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Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus, pelo dom da vida e por manter sempre
focada e determinada.
Agradeço a empresa BASF pelo fornecimento das matérias necessárias para tornar o
estudo possível, assim como, todo apoio técnico da equipe.
1.1.1. Cabelo
O cabelo humano é formado principalmente por α- queratina, que são estruturas
fibrilares compostas por cadeias polipeptídicas, e se diferem de outras classes de proteínas por
causa da alta concentração de pontes de dissulfetos, provenientes do aminoácido cistina.
As pontes dissulfeto formam uma rede tridimensional com alta densidade de ligações
cruzadas, conferindo ao fio resistência mecânica. [1,2]
O fio de cabelo se inicia no folículo piloso, do qual tem origem na derme e se estende
até epiderme e através do estrato córneo.
O folículo é formado por uma associação e interação dos componentes dermal e
epidermal. Cada folículo é um órgão em miniatura, que contém partes glandulares e
musculares. É composto por uma glândula sebácea, que possui grande quantidade de células,
chamadas sebócitos, dos quais são preenchidos por lipídios. Posteriormente, esses lipídios
são expelidos nos fios na forma de sebo. [3,4]
O sebo tem importância para o cabelo, uma vez que são responsáveis pela manutenção
da hidratação e brilho. O excesso de lipídios, porém, pode deixar o fio com aspecto oleoso e
pesado e, em contrapartida, a falta do sebo pode deixar o cabelo ressecado e com aspecto
opaco. [1,4]
Figura 1: Estrutura do folículo piloso.
Fonte: http://www.follixin.pt/como-funciona.html
7
A fibra capilar é composta basicamente por três estruturas, cutícula, córtex e medula,
assim como pode ser vista na Figura 2.
Fonte: fitocosmeticos
A cutícula é formada por células que se achatam e se alongam na matriz do cabelo e, é
composta por 80% de proteína, 5% de lipídios e carboidratos e, sendo sua estrutura amorfa.
Possui efeito protetor do córtex. É na cutícula que podemos observar os principais
efeitos macroscópicos, como penteabilidade, desembaraçamento e brilho. As células
cuticulares apresentam uma fina membrana externa, que é conhecida como epicutícula, e duas
camadas internas, endocutícula e exocutícula. [2,5]
A endocutícula é formada principalmente por proteínas não queratinizadas e tem
natureza hidrofóbica. [5,6]
A exocutícula tem um alto teor de cistina, correspondendo a 15% da sua composição,
fazendo com que seja altamente reticulada por pontes de dissulfeto, responsáveis pela
natureza hidrofóbica. [2,5]
A epicutícula é a região mais superficial, da qual é recoberta por um filme lipídico e,
altamente reticulado e, é a camada mais resistente hidrofobicamente da cutícula.. [2,5]
Na região onde duas células cuticulares se sobrepõem, localiza-se a membrana das
células e um material cimentante que formam o complexo da membrana celular (CMC). O
CMC é formado por três camadas, sendo uma composta por proteínas e polissacarídeos e duas
formada por polipídios. [7]
O córtex é o componente majoritário na fibra capilar, é composto por células
queratinizadas. Cada uma dessas células é formada por macrofibrilas alinhadas no sentindo
longitudinal, que por sua vez são compostos por microfibrilas.
.
8
A principal função do córtex são as propriedades mecânicas do cabelo, tais como
solidez elasticidade .Encontram-se também os grânulos de melanina, os quais são
responsáveis pela cor do cabelo. [8,9]
A medula é a região mais interna da fibra e pode estar presente, ausente ou fragmentada.
A frequência e as dimensões da medula podem variar em um mesmo indivíduo.
A estrutura é rica em lipídios e amorfa. A medula é considerada o componente do
cabelo menos estudado, por acreditarem que ele não tem influência nas propriedades do
cabelo. [10]
1.1.1.1. Melanina
Os grânulos de melanina consistem menos de 3% da massa total do fio de cabelo. Sua
função ainda não é bem estabelecida, mas muitos autores acreditam que seja apenas a
fotoproteção.
A melanina é um polímero conjugado produzido por reações a partir da tirosina. Quando
ocorre a oxidação da tirosina, produz dopaquinona, e quando essa reage com cistina, formam-
se as feomelaninas. Caso a reação ocorra de maneira contraria, forma-se eumelanina.
A feomelanina possui coloração avermelhada, a eumelanina coloração que varia do preto ao
marrom. Pessoas que possuem a cor do cabelo ruivo possuem concentrações de eumelanina e
feomelanina equivalentes.
A melanina também absorve água e, devido a heterogeneidade estrutural e composição
química, diferentes interações com a água produzem diferentes tons de cor. [7,8,9]
9
Figura 3 : Diferenciação morfológica da fibra do cabelo
Fonte: NAKANO, A.K. Comparação de danos induzidos em cabelos de três etnias por
diferentes tratamentos. Dissertação de Mestrado.2006.
1.1.2. Xampu
De acordo com a Lei nª 6.360 [11], xampus são produtos de limpeza que têm a finalidade
de limpar o cabelo e o couro cabeludo por ação tensoativa ou de adsorção sobre as impurezas
presentes [12]. As formulações de xampus mais comuns são compostas de tensoativo primário
(aniônico), secundário, emolientes, polímero, espessante, fragrância e água. Eles promovem a
detergência dos fios, removendo impurezas como oleosidade, células mortas descamadas,
[13]
sujidades do meio ambiente e resíduos cosméticos . Esses tensoativos agem diminuindo a
tensão interfacial entre a sujeira e a água, fazendo com que a sujeira seja removida junto com
a água.
Os problemas relacionados ao uso de xampu na fibra capilar são devido aos danos que
podem ser causados com a limpeza, uma vez que estudos mostram que lavagens sucessivas
com xampu extraem pequenas quantidade de proteína endocutícula e essa extração resulta em
degradações no interior do cabelo [14].
1.1.3. Surfactantes
São moléculas que em sua maioria são derivadas da síntese orgânica e são utilizadas
com a função principal de reduzir a tensão superficial das soluções. Algumas podem ter
propriedades adicionais de emulsionar moléculas de gordura[15]. Na mesma estrutura possuem
uma porção hidrofílica e uma hidrofóbica, isso as torna uma molécula anfifílica. Os
tensoativos podem ser classificados de acordo com sua carga, podendo ser aniônico,
catiônico, não iônico e anfóteros. [16]
10
1.1.3.1. Catiônicos
Quando ionizados em solução aquosa, formam íons orgânicos carregados
positivamente. Os mais conhecidos são os sais de amônio quaternário. Esses tensoativos tem
grande afinidade com a queratina do cabelo, por isso são muito usados em formulações de
condicionadores. Esses agem diminuindo a eletricidade estática e conferindo
condicionamento aos fios de cabelo. Um exemplo são as moléculas: cloreto de olealconio,
cloreto de distearildimonio, etc. [16]
1.1.3.2. Anfóteros
Em seu grupamento tem estrutura ácida (positivo) e básica (negativa) e podem
apresentar características aniônicas e catiônicas. Esses têm poder de detergência e formação
de espuma. São muito usados em formulações infantis por serem menos agressivos aos
cabelos e por possuírem menor potencial irritante do que os aniônicos comumente utilizados.
Um exemplo são as betaínas. [16,17]
1.1.3.4. Aniônicos
Em solução aquosa ocorre a formação de íons orgânicos carregados negativamente, os
mais usados são os de origem de sulfato, como por exemplo, o Lauril Sulfato de Sódio e
Lauril Éter Sulfato de Sódio. São muito utilizados em formulações cosméticas para xampus
pelo alto poder de detergência, reduzindo a tensão interfacial entre o cabelo e a sujeira. [17].
11
2.0 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA
O uso de tensoativos sulfatados vem sendo muito criticado devido ao seu alto poder
irritante para pele e olhos, bem como potenciais danos causados à fibra capilar. Muitos
fórmuladores cosméticos vêm buscando alternativas aos xampus sulfatados, assim como o
desenvolvimento de formulações menos tóxicas, onde é reduzida a concentração de uso. [19].
É importante ressaltar que a ANVISA não reconhece os efeitos irritantes dos tensoativos
sulfatados usados em formulações de xampus (Lauril Sulfato de Sódio e Lauril Eter sulfato de
sódio) e afirma que, quando usado nas concentrações indicadas, não há efeito nocivo à pele e
aos olhos. Atualmente diversos blogs, considerados formadores de opinião, vêm destacando
os problemas atrelados ao uso de xampu que contém sulfato. Afirmam que o alto poder
irritante e de detergência pode agredir drasticamente os fios de cabelo, causando grandes
danos. Esses formadores de opinião têm grande influência no consumidor final, fazendo com
que a busca por xampu livres de sulfato (Sulfate free) aumentasse. [21].
Como prova do aumento dessa busca por xampus alternativos que não usam sulfato em
suas composições, o Gráfico 1 mostra esse aumento nos últimos seis anos, sendo que, nos
últimos três anos, a procura dobrou.
Gráfico 1 : Gráfico procura por xampu sem sulfato nos últimos seis anos.
Fonte: GNPD.com.br
A busca foi feita utilizando a ferramenta GNPD da empresa Mintel, do qual é um banco
de dados de novos produtos que são lançados nos mais diversos mercados. Utilizando a
ferramenta de busca, é possível filtrar por categorias, região, claims, ingredientes, marcas e,
12
etc. A pesquisa mostrada no Gráfico 1 foi feita para os seguintes filtros: a) Claim: Sulfate
free, b) Região: América Latina, c) Tempo: janeiro de 2010 até outubro de 2016, d)
Categoria: Hair product e Subcategoria: xampu.
3.0 OBJETIVO
Fonte: O autor.
13
Usualmente, empresas formuladoras de xampu utilizam em suas formulações a
combinação de tensoativo primário, normalmente os sulfatados com betaínas como tensoativo
secundário. Em alguns casos, de produtos considerados de alto valor agregado, utilizam a
combinação de tensoativo sulfatado + betaína + APG.
Fórmula A: Sodium Laureth Sulfate (LESS) (8% em ativo) + Capric/Lauric/
Myristc/Oleic Amidopropyl Betaine (2% em ativo) (LESS+ CAPB): A combinação é
muito usada devido ao baixo custo (o mais barato das demais plataformas usadas), alto
poder de detergência, formação de espuma. Devido ao processo de etoxilação, o
índice de vegetalização da molécula é inferior.
Fórmula B: 8% em ativo de Sodium Lauryl Sulfato + 2% em ativo de
Capric/Lauric/Myristic/Oleic Amidopropyl Betaine (LSS+CAPB): é uma associação
também muito utilizada. A diferença em relação a primeira, é que se trata de uma
opção com maior índice de vegetalização, porém com maior potencial irritante, devido
à ausência da etoxilação do Lauril Sulfato de Sódio.
Fórmula C: 8% em ativo de LESS + 1% em ativo de Capric/Lauric/Myristic/Oleic
Amidopropyl Betaine + 1% em ativo Lauryl Glucoside (APG) (LESS+CAPB+LG): é
a combinação menos usada dos sistemas tensoativos, devido ao seu alto valor
agregado, sendo usado apenas para produtos de categorias consideradas “Premium”.
A combinação LESS+CAPB+LG, confere menor potencial irritante e maior índice de
vegetalização.
A figura 6 mostra os três padrões citados acima, que foram definidos como fórmulas
referências para o estudo, em uma linha comparativa do mais usado para o menos
usado e suas características.
14
Figura 4 :Comparação entre os sistemas tensoativos sulfatados mais comercializados
Fonte: O autor.
Fórmula D: 10% em ativo de Capric/Lauric/Myristic/Oleic Amidopropyl Betaine
(CAPB): Formulação com apenas betaína, mais utilizada em formulações de xampu
suaves.
Fórmula E: 10% em ativo de Cetyl Betaine (CB): é uma betaina que devido ao
tamanho de sua cadeia graxa possui menor potencial de irritabilidade, não é tão
comercializado quanto CAPB.
Usar apenas betaínas é uma boa solução para a questão da irritabilidade, uma vez que
são consideradas menos irritantes.
Fórmula F: 8% em ativo de Disodium Laureth Sulfoccinate + 2% em ativo de
Capric/Lauric/Myristic/ Oleic Amidopropyl Betaine. (DSLS + CAPB): sistema
tensoativo muito comercializado com conceito de Sulfate free, por não conter o termo
“sulfato” no INCI name. Porém o sitio ativo é similar (SO4-) esta presente na estrutura
da molécula.Vide figura 7.
15
Fórmula G: 8% em ativo de Sodium Lauryl Glucose Carboxilato (and) Lauryl
Glucosideo + 2% em ativo de Capric/Lauric/Myristic/ Oleic Amidopropyl Betaine.
(SLGC + CAPB): Sistema tensoativo livre de sulfato, porém não é muito usado
devido ao alto custo.
Fórmula H: 8% em ativo de Sodium Cocoyl Isethionate + 2% em ativo de
Capric/Lauric/Myristic/ Oleic Amidopropyl Betaine. (SCI): Sistema tensoativo mais
barato, driblando o problema de alto custo do SLGC, também é uma formulação livre
de sulfato.
16
4.4. Curva de viscosidade
4.5. Estabilidade
17
4.6. Teste de detergência
Fonte: http://www.tec-color.com/principle/datacolor-1
Fonte: http://www.antech.ie/DISEMC.shtml
A intenção de utilização do método é tornar visível o que não é possível ver a olho nu.
O princípio do funcionamento é ao invés de utilizar fótons, que é usado em microscópios
ópticos convencionais, utilizar feixe de elétrons.
O feixe de elétrons permite ter maior resolução quando se relaciona com uma luz branca,
sendo possível maior ampliação de até 300.000 vezes maior.
É possível analisar morfologicamente amostras sólidas de diversos tipos e a aparência
tridimensional da imagem. [23]. A energia fornecida é através de elétrons secundários, fazendo
com que, para algumas amostras, que não conduzem energia, seja necessário um recobrimento
[7]
de ouro. .
Procedimento: O procedimento utilizado foi dividido em etapas, sendo o primeiro, a
padronização das mechas, seguido da lavagem com as formulações estudas e pôr fim a análise
de MEV.
Padronização das mechas: as amostras foram preparadas utilizando o método: Pesou-se 0,25g
da solução padrão por grama de cabelo. Em seguida, nas mechas úmidas, espalhou-se a
formulação testada uniformemente nas mechas, da raiz em direção as pontas. Massageou-se
por 1 minuto, e deixou a mecha em repouso por 4 minutos (produto em contato com mecha) e
enxaguou-se por 1 minuto em água corrente. Em seguida, as mechas foram secas em
temperatura ambiente.
Lavagem das mechas com as formulações estudadas: aplicou-se o mesmo procedimento da
padronização das mechas, sendo que, ao invés de utilizar a solução padrão ( 2% de Lauril Eter
Sulfato de Sódio e 98% de agua), foram utilizadas as formulações das quais seriam testadas
no trabalho.
19
Análise MEV: os fios tratados com cerca de 1 cm de comprimento, foram fixados nos porta
amostras do microscópio com fita adesiva apropriada. O porta amostra foi recoberto com uma
fina camada de ouro, usando o método Sputtering, Através de um Sputter Edwards 5150B. As
micrografias foram obtidas em um microscópio eletrônico de varredura Jeol JSM 840ª,
operando a 25kV na modalidade SEI (elétrons secundários).
Para que não houvesse diferença entre as regiões analisadas das mechas, foi padronizado que,
o corte seria feito a partir de 2 cm da raiz e as amostras teriam 1 cm de comprimento.
Fonte: O autor.
Após a realização dos testes, os resultados foram processados utilizando o aplicativo para Excell,
Sensorics, do qual é capaz de processar esses dados em formato de gráfico.
Software Sensorics: o software é utilizado pela BASF Personal Care, com intuito de traduzir
os resultados da analise sensorial para uma visualização mais simples e fácil de compreender.
O modelo matemático utilizado é o Wilcoxon e a figura 11 mostra como o ler os gráficos, de
acordo com o nível de significância dos resultados. Os símbolos representam a ordem de
significância dos resultados.
Símbolo Significância
≥ 0,1
<0,1
<0,05
<0,01
Fonte: O autor.
21
5.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Estabilidade de espuma
1200
1000
800
600
400
200
0
A B C D E F G H
0 5 15
Fonte: O autor.
22
concentração de sal adicionado, enquanto no eixo Y o valor atingindo da viscosidade, em
unidades de Cp.
Fonte: O autor.
5.3. Detergência
23
feixe de luz. Quanto mais perto de branco os panos forem ficando, em consequência das
lavagens, mais luminosidade o pano terá quando emitido luz sobre o mesmo.
Detergência - Luminosidade
41
40
39
38
37
36
35
34
33
32
A B C D E F G H Padrão
Lavagem1 Lavagem2
Fonte: O autor.
5.4 Estabilidade
24
Tabela 3: Análise da estabilidade das fórmulas
Fonte: O autor.
Podemos observar que as fórmulas A, C, D e G não houve nenhuma alteração em
decorrência da mudança de temperatura, os quatros mantiveram suas características iniciais
intactas.
As fórmulas B, E e F, na temperatura de 5ºC, apresentaram turvação, enquanto nas
temperaturas mais extremas apresentaram separação de fase, mostrando que as formulas não
são estáveis.
A fórmula H apresentou separação de fase logo no primeiro mês e em todas as
temperaturas, indicando a dificuldade de formular com o Coco Isiotionato de Sódio.
A figura 16 mostra que não houve alterações significativas em relação à viscosidade
das fórmulas expostas a temperatura ambiente, em decorrência do tempo.
25
Figura 6: Viscosidade das formulações após três meses em estabilidade, na temperatura de 25ºC.
Fonte: O autor.
Com base nos resultados obtidos nas estabilidades, para os próximos testes (Sensorial,
Aparência de espuma) foi decido seguir apenas com as fórmulas que permaneceram estáveis
durante as 12 semanas de exposição a diferentes temperaturas, sendo essas formulas, a que
contém LESS + Capric/Lauric/Myristic/Oleic Amidopropyl Betaine (LESS+CAPB), LESS+
Capric/Lauric/Myristic/Oleic Amidopropyl Betaine + Lauryl Glucoside (LESS+CAPB+LG),
Capric/Lauric/Myristic/Oleic Amidopropyl Betaine (CAPB) e Sodium Lauril Glucose
Carboxilato (and) Lauryl Glicosídeo + Capric/Lauric/Myristic/Oleic Amidopropyl Betaine
(SLGC+CAPB).
Podemos observar pela figura 17, qual a fórmula que obteve melhor performance em relação à
cremosidade de espuma.
26
Figura 7: Aspecto da espuma formada pelas formulações.
Fonte: O autor.
A pior performance é a Betaína pura, uma vez que a mesma apresentou tamanhos de bolhas
muito grandes e de aspecto´sem consistência.
Foi definido como referência para o teste a formulação com Lauril Éter Sulfato de Sódio +
Betaína (LESS+CAPB), uma vez que, é uma das plataformas mais utilizadas no mercado
cosmético para xampu.
Foram feitos três painéis sensoriais, comparando a referência com as seguintes formulações
: LESS+CAPB+LG (Lauril Éter Sulfato de Sódio + Betaína + Lauril Glicosídeo (APG)),
27
CAPB (Betaína) e SLGC+CAPB (Sodium Lauryl Glucose Carboxilato (and) Lauryl
Glicosídeo + Capric/Lauric/Myristic/ Oleic Amidopropyl Betaine).
LESS+CAPB vs LESS+CAPB+LG ( A x C)
Figura 8: Resultado análise sensorial LESS+ CAPBvs LESS + CAPB+LG para mecha úmida
Fonte: O autor.
Nas mechas secas, figura 19, também teve apenas um aspecto significativo, sendo o frizz,
onde a formula LESS+CAPB+LG teve pior desempenho.
28
Figura 9: Resultado análise sensorial LESS+CAPB vs LESS + CAPB + LG para mecha seca.
Fonte: O autor.
LESS+CAPB vs CAPB ( A x D)
A comparação entre as plataformas com/sem Lauril Éter Sulfato de Sódio, mostra o
impacto que o mesmo traz. Os resultados estão expressos nas figuras 20 e 21.
Na figura 20 notamos que ambas as fórmulas são semelhantes, os resultados mais
significativos, são em relação à penteabilidade geral e maciez. A fórmula contendo apenas
Betaína em mechas molhadas obteve pior penteabilidade geral, sendo que a ordem de
significância foi maior que 0,05. No aspecto maciez, ainda em mechas molhadas, o resultado
foi significantemente igual.
Os demais resultados não são considerados impactantes, uma vez que, a ordem de
significância está menor que 0,01. Podendo ser considerados assim, diferenças não relevantes.
29
Figura 10: Resultado análise sensorial A vs D para mecha úmida
Fonte: O autor.
30
Figura 11 : Resultado análise sensorial LESS + CAPB vs CAPB para mecha seca.
Fonte: O autor.
LESS+CAPB vs SLGC+CAPB ( A x G)
31
Figura 12: Resultado análise sensorial LESS + CAPB vs SLGC+CAPB
Fonte: O autor.
Os resultados para o teste sensorial em mechas secas, mostrados na figura 23, para as
formulas A vs G, não tiveram resultados significativos, uma vez que, em nenhum dos
parâmetros analisados, a significância foi maior ou igual a 0,1. Isso mostra que a plataforma
que contém Sodium Lauryl Glucose Carboxilato (and) Lauryl Glicosídeo +
Capric/Lauric/Myristic/ Oleic Amidopropyl Betaine é semelhante à fórmula referência.
32
Figura 13: Resultado análise sensorial LESS + CAPB vs SLGC+CAPB
Fonte: O autor.
33
Figura 14: Imagem da morfologia capilar após o tratamento com LESS+CAPB, utilizando a técnica
de MEV.
Fonte: O autor.
Figura 15: Imagem da morfologia capilar após o tratamento com LESS+CAPB+LG,
utilizando a técnica de MEV
.
Fonte: O autor.
34
Figura 16: Imagem da morfologia capilar após o tratamento com CAPB, utilizando a técnica de
MEV.
Fonte: O autor.
Figura 17: Imagem da morfologia capilar após o tratamento com SLGC+CAPB, utilizando a técnica
de MEV.
Fonte: O autor.
35
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com os resultados dos primeiros testes, mostrados na figura 28, e com os resultados das
estabilidades, das oito fórmulas desenvolvidas para o estudo, define-se que apenas quatro se
destaque em relação à performance que apresentam.
Figura 18: representação da performance de espuma, detergência e viscosidade.
Fonte: O autor.
36
Figura 19: tabela comparativa dos resultados secundários.
Fonte: O autor.
6. CONCLUSÃO
O trabalho conclui que não é possível afirmar o efeito negativo da presença de sulfato
em formulações de xampu, uma vez que o mesmo manteve as fibras mais integras.
Porém, foram identificados pontos de melhoria na condução desse teste a fim de se
obter resultados mais condizentes com a realidade, uma vez que as mechas de cabelo podem
apresentar variações entre si. Por isso, sugere-se que a mesma mecha seja comparada antes e
depois do tratamento especificado e não somente comparada à referência. Dessa forma, a
informação de MEV da mecha não-tratada seria usada como branco de cada uma das
avaliações para que possíveis diferenças entre as mechas sejam levadas em consideração.
.
37
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