências
AD - 245 kWf
CP - 2000 m2 - 2000
4 I N S TA L A Ç Õ E S D E
ARREFECIMENTO
Ott & Spies Hospital Malteser
2 Langenau (A) 15 Kamenz (A)
Escritórios
AB - 35 kWf
Hospital
AD - 105 kWf
N° Localização (País) *
CTV - 45 m2 - 1997 CP - 140 m2 - 2000
Tipo de edifício
Tecnologia – Capacidade de arrefecimento (kW frio)
Escritório de Ecotec Tipo de colector – Área bruta de colectores - Em funcionamento desde
3 imprensa federal 16 Bremen (A)
Berlim (A)
Escritórios Escritórios * As instalações assinaladas com asterisco são apresentadas
AB - 70 kWf AD - 70 kWf com maior detalhe nas páginas seguintes
CTV - 348 m2 - 2000 CTV - 175 m2 - 2000
12
Bautzener Str
Dresden. (A) 25 Rethymno Village * 46 36
Hotel - Creta (GR)
Escritórios Hotel
AD - 71 kWf AB - 105 kWf 37
CP - 156 m2 - 1996 CP - 450 m2 - 2000 43
Escritórios Hotel
AD - 70 kWf AB - 105 kWf
CP - 80 m2 - 1996 FPC - 450 m2 - 2002
16
Centro Clara Hotel Laia
27 Campoamor, 40 Derio (E)
Barakaldo (E)
Centro social e cultural Hotel
AB - 229 kWf AB - 105 kWf
CP - 163 m2 - 2004 CP - 173 m2 - 2002
SOLAR
Departmento de Cartif
28 Educação 41 Valladolid (E)
Toledo (E)
Este mapa indica os sistemas em funcionamento Escritórios e laboratórios
Escritórios
AB - 252 kWf AB - 35 kWf
em edifícios "comerciais" (fábricas, escritórios, CTV - 1095 m2 - 2004 CP+CTV - 99 m2 - 2002
hóteis..., sem instalações de I&D) identificados
Fábrica del Sol Siemens
nos países participantes no Projecto 29 Barcelona (E) 42 Cornellá del Vallés
(E)
“ A Climatização Solar”. Escritórios Escritórios
AB - 105 kWf AB - 105 kWf
CTV - 175 m2 - 2004 CPC - 214 m2 - 2003
Fundación Inta
30 Metrópoli 43 El Arenosillo (E)
Alcobendas (E)
Escritórios Laboratórios
AB - 105 kWf AB - 10 kWf
CTV - 105 m2 - 2004 CP+CTV - 53 m2 - 1994
49 34
Universidade Rovira i
Virgili - Tarragona (E) 47
Agência do
Desenvolvimento *
Sviluppo - Trento (I)
47
Escritórios Escritórios, sala de exposições
AB - 35 kWf AB - 108 kWf
CTV - 140 m2 - 2003 CP - 265 m2 - 2004
35
Sede de escritórios
Viessmann 48
Ökopark
Hartberg Styria *
Pinto (E) (A)
Escritórios Escritórios, Sala de conferências
AB - 105 kWf DEC - 30 kWf
CP+CTV - 123 m2 - 2001 CTV - 12 m2 - 2000
Escola de CSTB
37 Engenheiros 50 Sophia Antipolis (F)
Sevilha (E)
Laboratórios Laboratórios
AB - 35 kWf AB - 35 kWf
CP - 158 m2 - 2001 CTV - 58 m2 - 2003
Universidade DIREN
24
23 38 Carlos III, 51 Guadeloupe (F) *
Leganés (E)
Laboratórios Escritórios
AB - 35 kWf AB - 35 kWf
CP+CTV - 128 m2 - 2000 CTV - 100 m2 - 2003
25 26
39
Biblioteca
Pompeu i Fabra 52
GICB
Banyuls (F) *
Mataró (E)
Biblioteca Cave vitícola
DEC - 55 kWf AB - 52 kWf
CA - 105 m2 - 2002 CTV - 215 m2 - 1991
ASDER
53 Chambéry (F)
Sala de conferências
DEC - 7 kWf
CP - 16 m2 - 2004
17
Centro Hospitalar
Universitário de Freiburg
NÚMERO NO MAPA: 4
PAÍS
Alemanha
Descrição :
O centro hospitalar universitário de Freiburg, aquecer o ar ventilado. Um depósito de água
LOCALIZAÇÃO tem em funcionamento diversos laboratórios. quente com 6 m3 e um de água fria com 2 m3
Freiburg, Estado Federal Um edifício dos laboratórios, que funciona são integrados na instalação. No caso de não
de Baden Württemberg num edifício separado, está equipado com um haver suficiente radiação solar e baixas tem-
sistema de ar condicionado assistido por ener- peraturas de armazenamento de água quente,
gia solar. A área total arrefecida do edifício é um complemento é fornecido pela rede de
aproximadamente 550 m2. vapor do hospital. Uma torre de arrefecimen-
Dois sistemas de ventilação com débito variá- to húmida e fechada arrefece a água utilizada
vel (débito nominal 10.550 m2/h e 6.350 em função das fases do ciclo de adsorção.
m2/h), utilizam permutadores térmicos de Após ajustamentos no controlo o funciona-
duplo-fluxo com recuperação do calor duran- mento específico do chiller, a análise dos
te a época de aquecimento. Durante a época dados monitorizados de 2002 revelam valores
de arrefecimento, o ar novo é arrefecido atra- diários de Coeficiente de Performance térmi-
vés de permutadores de calor com água arre- co, COP (frio útil/calor “motriz”), durante
EDIFÍCIO fecida, fornecida por um chiller de adsorção. A vários dias no período de climatização, próxi-
Laboratórios temperatura do ar novo é mantida a 18ºC. mos do valor esperado de 0.60. A eficiência
O calor produzido pelos colectores solares tér- anual dos colectores é de 32%.
CAPACIDADE DE micos é utilizado no Verão para alimentar o
ARREFECIMENTO chiller de adsorção e no Inverno para pré-
70 kWf
Aspectos financeiros :
TECNOLOGIA
Chiller de adsorção Custo de investimento total do sistema: empresa Sulzer Infra. O subsídio total foi de
352.000€ (sem custos de monitorização). 262.000€.
TIPO DE COLECTOR A instalação foi subsidiada pelo Ministério Os custos anuais de funcionamento e manu-
CTV - Tubos de vácuo Federal da Economia e do Trabalho e pela tenção são de aproximadamente 12.000€
com fluxo directo
Aspectos energéticos e ambientais :
ÁREA BRUTA DE
COLECTORES Este sistema permite uma utilização estável da economia de energia primária e portanto a
rede de calor, evitando picos de consumo de uma redução das emissões de CO2. O chiller de
230 m2
vapor e electricidade durante os períodos de adsorção é constituído exclusivamente por
forte necessidade de frio, que corresponde a material que respeita o ambiente.
EM FUNCIONAMENTO fortes índices de radiação solar. Isto conduz à
DESDE
1999
Contactos :
Dipl.-Ing. Hendrik Glaser, University Hospital, Department Energy supply.
e-mail: hendrik.glaser@uniklinik-freiburg.de
Mais detalhes: www.raee.org/climasol
18
IHK (Câmara do Comércio)
Friburgo
NÚMERO NO MAPA: 5
PAÍS Descrição :
Alemanha
A Câmara de Comércio (IHK Südlicher com a produção solar. No Inverno, um sistema
LOCALIZAÇÃO Oberrhein) de Freiburg está equipada com o de aquecimento de apoio é utilizado para
Freiburg, Estado Federal primeiro sistema solar exsicante autónomo obter a temperatura do ar desejada.
de Baden Württemberg instalado na Alemanha. Este sistema permite Para reduzir os custos na construção da estru-
arrefecer no Verão e pré-aquecer no Inverno tura de suporte, os colectores estão montados
duas salas de reuniões de 65 e 148 m2. paralelamente ao telhado com uma inclinação
A capacidade total das salas é de 120 pessoas, de 15º. Devido à utilização dos colectores a ar
e o seu volume total é cerca de 815m3. As e da forte correlação entre a produção solar e
fachadas são totalmente envidraçadas mas as necessidades de frio, nenhum sistema de
equipadas com estores interiores e exteriores. acumulação de calor foi previsto.
O débito de ar do sistema de arrefecimento O funcionamento solar autónomo no Verão,
exsicante varia de 2.500 a 10.200 m3/h. Não conduz a desvios no conforto, dentro do inter-
está instalado nenhum sistema de arrefeci- valo expectável e durante pequenos períodos
EDIFÍCIO mento de apoio, as necessidades de arrefeci- de tempo de funcionamento.
Escritórios, 2 salas de mento estão bastante bem correlacionadas
reuniões arrefecidas
EM FUNCIONAMENTO
DESDE Contactos :
2001 Carsten Hindenburg, Fraunhofer Institute for Solar Energy Systems (ISE).
e-mail: carsten.hindenburg@ise.fraunhofer.de
More details: www.raee.org/climasol
19
Gr. Sarantis S.A.,
Viotia
NÚMERO NO MAPA: 24
Descrição :
PAÍS
Este projecto é chamado "PHOTONIO" e está não necessitam de partes móveis e usam um
Grécia
relacionado com a instalação de um sistema mínimo de energia eléctrica para o funciona-
central de ar condicionado usando energia mento das bombas de vácuo (1.5 kW).
LOCALIZAÇÃO
solar para o aquecimento e arrefecimento de A potência útil de cada chiller é de 350kW
Oinofyta, Viotia novos edifícios e armazéns da empresa de cos- sendo a potência total de 700 kW. Para cobrir
méticos Sarantis S.A.. os picos de consumo, foram instalados três
O espaço climatizado é de 22.000 m2 (130.000 chillers convencionais de 350 kW cada.
m3). Um parque de 2.700 m2 de colectores Queimadores a gasóleo (1.200 kW) substituem
solares planos selectivos foi instalado pela os colectores solares durante os períodos sem
sociedade SOLE, S.A.. sol. No Inverno, os colectores solares produ-
As necessidades anuais de arrefecimento do zem regularmente água quente a 55ºC que é
edifício são de 2.700.000 kWh. Os colectores directamente utilizada nos ventilo-convec-
solares fornecem dois chillers de adsorção com tores instalados no edifício. A água, fria no
água quente a uma temperatura de 70-75ºC Verão e quente no Inverno é direccionada para
EDIFÍCIO as unidades de dissipação que arrefecem ou
que operam com um COP de 60%. Os dois
Armazém de produtos aquecem o ar ambiente conforme as necessi-
chillers de adsorção usam a água quente como
de cosmética da empresa fonte de energia e produzem água fria à tem- dades.
Gr. Sarantis S.A. peratura de 8-10ºC. Os chillers de adsorção
CAPACIDADE DE
ARREFECIMENTO Aspectos financeiros :
700 kWf O custo total do investimento foi de mento do Mundo para a energia sustentável
1.305.943€, dos quais 50% financiados pelo em 2001 e pelo CRES ("Centre for Renewable
TECNOLOGIA Programa Nacional Operacional para a Energia Energy Sources") na Grécia como o melhor
Adsorção (Ministério Grego do Desenvolvimento). O investimento de poupança de energia na Grécia
projecto foi premiado com o "Energy Globe no ano de 1999.
TIPO DE COLECTOR Award 2001" como o terceiro melhor investi-
CP - Colector plano
selectivo
Aspectos energéticos e ambientais :
ÁREA BRUTA DE Período de observação: 12 meses Necessidade total de energia: 2.614.000 kWh.
COLECTORES Produção solar: 1.719.000 kWh onde 1.090.000 Fracção solar: 66%.
2.700 m2 kWh para arrefecimento e 629.000 kWh para Redução de emissão de CO2: 5.125 t/ano
aquecimento.
EM FUNCIONAMENTO
DESDE Contactos :
1999
GR. SARANTIS S.A. (Proprietário do edifício) SOLE S.A. (projecto, fornecimento, instalação)
Atenas, Grécia Acharnes, Grécia
e-mail: info@sarantis.gr e-mail: export@sole.gr/Website: www.sole.gr
Website: www.sarantis.gr Mais detalhes: www.raee.org/climasol
20
Hotel “Rethimno Village”,
Creta
NÚMERO NO MAPA: 25
PAÍS Descrição :
Grécia
O Hotel "Rethimno Village" está localizado A instalação usa colectores planos selectivos
LOCALIZAÇÃO em Rethimno Creta, no Sul da Grécia. (448m2) para climatização do ar (arrefecimen-
Vocacionado principalmente para o turismo, to e aquecimento) e também 199m2 de colec-
Creta, Rethimno
tem uma capacidade de 170 camas, e tem uma tores de polipropileno que fornecem água
taxa de ocupação de 100% no Verão e de 45% quente para aquecimento da piscina.
no Inverno. Área total climatizada: 3.000m2
Aspectos financeiros :
Custo total do investimento: 264.123€ O projecto foi premiado pela CRES (“Centre for
O projecto foi subsidiado até 50% pelo Renewable Energy Sources”) na Grécia como o
Programa Operacional para a Energia (Ministério melhor investimento de poupança de energia
EDIFÍCIO para o ano 2000.
Grego do Desenvolvimento ).
Hotel
21
Escritórios Sede da Inditex
Arteixo - Corunha
NÚMERO NO MAPA: 32
PAÍS Descrição :
Espanha
O edifício onde os colectores solares térmicos O sistema era anteriormente constituído por
LOCALIZAÇÃO estão localizados é o edifício principal da duas bombas de calor eléctricas e um grupo de
Inditex. Este edifício é utilizado principalmen- frio eléctrico que produzia todo o ano água
Arteixo – Corunha
te para escritórios e uma parte para lojas. É quente a 55ºC e água fria a 7ºC, com um retor-
composto por dois andares com 10.000 m2 no de 45ºC e 12ºC.
cada. O andar superior é utilizado para a Com a instalação solar, o calor é acumulado em
concepção de artigos ZARA (roupas e acessó- dois depósitos de 30.000 litros. Quando a tem-
rios) e é um espaço aberto com pé direito de peratura nos depósitos excede 55ºC, o sistema
4,10 m. A climatização é efectuada através de solar recebe ordem para enviar água para o cir-
três unidades de tratamento de ar, controlados cuito de água quente impedindo o funciona-
por sensores da temperatura ambiente regula- mento das bombas de calor. No Verão, quando
dos para 23ºC. a temperatura nos depósitos atinge 80ºC, a
No rés-do-chão, mais compartimentado, as água de retorno é enviada para o chiller de
EDIFÍCIO
unidades de tratamento de ar estão associadas absorção que depois de arrefecida é introduzi-
Escritórios e lojas
a ventilo-convectores. O edifício é utilizado da no circuito de água fria evitando o funcio-
desde as 8 da manhã até as 10 da noite, de namento do grupo de frio eléctrico.
CAPACIDADE DE
segunda-feira a sexta-feira e tem uma ocupa-
ARREFECIMENTO ção média de 500 pessoas nos dois andares.
170 kWf
TECNOLOGIA
Chiller de absorção Aspectos financeiros :
(LiBr-H2O)
Investimento total: 900.000€ (100.000 €) e pelo IDAE, Instituto Espanhol
Subsidiado pelo Ministério da Indústria e do para a Diversificação e Economia de Energia
COLLECTOR TYPE Comércio da Região Autónoma da Galiza
CP - Colector plano
selectivo
Aspectos energéticos e ambientais :
ÁREA BRUTA
DE COLECTORES O sistema solar irá economizar um total de consumo total e reduzir as emissões de CO2 e
1.626 m2 565.060 kWh/ano que representa 15% do outros gases poluentes em 282 t/ano.
EM FUNCIONAMENTO
DESDE Contactos :
2003
www.inditex.com
Mais detalhes: www.raee.org/climasol
22
Ineti
Lisboa
NÚMERO NO MAPA: 46
PAÍS Descrição :
Portugal
Trata-se do edifício do Departamento de temperatura do ar insuflado, pelo que, foi
Energias Renováveis do INETI, sede das activi- necessário instalar uma bomba de calor com-
LOCALIZAÇÃO dades de investigação aplicada no domínio das plementar.
Lisboa energias renováveis. Compreende os laborató- A produção solar compreende 24 colectores
rios de mecânica e de química e escritórios. CPC instalados na cobertura do edifício.
Os escritórios do primeiro andar são climatiza- O sistema foi concebido para corresponder às
dos exclusivamente por um sistema exsicante. seguintes condições:
O envidraçado exterior representa 70% e são - Débito máximo de ar novo 5.000m3/h;
orientadas a Sudoeste (28º Oeste) o que pro- - Temperatura do ar exterior: 32ºC;
voca um pico de climatização ao final da - Humidade relativa de 40,4%;
tarde. - Humidade absoluta de 12g/kg.
A secção das condutas de distribuição de ar Nos escritórios, a temperatura pretendida é de
(dimensionadas para um sistema tradicional) 24ºC com uma humidade relativa de 50%.
EDIFÍCIO limita o caudal de ar, o que obriga a reduzir a
Escritórios
CAPACIDADE DE
ARREFECIMENTO Aspectos financeiros :
36 kWf O sistema foi instalado como uma unidade de para o custo final elevado da instalação.
demonstração no âmbito de um projecto O custo de reprodução do sistema, sem este
TECNOLOGIA europeu. Por esta razão, compreende um dispositivo de instrumentação será de cerca de
Sistema exsicante e importante dispositivo de instrumentação 75.000€
bomba de calor destinado à monitorização o que contribui
TIPO DE COLECTOR
CPC - Colector plano
concentrador
Aspectos energéticos e ambientais :
O sistema exsicante associado à produção economia anual de cerca de 7.000 kWh eléc-
ÁREA BRUTA solar permite cobrir as necessidades de arrefe- tricos que representam 3,5 t/ano de CO2 não
DE COLECTORES cimento dos escritórios com um COP de 0,6 e enviados para a atmosfera.
48 m2 fracção solar de 44% o que corresponde a uma
EM FUNCIONAMENTO
DESDE Contactos :
1999
João A. Farinha Mendes DER/INETI - Lisboa Mais detalhes: www.raee.org/climasol
e-mail: farinha.mendes@ineti.pt
23
Agência do Desenvolvimento,
Pergine Trento
NÚMERO NO MAPA: 47
PAÍS Descrição :
Itália
O edifício está localizado dentro da zona edifício, no Verão, a necessidade global é infe-
industrial que se encontra em desenvolvimen- rior à soma das necessidades (noção de
LOCALIZAÇÃO to no Município de Pergine, a 11km de Trento. expansão).
Pergine Valsugana-Trento Este edifício novo de dois pisos é constituído Assim, a carga térmica de Verão máxima é de
por escritórios e tem 9.800 m3 de volume 170 kW. Nestas condições os colectores solares
total. fornecem 145 kW e o chiller de absorção
Os colectores solares (inclinação 30º - orienta- 108kW. Em condições de nebulosidade, a
ção Sul) produzem no Inverno água quente carga térmica (na ausência de radiação solar)
sanitária a 45ºC com uma diferença de tempe- baixa de 170 kW para 120 kW.
ratura em relação ao ar exterior de 55ºC, e O chiller clássico de compressão é utilizado
podem produzir a 90ºC no Verão com a mesma para cobrir estas necessidades. Dentro das
diferença de temperatura. A carga térmica condições nominais de Verão, os chillers de
nominal no Inverno é cerca de 230 kW, o sis- compressão e de absorção fornecem, respecti-
tema de aquecimento foi dimensionado para vamente, 120 kW e 108 kW, num total de
EDIFÍCIO essa capacidade. Enquanto que no Inverno, o 228 kW, com uma margem de 58 kW (34%)
Centro de inovação somatório das cargas térmicas dos diferentes para os picos de consumo.
locais correspondem à necessidade global do
CAPACIDADE DE
ARREFECIMENTO
108 kWf Aspectos financeiros :
TECNOLOGIA Investimento total: 540 000€ A província de Trento (Itália) co-fincanciou
Chiller de adsorção 32% do custo total da instalação.
(LiBr – H2O) de efeito
simples
Aspectos energéticos e ambientais :
TIPO DE COLECTOR
CP - colector plano Economia de energia primária no Inverno = 71.670 O sistema está projectado para gerar 70% das
selectivo kWh necessidades de arrefecimento do edifício
Economia de energia primária no Verão = 48.890 kWh apenas com a utilização dos colectores solares
ÁREA BRUTA A instalação solar economizará um total de durante os meses de maior radiação solar.
DE COLECTORES 120.556 kWh/ano e reduzirá as emissões de Os restantes 30% são fornecidos por um chil-
265 m2 cerca de 28 t de CO2. ler eléctrico de compressão instalado em para-
lelo com o sistema de absorção.
EM FUNCIONAMENTO
DESDE Contactos :
2004
www.puntoenergia.com Mais detalhes: www.raee.org/climasol
24
Centro de Investigação
"Ökopark Hartberg"
NÚMERO NO MAPA: 48
PAÍS
Áustria Descrição :
LOCALIZAÇÃO O edifício de investigação em Ökopark Hartberg A experiência feita no Verão de 2001 mostrou
Hartberg, em Styria é a primeira instalação piloto de um sistema por que a climatização adiabática do ar é suficien-
exsicante, alimentado com energia renovável te para 50% a 70% dos dias de Verão e que só
na Áustria e concebido para demonstrar a tec- os dias de forte humidade necessitam de calor
nologia DEC. para a climatização. O calor permite a regene-
O edifício é utilizado para seminários e confe- ração da roda exsicante e é produzido por 12m2
rências e tem, também, infra-estruturas de de colectores solares e por uma caldeira a bio-
escritórios. É composto por dois pisos (cada um massa como sistema de apoio.
com 140 m2), com uma fachada envidraçada a
Sul. 11 colectores de tubo de vácuo estão insta-
EDIFÍCIO lados na parte inferior.
Escritórios, sala de
conferências
Aspectos financeiros :
TECNOLOGIA
Investimento total: 105.000€, subsídios: 60% Hartberg. O "Joanneum Research", em Graz,
Arrefecimento por
Este projecto foi financiado pelo governo de está a cargo da gestão do projecto.
exsicante Styria e pela sociedade Ökoplan GmbH em
CAPACIDADE DE
ARREFECIMENTO Aspectos energéticos e ambientais :
30 kWf
COP anual: 0,6 (arrefecimento anual/recupe- edifício: 21.800W
TIPO DE COLECTOR ração de calor anual) No que diz respeito ao ambiente, a utilização
CTV - colectores de tubo COP em modo adiabático: 3 - 5 de energia solar e de biomassa permite evitar
de vácuo Caudal de ar novo: 6.000m3/h, as emissões de CO2 que seriam causados pela
Necessidades totais de arrefecimento: 20 kW utilização de combustíveis fósseis. Uma
ÁREA BRUTA (sensível: 17.130W, latente: 3.320W) pequena contribuição para o aquecimento
DE COLECTORES Necessidades totais de aquecimento: 24kW global é causado pelo consumo de energia
12 m2 Capacidade máxima de arrefecimento do sis- necessária aos ventiladores e às rodas desumi-
tema DEC: 30.400W ficadoras e térmicas.
Capacidade máxima de arrefecimento no
EM FUNCIONAMENTO
DESDE
2000
Contactos :
Dr. Erich Podesser Nadja Richler, O.Ö. Energiesparverband, Linz
Joanneum Research, Graz e-mail: nadja.richler@esv.or.at
e-mail: erich.podesser@joanneum.ac.at Mais detalhes: www.raee.org/climasol
25
DIREN - Direcção Regional
do Ambiente, Guadalupe
NÚMERO NO MAPA: 51
PAÍS
França
Descrição :
A DIREN de Guadalupe construiu um novo O sistema de arrefecimento é composto por:
LOCALIZAÇÃO edifício de escritórios de um piso. O edifício - 61m2 de colectores de tubos de vácuo
Guadalupe respeita os critérios da Elevada Qualidade (superfície útil) integrados na cobertura;
Ambiental. Utiliza a técnica de arrefecimento - Um chiller de absorção de 35kW de potência
solar de absorção para produção de água fria. nominal;
O projecto foi iniciado em 1998 e os escritó- - Várias bombas de circulação para os dife-
rios ficaram operacionais em 2003. rentes circuitos;
O edifício tem dois níveis em comprimento, e - Um circuito de arrefecimento aberto;
ligeiramente arqueado (ver foto) e o eixo do - Um sistema de regulação.
edifício é orientado Nordeste/Sudoeste. O evaporador do chiller de absorção é ligado
A superfície total é de cerca de 1.000m2, mas em série com o circuito de água refrigerada do
apenas 570m2 são arrefecidos pelo sistema grupo de frio de compressão clássica que serve
EDIFÍCIO
solar que representa 36 escritórios. de apoio.
Escritórios
Contactos :
Courriel : info@tecsol.fr Mais detalhes: www.raee.org/climasol
26
GICB (Adega)
Banyuls/Mer
Contactos :
info@tecsol.fr Mais detalhes: www.raee.org/climasol
27
5 GESTÃO DE UM PROJECTO DE
ARREFECIMENTO SOLAR
Os sistemas de ar condicionado assistidos por energia solar são uma nova e crescente tecnologia, quan-
do comparada com outras áreas de aplicação de energia solar. A novidade desta tecnologia reflecte-se no
facto de a maioria dos projectos realizados até hoje serem de natureza demonstrativa, sendo ainda
necessário um grande esforço adicional de concepção e planeamento na fase de projecto. Variadas solu-
ções técnicas são possíveis, dependendo do tipo e utilização do edifício, da existência ou não de instala-
ções técnicas, das condições climáticas, etc.
Este capítulo apresenta uma metodologia que permite fazer a escolha entre as diferentes tecnologias, as
regras básicas de concepção e dimensionamento e as boas razões para iniciar um projecto com um sério
estudo de viabilidade.
Clima
O edifício está adaptado para um sistema não
de duplo fluxo (ar insuflado/ar rejeitado) moderado extremo
(edifício suficientemente estanque)?
Figura 17
Árvore de decisão para a escolha da tecnologia de arrefecimento solar
DEC: sistema dessicante; UTA: Unidade de Tratamento de Ar
Sistema DEC, configuração especial
28
Uma suposição básica é que tanto a temperatura como a humidade A aplicação de técnicas com exsicantes em ambientes extremos
do interior do edifício deverão ser controladas. O ponto de partida é (condições climáticas com elevada humidade do ar ambiente), impli-
sempre o cálculo da necessidade de arrefecimento local por local. ca configurações especiais do ciclo de exsicantes.
Dependendo das necessidades e também de acordo com o desejo do Outros elementos que podem intervir na concepção não são desen-
utilizador, tanto um sistema de ar/ar, um sistema de água/água ou volvidos nesta brochura, como por exemplo:
um sistema híbrido ar/água são possíveis para o tratamento da tem- Necessidade de um sistema de apoio para a produção de frio
peratura e da humidade no edifício. (estratégia de climatização com garantia de uma temperatura pré-
A decisão técnica básica reside no facto de a troca higiénica de ar definida) ou para permitir o funcionamento autónomo do sistema
ser ou não suficiente para cobrir também as necessidades de arrefe- de arrefecimento solar;
cimento (sensível e latente). Este será tipicamente o caso dos locais
Flexibilidade nas condições de conforto;
com ocupação elevada que necessitam de uma renovação de ar
como as salas de conferências. Questões económicas;
No entanto, um sistema de duplo fluxo só faz sentido num edifício Disponibilidade de água para a humidificação do ar novo ou
suficientemente estanque, onde as infiltrações e perdas da envol- para as torres de arrefecimento;
vente exterior são reduzidas. Aproveitamento do tipo de funcionamento dos equipamen-
No caso de sistemas de duplo fluxo, as duas tecnologias de arrefeci- tos de dissipação de energia térmica para a criação de condi-
mento solar: sistemas com exsicantes e sistemas de absorção e ções de conforto: os ventilo-convectores permitem a desumidi-
adsorção, podem ser utilizadas. ficação parcial do ar graças ao seu sistema de evacuação de
Em todos os outros casos, apenas os chillers térmicos (absorção e condensados; tectos arrefecidos e outros sistemas de arrefeci-
adsorção) podem ser utilizados. mento por gravidade fornecem um grande conforto sem desu-
A temperatura mínima requerida para a água refrigerada depende midificação.
da técnica de desumidificação de ar utilizada: a desumidificação do A constituição e o tipo de chiller térmico (absorção ou adsorção)
ar é realizada utilizando tecnologia clássica (arrefecendo o ar abaixo
utilizado não é indicado nesta brochura.
do ponto de orvalho), ou a desumidificação do ar é realizada utili-
No caso dos sistemas por exsicantes é necessário um grupo suple-
zando processos por exsicantes. No último caso, a temperatura da
mentar para cobrir os picos de consumo. Um chiller de compressão
água refrigerada pode ser mais elevada pelo facto de ser necessário
eléctrico poderá ser utilizado por razões económicas.
apenas vencer as cargas sensíveis.
29
5.3 - Porquê um estudo de viabilidade?
A escolha de uma tecnologia de arrefecimento solar e a concepção do pré-dimensionamento dos equipamentos principais como a área de
sistema requer que se considere mais do que apenas aspectos de fun- captação solar e do sistema de acumulação de água quente e/ou água
cionamento nominais, visto que a flutuação dos ganhos de energia fria e grupo térmico;
solar causa, na maioria das vezes, que os componentes do sistema Análise das estratégias de controlo e gestão
operem em condições de carga parcial.
Cálculo dos rendimentos e dos valores de exploração como o COP
Além disso, as condições de funcionamento, assim como as proprie-
do sistema de arrefecimento, a fracção solar, a eficiência dos colector,
dades dos processos de novas aplicações tais como chillers por absor-
etc;
ção ou sistemas por exsicantes, não são até ao momento, do conheci-
mento da maioria dos projectistas e instaladores. Até à data é difícil Cálculo de consumos (electricidade, água, gás, biomassa)
encontrar um software de fácil utilização no mercado que permita Estimativa do investimento e das economias de energia primária;
uma rápida e fácil escolha da melhor tecnologia de arrefecimento Em qualquer caso, o estudo de viabilidade é uma ferramenta indis-
solar e de concepção do sistema. Por esta razão, um estudo de viabi- pensável para ajudar o dono-da-obra na sua tomada de decisão em
lidade, realizado por um gabinete técnico com experiência, é alta- relação ao seu projecto de arrefecimento solar.
mente recomendável na fase inicial de projecto.
30
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CRES, Thermie Programme, for the European Commission, Directorate-General XVII for Energy,
1994
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Technology selection and early design guidance, Nick Barnard and Denice Jounzens, ECBCS,
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ISBN 3-934595-24-3, Solarpraxis Berlin, Ed: Dr.Felix A. Peuser, Karl-Heinz Remmers,
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- http://www.raee.org/climasol : EU project Promotion Solar Air Conditioning:
Promoting Solar Air Conditioning
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- http://www.ames.pt
31
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